terça-feira, 26 de agosto de 2008

E começa o drama...



Eu tinha dito, há algum tempo, que a melhor altura para os benfiquistas era a que coincidia com a pré-época, período em que não há jogos e, como tal, o Benfica não perde.
Nessa altura, chegam as estrelas, de todos os cantos do mundo, a troco de dezenas de milhões de euros.
Este ano, veio o fora de série Aimar, que era vedeta de uma equipa da primeira liga espanhola, equipa que, curiosamente, desceu de divisão.
Como nos anos anteriores, o Benfica tem tendência para se reforçar muito. E para o mesmo lugar. Sendo assim, para o lugar de Aimar, o Benfica foi também buscar Carlos Martins. O tal que era indisciplinado, que foi metido no lugar, e bem, por Paulo Bento. O Carlos Martins que está no Benfica, além de bêbado e indisciplinado, é conhecido por ter sido a grande desilusão, a promessa adiada, a vedeta falhada. O próprio Scolari reconheceu isso.
Mas veio também um todo-poderoso Balboa, extremo de grande qualidade, de um universal Real Madrid, onde nunca conseguiu fazer mais do que alguns, poucos, quase nenhuns minutos.
Outro nome sonante é o de Reyes, que reforça, também ele, curiosamente, a parte ofensiva do meio campo da equipa. Conhecido por nunca ter conseguido vingar em parte alguma, chega a Portugal rotulado, como os outros, de super-estrela.
Só que estes três não vieram sozinhos. A estes junta-se um Moretto, de que todos tínhamos já saudades, um Ruben Amorim, contratado ainda na era Chalana, quando a cabeça de Rui Costa pensava em Erickson para treinador, e Jorge Ribeiro, mais ou menos nas mesmas condições.
Para o eixo do ataque, apesar de vários boatos e da ainda existente especulação, o único que veio tem por nome o de Urretaviscaya. Que se inclui no lote de jogadores completamente desconhecidos, fazendo par com Yebda.
Vimos apenas quem entrou. Vejamos quem saiu. Rui Costa, o maestro, Cebola, a estrela e Petit, o destruidor. Olhem só que três. Dir-me-ão que era o meio campo fundamental do Benfica, aquele que mais garantias nos dava. Etc.!
Mas a onda de esperança e euforia, de todos os anos, este ano foi ainda maior. O Benfica é sempre o campeão antes do campeonato começar. Mas quem ganha os troféus são o Porto, que venceu dois troféus nos últimos dois anos e o Sporting que venceu quatro no mesmo período, graças a duas supertaças (Sporting 1-0 Porto, Sporting 2-0 Porto) e duas taças de Portugal (Sporting 1-0 Belenenses, Sporting 2-0 Porto).
Começou o campeonato e, com ele, começou também o drama. E que drama. O Benfica voltou a competir. Voltou a não ganhar e, como no ano passado, perdeu, na estreia, dois pontos contra uma equipa que acaba de subir directamente da segunda liga.
O Benfica continuará à procura de uma equipa, de treinadores, de presidentes e, acima de qualquer outra coisa, da sua própria identidade.
Por exemplo, entre Vieira e Vale e Azevedo, para os benfiquistas, venha o diabo e decida. Quem diria que se sentisse mais saudades de Chalana ou de Fernando Santos quando o desejado, há precisamente um ano atrás, era um tal Camacho. Que abandonou o barco e fugiu para onde pôde. Enquanto era tempo…
Quantos treinadores, jogadores e dirigentes entraram e saíram do Benfica nos últimos anos? Para que serviu tudo isso? Se não se sabe o que se quer, como se pode saber como lá chegar? Ou mais fácil ainda. Se não se sabe como lá chegar, qual o critério de contratar e despedir pessoas?
O Benfica entrou num ciclo vicioso. Cujo resultado é não ganhar nada.
E que triste sina essa.
É drama a mais para o que o Benfica vale e, acima de tudo, para os títulos que esse clube ganha.

