terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Eu sou contra a liberalização, mas também contra a despenalização

Neste referendo, há dois pontos que estão em cima da mesa: a liberalização e a despenalização do aborto.

Logicamente, sou contra a liberalização do aborto. O que se defende é que a mulher possa abortar livremente, em todas as circunstâncias, até às 10 semanas de gravidez, e que isto é pago pelos nossos impostos.

Mas também sou contra a despenalização. Não concebo que uma pessoa que, salvo excepcões onde o costume é fonte do Direito, como em Barrancos, mate um touro numa Praça de Touros possa ser punida com uma pena prisão, independemente de eu estar, ou não, de acordo com os touros de morte, e que uma mulher possa acabar com a filha de um filho que se desenvolve, sem estar sujeita a qualquer pena.

Admito, contudo, abrir novas excepções em que se possa despenalizar o aborto. Mas o facto de poder ser sancionada até 3 anos de prisão, não quer dizer que o seja. A lei actual é uma lei preventiva, que indica os comportamentos que se devem adoptar. Não há uma única mulher presa por ter abortado, nem é isso que se quer. Mas, no meu entender, pode, e deve, ser sancionada. De outra forma, mas deve, porque ao abortar está a cometer um atentado à vida humana.

Por exemplo, imaginemos: um toxicodepente assalta uma pessoa, para comprar bens de que precisa. Obviamente, por ser um bem de extrema necessidade, o Direito pode abrir uma excepção para este caso concreto. Mas não é por isso que vamos liberalizar os roubos.

Outro exemplo: um homem faz tráfico de droga. Mas fá-lo em condições difíceis. Não é isso que vai fazer liberalizar, ou mesmo despenalizar, o tráfico de droga.

Falo do tráfico de droga, porque nas universidade norte-americanas está a ser discutido a liberalização do mesmo. Não nos podemos comparar com os Estados Unidos, nem com a Holanda nem com qualquer outro país. Portugal foi o primeiro país a acabar com a pena de morte e, em defesa dos valores portugueses e da nossa História, o voto NÃO é mais um ponto em que damos um forte contributo e, digo, mesmo, até, uma lição ao Mundo no que diz respeito aos direitos humanos.

Assim, um mal não se previne, nem sequer se remedeia, substituindo-o por um outro mal. Principalmente, quando este último mal é um mal maior, visto que acaba com o desenvolvimento da vida humana.

Todos somos contra os assaltos, os homicídios e o tráfico de droga. Não há ninguém, responsável, que seja a favor. Então não pode haver ninguém a querer liberalizá-los. Como pode, então, haver alguém que diga que é contra o aborto, se o quiser liberalizar, votando SIM?

Outro ponto que não concebo é o facto de apenas se falar da mulher. Então, se um pai quiser ter o filho e mãe não tiver a mesma opinião, a mulher aborta. Despenalizar quando existe vontade um dos pais querer ter o filho? Não pode ser, não há ninguém a favor disto. E por isso, o voto NÃO é o único que salvaguarda os direitos humanos. Protege o pai, a mãe e o filho.
Diz a Constituição da República Portuguesa:

Artigo 24º
(Direito à vida)
1- A vida humana é inviolável
2- Em caso algum haverá pena de morte
Artigo 25º
(Direito à integridade pessoal)
1- A integridade moral e física das pessoas é inviolável
2- Ninguém pode ser submetido a tortura, nem a tratos ou penas cruéis, degradantes ou desumanos.
E pergunto eu, o que acontece no aborto não é uma violação do Direito à vida(filho) e uma violação da integridade física(mãe)?

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

"Com a vitória do SIM, um lobo passaria a ter mais protecção do que uma vida humana"

- O aborto é um atentado à vida humana. O embrião (feto) é uma vida humana.

- Não há nenhuma mulher presa por ter abortado.

- A vitória do SIM iria aumentar o número de abortos. Em Espanha, dos anos 80 para cá, o número de abortos aumentou perto de 70.000.

- A lei diz que um atentado contra a natureza é punível com 3 anos de prisão. Por exemplo, se matar um lobo, sou punido com cadeia até 3 anos. É inconcebível que se destruir uma vida humana não tenha qualquer sanção por isso. A vitória do SIM é proteger mais os lobos que uma vida humana

- Portugal foi o primeiro país a acabar com a pena de morte. Sempre fomos exemplares na defesa dos direitos humanos. Votar sim é fazer com que Portugal dê um passo atrás, pela defesa dos valores, da dignidade e vida humanas, pelos quais se tem destacado.

