domingo, 28 de fevereiro de 2010

Olé!

Quando se vulgariza o tetra-campeão nacional, com uma categórica vitória por três a zero, não há mais nada a dizer.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Obviamente, apoio.



Foi essa a resposta que dei na quinta-feira passada a um colega de Faculdade, que me questionou se apoio a candidatura de Paulo Rangel à presidência do PPD/PSD e a Primeiro-Ministro de Portugal.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Grande?



Grande sou eu, o Izmailov é ENORME!
Além de ser a jóia da coroa leonina, é um exemplo, dentro e fora do campo, de um profissional íntegro, cumpridor dos seus compromissos, respeitador daqueles que lhe pagam um “modesto” salário todos os meses.
Recusando uma proposta milionária moscovita que lhe permitia, também, o regresso a casa, passou a ser um enorme exemplo para dentro do balneário do Sporting.
Se alguns adeptos defendiam a ideia de que o Izmailov valia, pelo menos, a sua cláusula de rescisão, se os dirigentes pensavam que uma proposta de 6 milhões era suficientemente boa, eu, inserindo-me numa maioria de adeptos do melhor clube do mundo (que é o Sporting Clube de Portugal), vejo-me obrigado a ter de dizer agora que o Izmailov não tem preço.
Merece a camisola que veste. Com o número 7. Que foi vestida por Figo e Sá Pinto. Camisola que irei comprar na próxima época. E na época seguinte. Espero eu que, nessa segunda época, a camisola já tenha, além do símbolo do Sporting e do número 7, o escudo. De campeão nacional. O Izmailov merece-o mais do que ninguém.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Uma canção

É a hora do tudo ou nada!


Carlos Carvalhal não poderia ter abordado o jogo de hoje contra o Everton de um modo menos acertado. Como é possível dizer que este jogo não é o tudo ou nada?

Talvez o Carlos Carvalhal não tenha percebido isso, mas o Sporting é o segundo Clube da Europa com mais títulos conquistados, ainda que essas vitórias não se reflictam no número de campeonatos ganhos.

O Sporting perdeu o campeonato. E deve essa derrota ao péssimo futebol que praticou, desacertado na frente, desarticulado no meio campo, demasiado inseguro e nervoso na zona mais defensiva.

O Sporting perdeu a Taça de Portugal, onde fui categoricamente afastado por uma das mais demolidoras exibições do FC Porto. E depois de ter desesperado pelo fim do jogo contra uma fraquinha equipa de Mafra que, se o jogo tivesse mais dez minutos, certamente teria eliminado o Sporting uma eliminatória mais cedo.

O Sporting perdeu também a Taça da Liga, não sabendo, em campo, vingar-se de uma derrota sofrida no ano anterior, ainda que deva essa eliminação ao facto de ter jogado com menos um jogador.

A Liga Europa é o que resta. E, sendo o que resta, para um Clube que se quer Grande, tão Grande como os maiores da Europa, a Liga Europa passou a ser tudo.

Os adeptos estão muito desiludidos com a equipa, com os dirigentes, com a política de futebol, com as duas equipas técnicas que passaram pelo futebol sénior do Sporting nessa temporada.

Os sócios exigem explicações ao presidente, primeiro responsável por tudo o que se está a passar no Sporting, que tem afastado os sportinguistas.

E eu, enquanto sócio, exijo que o treinador, a equipa técnica e os jogadores eliminem os ingleses. Porque este jogo é o tudo ou nada. Mesmo que o treinador diga que não.

Estarei a torcer pelo Sporting. Como sempre. Mas não me peçam 25 euros para poder estar num lugar que comprei quando o estádio ainda não estava construído. Para 20 anos. Muito menos numa altura em que, pelo futebol praticado e pelos resultados obtidos, é um autêntico tormento ver jogos do Sporting. Pelo menos, do ponto de vista de um sportinguista.

Joguem à bola. Eliminem os ingleses. Essa é a vossa obrigação.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Um outdoor...

...que vale muito mais do que mil palavras! É da JSD e estará em vários pontos do país.

Uma crónica

De José Diogo Quintela:


"Quando chegou do Brasil e lhe perguntaram se tinha acompanhado o Sporting, o presidente Bettencourt disse: «Infelizmente, estou a par». Já somos dois. Recapitulemos alguns factos.

Na campanha eleitoral recusa-se a debater com o outro candidato. Depois, diz «Paulo Bento forever», ficando refém de um treinador. Já eleito, dispensa Derlei e prefere ir buscar Caicedo.

Como primeiro presidente remunerado do Sporting, diz que vai ganhar menos que o Abel. Uma declaração deselegante para com um jogador do Sporting.

Quando Paulo Bento sai, diz que os sócios ainda vão ter saudades dele, pondo desde logo em xeque o próximo treinador.

Ao mesmo tempo, depois de se ter batido para aumentar o número de sócios, chegando aos 100 mil (uma óptima medida), menospreza um sócio por ser o 90 e tal mil. Menospreza e quer bater.

Depois de não ter força para trazer Villas Boas da Académica, não consegue esconder esse facto e Carvalhal fica desde logo diminuído por se perceber que foi segunda escolha e por não ser apresentado à comunicação social, sendo antes apresentado on-line. O Sporting comunica mais com a CMVM do que com os sócios.

No mercado de Inverno não consegue o regresso de André Santos, porque no contrato de empréstimo o departamento jurídico do Sporting se esqueceu de colocar uma cláusula de resgate. Uma incompetência que devia ser o suficiente para o administrador responsável devolver o prémio. Descobre-se que o direito de preferência sobre Carlão se resume a um acordo verbal entre Pedro Barbosa e alguém do Leiria. Não vale nada, portanto.

Compra João Pereira. Boa contratação. Mas que entra mal no clube ao ser apresentado, não aos sócios e através da comunicação social, mas num jantar de uma claque. Pongolle, esse, custa 6,5 milhões. Não é dito onde estava esse dinheiro no Verão, quando, por exemplo, Nené saiu do Nacional por 5,5.

Sá Pinto anda à bulha com Liedson. Uma das razões para o incidente é a falta de autoridade que Sá Pinto tinha, porque a estrutura não lha conferiu. O incidente é posto imediatamente nos jornais e ainda não se sabe quem é o bufo.

O presidente vai de férias, sem se pronunciar sobre o sucedido.

São publicadas escutas do Apito Dourado. Numa delas, Bettencourt e o Paulinho são injuriados por Pinto da Costa. Ninguém do Sporting diz nada.

