quinta-feira, 9 de julho de 2009
E ao ver-te, Lisboa, Lisboa...
Foi importante a passagem de António Costa pela Câmara Municipal de Lisboa, passagem que agora (finalmente) termina. E foi importante pela simples razão de que ficou provado que Costa não tem nem as capacidades nem o perfil que se exige de um (bom ou mau) autarca.
Depois de um mandato que se traduz em tempo perdido, António Costa terá uma luta contra aquele que foi unanimemente considerado como o melhor candidato que os social-democratas podem apresentar para Lisboa. Ainda no último domingo, Marcelo Rebelo de Sousa referiu isso.
Ao tempo em que o PSD anunciou Pedro Santana Lopes, adivinhava-se uma luta complicada para os dois.
Contudo, o cenário alterou-se, sobretudo desde o início de Junho. Até aí, Santana ganhou o fôlego e o apoio necessários para ganhar Lisboa, enquanto Costa perdeu força com obras mal preparadas, com anúncios avulsos, com contradições em relação a um discurso assumido desde a última campanha eleitoral, com cartazes pouco compreensíveis, com esbanjamento de dinheiro em anúncios publicitários nos media e com petições (de união da esquerda) que se traduziram em coisa nenhuma. Ou melhor, traduziram-se na apresentação de três (fortes) candidatos à esquerda que quase inviabilizaram uma hipotética, apesar de ter sido sempre pouco provável, vitória de António Costa.
Para cá de Junho, suponho que Costa tenha passado noites atrás de noites em branco. Porque todos sabemos que Costa não sonha ser presidente da Câmara de Lisboa. Apenas vê Lisboa como a catapulta para outro tipo de voos. Mas, até 7 de Junho, todos estavam certos de que iria haver um segundo mandato de Sócrates, o que, agora, é cenário muito mais difícil. Ainda para mais, uma possível derrota do PS nas legislativas acontecerá a 15 dias das autárquicas e se o PS perder, Costa afigura-se (a par de Seguro) como um dos possíveis candidatos a líder, o que enfraquece ainda mais a sua candidatura a Lisboa.
Assim sendo, a juntar a tanta trapalhada (o que é próprio de quem convida Sá Fernandes para governar qualquer coisa - e Lisboa não é qualquer coisa!), Costa correrá o risco de passar a campanha eleitoral para as autárquicas ao mesmo tempo em que faz campanha para concorrer a líder dos socialistas. Estou convicto de que, partindo do pressuposto que o PS perde as legislativas, se as autárquicas fossem alguns meses mais tarde, Costa nem sequer seria o candidato do PS.
Em suma, podemos concluir que, depois de tantas confusões e de um António Costa cada vez mais baralhado, Pedro Santana Lopes tem mais hipóteses de ganhar Lisboa hoje do que as que tinha ontem. E ontem tinha muito mais hipóteses de ganhar Lisboa do que as que tinha anteontem. E tem sido assim, sucessivamente, de há um mês para cá.
É bom sinal. Do ponto de vista do que é melhor para Lisboa.
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2 comentários:
Só se pode saber que não gostamos de algo se provarmos. Já dizia a Senhora minha avó....Bem haja amigo António e cumprimentos á Senhora sua mãe!
Olá António :)
Benvindo :)
Os exames correram bem???
Só agora percebi que você também é António Costa...espero que seja muito diferente do outro de quem se fala...bem, como também é António Lopes, eu desculpo eheh
Sobre o outro nem sequer vou falar, ainda mais depois de ouvir agora mesmo na rádio que de Lanzarote veio um apoio incondicional e pelos vistos importante ao actual presidente da Câmara...ao que isto chegou, o desespero é tão grande que até os estrangeiros já apoiam os nossos políticos...
Pedro Santana Lopes é realmente grande!
Bjs :)
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