- Além da liberalização, o que pretende fazer com este referendo é uma nacionalização do aborto


Baseado nos argumentos do meu Professor de Economia, João César da Neves, no programa Sociedade Civil da RTP2.

Os melhores e os piores de sempre


É evidente que a votação promovida pela RTP tem pontos positivos, mas se me dissessem, há alguns meses atrás, que a televisão pública iria promover uma votação onde iria colocar em confronto Amália com D.Afonso Henriques, Eusébio com Fernando Pessoa, Pinto da Costa com Luís de Camões ou a Rosa Mota com Marquês de Pombal, sem dúvida que eu não iria acreditar. É que, antes de qualquer outra conclusão que possamos tirar deste concurso, penso que é uma votação injusta, porque todos os nomeados e milhões de não-nomeados foram muito úteis para a História inconfudível de Portugal.
Obviamente que esta votação dá a conhecer aos portugueses a História gloriosa do passado. Não posso ignorar o facto de ser um programa cultural e, nesse sentido, é muito importante. Apenas julgo que poderia haver outras formas de o fazer. Talvez eu até seja o único português com esta opinião, mas penso que se está a fazer uma grande injustiça para aqueles que não ganham, exceptuando Vitor Baia, a Padeira de Aljubarrota e alguns outros. Contudo, também eles foram muito importantes para Portugal. É impossível escolher entre os que conquistaram, os que defenderam, os que construiram ou reconstruiram, os que descobriram e os que escreveram tudo isto para imortalizar os feitos dos portugueses.
Apesar de tudo, é evidente que nada tira o mérito a ninguém, mas penso que se poderia ter encontrado uma outra forma para dar a conhecer aos portugueses a nossa História. O que falta é coragem para pôr no ar um programa cultural à hora dos Morangos com Açúcar ou da Floribela. É pena que um país de corajosos se tenha transformado num país de medrosos, onde só não hesitam quando é para pôr no ar reality shows ou telenovelas.
E pior do que isso (que é importante, visto ser um programa cultural) é a votação promovida pela SIC para eleger o pior português de sempre. Disso nem vou comentar. Mas se existe uma Entidade Reguladora para a Comunicação Social, devia estar atenta a este tipo de situações.

domingo, 28 de janeiro de 2007

O meu voto

Como disse há alguns meses, eu sou contra a realização deste referendo por dois pontos essenciais: é que, por um lado, a pergunta que é feita aos portugueses é, no meu entender, enganosa e, por outro, independentemente da resposta que os portugueses derem à questão do aborto, a situação vai continuar na mesma, pois não há uma única mulher presa por ter abortado até às 10 semanas de gravidez. Assim, este referendo acaba por ser um bom motivo que os socialistas arranjaram para desviar as atenções dos portugueses.

Já que, no mês passado, publiquei a minha opinião sobre esses assuntos, passemos ao essencial: a resposta. Em primeiro lugar, julgo que é importante conhecermos a lei. Porque, neste momento, a esmagadora parte dos portugueses não a conhece. Assim, para saber do que se está a falar, clique aqui.

É importante percebermos que tipo de questão é a que nos é feita: será moral? será religiosa?será jurídica? será científica? Na minha opinião, quando abordamos a questão do aborto não podemos ignorar nenhum dos campos que referi, pois podemos e devemos analisar este assunto por diversas perspectivas e todas elas me levam à mesma conclusão: o aborto vai contra todos os princípios religiosos, morais e jurídicos e contra os objectivos da própria ciência.

O que nos estão a perguntar, não nos iludamos ou enganemos, é se estamos de acordo com a liberalização do aborto até às 10 semanas de gravidez.

Antes de fundamentar o meu NÃO, gostava de fazer um apelo a todos os leitores deste artigo. De há alguns anos a esta parte, o País e o Mundo estão a viver uma crise de valores profunda, que se deve, na minha óptica, aos problemas económicos e ao progresso científico que veio pôr em causa alguns dos valores que vinham do passado e que até então eram promovidos pela cultura e pela religião. Neste referendo, está a ser tratada uma questão de vida ou de morte e abster-me seria mostrar a minha indiferença para com o primeiro, e principal, direito de qualquer ser humano: o direito à vida, que compreende o direito a não ser privado da mesma. Menos aceitável que responder de uma forma errada é não responder, não cumprindo o dever que é de todos os cidadãos.