O Sporting perde três jogos importantes seguidos. Bettencourt continua de férias.

Antes do jogo com o Benfica, Luís Filipe Vieira (LFV) acusa o presidente do Sporting de faltar à palavra. Não se defende.

A primeira vez que fala nos últimos tempos não é para se referir convenientemente ao caso Sá Pinto e ao bufo, às pesadas derrotas, às referências insultuosas nas escutas ou à acusação de falta de palavra de LFV. Não, é para dizer que Carvalhal depende dos resultados. Exige a este treinador o que nunca exigiu a Bento. Ou o que é que José Eduardo Bettencourt acha que «forever» quer dizer? Volta a desprezar o treinador quando diz que com Bento é que faria uma boa dupla. Portanto, dá este voto de confiança a Carvalhal no dia em que se vai tentar pôr fim a quatro derrotas consecutivas.

Mas não é só isso que JEB diz. Diz também que quer implementar um modelo à Porto, porque o Porto há 30 anos que é o melhor. JEB esquece que o modelo do Porto, escarrapachado nas escutas, assenta em fruta e cafezinhos e que muito tem lesado o Sporting. É que no Porto, em altura de crise, não é o presidente que mandam para o Brasil. É o árbitro.

Percebe-se porque é que o presidente ganha menos do que o Abel: é que o Abel tem de ficar cá a assistir ao descalabro, não se pode pisgar para o Brasil. De onde, se é para dizer estas coisas, JEB mais valia não ter voltado.

Oque é que será preciso acontecer mais para ficarmos todos a par? «Em que é que João Pereira estava a pensar?» É o que muita gente se pergunta. Eu sei a resposta. Estava a pensar no Benfica–Nacional, também para a Taça da Liga, também apitado por Olegário Benquerença, em que uma agressão de Luisão foi punida apenas com um amarelo. O João Pereira achou que as regras são iguais para todos. Achou mal.

Mas justificar a derrota com a arbitragem é tapar o sol com a peneira. Perdemos porque o Benfica foi melhor. Aliás, o erro de arbitragem mais grave não foi o fora-de-jogo mal assinalado, em que o Sporting, no momento em que podia equilibrar a partida, foi cirurgicamente impedido de o fazer. (Até parecia um jogo do Porto, daqueles em que ganha 3-0, mas enquanto está 0-0 há um go-lo mal anulado ao adversário). Não, o maior erro de arbitragem nem foi do árbitro. Foi nosso. Se o Javi García tinha um amarelo, era pôr o Matías perto dele, tentando arrancar o segundo. Nem isso soubemos fazer.

Aliás, Javi nem devia ter jogado, devia estar suspenso pela agressão no Benfica–Guimarães. Esse caso é um bom exemplo para explicar o benfiquismo, principalmente nesta época. E não é pelo argumento «o árbitro viu, mas quis beneficiar-nos», uma admissão descarada do Benfica, usada para anular o sumaríssimo.

Antes disso, no Dia Seguinte, Sílvio Cervan desvalorizou a agressão, dizendo que, na altura, ninguém do Vitória se tinha queixado. Já há três semanas, no Trio de Ataque, um dos argumentos para António-Pedro Vasconcelos dizer que Falcao marcou com a mão foi o facto de um jogador do Paços de Ferreira refilar, a apontar para a mão. Porque para os benfiquistas, quem refila mais, tem mais razão.

O que não é verdade. Basta ver que, em matéria de mãos na bola, na época passada, apesar de o Di María ter refilado muito a pedir mão, não foi por isso que cresceram dedos no peito do Pedro Silva. Mas é um facto que, sendo em maior número, os benfiquistas fazem mais barulho a refilar. Se uma árvore cair numa floresta, sem ninguém ao pé, fará barulho? É indiferente: se as outras árvores forem benfiquistas, o barulho delas abafa o som da queda.

Se Marc Zoro fosse jogador emprestado pelo Porto ao Setúbal e, durante um jogo entre as duas equipas, no último minuto fizesse um penalty daquela maneira, o barulho dos benfiquistas ia ser ensurdecedor. Até já estou a ver a manchete: Zoro sob azul! Como foi com o Benfica, houve silêncio.

O pior é que há quem, estando em posição de decidir, se deixa influenciar e acha que, por haver mais ruído benfiquista, beneficia o Benfica. O barulho é um grande complemento às simulações do Aimar, Saviola e Di María. Com barulho, a agressão do Luisão é menos grave que a do João Pereira.

Para os benfiquistas, quem aponta estas evidências é um anti-benfiquista e, queixam-se eles, o País está pejado de anti-benfiquistas. O que acaba por ser caricato. Depois de dizerem que são 15 milhões. De dizerem que o Benfica é Portugal. Depois de avisarem que vão negociar sozinhos as transmissões dos seus jogos, pois têm mais peso negocial, devido à maioria de espectadores que gostam de ver o Benfica. Depois de dizerem que é normal que a Sagres lhes pague mais, pois têm mais consumidores simpatizantes. Depois de dizerem que é óbvio que compensa ao Estoril fazer um jogo decisivo no Algarve, pois os benfiquistas enchem o estádio, aumentando a receita. Depois disto e quando se sabe que a maioria da imprensa desportiva é benfiquista e que uma cobertura favorável ao Benfica vende jornais e dá audiências, ainda se queixam que estão todos contra o Benfica. Todos? Todos, quem?"

À atenção do presidente do Sporting (parte II)


Este é o mais profissional de todos os jogadores do Sporting.
É o melhor jogador que o Sporting tem no plantel.
Veste a camisola sete e é a jóia da coroa.
Jogadores e profissionais como ele, por muitas academias que existam, já não há no mundo.

À atenção do presidente do Sporting


Com a vitória no Restelo, a Académica está 8 pontos acima da linha de água, tendo a manutenção praticamente garantida. Está a 4 pontos da Europa.
O bom futebol praticado e os resultados desportivos deste novo treinador da Académica devem merecer a devida atenção por quem estiver a preparar a próxima época do Sporting.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Solidariedade


Com os madeirenses.
Sobretudo com aqueles que perderam, tragicamente, familiares ou amigos. E com os que viram, com a agressividade de uma chuva intensa, o (resultado do) trabalho da sua vida desaparecer.
Um grande abraço solidário, de muita força.
A Madeira, por muito que custe a algumas pessoas, é Portugal. E todo o País está solidário com a situação difícil que vivem os compatriotas insulares.