domingo, 24 de agosto de 2008

Incompetentes é pouco


Depois de uma meritória conquista da Taça de Portugal, o Sporting voltou a vencer, outra vez, por força do mérito de todos e de cada um dos seus jogadores, contra o Porto, desta vez para a Supertaça Cândido de Oliveira.
Dois tiros certeiros do cada vez mais fantástico Yannick Djaló, aliados à inspiração de Patrício que defendeu o penalty de Lucho e ao trabalho colectivo, do qual se destacou Izmailov. Foi o que bastou para que o Sporting fosse outra vez melhor que o Porto e que, outra vez, vencesse a Supertaça.
Esta semana, começou o campeonato e o Sporting homenageou a primeira participação do Trofense na liga maior do futebol nacional com três golos em meia hora, que resolveram a questão.
Contudo, o grande destaque não pode nunca ir para a vitória do Sporting, sem espinhas. Porque o Sporting fez aquilo que tinha que fazer. Mas, como no passado, o jogo ficou assombrado por um penalty fantasma que ninguém pode ter visto. O erro da equipa de arbitragem é mais inacreditável do que validar um golo marcado com a mão. Desta vez não pode haver desculpa e é bom que quem assinalou e quem pediu que fosse assinalada aquela grande penalidade completamente oriunda de uma imaginação fora de séria do bandeirinha seja punido. Porque o Sporting foi roubado. Outra vez.
Independentemente de se estar a falar de um mero golo de honra que uma equipa que, sem hipóteses de não perder com o Sporting, estava a perder por 3-0, o erro é enorme. Não foi decisivo na repartição dos pontos, mas poderia ter sido. Foi, sem dúvida, um erro determinante para o resultado.
Não se pode admitir que um árbitro ou um seu assistente tenha dúvidas em lances destes. Nem muito menos se pode tolerar que se assinale um penalty por uma falta cometida a 2 metros da grande área.
Acima de tudo, aquela bandeirinha e aquele árbitro faltaram ao respeito para com aqueles que gostam de futebol, sobretudo os que dentro deste grupo são do Sporting.
O Porto, sem jogar nada, hoje também venceu, mas houve uma expulsão que, na minha óptica, deixa muitas dúvidas. Não acredito que se fosse jogador do Porto também, em situação semelhante, fosse expulso. E por isso não posso estar contente com estas arbitragens.
Está na altura de se introduzir o vídeo como forma de ajudar o árbitro a decidir quando houver dúvidas. E de afastar, de uma vez por todas, estes corruptos e incompetentes “árbitros” que decidem sempre tendenciosamente e de forma evidente contra o Sporting.
Caso contrário, o futebol português continuará a ser sempre pouco competitivo. E os campeões continuarão a ser os mesmos de sempre.
É que tudo isto acontece SISTEMAticamente.

sábado, 16 de agosto de 2008

Arrancam os melhores


Ontem parece que foi o jogo do ano para o Benfica. Parece, ou foi mesmo. Porque esse clube não irá ter nenhum outro grande confronto europeu porque não conseguiu alcançar sequer a pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Foi ontem, aquele amigável, o jogo do ano para o Benfica.
Mas hoje arranca a época a sério e com as duas melhores equipas. O Porto e o Sporting defrontam-se, outra vez, para disputar a Supertaça. Digo outra vez porque já no ano passado também assim tinha sido. O Sporting venceu outra vez a Taça. O Porto venceu outra vez o campeonato.
O Benfica lá organizou uma Taça do Eusébio, que era um jogo contra uma grande equipa europeia, para, depois de tantas derrotas, tanto no relvado como na secretaria, ver se conseguia ganhar alguma coisita. Mesmo assim, também não ganhou.
Conversas à parte e voltando ao que estava a dizer, é hoje que arranca a época oficial e com as duas melhores equipas. Equipas que têm ganho competições. Que vão à Liga dos Campeões. Já tinha sido assim no ano passado. A grande diferença é que o Benfica em vez de ficar em terceiro, este ano ficou em quarto. E no ano passado foi o Sporting que ganhou este primeiro troféu com um tiro do Izmailov.
Cumprirei as minhas obrigações de sócio e adepto e comparecerei no estádio do Algarve, logo à noite onde me confundirei com a onda verde.
Que seja uma grande festa dentro e fora do campo.
Que ganhe o melhor.
E que o melhor volte a ser, outra vez, o meu querido Sporting.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Férias

As férias são os amigos e as saídas à noite.
É chegar a casa com a luz de um sol que nasce.
São os dias quentes, em que o Sol convida aos mergulhos que damos no mar.
É namorar na areia, ao som das ondas e do vento. De dia, ou à noite, iluminados pela lua e pelo brilho da chuva de estrelas.
As férias são também a família e o repouso. A altura em que nos despimos daquilo que fomos durante o ano, para de calções, t-shirt e chinelos não ter nem horas, nem stress, nem nada, para ler um bom livro, folhear os jornais, dar um salto menos frequente à net ou ver um filme que nos consiga relaxar ainda mais.
Nas férias sobra-nos o tempo para umas jogatanas à beira-mar. À noite, olhamos o céu com uma outra calma e com um outro olhar.
Não há nada que nos impeça de beber uma coca cola fresquinha na praia, uma cervejola ao fim da tarde, e depois uma caipirinha para adoçar os jantares mais leves. E o gim tónico da noite ajuda-nos a digerir as bolas de berlim com creme, o melão fresquinho da sobremesa e o fiambre ou o queijo das sandes da praia.
Nestas férias, confunde-se tudo o que de espectacular existe. A água, do mar infinito, e da garrafa que bebemos sem parar. O Sol, que vemos nascer e pôr-se todos os dias. A Lua que ilumina as noites. Tudo isso combinado com o vento que, pela brisa, nos permite aproveitar tudo o resto.
Nas férias, alheamo-nos da crise e do quotidiano da cidade. E também dos livros da faculdade, das contas que fazemos aos domingos para ver se é ou não possível que o nosso clube seja campeão. E de tantas outras coisas.
Mas enquanto o Sol nasce e se põe, enquanto damos mergulhos e nos concentramos nos jogos de cartas, e quase sem nós darmos por isso, a vida não pára.
Por isso, voltaremos a falar.
Combinamos para a primeira semana de Setembro.
Aproveitem as férias. E até lá.