Todos os dias, vemos novos argumentos, novos cartazes de campanha e novas opiniões. É importante analisarmos todos os aspectos para formarmos uma opinião concreta sobre esta questão. Foi isso que fiz. Depois de uma grande reflexão, penso que primeiro que tudo, liberalizar(ou despenalizar, se quiserem) o aborto é ir contra a Constituição da República Portuguesa, concretamente contra o artigo 24º, intitulado direito à vida, que no nº1 diz que "a vida humana é inviolável". Não há dúvida que nestas 10 semanas, aquilo a que chamamos feto é uma vida humana em desenvolvimento, desenvolvimento que culminará com o nascimento de uma pessoa. Abortar é ir contra a natureza, contra os direitos fundamentais do Homem e, na minha opinião, contra a própria Constituição, que, como todos sabemos, é a lei fundamental do Estado. Por isso, duvido da constitucionalidade de uma possível lei que despenalize as mulheres quando as mesmas abortam.

Além disso, todos sabemos que o direito e a moral são diferentes, mas não são indiferentes. Ora, o critério que explica que a moral não deve ser indiferente aos olhos do Direito é o do mínimo ético e julgo que o aborto se pode incluir neste critério.

O grande argumento do "sim" é a defesa das mulheres. Mas, curiosamente, não é uma protecção para a mulher se legalizarmos o aborto. Pelo contrário, está provado cientificamente que um aborto causará graves danos do corpo da mulher, que poderão, mesmo ser irreparáveis. É que não é só uma vida que "está em jogo" quando falamos do aborto, mas sim duas: a da mãe e a do filho. Votando NÃO estaremos a impedir que a mulher prejudique gravemente a sua saúde e a salvar uma vida. Votando SIM estariamos, por um lado, a impedir o desenvolvimento de uma vida humana e, por outro, a prejudicar a saúde da mulher grávida.

Outro dos grandes argumentos do "sim" é o facto de os abortos quando são feitos clandestinamente terem um maior risco para a mulher, mas desengane-se quem pensa que a solução está em fazê-los num estabelecimento de saúde legalmente autorizado para fazer abortos. Porque um aborto, feito no melhor hospital pelo melhor médico com os melhores meios do Mundo será sempre prejudicial para a saúde da mulher. Repito que o que digo, mais uma vez, não é uma opinião pessoal, mas um facto provado cientificamente.

Mas há outros motivos que me levam a responder NÃO neste referendo. Por exemplo, ninguém se preocupou com o facto de os abortos poderem contribuir para uma expansão de vírus, como o da SIDA. Se é garantido às mulheres e homens que podem fazer abortos, sem qualquer penalização, estes, logicamente, vão utilizar menos meios contraceptivos, como o preservativo, que fará com que a SIDA se vá alastrando. Parece-me, assim, que a despenalização do aborto vai contra os objectivos das sociedades actuais e vai agravar os problemas, principalmente contribuindo para a expansão destas doenças.

Há muitos outros motivos que estão na origem do meu voto "NÃO", que poderei publicar caso seja necessário, mas como não me quero alongar muito mais, deixo apenas uma última ideia. Julgo que a maior injustiça não é a actual lei sobre a interrupção voluntária da gravidez. Injusto é se uma mulher passar a ser vista como criminosa se abortar às 10 semanas e 1 dia. Não há, na minha opinião, qualquer diferença. Injusto é uma vida humana não se poder desenvolver por razões económicas e como consequência da irresponsabilidade das pessoas, que neste caso seriam os "pais". Injusto é não se dar as mesmas oportunidades às pessoas e se tentar resolver o problema de uma forma tão extrema, que surge apenas pelo facto de o Estado não conseguir garantir os mesmos direitos a todas as pessoas. O aborto é, e deve ser visto sempre, como um último recurso. Dois dos grandes princípios do Estado, que estão consagrados da Constituição, são o princípio da liberdade e da dignidade humana. Onde está a dignidade de uma mulher que impossibilita o desenvolvimento de uma vida? Será verdadeiramente a mulher livre de matar? Porque é isso que acontece no momento em que decide abortar.