Ruptura necessária para voltar a governar

Os últimos dias têm sido marcados pela realização de várias reuniões entre socialistas, de apoio, confiança e solidariedade para com o Primeiro-Ministro e secretário-geral do PS, que vive tempos muito complicados.
A julgar pelos últimos anos e pelo que tem sido escrito por autores de diversos blogues, militantes do PSD, isso seria impossível no nosso Partido.
É também por isso que o PSD não está no Governo.
Não somos solidários uns com os outros. E ninguém confia em ninguém, dentro do PSD.
É errada esta estratégia de dois dos três candidatos à liderança do PSD, que se arrasta pelo seus defensores (e de que maneira aqui na blogosfera!), de arranjar truques, de divulgar boatos, de declarar guerra aos outros candidatos a líderes do Partido.
Muitos desses intervenientes da blogosfera, cujo pensamento agora critico, foram grandes entusiastas das presidenciais norte-americanas, tendo enaltecido o plano convergente de Obama e dos Democratas.
Apliquem, então, o que vos entusiasmou.
O PSD terá um bom líder depois das directas. Essa é a minha opinião. Que é a mesma opinião que tem Paulo Rangel.
É que nós, dentro do PSD, não somos nem devemos ser inimigos uns dos outros.
O PSD precisa de romper com quem pensou dessa forma, com quem pautou a sua atitude por pensar assim, se quiser mesmo ganhar ao Partido Socialista e voltar a governar Portugal.

À atenção do Sporting

O Everton já não é aquela equipa em crise que começou a Premier League. É uma equipa que galopou agressivamente para subir na tabela classificativa, do décimo sexto até ao oitavo lugar.
Nas duas últimas jornadas, venceu os dois primeiros classificados.
Na jornada 26 venceu o Chelsea por 2-1. O Chelsea é líder, com quatro pontos de avanço.
Na jornada 27 venceu o Manchester United, por 3-1, dando a volta a um resultado de 0-1, com golos dos jovens Rodwell, Gosling e da estrela russa Bilyaletdinov. O Manchester United, segundo classificado da Premier League, tinha, durante a semana que passou, ido a Milão vencer o AC Milan por 3-2.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Entretanto,...

Realizou-se mais um desejo que tinha para este ano.
O meu terceiro sobrinho também já tem personalidade jurídica, já que nasceu sete minutos depois das catorze horas do dia de ontem. Com 2,650 kg.
Bem-vindo.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O Benfica e a Europa


Aparte os casos do túnel e a escandalosa suspensão a Hulk, do FC Porto, e a Vandinho, do Sporting de Braga, uma coisa é certa: o Benfica de Jorge Jesus joga o dobro de um outro Benfica, de Quique Flores.
Isso deve-se a um mérito partilhado. Entre Jorge Jesus, Rui Costa, Vieira e muitas outras pessoas, umas com mais visibilidade que outras.
O Benfica foi audaz. De resto, durante o Verão contratou alguns jogadores que eu próprio recomendei ao Sporting. Não era preciso virem todos, bastavam alguns, dois ou três. O Sporting, com esses dois ou três jogadores que agora abrilhantam a carreira do Benfica em todas as competições, teria sido um fortíssimo candidato a campeão nacional e a fazer uma carreira bem sucedida na Europa.
Estou convencido de que o Benfica irá ser campeão nacional. Sobretudo após o deslize do Porto em Matosinhos, a missão ficou difícil para os nortenhos da Invicta. Os nortenhos de Braga, privados de um grande jogador e a terem de jogar em Lisboa e no Porto contra os outros clubes que estão no pódio, terá uma missão quase impossível.
O Benfica foi também inteligente ao antecipar a jornada 20. Se foi possível, tenho de partir do princípio (por muitos questionado) de que era permitido. Do mesmo modo que foi permitido, o Estoril ter recebido o Benfica, há cinco anos… no Algarve.
O Benfica não é Portugal. É um clube português. E, sendo possível, tem de haver um apoio nacional ao Benfica nas competições europeias, do mesmo modo que todos apoiámos (e vibrámos) com as vitórias europeias do FC Porto e com a ida do Sporting a uma final da Uefa.
Seria muito importante que, num espaço de 10 anos, o futebol português visse os seus três grandes presentes em finais europeias. De preferência, ganhando-as. E esta Liga Europa está ao alcance do Benfica. Por isso, o Benfica tem, este ano, uma oportunidade única. Que não deve desperdiçar. Está em causa o orgulho benfiquista, de querer, pelo menos, ir tão longe, como os seus principais e normais rivais foram nas competições europeias, nas suas melhores épocas recentes.

Soluções (possíveis)


De uma vez por todas, tem de acabar este “jogo das cadeiras” que tem caracterizado a estrutura de futebol do Sporting, desde a administração da SAD à equipa técnica da equipa principal.
É preciso mais gente. É preciso mais cadeiras. E é preciso que a estrutura deixe de ser feita através de remendos. Isso é o que tem acontecido.
O Sporting precisa de um grande nome, respeitado pelo mundo do futebol, para representar o clube no mercado e nos sorteios das competições. Luís Figo ou Paulo Futre são nomes muitíssimo interessantes. Porventura, os dois únicos que o são.
Iria haver outra motivação por parte dos jogadores, sabendo que o seu director seria um dos melhores futebolistas portugueses de todos os tempos, que ganhou, meritoriamente, o estatuto de "melhor jogador do mundo".
Acima desse director estaria apenas a administração da SAD, à qual deveria competir um papel cooperante no mercado e o aval dado à actuação desse director.
Entre esse director e a equipa técnica, deveria haver uma outra pessoa, que fizesse a ligação entre o balneário e a direcção, que fosse o responsável pela disciplina e motivação no interior do balneário. Sá Pinto deveria ser a escolha. Desde que saiu, o Sporting teve uma vitória apenas (contra o Penafiel, fora) e um empate (em Paços de Ferreira), somou cinco derrotas (Braga, Porto, Benfica, Académica e Everton), foi afastado de duas competições e impedido de lutar por mais do que o quarto lugar. João Pinto poderia ser também uma escolha interessante.
É necessário ainda um outro elemento nesta estrutura: alguém a quem compita a garantia de que não haverá mais fugas de informação do balneário para o seu exterior, sobretudo para a comunicação social. Esse “alguém” sentar-se-ia ao lado do treinador e dos jogadores nas conferências de imprensa, tendo também essas funções. Pela sua função, este “alguém” terá mesmo de trabalhar a tempo inteiro.
Por fim, a equipa técnica, idealmente comandada por um português ou por um conhecedor do nosso futebol. O treinador da Académica seria o ideal.
É óbvio que a estrutura de futebol não deve ser só composta por estas pessoas, responsáveis por estes cargos. Apenas referi as mais importantes.
Mas que não restem dúvidas: o Sporting não tem uma estrutura de futebol forte e precisa de ter. A menos que queira continuar a iludir os sócios de Maio a Agosto e a ver cada vez mais sportinguistas divorciarem-se da equipa de futebol principal.

A brincar, a brincar...

Conforme tinha combinado e dito no post anterior, voltei, à tarde, à esquadra. Apresentei, finalmente (e porque tinha disponibilidade), a queixa a um bem-disposto polícia benfiquista. Enquanto fiz a queixa, o polícia, apenas acompanhado por um colega, recebeu, por telefone, um alerta de um munícipe oeirense.
Esse munícipe, residente num quarto andar de uma rua deste concelho, pedia que a polícia, de uma forma rápida, se dirigisse até ao local, dado que um grupo de pessoas tentou entrar pelo prédio (creio que era o nº83 da Rua Agostinho Neto) adentro.
A polícia não foi até ao local. Porque o senhor que ligou para a esquadra não era o administrador do condomínio.
O munícipe pediu, então, para que ligassem para o administrador, pedido que foi imediatamente indeferido.
Lembrei-me, logo, de uma história que se passou, penso eu que já neste mês de Fevereiro, num prédio próximo do “meu”. A porteira desse prédio estava em casa quando algumas pessoas tentaram entrar em sua casa, com aquela “táctica” dos cartões. Ela ligou para a esquadra, que é a menos de um quilómetro de sua casa. A polícia demorou 45 minutos a chegar. Por sorte, ela estava em casa. Por sorte, tinha a porta trancada. Por sorte, os ladrões foram embora. E tiveram sorte de não terem sido apanhados, porventura em flagrante…
Poderia ter acontecido o mesmo ao morador de um 4ºandar do prédio onde um grupo de ladrões tentou entrar. Bastava que tivessem continuado a tentar. Basta que tivessem conseguido entrar. Porque, a menos que o administrador do condomínio ligasse para a polícia, esta não poderia sequer levantar o rabo daquelas já gastas cadeiras da sala da esquadra.
Poderá, quem estiver a ler este texto, pensar que estou a dizer, nesta sequência de factos (verdadeiros), que a polícia é incompetente. Mas não creio que seja. Muito devemos nós aos que, colocando a sua vida em perigo, nos tentam garantir a segurança a todos.
Existem dois problemas, claramente identificáveis na narração desta pequena história. O primeiro é a falta de meios. O segundo é a legislação. Poderá existir um terceiro, que é a preguiça. Mas, em todas as profissões, existe sempre uma série de pessoas preguiçosas.
A falta de meios tanto impede a polícia de impedir um crime, como de deter quem o praticou, de tomar a ocorrência dele, ou de uma tentativa.
A legislação tem sido, justamente, muitíssimo discutida. O polícia, para poder agir (da melhor forma para garantir os direitos dos cidadãos e aplicar a “justiça no terreno”), não deve estar à espera de um telefonema de determinada pessoa. Como, noutras situações, não pode ter, num determinado momento, motivos legais que o impeçam de preservar da melhor maneira possível o direito que mais interesse salvaguardar.
A conclusão que se tira é que a falta de segurança sentida por uma parte cada vez mais significativa de cidadãos tem uma dupla causalidade: a legislação e a falta de meios causam a perda da autoridade por parte da polícia, enquanto esta, por seu turno, é a causa do sentimento de insegurança por parte dos cidadãos.
E é assim, a brincar, a brincar que vamos percebendo que a incompetência não está na polícia, não está nos polícias.
A incompetência é daqueles que, em vez de canalizarem os recursos financeiros do Estado para a garantia de direitos essenciais dos cidadãos, decidem que o Estado esbanje o dinheiro público (o que tem e o que não tem) em obras faraónicas, supérfluas, desnecessárias. Por causa deles, a polícia não tem meios.
Foram também incompetentes aqueles que, por não terem feito os estudos necessários para este tipo de matérias, retiraram a autoridade à polícia, tendo mão leve com aqueles que desrespeitam a lei, nomeadamente a lei penal.
O Estado tem falhado muito, de forma inconcebível, neste domínio.
Para me dirigir mais directamente a si, que está a ler este texto, resta-me desejar-lhe duas coisas.
Em primeiro lugar, desejo que não tenha problemas e que não precise da polícia.
Em segundo, no caso de estar, no futuro, perante uma situação em que precise mesmo da intervenção da polícia, só me resta fazer um último desejo, que se resume a duas palavras: boa sorte.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A brincar


Hoje, fui até uma esquadra da polícia, ainda antes das 11 da manhã, para apresentar uma queixa.
Na esquadra, estavam cerca de dez polícias.
Falei com um deles. Que me disse para ir até um local dentro dessa esquadra e fui.
Quando cheguei, falei com um outro polícia.
Disse-lhe os motivos da queixa que iria apresentar. Disse-me que estão com muito trabalho. Eu, obviamente pensando que estava a brincar, ri-me.
Ele, então, disse-me que estão com uma situação de droga e que (apesar da quantidade de polícias que estavam, naquele momento, dentro da esquadra) era melhor eu passar lá da parte da tarde.
Eu, ainda assim, pensei que ele estava a brincar. Mas já não me ri, porque não tinha a certeza.
Nessa altura, o polícia disse-me que só tinham um computador e que estava a ser utilizado. Pediu-me, novamente, para passar lá durante a tarde, para que apresente a queixa.
Se, eventualmente e até voltar à esquadra, algum polícia me mandar parar no trânsito e me pedir os cartões, vou-lhe dizer que não os tenho. Pode ter sido furto ou mera distracção, mas não os tenho. Vou-lhe dizer que fui até uma esquadra e que a polícia me mandou voltar depois.
Provavelmente, esse polícia vai-se rir e não vai acreditar.
É assim que estamos, numa espécie de país, numa espécie de Estado de Direito, num Estado a brincar.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Mário Crespo, 17 Fevereiro 2010

Texto: “Não te posso publicar esta crónica”. “Tu és Director, saberás o que fazer”. “Eu sei que sou Director. Não preciso que digas que sou Director. Eu sei que sou Director”. “Posso dizer-te que se fosse eu Director, publicava”. “Eu tenho que confirmar isto e a esta hora não consigo ligar ao Primeiro-Ministro”. “Tu és Director saberás o que fazer, não publicas e eu nunca mais escrevo para ti”. “Eu tenho que investigar isto”. “Faz o que quiseres, investiga o que quiseres. Não publicas e eu nunca mais escrevo para ti”. “Sobre isso falamos depois.”. “Não Zé Leite Pereira, nós não falamos mais”.