É em defesa dos meus valores, das minhas ideias, da minha humana e do meu país com quase nove séculos de História, que, no dia 11 de Fevereiro, vou votar NÃO.

sábado, 27 de janeiro de 2007

Diz, e diz muito bem, o "Superlaranja"

No blog Depois Falamos, de Luis Cirilo, diz o Superlaranja que:

"Sabe a razão de tudo isto? O Marques Mendes sabe lá o que custa ganhar uma Câmara. Nunca foi candidato, andou sempre escondido em listas para a assembleia municipal, com o amigo Isaltino, e por isso pensa que é fácil."

Achei interessante, rápido, curto e que toca no essencial e, por isso, resolvi publicar.

Aconselho...


Estava eu à espera de um daqueles grandes filmes de terror e deparo-me com um filme, que considero dos piores que vi, com um terror ao estilo do Scary Movie. É, sem dúvida, um filme muito fraco, pelo que vos aconselho a não irem ver.. De thriller tem, de facto, muito pouco ou nada, mesmo.

A Maldição 2 (The Grudge 2)
Intérpretes: Sarah Michelle Gellar, Edison Chen, Amber Tamblyn, Jennifer Beals
Realização: Takashi Shimizu


Bem, e já que vamos para fim-de-semana, ao contrário deste filme, aconselho-vos a irem ver o "À Noite no Museu". É um bom filme para irmos descansar a cabeça, numa mistura de acção e comédia, com uma história fabulosa de um pai divorciado e azarado na vida que consegue um emprego como guarda nocturno do Museu de História Natural. O problema é que todos aqueles objectos, animais e figuras históricas ganham vida à noite. Gostei muito e recomendo. De resto, podem ver o trailer, clicando aqui.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Solidário

De certeza que todos os leitores deste blog têm amigos. E sentimentos. Por isso, na sequência destes dias que têm sido muito difíceis para várias pessoas, gostava de deixar aqui um grande beijinho para as pessoas que têm sofrido muito com o que a opinião pública tem dito e especulado, muitas vezes de uma forma excessiva. Às vezes, independentemente das circunstâncias das situações, é necessário (e útil, na minha opinião) deixarmos uma palavra de solidariedade. E eu deixo-a aqui, de uma forma pouca clara, mas as pessoas para quem se dirige este post sabem que estas palavras que escrevo são para elas, pois já tive a oportunidade de lhes comunicar a minha solidariedade para com a sua situação.

Peço desculpa aos leitores que nada têm a ver com estas palavras, mas na política, como em tudo na vida, há amigos e é preciso não os esquecer.

"A Câmara não oferece credibilidade"


As palavras são de José Sá Fernandes, vereador do Bloco de Esquerda, depois de mais uma bronca na Câmara Municipal de Lisboa. Como é do conhecimento de todos, pelo menos uma vereadora do PSD está arguida no Processo BragaParques, pelo que que suspenderá nesta tarde o mandato.
Lembro-me que quando era Santana Lopes quem estava à frente da principal Câmara do país nunca se falou em Eleições antecipadas. Esta é já a 2ª vez desde que tomou posse a nova equipa que comanda a CML. Mas, desta vez, dada a gravidade da situação, a hipótese é, mais do que nunca antes, provável. Vejamos o que Marques Mendes e Paula Teixeira da Cruz, que estão entre os principais responsáveis por esta situação têm a dizer, desta vez.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

domingo, 21 de janeiro de 2007

Desabafo


Após receber o convite para o colóquio que Marques Mendes promoveu sobre o aborto, senti-me como um adepto de uma equipa de futebol, que tem a esperança que a sua equipa volte às vitórias, mas que perde sempre...agora até com jogadores "emprestados".

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Ele está de volta


Santana Lopes, ex-Primeiro-Ministro e que actualmente é deputado do PSD, mostrou-se disponível para avançar para a liderança do Grupo Parlamentar do Partido. Santana vai manifestar essa posição amanhã, dia 18 de Janeiro, durante a reunião do grupo parlamentar do PSD.