“Há qualquer coisa fisicamente dolorosa quando se recebe a notícia de que o nosso trabalho foi censurado. O estômago aperta-se. Sentimos que estamos com os olhos demasiado esbugalhados e não conseguimos fixar a vista em nada. Durante muito tempo. O olhar vagueia por tudo, evitando tudo. Tenta-se respirar fundo, mas a respiração sai curta e durante uns minutos é insuficiente. E ficamos ainda mais inquietos. Depois hiperventila-se e fica-se agitado. Um corpo estranho começa a apertar-nos uma zona indefinida do tórax logo abaixo do pescoço. E fica aí a lembrar-nos que há solidões novas que ainda não tínhamos experimentado. Depois cai uma imensa melancolia.
Terá sido provavelmente isto que Luís de Sttau Monteiro sentiu em 1960 quando o SNI mandou a sua editora retirar trinta páginas do seu Um Homem não Chora. As trinta páginas em que ele articula raivas surdas contra o sufoco do Estado Novo, enquanto a sua personagem desce a Avenida da Liberdade mastigando obsessivamente grãos de café. Terá sido isso que, também, António de Almeida Santos sentiu a 30 de Maio de 1959 quando o Secretariado Nacional de Informação decretou que o seu livro de contos A Rã e o Pântano era matéria proibida. Nos poucos dias que esteve nas livrarias o autor deu uma cópia ao meu pai, que é hoje parte do nosso património familiar, com a dedicatória onde se lê numa magnífica caligrafia inclinada de uma caneta de tinta permanente (as Futura de feltro ainda não tinham sido inventadas) “Ao Eduardo Crespo, com as homenagens e a estima do Almeida Santos”. Mais de meio século depois A Rã no Pântano foi reeditada com um registo na capa onde se lê “A primeira edição deste livro foi apreendida pela PIDE”. Lá dentro está uma dedicatória na mesma bela escrita inclinada (já com uma Futura de feltro preta) onde se lê: “Ao Mário Crespo, com admiração e amizade, esta segunda edição de um livro que ofereci a seu pai antes da PIDE o ter apreendido. Almeida santos.” Quando recebi a reedição da Rã no Pântano lembro-me de ter comentado com o Dr. Almeida Santos que hoje parece impossível o que aconteceu, e o imenso trabalho que tinha sido rectificar todo um sistema orientado para o controlo do pensamento, fosse através de um livro de contos, fosse espartilhando noticiário banal em modelos oficialmente tolerados.
Na parte de trás desta crónica, que vou distribuir de mão e mão em fotocópias, porque em Janeiro de 2010, por razões de conteúdo politicamente incorrecto, censuraram a minha coluna de opinião no Jornal de Notícias, está o que se chamava nas redacções um “linguado” de prova. Era de A Capital, um diário de que fui o primeiro Director depois do 25 de Abril quando, com a privatização, A Capital se libertou de tutelas estatais e políticas. Trouxe de lá este texto dos anos 70 com os cortes de censura. Fascina-me ver o género de notícia que a Censura não tolerava. Interpretações da realidade, perguntas e sobretudo factos insofismáveis. Havia só uma verdade consentida. A oficial. Tudo o mais era desviante, e o desvio tinha que ser rectificado.
Já depois da minha crónica O Fim da Linha ter sido censurada por José Leite Pereira, o sociólogo Paquete de Oliveira, provedor do telespectador na estação de televisão do Estado, sentiu-se no dever de escrever uma crónica no espaço de opinião que eu ocupei durante mais de dois anos, onde, para substanciar a imensa liberdade de expressão que ele diz sentir no Jornal de Notícias, afirma que: “Nunca me mudaram uma vírgula que fosse sem me consultarem.”. É essa a diferença entre mim e Paquete de Oliveira a quem, em consulta, podem mudar as vírgulas. Eu, quando escrevo opinião, faço-o de forma definitiva. Tenho imenso cuidado com as vírgulas. Se calhar a conversa com José Leite Pereira que reproduzi no início teria tido outro desfecho se eu, tal como Paquete de Oliveira diz, tivesse autorizado que me alterassem ocasionalmente umas vírgulas. Mas, por outro lado, isso nem sequer foi contemplado. À meia-noite, quando José Leite Pereira me contactou, já o Jornal de Notícias estava a ser impresso. A minha crónica já tinha chegado ao fim.”

Mário Crespo, 17.02.10

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

“Quem nada fez de mal não tem sossego. Sossegados andam outros. É uma vergonha”.

Estas três primeiras frases, que escolhi para título deste texto, não são minhas. São as frases com que Pedro Santana Lopes terminou um texto que escreveu há dez dias no seu blogue pessoal.

Escolhi-as porque poderiam ter sido ditas por mim e porque escrevo, agora, sobre uma notícia que um jornal diário escolheu para manchete principal na véspera de Carnaval.

O processo da Face Oculta é grave. Porque, através dele, o país ficou a conhecer, através de escutas, uma outra face, até então oculta, do Primeiro-Ministro. Mas isso não justifica que, mais uma vez e de uma forma completamente vergonhosa, se tente misturar nome de Pedro Santana Lopes.

Já lá vamos a esta manchete triste, só justificada pelo facto de vivermos em período carnavalesco. Até porque foi imediata e integralmente desmentida pelo próprio Pedro Santana Lopes, na página 6 desse mesmo jornal diário.

Não é novidade para ninguém o ódio profundo que um grupo de pessoas e interesses sentem pelo Pedro Santana Lopes. Esse ódio compreende-se. Os invejosos odeiam aqueles que são sérios e invejam aqueles que são bons.

Ora, Pedro Santana Lopes, sobretudo nos últimos 16 anos, não foi um cidadão qualquer.

Fez um trabalho notável na Figueira Foz.

Foi o herói de uma histórica vitória social-democrata em Lisboa, onde, no pouco tempo em que foi Presidente de Câmara, fez um trabalho que perdurará durante muito, muito tempo.

Foi e continua a ser Professor Universitário.

É advogado.