Saudade


terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Uma homenagem merecida

Desde 1976 que o Sporting não anda sozinho. Onde o Sporting vai, a Juve Leo está lá. João e Gonçalo Rocha, filhos do então presidente João Rocha, fundaram a primeira claque organizada de apoio a um clube de futebol, em Portugal. A Juve Leo é pioneira, um exemplo do que é ser "ultra". Ao longo deste tempo, a Juventude Leonina fez coreografias das mais bonitas que já se viram em estádios de futebol. Fica para a História como a primeira claque em todo o Mundo a estar em Israel, num jogo contra o Maccabi Haifa. Por tudo isto, e muito mais, a Juve Leo é a única claque vencedora de quatro trofeus Gandula.
A história da Juve Leo fica marcada por três pontos: a sede foi incendiada em 1992, por membros dos No Name Boys. Custou muito a renascer das cinzas, mas a verdade é que a Juve Leo continuou, sempre em grande. Outro momento, muito triste, da História da claque foi a morte, em 1995, de alguns dos seus membros, que cairam do varandim do velhinho Estádio José de Alvalade. Por último, outro momento crítico da claque aconteceu, em Faro, em Setembro de 2000. Mas nesse ano, a claque foi fundamental no apoio ao Sporting, tendo o clube se sagrado Campeão Nacional e a Juve Leo lançou o seu CD, do famoso "Só eu sei porque não fico em casa".
Fez 30 anos em 2006 e não é preciso dizer muito mais sobre a "Juve". A História fala por si.

Ainda, o Belenenses - Sporting

A péssima exibição constrastou com o apoio de uma curva toda a unida a cantar com um único fim: apoiar o Sporting.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Preocupado


Como prometi, após uma curta pausa, devido aos Exames da Universidade, voltei. Já estive a navegar por vários blogs e, confesso, estou surpreso. É que em pouco mais de 15 dias, ninguém criticou, ou sequer pediu explicações aos ministros socialistas que têm tido um comportamento negativo, prejudicando os portugueses.

Começo pela Ministra da Educação. Ainda em relação aos Exames Nacionais do 12ºano, que também eu realizei no ano passado, vários alunos resolveram avançar com uma queixa em tribunal. Todos sabemos que houve falhas nos Exames e o tribunal deu razão a 5 alunos, em relação às provas de Química. Portanto, o tribunal mostrou a sua discórdia com o despacho da sra.Ministra. Os alunos repetiram os exames e pediram indeminizações pelo impacto que a falha do Ministério da Educação teve nas suas vidas. À custa desta falha, os nossos impostos andam mais uma vez a ser mal aplicados e muitos alunos foram prejudicados. E a Sra. Ministro, o governo e a oposição continuam indiferentes a esta matéria. Parece que ninguém quer saber dos estudantes que, no fundo, são o futuro do país. Ninguém falou da ausência de provas-modelo, que foi talvez o que mais prejudicou os alunos. É que, para quem não sabe, o ano que passou era um ano de passagem da reforma antiga para a reforma nova, feita pelo governo do PSD, e o facto de não terem sido feitas provas-modelo prejudicou-nos a todos, em relação aos alunos que tinham feito os Exames no ano anterior.

Já, o Ministro das Finanças viu o Tribunal de Contas dizer que alguns números que tinham sido apresentados pelo ministro não correspondiam à realidade. Além disso, o Tribunal deu centenas de conselhos ao Ministro e ainda pode vir a aplicar multas aos responsáveis do Ministério das Finanças que, de acordo com este orgão fiscalizador, realizaram pagamentos à margem do Orçamento do Estado durante o ano de 2005. E ninguém diz nada! Que estranho. Se isso fosse no tempo do Durão Barroso ou do Santana Lopes, este tema tinha uma semana garantida na capa de todos os jornais, abrindo telejornais, o governo seria alvo de uma grande oposição, que consequentemente iria culminar com a contestação dos populares.

Outro assunto que me tem feito alguma confusão é o do "não-salvamento" dos pescadores na praia da Légua, Nazaré. Parece-me incrível como não se conseguiu que fossem salvos os pescadores. É que a 30 metros da costa, há a obrigação de os salvar. Mas teve de vir um helicóptero do Montijo (será que quando se chamou o helicóptero, alguém acreditava na possibilidade de salvar as pessoas?), que durou 2 horas a chegar ao local. Disse o Ministro da Defesa que não é possível fazer melhor. E eu pergunto porquê. Eu fui este ano ao Dia da Defesa Nacional e vi os tais dois submarinos que Paulo Portas queria que fossem substituídos. E serão, em 2009, se bem me lembro. Obviamente que se tinha de comprar, porque os outros eram inúteis. Estavam a desfazer-se, de podres.
Na minha opinião, o primeiro responsável da morte dos pescadores é o Ministro. Se não há meios, há que os ter. É preciso trazer pessoas para as Forças Armadas e ter mais meios. Sobretudo, porque se está a tratar de vidas humanas. Porque já conseguimos perceber que os meios que temos são ineficientes e ineficazes.