Notabilizou-se, num primeiro momento, ao lado de Sá Carneiro. É conhecido e, por muitos, reconhecido pela frontalidade, verdade, dinamismo, mas sobretudo pela coragem com que disputou as mais difíceis eleições e com que encarou (quase sempre de forma bem sucedida) os mais adversos desafios.

Esta inveja e ódio iniciaram-se em três interrogações. Como foi possível um homem que era autarca na Figueira vir para a luta por Lisboa e vencer um, até então, intocável filho de Mário Soares? Como conseguiu, em tão pouco tempo, com tantos anticorpos e contrariedades, resolver problemas que se arrastavam há décadas na cidade de Lisboa? Como foi que conseguiu fazer tanto, e para bem de tantos cidadãos, em tão pouco tempo?

Quem tem o privilégio de o conhecer, sabe a resposta a estas perguntas. A resposta é trabalho. Muito trabalho. E muitas noites sem dormir.

Quem não o conhece, não pára de pensar nele e de o introduzir na conversa. Fala-se de Santana Lopes na televisão de segunda à sexta e várias vezes no fim-de-semana. Há jornal que viva sem falar dele? Como?

Na cronologia dos factos, faltou-me dizer que aceitou ser Primeiro-Ministro, para permitir que Durão Barroso fosse Presidente da Comissão Europeia. A imagem que ficou desse período foi a de um Governo que caiu em pouco tempo. Foi. Pois foi. O que dirá, hoje, Jorge Sampaio sobre as condições de governabilidade actuais, sendo Sócrates Primeiro-Ministro?

Naquela altura, não havendo razões, constitucionalmente exigidas, para demitir o Governo, Sampaio optou por dissolver a Assembleia. Razões não faltam hoje para que o Presidente da República faça cair o Governo, demitindo-o.

Pois foi. O Governo de Santana caiu e, ainda para mais tendo em conta a actualidade política nacional, estará hoje o país inteiro ainda à espera de perceber porquê.

Há duas ou três noites, um conhecido comentador político da SIC Notícias relembrou Santana, considerando que este acabou por ser uma “vítima” deste estranho poder que levou o país, primeiro, ao pântano, e depois ao buraco. E não falo de buracos de fechadura, mas do buraco onde este poder liderado por Sócrates nos deixou.

Antes de chegar à notícia carnavalesca que serve de manchete do Correio da Manhã de segunda-feira, como diria o João Manzarra, importa ainda fazer um breve “rewind”.

Já falámos dos ódios que Santana motiva. Que se traduzem nas vezes infindáveis com que o seu nome é referido sobre os mais diversos assuntos. Quase sempre com uma de duas finalidades: a finalidade persecutória e a finalidade de encobrir realidades.

Falemos, em primeiro lugar, da finalidade persecutória com que Santana é visado, as mais das vezes por motivos políticos e jornalísticos, quase sempre surgindo coligados. Não é novidade para ninguém, até porque foi visível para todos, a campanha continuada que tentou criar uma imagem de Pedro Santana Lopes. Nem é novidade esta relativamente recente tendência para o perseguir pela via judicial.

Mas será que alguém honesto poderá acusar verdadeira e fundamentadamente que Santana Lopes algum dia recebeu indevidamente sequer cinquenta cêntimos?

Sendo certo que é negativa a resposta a essa pergunta, alterou-se o caminho. Investigou-se de uma ponta à outra tudo o que foi feito ao longo do seu percurso político e foram perseguidas quase todas as pessoas que, tendo assumido funções de maior visibilidade na Câmara Municipal de Lisboa, consigo trabalharam.

As pessoas têm o direito de ser informadas dos ataques sistemáticos direccionados a Pedro Santana Lopes por uma via indirecta e não se tem olhado a meios para manchar a vida e o bom-nome de um conjunto de pessoas e famílias sensatas e honestas, incluindo a família do próprio Pedro Santana Lopes.

A outra finalidade com que o nome de Pedro Santana Lopes é trazido, indevida mas constantemente, à colação é a de encobrir situações.

A notícia do Correio da Manhã de ontem é, por isso, completa, no sentido de que abrange, numa pequena página de texto, as duas finalidades essenciais: é dada continuidade a esta interminável campanha persecutória ao Pedro Santana Lopes e, agora também, à sua família. E, neste caso, também se pretende encobrir uma realidade: quer-se ocultar a face oculta.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Chega de Carnaval!


É uma autêntica confusão o que se passa agora no país.
Os portugueses estão baralhados. Falou-se, ultimamente, de situações de natureza muitíssimo diversa: desde a corrupção à liberdade de imprensa, desde a mentira à promiscuidade, desde a liberdade de expressão à falta de carácter…
Relativamente à matéria das liberdades, importa referir que, no meu entendimento, não está só em causa a liberdade de imprensa. Porque tudo começou com um professor, numa sala de professores. E passou por um autor de um blogue. Só depois, muito depois, se veio falar em liberdade de imprensa. Ou melhor, na falta desta.
O que existe, em Portugal, é o condicionamento e a manipulação que constituem, em conjunto, atentados sérios a duas liberdades constitucionais.
Apesar das limitações, os cidadãos e, entre eles, os jornalistas, têm tido a liberdade suficiente para poder informar as pessoas, através da publicação de notícias que nunca foram desmentidas.
Dir-me-ão que sempre existiu, da parte do poder político, mesmo após 1974, uma tendência para interferir no jornalismo livre. Responderei a essa provocação, dizendo que a violência com que a TVI se viu privada de Moniz, com que Moura Guedes foi afastada do Jornal de Sexta (o noticiário com maiores audiências) e com que Mário Crespo viu o seu texto ser, esse sim, verdadeiramente censurado pelo JN não tem antecedentes próximos.
Contudo, a confusão que vai na cabeça das pessoas não tem apenas que ver com estas liberdades, com estas falsas liberdades porque são condicionadas, manipuladas e, por isso, limitadas.
Outros assuntos fazem com que estas ideias que a generalidade das pessoas tem sobre a actualidade ganhem contornos de uma enorme confusão.
Desde logo, vivemos num período de grave crise económica com, também elas graves, repercussões sociais. E importa relembrar que o Governo, sobretudo nas pessoas do Primeiro-Ministro, do Ministro das Finanças e do Ministro da Economia do anterior Governo, encararam esta crise, num primeiro momento, numa imprudente lógica da negação. Essa negação, ao tempo em que quase toda a oposição (sobretudo à direita do PS) fazia o alerta, foi fatal.
Logo nesse momento, o Primeiro-Ministro mostrou ser incompetente para as funções que desempenha.
Mais tarde, foram descobertas várias mentiras, na Assembleia da República e noutros locais, do Primeiro-Ministro. Mentiras mascaradas de verdades formais.
Até aqui temos vários problemas: um Primeiro-Ministro que mente frequentemente e com estranha facilidade sobre os mais diversos assuntos, um Primeiro-Ministro incompetente, uma delicada crise económica, além da limitação de liberdades das pessoas.
Nesta conjuntura, surgiu uma notícia fundamentada, que foi, de resto, o motivo que levou ao afastamento de Moura Guedes e Moniz da TVI, que apontava o dedo ao Primeiro-Ministro, entre outras pessoas, num negócio estranho em que, pelo menos aparentemente, houve corrupção.
Logo nesse momento, deixou de haver condições para Sócrates continuar a ser Primeiro-Ministro. Os agentes económicos não confiam num país governado por uma pessoa, ou por um conjunto de pessoas e interesses, que mentem, que são incompetentes e que têm os seus nomes, justa ou injustamente (porque nada foi provado em sede própria), envolvidos em diversos negócios “ocultos”.
Numa altura em que é urgente o investimento, verificamos que não podem os investidores confiar num país que, verdadeiramente, nem sequer é livre. É irónico, mas é verdade: os investidores estrangeiros chegam a Portugal e o que vêem de livre é o porto, o “porto livre”, tradução para português do que significa “Freeport”.
Todo este clima, com o actual Primeiro-Ministro, já era, por si só, insuperável. Mais insuperável se tornou quando, deliberadamente, o Primeiro-Ministro, o Governo e o Partido Socialista declaram guerra ao Presidente da República, tornando inviável qualquer intenção de cooperação entre os órgãos de soberania.
A conclusão que tiramos destes factos é que Sócrates é um enorme problema, um enorme entrave à recuperação da crise que afecta, em vários domínios, este país.
Cada dia que passa é um adiamento de um desfecho inevitável que passará, necessariamente, pelo afastamento de Sócrates.
O país está a adiar, há demasiado tempo, essa solução, que será a única que poderá devolver alguma confiança aos agentes económicos e a outros, como os agentes educativos, os agentes judiciais, enfim, a toda a gente.
Essa confiança, que ninguém tem, é mesmo necessária. E não existirá (não existirá mesmo!), se o Primeiro-Ministro continuar a ser o engenheiro Sócrates. Curioso.
Porque os portugueses até têm dúvidas se o engenheiro Sócrates é mesmo engenheiro.
Para bem do país, é importante que acabe o Carnaval e que comecemos juntos a trabalhar. Para mudar uma ditadura moderna e disfarçada, cujo nome é Portugal.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Somos capazes!


O estado do País exige políticos e políticas a sério.

Já vivemos a fase na novidade, a fase da ilusão, já nos guiámos por retóricas, por demagogias, até mesmo pela aparência das pessoas.

Percebemos, depois de passar por essas fases, que nem sempre as novidades são boas, que grandes ilusões podem levar às maiores desilusões, que toda a beleza da retórica, da demagogia e da imagem pode resultar num défice histórico, numa taxa de desemprego record, num endividamento que condicionará, irremediavelmente, as gerações vindouras.

Por ser histórico o momento que vivemos, histórico terá que ser, necessariamente, o caminho da solução.

Poderemos escolher o caminho fácil, que é mudar por mudar. Mudar o nome, mudar a pessoa, mudar o partido. Mudar um Sócrates por outro Sócrates, mais simpático, mais transparente, mais honesto.

Para mim, isso não chega.

Sou militante do PPD/PSD, estou inconformado com a situação actual, quero a ruptura, a ruptura necessária para o período difícil que vivemos.

Estou convencido que o PSD é parte da solução de um problema causado por anos e anos de desastrosas governações socialistas.

Mais do que nunca, nas próximas eleições directas, vai estar em causa o futuro do Governo de Portugal.

Por isso, as próximas eleições directas para a presidência do PSD terão que mobilizar, além dos militantes, a sociedade civil.

Cabe a cada um dos militantes, a cada um dos cidadãos, fazer a sua própria escolha. Apelo, para já, à consciência das pessoas. E falo sobretudo para aqueles que, sendo militantes do PSD, pensam que a ruptura, por ser difícil, estará destinada a sair vencida nas próximas directas. Vai ser difícil. Mas a minha opinião é bem clara.

Ainda que seja difícil, a ruptura é o caminho certo. É de ruptura que o país precisa, com alguma urgência, neste momento.

Permitam-me que junte duas citações a este texto breve. A primeira, de Paulo Rangel. A segunda, de Fernando Pessoa.

“Esta não é a única oportunidade, mas é uma oportunidade única”.

“É a hora”.

O estado do país exige responsabilidade aos militantes do PSD, aos quais caberá a escolha entre aproveitar ou desperdiçar uma oportunidade única de relançar o partido, entre aproveitar ou desperdiçar um caminho difícil de ruptura, que, por esta hora, o país anseia.

Esta é a hora. Do princípio do fim de Sócrates. Do princípio de um Portugal novo, moderno, reformista, responsável, competente, democrático, livre, de um Portugal desenvolvido.

Vamos provar ao país que somos capazes.

Viva o PSD.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Todos pela Liberdade!








Um primeiro sinal.

Que bem que joga a Académica...


Se o Sporting não for buscar, para a próxima época, o treinador dos Estudantes, oferecerá, mais uma vez, ao Futebol Clube do Porto, a possibilidade de ter um grande profissional, um grande visionário, que voltará a fazer com que o FC Porto se agigante contra os mais temidos colossos do futebol europeu.
Enquanto sócio, peço aos dirigentes do meu clube para não perderem esta oportunidade. As provas que precisava de ter já as tenho. Vi a Académica, com um plantel que deixa muito a desejar, jogar, de igual para igual, com Benfica, Sporting e duas vezes com o FC Porto, a subir na classificação e a passar de último para um lugar mais confortável, cinco pontos acima da linha de água, a apenas sete pontos das competições europeias. É notável. Não percam tempo!

Vais consentir?

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Tenho dito, mas também tenho ouvido dizer.

Prometi dizer, a partir da semana que agora começa, algumas coisas que ainda não tinha dito.
Mas, na verdade, parte do que eu tinha para dizer já foi dito. Pelo dr. Pedro Santana Lopes no seu blogue pessoal. As palavras são dele. Mas subscrevo cada uma delas. Para lá remeto agora. Por agora. E por este link.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Curta pausa

Acabou, para mim, a época de exames.
Foi hoje à tarde, o último, realizado em duas horas e meia, ao som dos gritos apaixonados de um rapaz que, lá fora, constantemente gritava "Benfica até debaixo de água".
Apesar dos exames, escrevi, ultimamente, com frequência.
E apesar de ter escrito com frequência neste início de ano, muito foi o que ficou por dizer.
Deixo, desde já, uma promessa. O que ficou por dizer vai ser dito.
Depois de vários dias intensos, o descanso é merecido.
É isso que vou fazer: descansar. E o que ficou por escrever será escrito a partir da próxima semana.
Com voz própria, como sempre.
Obrigado a todos. Até para a semana!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Desilusão



Já tinha falado neste assunto. Repito-o, novamente, espero eu que seja a última vez.
O Sporting não é aquele blogue famoso que escreve constantemente contra o clube. Não são os fóruns onde participam pessoas que preferem a comodidade do sofá em vez do frio do estádio. Não são pessoas que olham para o Sporting como um meio interessante para promover aspirações pessoais.
Não conheço bem o Patrício. Só o conheci no regresso de avião de um jogo que o Sporting fez no estrangeiro.
Sei poucas coisas dele. Vou falar do que sei.
O Patrício não é jovem. É casado. Vive no Algarve.
O Patrício, apesar de tudo isso, foi a Donetsk, foi a Basileia, foi a Berlim, vai sempre ao estrangeiro, vem a Lisboa vezes sem sim, vai ao futsal, vai ao andebol, vai ao futebol.
Possivelmente, o Patrício era um daqueles adeptos do Sporting que foi a Braga na sexta-feira, que foi ao andebol no fim-de-semana e que foi hoje ao Porto.
Como o Patrício, há muitos outros. Gente honesta, de todo o país, que trabalha ou que trabalhou a vida inteira. Gente que sofre pelo Sporting, que chora quando o Sporting ganha, que sente uma dor profunda no coração, que lhe cria mal-estar durante alguns dias em caso de derrota.
Critica-se muito as claques quando há violência. Mas não se fala delas quando dão espectáculo. E omite-se sempre o esforço físico, mental e financeiro que é fruto de uma grande paixão pelo Sporting.
Nas claques do Sporting, há delinquentes. Poucos, mas há. São piores quando estão em conjunto, cometem excessos (como todos os homens).
Mais de metade dos adeptos que estava no sector do Dragão destinado a adeptos do Sporting não é do Porto. Mais de metade nem sequer é de Lisboa. Havia ali gente de Espinho, de Leiria, de Coimbra, de Beja, de Braga, de Guimarães, de Mora, de Aveiro, de todo o Algarve. Havia lá pelo menos dois açorianos. Possivelmente, também lá estariam madeirenses. Ou seja, gente de todo o continente e ilhas, que estuda ou trabalha, que arranjou o seu trabalho sem cunhas. Que não amua nem baixa a cabeça. Que perdeu um dia de férias para poder ir ao Porto apoiar o Sporting.
Há aquele rótulo de que o Sporting é clube de elitistas.
É verdade, o Sporting é também um clube elitista. Elitistas trabalhadores que elevaram o nome do clube com Esforço, Dedicação e Devoção.
O que se pede aos atletas, aos treinadores, dirigentes e a todos os funcionários do Sporting é que tenham respeito pela camisola que vestem e pelo Esforço, Dedicação e Devoção centenários de muita gente sportinguista.
Aqueles que têm o privilégio de vestir a camisola do Sporting têm de se engrandecer perante as dificuldades. E grandes são os que não baixam os braços. Como o Patrício e cerca de dois mil sportinguistas que foram ao Porto e, por causa de uma exibição paupérrima, vão voltar a sua casa, nos mais variados cantos do país, com a tristeza e a dor de um murro no orgulho sportinguista.
Amanhã é mais um dia de trabalho na vida desses sportinguistas.
Tenham respeito por eles. Por eles, não. Por nós. O Sporting somos nós.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Mais um!

Realizou-se hoje outro desejo que pedi à meia-noite na passagem de ano.
No primeiro dia do segundo de doze meses do ano, três desejos já se concretizaram!
Agradeço a todos os que me tentaram ligar, a todas as mensagens que recebi, escritas e faladas, pelo telefone, e-mail e facebook. Depois de jantar, responderei uma a uma.

Fim da linha, sim.


Com as afirmações de hoje do nosso Primeiro-Ministro e do Ministro das Finanças, tornou-se certo de que este Governo está no fim da linha.
Não podemos ter um ministro que anda aos enganos. Nem podemos ter um Primeiro-Ministro que optou por ter um défice que quase chega aos dois dígitos. Disse que tomou essa decisão para ajudar as pessoas. Quais pessoas? As desempregadas?
Cem dias depois, os portugueses têm uma certeza: as contas públicas, afinal, não estavam em ordem, nem há condições para aventuras megalómanas.
O PSD, afinal, foi quem falou verdade.
O actual panorama parlamentar não pode continuar até 2013. O país não aguenta. Não nos bastava ter um supervisor que não supervisiona, tínhamos agora que saber que quem nos governa é incompetente. Incompetente, sim. Pelo menos para assumir funções governativas.
É o princípio do fim da linha. Para bem de Portugal, não poderia eu ter outra convicção.

Já se adivinhava


O jornal Público preocupava o Governo. O Director do Público foi substituído.

O "Jornal de Sexta" chateava o Primeiro-Ministro. O "Jornal de Sexta" deixou de existir.

Manuela Moura Guedes apresentava esse Jornal. Foi para a rua.

O "Sol" também não era amigo. Tiraram a publicidade.

Moniz dirigia a TVI. Apesar dos sucessos nas audiências, tiraram-no de lá.

Marcelo assustava. Primeiro, reduziram o tempo do programa. Depois, tentaram tirá-lo da televisão pública.

Agora, pelos vistos, os artigos de opinião escritos por Mário Crespo no JN, as entrevistas que tem dado e as mediações de debates que faz na SIC Notícias estão a causar algum desconforto ao Primeiro-Ministro e a alguns membros do Governo e do Partido Socialista.

Ouvi muita gente criticar a claustrofobia democrática. Talvez tenham recebido indicações para o fazerem. Mas que ela existe, isso não poderemos negar.