Finalmente, o Ministro da Saúde disse que vai despedir médicos, porque chega a haver "30 médicos para 30 camas". E pergunto eu, será que o problema está no número de médicos? Eu já falei dos números de pessoas em lista de espera, que poderão ser agravados se o referendo do aborto tiver como resultado uma vitória do SIM. A quantidade de médicos que temos é ineficiente. E o que faz o governo? Despede-os e fecha hospitais. E ninguém diz nada...

domingo, 14 de janeiro de 2007

Respeitem e honrem a nossa camisola



O Sporting voltou a jogar para o campeonato, quase um mês depois do último jogo. Sem ritmo, sem ideias, sem soluções, sem atitude. Foi uma vergonha.

Começando pela baliza, vejo o Benfica com três bons guarda-redes, o Porto com dois dos melhores do campeonato e o Sporting, pois é, tem o Ricardo. E quando o Ricardo se constipa, enfim...

Na defesa, sinceramente, continuo sem perceber. Não há alternativa ao Tello, na esquerda, sem ser um adaptado Miguel Veloso, que é um dos melhores trincos portugueses, senão o melhor. Por isso, deve jogar sempre, como um elemento mais recuado de um meio-campo com Moutinho, Nani e, espero eu, também, com Rochemback. É que o Custódio não deve ter lugar sequer no Penalva do Castelo, muito menos fora de forma como tem estado desde o princípio da época.

Em relação ao Carlos Martins, creio que deve ser severamente castigado pela direcção do Sporting. O que ele fez foi uma falta de respeito para com o Paulo Bento e para com todos nós, adeptos. Se não sente a camisola, rua.

O Farnerud ainda não cheguei a perceber se é bom ou mau. Ele anda lá, isso é verdade, mas mal se dá por ele.

Outro que deve sair, já, é o Alecsandro. Não percebeu ainda que está a jogar num dos melhores clubes da Europa(o Sporting é apenas superado pelo Barcelona em títulos, falando de todas as modalidades). Quando foi substituído pelo Pereirinha, saiu a passo, como se estivessemos a ganhar tranquilamente o jogo.

Contudo, tivemos a sorte de empatar contra o melhor Belenenses que já vi jogar até hoje. Precisamos de reforços e de mão pesada no balneário. Não é só Rochemback que falta. É preciso alguém que faça golos. Muitos golos. Ou corremos o risco de ser ultrapassados pelo Benfica e pelo Braga e limitamo-nos a lutar por um lugar na Uefa.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Literatura

"E acima da curva? Aí, gostaríamos de estar, pois teríamos mais dos dois bens do que na curva. O problema é que não temos recursos para lá chegar. A escassez de recursos faz com que os pontos acima da curva sejam impossíveis de atingir. Deixemos esses pontos para as promessas dos políticos em campanha eleitoral, e fiquemos pelos pontos da curva."

( João César das Neves, Introdução à Economia, Verbo, 7ªEdição, pág.52)

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Pois é, chegou a altura de que os estudantes universitários menos gostam. Entrámos na época de exames, pelo que o VozPropria vai fazer uma curta pausa, prometendo voltar, em força, no dia 16 de Janeiro.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

União Europeia alarga-se para 27


O novo ano trouxe mais dois países para a União Europeia, com a adesão, no dia de hoje, 1 de Janeiro, da Bulgária e da Roménia. Após o quinto alargamento, que se deu hoje, a população europeia é de cerca 500 milhões de pessoas. Além destes novos membros, é de sublinhar que este dia também fica marcado pela adesão da Eslovénia à moeda única.

À data da sua entrada, Sofia e Bucareste apresentam, sem surpresa, dos valores mais pobres na UE a vários níveis, começando pela sua riqueza, já que o respectivo PIB per capita é ligeiramente inferior a 30% da média comunitária.
A inflação nos dois novos Estados-membros é também muito superior à média comunitária (1,8 %), com a Bulgária a apresentar uma taxa de inflação anual (entre Outubro de 2005 e Outubro de 2006) de 5,7% e a Roménia de 4,8%.
Noutros indicadores, Bulgária e Roménia também se revelam ainda muito atrás da média da União Europeia, como é exemplo a esperança média de vida.

«Sabemos que a nossa cultura e a nossa herança serão mais ricas e que isso favorecerá as nossas relações mútuas, assim como a nossa economia», disse Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia.