quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O país imediatamente a seguir às eleições


Logo no dia a seguir às eleições, o país estava já a voltar à normalidade. Um reflexo disso foi a venda por parte da PRISA de uma parte da Media Capital à Ongoing, numa percentagem que vai permitir com que a empresa que recentemente foi buscar José Eduardo Moniz assuma funções de administração.
O que quer isto dizer? Que Moniz poderá estar de volta, assim como Moura Guedes, o Jornal de 6ª...enfim, pode-se dizer que vamos voltar a ter uma TVI - televisão independente.
É claro que uma biografia, até agora aparentemente censurada, sobre José Sócrates tem mais probabilidades de poder ser publicada.
Mas também é claro que, entretanto, Portas conseguiu um resultado que faz com que o PS possa vir a depender dele para governar e que já teve, por isso, inesperados inconvenientes.
Também é claro que, entretanto, o Presidente da República fez uma declaração ao País onde faz acusações gravíssimas a vários socialistas.
Também é claro que os socialistas, que, por estarem no poder, voltaram a vestir aquele fato arrogante e autoritário, responderam de uma forma grosseira, quase ordinária, visto que o alvo era o chefe de Estado.
Também é claro que vamos ter autárquicas e que, sabe-se lá porquê, é nesta altura que alguns jornais descobrem alguns casos sobre candidatos às autarquias. Numa campanha orquestrada que apenas visa lançar suspeitas e descredibilizar aqueles que se candidatam.
Sabemos muito bem a quem isto interessa. E teremos, nós portugueses, de estar mais solidários uns com os outros nos próximos tempos. Porque, além da crise nacional que a conjuntura externa veio agravar ainda mais, temos uma maioria relativa que parece ser muito mais influente, dominante, prepotente e repressiva do que a percentagem que essa mesma maioria representa.
Passaram umas eleições e, delas, já passaram três dias e continua a falar-se de asfixia democrática e de falta de liberdade em Portugal.

Treinador...de bancada


Com esta Liga, o Sporting deixou, em perto de metade dos seus jogos, de ter o seu treinador sentado no banco de suplentes.
Não o teve no banco no jogo com o Nacional, na Madeira.
Não o teve no banco no jogo com o Sporting de Braga, em Alvalade.
Foi expulso e não terminou o jogo no banco, no Porto.
Não estará sentado no banco de suplentes no próximo jogo com o Belenenses.
Curiosamente, isto só acontece em jogos nacionais.
Paulo Bento é cada vez mais um treinador...de bancada. E isso merece uma reacção do Sporting. Uma reacção diferente. Uma reacção a sério.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Coisas tristes

Não há nada mais triste do que ouvir uma pessoa, que pode ser óptima na sua profissão, dar a sua opinião sobre uma coisa da qual não percebe nada de nada.
É triste ouvir essa pessoa falar sobre a situação política em Lisboa.
Mas são ainda mais tristes as figuras que faz, na televisão, a fazer uma interpretação impossível de uma afirmação que não poderia ter sido mais clara.
Gostava de ouvir esse senhor a falar do que disse Jorge Jesus, quando era treinador do Braga, no estádio da Luz.
Esse senhor deveria dedicar-se exclusivamente ao que faz bem. Que é cinema. Era da forma que se poupava às figuras tristes que faz quando fala de realidade. E que só provam que esse senhor está no ramo certo: o da ficção.

Uma primeira pergunta...

Ainda à espera da reacção dos socialistas, há uma questão que me parece pertinente. Tendo em conta que Cavaco Silva disse, inequivocamente, que vários dirigentes socialistas mentiram(!) e que, com essa mentira, tentaram colar o P.R. ao PSD e tendo também em conta as atitudes do líder máximo dos socialistas nos últimos quatro anos, será que os socialistas vão apresentar uma queixa-crime contra Cavaco Silva por difamação?

Subscrevo

Recebi, via e-mail, este comunicado da Associação de Adeptos Sportinguistas (www.aasporting.com). Associação com a qual, muitas vezes, não estou de acordo.
Mas subscrevo na íntegra este comunicado e, como no e-mail que recebi, apelo a que os sportinguistas se unam contra o corporativismo dos árbitros, para ajudar a pôr fim à pouca vergonha do futebol português. Nesse sentido, sugiro que o reenviem para todos os amigos e conhecidos que sejam sócios, adeptos ou simpatizantes do Sporting Clube de Portugal.
A boa educação não pode ser o fundamento para que pactuemos com este tipo de situação. Temos de ser menos simpáticos. Juntos vamos vencer esta luta. Acreditemos num futebol competitivo, verdadeiro e transparente.



28 de Setembro de 2009

Crónica de um desastre anunciado

Mantivemos, propositadamente, o silêncio antes do encontro FC Porto - Sporting Clube de Portugal no que à nomeação do árbitro diz respeito. Na verdade, e numa alusão a tudo o que vem sucedendo nos últimos tempos, nenhum de nós, sportinguistas, poderia ficar surpreendido com a nomeação de Duarte Gomes.

Vitor Pereira é o lider do corporativismo do apito e presta um péssimo serviço ao futebol nacional. Quem devia contribuir para o incremento da verdade desportiva, para a transparência e para a credibilidade do desporto faz precisamente o contrário. Esta é a nossa avaliação de adeptos do desporto-rei.

Esta nomeação começou por ser uma crónica de um desastre anunciado que, infelizmente, se comprovou plenamente. Estamos solidários com a equipa técnica do Sporting Clube de Portugal no que a este caso diz respeito e entendemos que, à luz de recentes decisões da Comissão Disciplinar da Liga, o treinador do Sporting não tem razões para ser castigado, dado existir “causa de exclusão de culpa”(1). Pese embora, em termos disciplinares, poder existir “comportamento ilícito”(1) verifica-se igualmente um “estado de necessidade desculpante” (1).

Não se pretende, com tal tomada de posição, encontrar uma forma de desculpabilizar resultados, mas antes escalpelizar situação recorrentes que não podem continuar a suceder no futebol português, a bem de todos os intervenientes: adeptos, jogadores, treinadores, dirigentes e patrocinadores.

Paulo Bento tem razão quando diz que o Sporting é muito simpático. Está na hora dos sportinguistas assumirem, todos, o seu grau de participação nessa simpatia e saberem ser menos simpáticos com quem não o merece, no dia a dia, com reflexos já no próximo jogo em casa para a Liga.

Comité Executivo
Associação de Adeptos Sportinguistas


www.aasporting.com

(1) Expressões retiradas do acórdão da Comissão Disciplinar da Liga, relativo ao processo que envolveu o árbitro Duarte Gomes no caso de agressão ao treinador de guarda-redes do Sporting Clube de Portugal, Ricardo Peres.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O País está à espera…


Um país inteiro foi votar sem saber o que tinha o seu Presidente para lhe dizer, sobre a possibilidade da Presidência da República estar a ser vigiada.
E, juntando-se à enorme crise que atravessamos, a realidade política alterou-se significativamente: apesar de vermos que a esquerda é quem continua a ter mais assentos parlamentares, a direita cresceu muito e o PS dispõe agora de uma frágil maioria relativa, que pode cair a qualquer momento, seja por dissolução da Assembleia, seja através de uma moção de censura bem sucedida.
O silêncio de Cavaco Silva pode ter influenciado os resultados eleitorais. Pode. Mas para sabermos se teve, ou não, influência, é preciso saber, agora mais do que nunca, o que Cavaco tem para dizer.
Ainda para mais, verificamos que foram os próprios socialistas que puseram Cavaco entre a espada e a parede, já que ontem, em pleno Hotel Altis e entre várias bandeiras gay, ouvimos os socialistas gritarem “a luta continua, Cavaco para a rua”. Diga Sócrates o que disser (mas ainda alguém acredita no que ele diz?), o que é certo é que esses gritos, no calor de uma vitória, revelam a verdade sobre o que vai na alma dos dirigentes e militantes do Partido Socialista.
O País quer saber o que tem Cavaco para dizer. Porque o País até percebe que Cavaco não devesse ter falado de um assunto de tamanha gravidade a poucos dias das eleições. O que o País não iria perceber é se Cavaco, mesmo que falando agora, não dissesse nada. Porque criou o “suspense” e lançou a dúvida.
Falar e dizer qualquer coisa pode até comprometer o Governo socialista. Falar e não dizer nada pode ser fatal para o próprio Cavaco.

O grande vencedor das eleições


O PS não conseguiu a maioria absoluta que pediu aos portugueses até 6 de Junho passado e desde quarta-feira para cá. Perdeu mais de 20 deputados, mais de meio milhão de votos e uma maioria absoluta. Dificilmente conseguirá governar até 27 de Setembro de 2011.

O PSD não conseguiu a vitória que desejava e em muitos acreditávamos, sobretudo desde o dia 7 de Junho deste ano. Aumentou o número de deputados e teve mais 7 mil votos do que em 2005. Mas perdeu as eleições. O segundo lugar é uma derrota para um partido que quer ser poder.

O Bloco de Esquerda duplicou o número de deputados, teve mais 200 mil votos, assumindo-se como a principal força da oposição à esquerda do Partido Socialista. Mas não conseguiu ser o 3º partido, como há muito vinha ambicionando. E este ainda a alguma distância dos números para os quais algumas sondagens apontaram durante os últimos quatro anos e meio. Também não conseguiu o objectivo de fazer com que a maioria socialista dependesse apenas do Bloco.

A CDU ganhou um deputado, conseguiu ter mais 14 mil votos do que em 2005. Mas deixou de ser a terceira força política, passando a ser a quinta força - entre aquelas que estão na Assembleia, a CDU é, agora, a força que tem menos expressão.

Ainda entre os derrotados, está o MEP, que conseguira mais de 50 mil votos há 3 meses e, com uma afluência às urnas muito maior do que nas Europeias, teve metade dos votos e deitou por terra o objectivo de eleger um deputado.

O CDS acaba por ser o grande vencedor das eleições. Teve mais 3,2% do que em 2005, aumentou em 7 o número de deputados e alcançou os tão desejados 2 dígitos. Passou a ser a terceira força na Assembleia da República. Venceu-se a si próprio, venceu aquela tese de que era um partido em extinção e conseguiu vencer ainda todas as sondagens. É, por isso, o único grande vencedor das eleições. Mas Portas tem agora a responsabilidade acrescida de não defraudar o seu eleitorado, que votou nele e não votou em Sócrates.

domingo, 27 de setembro de 2009

Resultados das eleições

Ainda sem resultados oficiais e, por isso, não podendo tirar grandes conclusões sobre os resultados, importa dizer que Portugal viveu hoje um bom dia da democracia, com filas de espera para ir votar.
Ao que tudo indica, o PS vence estas eleições. Há, por isso, que dar os parabéns aos socialistas. Porque a primeira coisa que os vencidos devem fazer é felicitar os vencedores. Ainda para mais quando se fala de democracia.
Vou agora ao Hotel onde está o PSD. Porque, ao contrário de outros, sou militante a tempo inteiro. Estou de consciência tranquila pelo trabalho que fiz. Acreditando, e continuando a acreditar, que era o melhor para o País.
Merecem também os parabéns todos os militantes, dirigentes e simpatizantes do CDS/PP.
Uma palavra mais, para dizer que a Alemanha virou à direita. Portugal continua a ser um país de esquerda. E seguirá um caminho comprometedor do nosso futuro. Hoje não pode ser o fim de uma etapa, mas o da continuação do reforço da unidade e coesão entre todos os militantes do PSD.
Porque Portugal precisa, agora mais do que nunca, de um PSD forte.

Que caminho?



A palavra é, agora, dos portugueses.
Não deixes que decidam por ti.
Vai votar.

sábado, 26 de setembro de 2009

O dia de reflexão de Vitor Pereira


Depois da arbitragem de Duarte Gomes no jogo de hoje, Vitor Pereira não tem condições para continuar à frente da Comissão de Arbitragem da Liga.
Sendo ele o primeiro responsável pela nomeação de um árbitro contra o qual o Sporting tem um processo, num jogo que é o mais difícil da temporada para o clube, os erros de Duarte Gomes, mesmo que sendo cirúrgicos, não podem ser justificáveis.
Reparará, o senhor Vitor Pereira, que, na falta que dá origem ao golo do Porto, Polga nem sequer toca no Hulk. Foi o Hulk que mergulhou.
Reparará, o senhor Vitor Pereira, que o primeiro amarelo a Polga é incompreensível.
Reparará, o mesmo Vitor Pereira, que Miguel Veloso não chega a tocar no Hulk quando Duarte Gomes lhe mostrou o primeiro amarelo.
Repará ainda, o Vitor Pereira, que Raúl Meireles deveria ter sido expulso. Porque fez duas faltas. As duas merecedoras de cartão amarelo. Mas só viu o primeiro. Deveria estar a reflectir, o Duarte Gomes, quando deixou o segundo amarelo no bolso.
Se o Porto ganhava o jogo? Não sei. O que sei é que o Sporting não iria sofrer o primeiro golo e que acabava o jogo com onze jogadores.
Se o Sporting ganhava o jogo? Também não sei. Porque não marcou golos. Mas jogou quase uma parte inteira com um jogador a menos. E jogaria com um jogador a mais.
O que sei é que Duarte Gomes errou. Cirurgicamente. Contra o Sporting.
E também sei que Jesualdo Ferreira viu, esta noite, as consequências das constantes pressões sobre a arbitragem a propósito de Hulk. Porque, hoje, Hulk foi um mergulhador. E esses mergulhos acabaram por valer duas expulsões a jogadores do Sporting. Além da expulsão natural do treinador.
Para a semana, o Sporting não vai ter Polga e Veloso no onze. Provavelmente também não terá o treinador no banco. E a responsabilidade disso é de Duarte Gomes. Nomeado por Vitor Pereira.
Concluindo, pode-se dizer que há todas as razões para que este dia de reflexão tenha de ser bem utilizado por Vitor Pereira. Deve reflectir durante o resto da noite de hoje, votar durante o dia de amanhã e demitir-se na segunda-feira. De preferência logo de manhã.
A propósito da jogada do golo, é inaceitável o erro de Polga. Se não é cidadão português, nem o facto de ser dia de reflexão consegue explicar a sua inércia naquele lance.


Importa ainda dizer que, a esta sucessão de factos, ainda se junta a desastrosa arbitragem no estádio da Luz, que favoreceu o Benfica. Com penalties e expulsões à mistura. Depois do penalty inexistente que deu a vitória ao Benfica na semana passada...

Dia de reflexão

Sem nervosismo, porque estamos de consciência tranquila de que fizemos o trabalho certo, nada mais me resta do que apelar a uma ida massiva às urnas no dia de amanhã.
Deixemos os portugueses reflectir sobre o estado actual do país nos mais diversos âmbitos, fazer o seu balanço da legislatura que agora termina, analisar as diferentes propostas dos vários partidos e movimentos e projectar os cenários possíveis que serão consequência do voto de todos e de cada um.
Estou confiante de que os portugueses irão decidir com responsabilidade e sensatez.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

V de Vitória


Chego agora da arruada do PSD, que começou no Largo de Camões e terminou no Terreiro do Paço. E uma coisa é certa: a onda laranja acabou, dando lugar a um autêntico tsunami, que tornou pequenas as largas ruas da Baixa lisboeta.
Estava, em Lisboa, um mar de gente. Como esteve ontem no Porto. E como tem estado de norte a sul do País. Gente que se junta, pelas dez e meia da manhã, sem que existam camionetas de 50 passageiros a "carregar" pessoas. É por isso que eu só posso acreditar que, no domingo, o PSD vai vencer as eleições.
Até porque, depois do suor dos encontrões, estive perto de uma hora para passar os Restauradores, dado que várias pessoas, que me viam com a camisola e a bandeira do Partido, me abordaram. Todas elas estavam muito desiludidas com o estado do país, muito desencantadas com as sondagens, mas plenamente confiantes numa vitória expressiva do PSD no próximo domingo.
Entre as pessoas que me abordaram, estavam os "homens da luta". Que foram engolidos pelo tsunami laranja e rapidamente desistiram de fazer o seu humor. Mas não foi por isso que deixei de os cumprimentar com sorrisos, já depois do mar gente. A democracia tem lugar para todos. E não pode haver censuras.
Respondi-lhes que "sim" quando me perguntaram se "a luta continua". É que, depois de tanta gente, logo pela manhã, estou plenamente confiante de que vou estar, no domingo, a fazer um "V". Um "V" de Vitória.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Será que queres mesmo avançar, Portugal?



Mais quatro anos do PS? Governo com o Bloco ou com a CDU? É mesmo para isso que queres avançar, Portugal?

No way!



Quem o diz são os professores.
E quem concorda com eles, na questão de não querer mais 4 anos de Sócrates, só tem uma solução. Que é votar pelo seguro. Da forma que escrevi no post anterior.
Há 37% de indecisos que, querendo pôr termo à governação socialista, só o podem fazer colocando a sua cruz no quadradinho do PPD/PSD.

A escolha: mais 4 anos ou mais 3 dias?



Vou escolher a segunda hipótese. E, para escolher a segunda hipótese, repito que só existe uma solução possível: votar no PSD.
Votar em qualquer outro partido que não seja o PSD é impedir a derrota dos socialistas e deixá-los governar durante mais quatro anos...
Que ninguém tenha dúvidas. E que ninguém se esqueça disso naqueles segundos em que estiver a fazer a cruzinha.
Faltam agora 3 dias para a mudança chegar a Portugal. É, pelo menos, nisso que eu acredito.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Desespero!


A minha avó nasceu em 1928 - mil nove e vinte e oito, como dizem as pessoas daquele tempo. E sei bem que os socialistas têm uma tendência para perceber pouco de contas. Guterres já o tinha demonstrado. A ministra da educação e Sócrates confirmaram-no. Mas o senhor Junqueiro deveria saber que de 1928 para 2009 há uma diferença de 81 anos. E não 90.
Mas o senhor Junqueiro conseguiu assegurar-se de que o tiro feito saía ao lado. É que, em 1928, Salazar não era o Primeiro-Ministro. Era Ministro das Finanças.
À parte destes "apartes", o discurso do senhor Junqueiro, que mais não foi do que a divulgação de uma campanha há muito feita pela internet (sabe-se lá por quem), foi um atentado contra aqueles que lutaram pela democracia em Portugal. Nesse aspecto, a unanimidade da crítica dos vários partidos políticos, incluindo os de extrema esquerda, diz tudo.
Foi, acima de tudo, o assumir de um desespero que já não se consegue esconder e que, provavelmente, irá ter a ajuda de números absurdos em sondagens que irão saír amanhã.
O PS está desesperado para ver se consegue continuar a enganar os portugueses e salvaguardar, com isso, os interesses dos camaradas. Em relação ao resto dos portugueses, também estão desesperados. Desesperados quando pensam que é possível o PS governar mais quatro anos.
Quem espera, desespera. Felizmente, para os portugueses, já só temos de esperar mais quatro dias.

A nomeação de Duarte Gomes


A nomeação de Duarte Gomes é uma afronta clara ao Sporting Clube de Portugal, feita por um senhor que já deveria, há muito, ter-se demitido.
Seria a mesma coisa que eu estar num tribunal em que a sentença será feita por um juíz que cometeu um ilícito contra mim e contra o qual tenho um processo do qual recorri.
Eu estava a pensar ir ao Dragão mas, assim, já não vou lá. Já chega de ser cúmplice de um espectáculo degradante, em que as grandes decisões ou são feitas contra a lei ou são mesmo feitas na secretaria.
Cada vez sou mais adepto de se acabar com a Liga portuguesa e de se contruír uma Liga Ibérica, decidida dentro do campo. Pelos artistas. Só assim o Sporting pode estar numa Liga transparente e competitiva, que não seja uma das actuais competições europeias.
É que a Liga Portuguesa mete nojo. A Liga e os "artistas" que a têm decidido.
Deixo apenas uma recomendação aos adeptos do Sporting que forem ao Dragão: reparem se o Duarte Gomes também faz a corrida à frente da baliza quando o Helton estiver a fazer o aquecimento.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A asfixia democrática


Os portugueses não são atrasados mentais e não se deixam levar por sorrisos arrogantes. Os socialistas podem tentar fazer passar a ideia de que ganharam na questão da asfixia democrática. Mas, em democracia, não ganha aquele que grita mais alto. E não tem sucesso aquele que tenta confundir um povo inteiro.
É evidente que a asfixia democrática não se resume ao caso Fernando Lima. O PSD fala disto há muito tempo. E os portugueses sentem essa claustrofobia nos empregos.
A asfixia democrática não é, infelizmente, apenas um pequeno conjunto de alguns casos pontuais. Não é só o caso Charrua. Nem aquela ida dos polícias por causa de uma manifestação. Nem o caso Moura Guedes. São todos esses casos, somados a muitos outros, que, por serem menos mediáticos, atingem com maior impacto o cidadão comum.
Ainda no que respeita ao caso Fernando Lima está por explicar a parte da história em que o jornal elogiado pelo Primeiro-Ministro publica correspondência privada de jornalistas do jornal criticado pelo mesmo Primeiro-Ministro.
Cavaco Silva demitiu, para já, Fernando Lima, porque não queria que os portugueses ficassem com a sensação de que havia alguém, na Presidência da República, que fizesse pressões nos meios de comunicação social. Não quis condicionar o voto dos portugueses. E, nesse sentido, fez bem. Não vejo outra interpretação além daquela de tentar tirar proveito de episódios para sobreviver a uma realidade económica e social dramática que, sendo discutida, poderia dar origem a uma derrota catastrófica do Partido Socialista.
Asfixia democrática é, também, além de vermos que o Governo tem um canal, agora parece que ainda há uma Benfica TV, mas do Partido Socialista - é o canal de notícias que dá, em directo, um espaço enorme a comícios do PS, com toda a estratégia de marketing que eles têm por trás.
Asfixia democrática foram os debates quinzenais na A.R., em que o Governo, no tempo em que não respondia às perguntas de deputados eleitos pelos cidadãos, se multiplicava a fazer promessas. Que, muitas delas, não passaram daí.
Asfixia democrática foi ainda a forma parcial com que este Governo tratou as duas regiões autónomas.
Asfixia democrática é esta realidade, que faz com que uma biografia de Sócrates não seja publicada e posta à venda antes das eleições. São os três socialistas que "boicotaram" o Muito Bom ao juíz da Casa Pia e de todos os outros militantes e simpatizantes do PS que intrumentalizam a justiça, colocando-a ao serviço dos interesses dos seus camaradas.
Tentar passar a ideia de que a asfixia democrática se reduz a (parte do) caso Fernando Lima é tentar fazer dos portugueses atrasados mentais.
E concluo, como iniciei: os portugueses não são atrasados mentais e não se deixam levar por sorrisos arrogantes.

As sondagens e o voto

Um dos meios onde mais se tem notado a pressão e influência dos socialistas, no intuito de condicionar e tentar manipular a escolha dos portugueses, são as sondagens.
Em quatro anos de poder socialista, marcados por grandes contestatações um pouco por todas as classes profissionais ao Primeiro-Ministro aos restantes membros do Governo, as sondagens, durante esse período, sempre apontaram para um cenário de maioria absoluta do PS. Mesmo que não conseguissem a maioria absoluta, ficavam muito perto dela.
Ora, essa ficção acabou no momento das campanhas eleitorais. O PS teve um péssimo resultado nas Presidenciais e Cavaco Silva venceu sem dificuldade. Mas foi sobretudo nas eleições europeias que a realidade veio contradizer todas as sondagens: o PS teve à volta de 26% (muito longe dos 35/40% para os quais apontavam algumas sondagens) e, também aí, o PSD venceu com alguma diferença.
Mas no dias dessas eleições europeias, apareceu logo uma sondagem para as legislativas que voltava a dar um resultado para o PS muito próximo da maioria absoluta. Como foi possível? Alguém acreditou? Com essa sondagem, ficou provado que as pessoas não podem mais condicionar o seu voto e a sua esperança numa mudança necessária para o país graças a números que em nada batem certo com a realidade.
Digam o que disserem as sondagens, os portugueses não vão dar nova maioria absoluta ao PS. Nem sequer lhe vão dar uma maioria relativa, porque não querem ser governados pela esquerda radical. O PSD não vai empatar as eleições. Vai ganhá-las. Porque os portugueses não vão perder a lucidez na altura de decidir sobre o futuro do País, num momento de crise, que torna proibitivo qualquer tipo de aventuras.

Já de Olhão no Dragão


A menos que o Sporting sofra golos ou que leve um puxão de orelhas e uma assobiadela por parte dos adeptos, nas primeiras partes da equipa não se passa nada.
Hoje, contra uma boa equipa do Olhanense, a história repetiu-se. Também é verdade que a passividade e a aselhice da maior parte dos defesas do Sporting ajudaram aos dois golos dos jovens que trocaram, por um ano, as camisolas azuis e brancas pelas encarnadas e pretas. Até apanhar esses dois sustos, voltámos a não ver um rasgo no meio-campo nem a frieza na hora de "pôr a bola lá dentro".
Depois do 2-0 (e do puxão de orelhas das bancadas), a equipa foi outra. A vitória acabou por ser merecida e a sensação, no final do jogo, é de que o resultado foi justo. Se, até ao 2-0 do Olhanense, os "algarvios" venciam fácil e indiscutivelmente, o resultado do Sporting também foi merecido, pela reacção da equipa.
Importa dizer que o golo que deu o empate antes do intervalo resulta de um erro inacreditável do árbitro. Foi bola no peito. Mas, antes desse lance, fiquei com a ideia, que continuo a ter depois de ver o lance repetidas vezes na televisão, que o Miguel Garcia cortou a bola com a mão, na linha de golo. Devia ter sido penalty e expulsão, porque a bola, se não tivesse tocado na mão, entrava na baliza. Foram dois erros: um penalty por marcar e outro penalty mal assinalado. A lei da compensação não justifica o segundo erro do árbitro, mas faz com que se justifique o 2-2 ao intervalo.
Uma nota mais, para dizer que falei hoje com alguns amigos sobre o penalty de ontem a favor do Benfica. Quando vi pela primeira vez o lance, com a televisão sem som, fiquei com a ideia de que o árbitro iria marcar livre indirecto por atraso para o guarda-redes. Essa ideia foi partilhada pelos meus amigos. Ficámos, todos menos os benfiquistas, espantados com o assinalar de uma grande penalidade. Porque o jogador leiriense chegou primeiro à bola e cortou-a. De forma limpa. A menos que a lei tenha mudado recentemente, mesmo quando existe jogo perigoso é livre indirecto. Mas não há jogo perigoso quando um jogador corta claramente a bola, quando chega primeiro à bola do que o adversário. E, estando a bola no ar, os defesas não têm culpa de que os adversários sejam baixinhos. Mas a lei que prevalece é aquela de que, na dúvida, se marca a favor do Benfica. Mesmo quando não há dúvidas.
Quanto ao Porto, que perdeu com o Braga, nada posso dizer. Não vi o jogo. Mas perder com este Braga, líder indiscutível, não pode ser surpreendente. São sempre jogos de 1x2.
Mas será muito difícil ao Sporting vencer no Dragão. O Porto nunca perde 2 vezes seguidas. E, a dar constantemente as primeiras partes aos adversários, o Porto, vendo-se na condição de adversário do Sporting, não costuma perdoar.
Contra uma espécie de "Porto B", vencemos com muito suor. Ganhar no Dragão só é possível se a entrega for ainda maior e começar logo no minuto zero.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Só há uma maneira...



SÓ É POSSÍVEL, VOTANDO NO PSD.

A equipa de andebol e a "Nave" de Alvalade


Hoje, vou falar do andebol do Sporting.
Apesar da derrota fora na primeira jornada, contra o FC Porto, a prestação leonina fazia antever uma época ainda melhor do que a anterior. Com um plantel cheio de qualidade e de potencial, com um treinador que tem sido apenas um dos exemplos dos treinadores excepcionais que o Sporting tem nas suas modalidades, acredito, mais do que nunca, de que, apesar dessa derrota logo na primeira jornada, finalmente, iremos acabar com o jejum de títulos no andebol.
Hoje, contra o Benfica, que é outro candidato ao título, o Sporting, jogando em casa, impôs-se e venceu por 37(!)-28.
Creio que a vitória do Sporting era previsível até porque, já no ano passado, se não fosse o Benfica ter impedido os adeptos do Sporting de irem ao pavilhão da Luz e sem arremessos constantes de objectos, o Sporting já era a melhor equipa. Mas, ainda assim, talvez não fosse suficientemente forte para jogar para o título.
Este ano, com reforços de peso, as diferenças saltam à vista. E, sendo uma equipa que está numa fase prematura da sua construção, a exibição no Porto já tinha deixado boas expectativas.
É de enaltecer esta aposta no andebol, assim como a promoção das outras modalidades e do desportivismo. Porque o Sporting não deve fechar a porta aos adeptos adversários, nem aceitar títulos que não sejam conquistados graças à superioridade dentro do campo. E este princípio vale para todos os desportos. Ganhar sem ser melhor não chega. Pelo menos para os sportinguistas.
Mas uma coisa é certa: esta equipa de andebol merece jogar num outro espaço, para que todos os sportinguistas a possam apoiar. Daí a necessidade de um novo pavilhão, que nos faça recordar a velhinha "Nave de Alvalade", onde assisti a tantas grandes vitórias e onde sofri, também, algumas frustrações. Era para a "Nave" que eu ía, muitas vezes, aos domingos à tarde...
Espero que o actual presidente não se esqueça desse sonho de muitos adeptos e que continue a trabalhar no regresso de várias modalidades a Alvalade. Sabemos que a situação financeira é alarmante e que a conjuntura também não está fácil, mas as saudades da "Nave de Alvalade" já começam a apertar.

domingo, 20 de setembro de 2009

Pelo sim, pelo não... (parte III)

...vale mesmo a pena ler o programa do Bloco.
E já agora, leia também isto.
Leia ainda a opinião de Mário Soares.
De certeza que, depois de ler tudo isto, vai pensar que, pelo sim, pelo não...mais vale votar pelo seguro.

sábado, 19 de setembro de 2009

Notas sobre a campanha

1) Notável - a mobilização social-democrata em Coimbra, de apoio a Manuela Ferreira Leite, que se segue a grandes enchentes (verdadeiras) um pouco por todo o País;
2) Estimulante - a forma como as pessoas nos encaram e recebem (a nós que fazemos campanha pelo PSD), com palavras de confiança, de incentivo, de apelo ao voto e de esperança numa vitória do PSD no dia 27.

Faltam 8 dias para que possamos gritar PAZ, PÃO, POVO e LIBERDADE.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sondagens (parte II)

A Sondagem que dá hoje 34,9% ao PS, da Eurosondagem, é da mesma empresa que dizia, a 29 de Maio, que os socialistas iriam ter 35% nas Europeias. O PS, nessas eleições, teve 26,58%.
Parecem repetitivos estes posts. Mas há que ser repetitivo para não induzir os portugueses a um erro que, se fosse cometido, dificilmente seria reparável.

Pelo sim, pelo não... (parte II)

...vale mesmo a pena ler o programa do Bloco.
E já agora, leia também isto.
De certeza que, depois de o ler, vai pensar que, pelo sim, pelo não...mais vale votar pelo seguro.

Momento musical



Em 1982, ainda não tinha nascido.
Daí ter achado piada a esta música que não conhecia, desse ano, ao ponto de a publicar aqui.

Andamos todos a imaginar...

Nos últimos tempos, tenho ouvido muitas pessoas dizerem que "está tudo louco", mas eu gastei algum tempo do dia de hoje para acreditar no caso que apareceu hoje.
Custava-me acreditar que um jornal publicou um e-mail trocado entre dois jornalistas de um outro jornal.
Pior do que isso, custava-me acreditar que, graças a esse e-mail (ao qual o acesso só foi possível através de uma qualquer gravíssima engenharia informática), um jornal ocupasse uma primeira página inteira a dizer que a Presidência da República tinha "encomendado"(?!) uma notícia. Ora, a menos que tenham sido os próprios jornalistas do DN a chegar ao e-mail dos jornalistas de um jornal concorrente, nada mais encomendado havia do que aquela primeira página do jornal.
Custava-me ainda acreditar que um Primeiro-Ministro voltara a insultar o director de um jornal.
Assim como me custa acreditar que este Governo Socialista, autoritário e controlador, persiga também a Presidência da República.
Esperemos só que esta tentativa de vigiar e escutar tudo e todos não seja o motivo que leva a que muita gente diga, nas sondagens, que vai votar PS. Porque nos últimos tempos, o que é certo é que as sondagens têm saído viciadas.
Esperemos que este tenha sido o último caso "encomendado" desta campanha. Até porque o caso de hoje é de uma gravidade tal que os jornalistas, a Presidência da República e os portugueses em geral já merecem ser, no dia 28 de Setembro, pelo menos, livres.
Escute-se o que se quiser, vigie-se quem se quiser, mas no dia 28 de Setembro estaremos livres de José Sócrates.

Tempo de assentar poeira e de levar a equipa ao colo


Com a vitória de ontem na Holanda, aliada ao empate caseiro do Hertha de Berlim no outro jogo do grupo, o Sporting apresenta-se, logo no fim da primeira jornada, como o principal candidato ao primeiro lugar no seu grupo da Liga Europa.
Esse facto, parecendo que não, pode ser determinante para o resto da temporada do Sporting, sobretudo depois da eliminação (injusta) da Liga dos Campeões e das duas primeiras jornadas do campeonato em que o Sporting não conseguiu vencer, nem convencer, pese embora tenha jogado contra o Nacional, na Choupana, e contra o Sporting de Braga.
Sendo certo que o Sporting pode, na próxima segunda-feira, encaixar mais três pontos (apesar de ter de respeitar o adversário, que vem jogar o jogo pelo jogo, sem nada a perder), há razões para concluirmos que o tempo é de assentar a poeira e, se for caso disso, de dar as varridelas necessárias.
Até porque os adeptos já perceberam que o Sporting, este ano, luta com armas diferentes. E, assim sendo, os adeptos têm a responsabilidade acrescida de ajudar, sobretudo nas alturas mais difíceis.
Se isso acontecer ao mesmo tempo em que o Yannick Djaló recupera a confiança, que Veloso recupera o prazer de jogar à bola, que Angulo, Caicedo e Fernandez ganham forma e se adaptam à equipa e que Izmailov recupera da sua lesão, há boas razões para continuarmos a ser o 12º jogador daquela equipa. E para acreditarmos que, no fim das contas, possamos estar em primeiro na classificação.
É importante que os sócios, as claques e todos os adeptos do Sporting ganhem consciência de que estamos em tempos de vacas magras e que nunca, como agora, o Sporting precisou tanto do nosso apoio. Todos temos de estar disponíveis para entrar nesta luta. E todos temos de ser capazes de levar a equipa ao colo. Foi isso que aconteceu na última jornada, contra o Paços de Ferreira. E terá de ser sempre assim.
Tenhamos confiança. Faltam muitos jogos e continuamos a depender só de nós.

Pelo sim, pelo não...


...vale mesmo a pena ler o programa do Bloco.
De certeza que, depois de o ler, vai pensar que, pelo sim, pelo não...mais vale votar pelo seguro.

Sondagens

A sondagem que dá hoje 38% ao PS, feita pela Universidade Católica, é a mesma que a 2 de Maio dava, para as europeias, 39% aos socialistas. O PS, nessas eleições, teve 26,58%.

Curiosidades

Podemos ligar todas as rádios e televisões que a única coisa que é certa é que não vamos ouvir a música "Sem Eira nem Beira" dos Xutos e Pontapés.
Curiosamente, no comício de ontem do PS, uma reportagem televisiva mostrou que ali até se dançou ao som de uma outra música dessa mesma banda.
Possivelmente no concerto que assinalará os 30 anos desta banda histórica da música portuguesa também não se tocará o "Sem Eira nem Beira". É que esse concerto será realizado no dia... 26 de Setembro. Dia de reflexão. E, assim sendo, essa música poderá ser, também aí, censurada.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Tiques, desesperos e difamações

Ontem, a revista "Sábado" publicou uma notícia sobre "votos comprados", notícia essa à qual se aliavam dois candidatos a deputados às próximas eleições legislativas.
Li e reli a notícia várias vezes, assim como ouvi o que diziam as supostas testemunhas. E continuo a achar que a utilização das imagens desses dois candidatos do PSD é abusiva, face ao conteúdo infundamentado das declarações e da notícia.
É que importa esclarecer o seguinte:

1) Os dois candidatos a deputados não pertencem nem nunca pertenceram às secções referidas;
2) A candidata a deputada, referida nessa notícia, não tem responsabilidades na Distrital há quatro anos. Nessa altura, quem presidia as secções mencionadas na notícia não eram os actuais presidentes;
3) Essa mesma candidata a deputada não conhece a única pessoa que diz que ela tinha conhecimento de uma situação (em que eu não acredito) que se passava numa outra secção do Distrito, pessoa essa que não milita no PSD e é, inclusivamente, candidata autárquica num outro partido político;
4) A haver conhecimento, é do conhecimento público que existem órgãos competentes para decidir e não se entende por que razão essa senhora não apresentou qualquer queixa.

Será possível que uma qualquer pessoa acuse outras, na praça pública e fora dos tribunais, sem uma única prova?

Vejo que aparece em rodapé, em alguns canais de televisão, que a candidata em causa é acusada de pagar votos. Acusada por quem? Por uma única pessoa. Por uma situação numa secção que não é a sua. E a notícia não refere nada que indicie que, de facto, a pessoa em causa pague para as pessoas votarem com uma orientação. Ora o que título sugere não é isso.

Li, com preocupação, a queixa feita pelo meu companheiro de Partido e presidente da Secção Oriental ao Sindicato dos Jornalistas, sobretudo na parte em que se fala de uma oferta de 200 euros, feita pelo jornalista, para que as pessoas dissessem que "havia votos comprados" no PSD. Essa oferta pode ser testemunhada por várias pessoas.

Tudo isto são manobras com um intúito específico: contribuír para uma guerra pessoal(!) aos dois candidatos e tentar impedir a vitória do PSD nas legislativas. Do mesmo modo que se tem tentado que Santana não ganhe Lisboa e que o PSD não seja capaz de ganhar Oeiras. Tudo, claro, no Distrito de Lisboa.

Mas não quero acreditar que os principais responsáveis pelo PSD no Distrito de Lisboa tudo estejam a fazer para que o partido perca. Dizendo que as listas pelo Distrito podem comprometer a vitória nacional. Fazendo listas fracas e desqualificadas nuns concelhos e criando guerrilhas nos outros. Não quero nem posso acreditar numa coisa dessas.

São tiques, desesperos e difamações da maior gravidade possível. Que demonstram que há gente, dentro e fora do PSD, que não desejam nem contribuem para a vitória do Partido. Que provam que, como diria o falecido António Champalimaud, "à excepção da honra, tudo se compra e tudo se vende". E que não é necessário suspender a democracia. Pela simples razão de que a democracia, com todos estes truques e jogadas, já está suspensa há bastante tempo.

E quem ganha com isso é, como sempre tem sido, o Partido Socialista.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O TGV


Começo por dizer que nunca, em toda a minha vida, andei de TGV.
Já o vi a passar por mim, na Suíça, que é um país rico. Vi, gostei (por ser tão rápido) e confesso que até gostava de ter um daqueles no meu país.
Também na Suíça, vi um Aston Martin lindo de morrer. A sério que vi. Aliás, vi até mais do que um. E confesso que adorava ter um daqueles.
Mas, mesmo que me emprestassem dinheiro, eu não o poderia ter. Não tenho dinheiro para isso. E mesmo pondo a hipótese que me emprestavam muito dinheiro, eu, optando por comprar o Aston Martin (e o combustível que gasta), não teria dinheiro para aquelas despesas do dia-a-dia e, sendo estudante, iria pedir um esforço enorme aos meus pais para que eu não morresse à fome.
Vi há pouco, na TVI24, que o investimento no TGV seria de 7700000000 de euros. E vejo agora, na SIC Notícias, que, se Portugal desistir do fundo deixa de receber 300000000 de euros. Ou seja, em vez do segundo 7 do número de cima, estaria um 3. Fora os 7 que estão à esquerda e aquela quantidade "excêntrica" de zeros à direita.
Importa ter em conta que, em 2008, o endividamento português representava 97,2% do Produto Interno Bruto, número que seria agravado se optássemos por pedir emprestado aquele número de 10(!) algarismos. Em euros. Numa altura de crise, em que o crédito custa muito dinheiro.
É sempre mais fácil (para alguns) decidir quando o dinheiro não é nosso. Eu, pessoalmente e tendo em conta os recursos que tenho, não iria viver bem se comprasse, agora, um Aston Martin. A única parte que sairia bem desse negócio seria a empresa que o fabricou e a que o vendeu. Nunca eu.
Com o TGV, ganhariam os espanhóis que, tendo cometido o erro irremediável de o fazer, iriam, esses sim, perder dinheiro. Dinheiro real. Porque a decisão está tomada e já está em marcha. E ganhariam as empresas que concorressem, que, para que se saiba, entre elas, uma é a Mota Engil do Jorge Coelho(outra vez?) e outra é uma empresa espanhola. Com o TGV, agora, hipotecava-se o meu futuro e o dos meus filhos e netos à custa de ainda mais endividamento. E não há nada que demonstre que o TGV seria um investimento reprodutivo. Que é o mesmo do que dizer que se gastava uma fortuna para depois se continuar a perder dinheiro.
Em suma, o que eu queria dizer é que não me sinto mal se não tiver aquele Aston Martin. E não me sinto nada isolado da Europa agora que não tenho TGV. Mas sou negativista, pessimista e retrógrado porque penso assim.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Olympiastadion 2009



O Estádio Olímpico de Berlim, construído na década de 30 para ser o palco dos Jogos Olímpicos de Verão em 1936, sofreu remodelações para ser, outra vez, o grande palco, mas da final do Campeonato do Mundo de 2006, que a Itália (campeã do Mundo em título) venceu nas grandes penalidades.
É um dos estádios com 5 estrelas da Uefa. E eu...vou lá estar.
Vou lá estar a 16 de Dezembro, faça neve, chuva ou faça sol. Vou lá estar porque é o último jogo do grupo da Liga Europa em que o Sporting vai jogar. E, espero eu, jogará já com o apuramento assegurado.
Com uma capacidade de quase 75 mil pessoas, espero que, apesar do frio de Berlim, o ambiente esteja escaldante. Principalmente na curva onde estiverem instalados os adeptos do Sporting.
Até porque o futebol são 11 contra 11. E esqueçam lá aquela coisa de que no fim quem ganha são os alemães.

Sócrates e o TGV




"Não sou profeta, mas Portugal acabará por integrar-se na Espanha." (Saramago*, 15 Julho 2007**)



* Apoiante do socialista António Costa.
** Quando Sócrates fala em números do seu mandato, refere sempre os números de 2007 - ano em que, segundo Sócrates, o País crescia. Não percebeu ainda que será julgado nas urnas neste mês de Setembro, neste ano de 2009. Não pelo ano de 2007, mas por todo o mandato.

Onde está o verdadeiro Sporting?


Estive em Alvalade no princípio da noite de ontem para ver mais um jogo morno, feio e maçador da equipa do Sporting. É verdade que, por vezes, o importante é conseguir os 3 pontos. Mas jogar bem, aliado ou não à conquista de todos os pontos em jogo, deve ser tido como fundamental para aqueles que jogam ou trabalham para o futebol do Clube.
O Sporting ontem venceu, é certo. Mas duvido que, jogando o que jogou ontem, conseguisse melhor do que perder pela margem mínima em casa contra o Braga ou que conseguisse mais do que um empate na Choupana.
Se Liedson não tivesse marcado ontem e a duas jornadas de visitar o Dragão, o Sporting poderia estar já condicionado a lutar como outsider, como o pior dos três candidatos ao título e voltaríamos a estar uma segunda volta inteira à procura de um deslize dos rivais.
Como é possível que uma equipa abdique constantemente de lutar pela vitória durante uma primeira parte inteira? Como é possível que, mesmo jogando contra o Paços de Ferreira, pareça que o Sporting está a jogar com menos jogadores? Como são possíveis os passes falhados, as desconcentrações defensivas, a ineficácia no ataque, a total ausência de um fio de jogo (do princípio ao fim) e a inexistência de um único rasgo durante mais de 90 minutos?
Essas são as perguntas que Bettencourt deve colocar. A si. Ao treinador. E aos jogadores. Aliada a uma outra questão: afinal, como é possível que um jogador que está parado há mais de meio ano, com 32 anos, entre directamente para a equipa titular?
A diferença de planteis entre o Sporting e os seus principais rivais é manifesta. Pior do que isso, é incomparável o futebol praticado por Porto, Braga e Benfica com o futebol que o Sporting joga. E isso preocupa-me muito.
Porque em relação ao jogo de ontem, o Sporting não se pode queixar de um árbitro que puniu devidamente, desde certa altura, o anti-jogo. A equipa de arbitragem terá sido a melhor que esteve ontem no relvado de Alvalade. O Sporting, mesmo tendo vencido, deveria ter jogado mais e muito melhor futebol. E, na minha opinião, não era preciso muito: bastava que o Yannick jogasse à esquerda e o Vukcevic no meio ou à direita.
Paulo Bento terá de ser muito mais exigente com os seus jogadores. Caso contrário, com um plantel que ainda tem Pedro Silva, Abel, Tonel e que, quando se olha para o banco, se vê que a alternativa aos titulares do ataque é Carlos Saleiro, o Sporting não terá a mais pequena hipótese de ser sequer competitivo com aqueles que lutam verdadeiramente pelo título de campeão nacional.

Esperemos que, na próxima jornada, contra o Olhanense, o verdadeiro Sporting se mostre aos sócios e adeptos. Até porque na semana seguinte teremos uma visita complicada ao tetra-campeão nacional.

domingo, 13 de setembro de 2009

Um "empate" de cinco a zero


Antes de Manuela Ferreira Leite ter vencido o debate de ontem, foi Sócrates que o perdeu. E perdeu-o logo quando quis pôr em causa a credibilidade, coerência e seriedade de Manuela Ferreira Leite. Foi um erro infantil, ao tentar atacar o que não é susceptível de ser atacado.
Mas não foi só aí que Sócrates perdeu. Foi também quando quis repetir perguntas, na tentativa de lançar suspeitas, às quais a líder do PSD já tinha respondido. Com respostas que não deixavam quaisquer margens para dúvidas.
Houve ainda uma terceira questão, relaccionada com a segunda, que foi quando Sócrates tentou passar a ideia de que Manuela Ferreira Leite, na questão de portajar auto-estradas e da privatização da segurança social, não as punha no seu programa, mas tinha a intenção de as fazer. E que não as colocou no programa porque tinha medo de perder votos. Ora, isto dito por uma pessoa que prometeu as SCUT's, os 150 mil postos de trabalho, entre uma série de coisas, é um erro enorme.
Nesta terceira questão, os pontos que Sócrates perdeu foram para Manuela. Que respondeu, com sentido de Estado, à reforma da Segurança Social e com seriedade à irrelevância de portajar, neste momento, algumas auto-estradas.
Até aqui, parecendo que não, já estava 3-0.
Só que a líder do PSD não perdeu a oportunidade de fazer com que este debate materializasse uma viragem clara. Entre aquela maioria absoluta que o PS ia pedindo até à vitória que o PSD vai conseguir no próximo dia 27.
Repararão que Sócrates não falou, uma única vez, do seu programa eleitoral, deixando todo o espaço para que se falasse, apenas, no programa do PSD. 4-0.
Repararão que Sócrates não respondeu, com clareza, ao impacto futuro nas reformas, resultante da reforma da segurança social. Fugiu, como é seu hábito, às questões mais difíceis. Ao contrário de Ferreira Leite que, exceptuando a questão da lista de deputados pela Madeira, respondeu a todas as questões com clareza. 5-0.
A ideia com que fiquei, depois de ter terminado este ciclo de debates foi que a demagogia perdeu. Sócrates só venceu a Louçã. Louçã perdeu com todos. Jerónimo esteve ao seu nível. Portas e Ferreira Leite foram somando pontos.
Sócrates, depois deste debate, tem apenas mais duas coisas para dizer aos portugueses: vai continuar a dizer que o PSD é quer parar e suspender tudo, o que não é verdade (como tem vindo a ser demonstrado com a elevação necessária a alguém com sentido de Estado) e a falar da maledicência e das campanhas negras. Vão ser duas semanas a dizer as mesmas coisas. E isso é manifestamente pouco para alguém que quer continuar a ser Primeiro-Ministro.
Manuela vai ter duas semanas para estar de norte a sul do continente e nas ilhas a divulgar as suas ideias para o País. Tem, do seu lado, a credibilidade e a verdade. Não tem, contra si, uma série de episódios que, todos juntos, poderiam dar numa triste telenovela.
Sem fazer "chantagem" com eleitorado, com o qual é imprescindível que se fale verdade, nada mais poderemos esperar, no dia 27 de Setembro, do que uma conjugação de três situações: uma grande derrota de Sócrates, uma boa vitória do PSD, uma enorme esperança para Portugal.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

11 de Setembro


Foi há oito anos, o dia mais triste da História do Século XXI.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Leia-se Mário Crespo


"Não se pode dizer que de Espanha nem boa brisa nem boa Prisa, porque o clima para este monumental acto censório é da exclusiva responsabilidade de José Sócrates.

35 anos depois da ditadura, digam lá o que disserem, não volta a haver o Jornal de Sexta da TVI e os seus responsáveis foram afastados à força.

No fim da legislatura, em plena campanha eleitoral, conseguiram acabar com um bloco noticioso que divulgou peças fundamentais do processo Freeport.

Sem o jornalismo da TVI não se tinha sabido do DVD de Charles Smith, nem do papel de "O Gordo" que é (também) primo de José Sócrates e que a Judiciária fotografou a sair de um balcão do BES com uma mala, depois de uma avultada verba ter sido disponibilizada pelos homens de Londres.

Sem a pressão pública criada pela TVI o DVD não teria sido incluído na investigação da Procuradoria-geral da República porque Cândida Almeida, que coordena o processo, "não quer saber" do seu conteúdo e o Procurador-geral "está farto do Freeport até aos olhos".

Com tais responsáveis pela Acção Penal, só resta à sociedade confiar na denúncia pública garantida pela liberdade de expressão que está agora comprometida com o silenciamento da fonte que mais se distinguiu na divulgação de pormenores importantes.

É preciso ter a consciência de que, provavelmente, sem a TVI, não haveria conclusões do caso. Não as houve durante os anos em que simulacros de investigação e delongas judiciais de tacticismo jurídico-formal garantiram prolongada impunidade aos suspeitos.

A carta fora do baralho manipulador foi a TVI, que semanalmente imprimiu um ritmo noticioso seguido por quase toda a comunicação social em Portugal. Argumenta-se agora que o estilo do noticiário era incómodo. O que tem que se ter em conta é que os temas que tratou são críticos para o país e não há maneira suave de os relatar.

O regime que José Sócrates capturou com uma poderosa máquina de relações públicas tentou tudo para silenciar a incómoda fonte de perturbação que semanalmente denunciou a estranha agenda de despachos do seu Ministério do Ambiente, as singularidades do seu curriculum académico e as peculiaridades dos seus invulgares negócios imobiliários.

Fragilizado pelas denúncias, Sócrates levou o tema ao Congresso do seu partido desferindo um despropositado ataque público aos órgãos de comunicação que o investigam, causando, pelos termos e tom usados, forte embaraço a muitos dos seus camaradas.

Os impropérios de Sócrates lançados frente a convidados estrangeiros no Congresso internacionalizaram a imagem do desrespeito que o Chefe do Governo português tem pela liberdade de expressão.

O caso, pela sua mão, passou de nacional a Ibérico. Em pleno período eleitoral, a Ibérica Prisa, ignorante do significado que para este país independente tem a liberdade de expressão, decidiu eliminar o foco de desconforto e transtorno estratégico do candidato socialista.

É indiferente se agiu por conta própria ou se foi sensível às muitas mensagens de vociferado desagrado que Sócrates foi enviando. Não interessa nada que de Espanha não venha nem boa brisa nem boa Prisa porque a criação do clima para este monumental acto censório é da exclusiva responsabilidade do próprio Sócrates.

É indiferente se a censura o favorece ou prejudica. O importante é ter em mente que, quem actua assim, não pode estar à frente de um país livre. Para Angola, Chile ou Líbia está bem. Para Portugal não serve."


Mário Crespo, in Jornal de Notícias

"Judite, nós vamos cumprir as regras"


É assim que fala o patrão para uma empregada. Dá ordens. Antes dos debates.
É que ele é o patrão. Ele é que manda no país.
Só é pena não se ouvir mais quando ele diz "pois, mas nós temos...".



"Não o vi naquela vigília: queremos Manuela de volta. Isto ouve-se, ou...?"
Pois, nada de enfrentar o patrão, porque quem conseguiu tirar uma voz incómoda de uma televisão independente é capaz de tudo.

Sem Sentido

Com o regresso às aulas cada vez mais próximo e com um jogo do Sporting agendado para este domingo, é inacreditável como os semáforos na Alameda das Linhas de Torres e em duas estradas perpendiculares e, também elas, com muitíssimo movimento se mantenham intermitentes, numa situação que se mantêm, pelo que sei, há mais de um mês.
Aquela é uma zona que tem, nas suas proximidades, o Colégio de S. Tomás, o Colégio de S. João de Brito e várias outras escolas públicas. Dá acesso para a Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral, para o Hospital Pulido Valente e, claro está, para o estádio José de Alvalade. Vivem nas proximidades daqueles semáforos dezenas de milhares de pessoas. Fora aquelas que utilizam aquela artéria para ir para Odivelas, Loures.
Tenho ouvido muitas queixas de vários amigos que vivem por ali. E tenho, também eu, estado naquele caos, porque frequento aquela zona quase todos os dias.
Fez bem a campanha de Pedro Santana Lopes ao publicar esta queixa, que prejudica milhares de pessoas. E não se concebe que António Costa gaste o seu tempo em promessas, enquanto esta situação se arrasta no tempo há mais de um mês. Quem diria que, no seu outdoor, Costa diga que as pessoas são o coração de Lisboa...?!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

(Outro) Dia D


Hoje é (mais um) dia D para a Selecção Nacional, coisa que, há um ano, não nos passava pela cabeça.
Fui, como todos sabem, muito crítico da escolha de Carlos Queiróz para seleccionador, sendo que as críticas se agravaram com as convocatórias onde passaram demasiados jogadores, onde se fizeram demasiadas experiências e adaptações.
Desde logo, discordei da primeira convocatória, demasiado populista, com o afastamento de Ricardo, ao qual, nós, portugueses, devemos muito, sobretudo pelas suas prestações no Euro 2004. Apenas concordaria com a substituição de guarda-redes se o escolhido fosse um atleta de categoria, capaz de ser o dono das redes nacionais na próxima década, antevendo-se uma selecção para o futuro. Nem Eduardo nem aquele guarda-redes que joga no campeonato alemão têm categoria e qualidade para ser guarda-redes da selecção. Mas compreenderia a convocatória de Rui Patrício e Moreira, um mais novo e outro mais velho, complementando-se com a chamada de Ventura, do Porto, ao qual reconheço muito potencial.
Portugal é, hoje, uma equipa refém de um jogador que não joga na sua equipa por causa de um castigo prolongado. Falo de Pepe. Se não joga, se não tem ritmo de jogo, como pode ser indiscutível na selecção? Ainda por cima, joga na posição que não é, de todo, aquela em que é melhor.
Verifico que Hugo Almeida é opção, mas Yannick Djaló não é. Que nunca passou pela cabeça de Queiróz chamar Nuno Assis. Preferiu sempre um Deco fora de forma. E o mesmo se deve dizer sobre João Pereira, do Braga, que nunca foi opção, ao contrário de Miguel. Afastou o Paulo Ferreira que, como defesa esquerdo, fez uma excelente exibição no jogo em Alvalade contra a Dinamarca. Também o Manuel da Costa poderia ter sido chamado, até porque, além de central, pode jogar à esquerda.
O que quero dizer é que a selecção deveria ter feito uma renovação a sério. E não se renova uma selecção chamando um brasileiro com 32 anos. Apesar de, depois de tantos erros, reconhecer que, neste momento, Queiróz é refém de Liedson.
Portugal poderia ter uma equipa com Rui Patrício , Paulo Ferreira (ou Veloso), Ricardo Carvalho, Bruno Alves, Bosingwa, Veloso, Meireles, Moutinho, Cristiano Ronaldo, Nani e Yannick. Outras opções? Moreira, Duda, Carriço/Miguel Vitor, Rolando/da Costa, João Pereira, Tiago, Quaresma/Coentrão, Simão, Nuno Gomes e Postiga. Sem brasileiros, como é óbvio. Eram jogadores mais do que capazes para ganhar à Hungria, a Malta, à Albânia e à Dinamarca. Ainda para mais quando a Dinamarca joga com as suas segundas linhas. E, aos quais, ainda se poderia juntar, se fosse necessária, a experiência de Maniche e a agressividade do Petit.
Poderiamos não ir ao Mundial da África do Sul. Mas construía-se uma equipa para o futuro. O problema de Queiróz é que corremos o risco de não ter nem uma coisa nem outra.
Espero que Portugal vença os jogos que faltam e que ainda consiga estar na África do Sul. Mas Carlos Queiróz, que de incompetente e inexperiente não tem nada, deveria perceber que só se pode construír uma selecção ganhadora com um grupo unido, que se mantém no tempo.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sobre as sondagens para as legislativas

Primeira nota - Importa relembrar que todas as sondagens para as Europeias estavam erradas, pois davam uma vitória ao PS, com um intervalo em que algumas delas davam o PS mais de dez pontos percentuais acima do resultado obtido nas urnas. Nas sondagens, o PSD perdia. Nas urnas, o PSD venceu.

Segunda nota - Mais de 47% dos portugueses, segundo a sondagem da Aximage, querem um governo de coligação. Se a vitória do PS for considerada como possível, é alarmante o facto de Bloco e PC assumirem funções governativas. Se tal acontecesse, verificar-se-ia um recuo na História deste País e, provavelmente, os jovens não teriam alternativa senão a de emigrar.

Terceira nota - Se a vitória será decidida pelos indecisos e se tu estás indeciso, vota PSD. Caso contrário, a esquerda radical pode governar em coligação com os "socialistas".

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Uma coisa que não percebo...


Tenho visto, por muitos blogues, certas opiniões sobre uma pessoa que tem mais ou menos a minha idade, opiniões às quais não dei valor, porque tratam de coisas acessórias ao debate político que deve (e que está a ser) feito.
Mas hoje vi, num blogue da área social-democrata, que não vou citar, um post muitíssimo injusto para essa pessoa.
À pessoa em causa só é dada essa importância porque é uma figura pública. E porque é mandatária de Sócrates. É óbvio que estou a falar da Carolina Patrocínio e da quantidade inexplicável de posts e artigos que foram escritos sobre ela, principalmente depois de ter dado uma entrevista infeliz.
Já falei sobre este assunto com muitas pessoas. E todas as pessoas com quem falei (de todos os quadrantes políticos, de todas as profissões) se multiplicaram em argumentos para contrapor a defesa que eu fazia. Mas continuo a não perceber...
O que quero dizer é que devemos ser tolerantes uns com os outros. E não percebo onde está o mal da Carolina Patrocínio ser mandatária de Sócrates. Foi convidada e aceitou. Ponto. Se gosta de política, não sei. Nem me interessa se percebe alguma coisa de política ou se sequer sabe se Sócrates é Primeiro-Ministro ou Presidente da República.
O que é que me interessa se a empregada dela lhe tirava as graínhas as uvas? O que é que me interessa se prefere fazer batota a perder? Ela não é candidata a nada, pelo menos que eu saiba.
Uma pessoa pode ser vaidosa ou até fútil. Não faço ideia como é que ela é. Admito que o possa ser. Mas como se pode fazer dela um alvo político? Só porque é mandatária de Sócrates? Ou por que mais? A sério, se houver outra explicação, digam-me que não estou a ver qual é.
Por fim, a propósito do que foi escrito no blogue que me fez escrever este post, acho que algumas críticas são injustas. Chame-se o que se lhe quiser, mas, que eu saiba, uma pessoa que é formada em Comunicação Social na Universidade Católica não é propriamente uma pessoa que não sabe nada de nada. E a minha geração não é uma "geração morangos", que só gosta de luxos e fast-food. Pelo contrário. A minha geração é, porventura, a mais trabalhadora e a que mais vai ter que fazer pela vida. Antes fossemos todos fúteis. Mas a realidade é que não somos. Assim como a Carolina Patrocínio também não é o exemplo que melhor representa a geração mais nova. A única coisa que todos, desta mesma geração, temos em comum é que não gostamos nada de perder. Mas há alguém que goste?
Quem parte do princípio que os mais novos são todos iguais, parte de um princípio errado. E quem parte do princípio de que as miúdas giras (uns acham, outros não!) são burras, muitas vezes engana-se. Não sei se estão ou não enganados sobre a Carolina Patrocínio. Mas acredito que sim. Apesar de achar que a escolha dos socialistas foi errada. Mais nada. Ataque-se os socialistas por isso. Nunca a Carolina Patrocínio. Basta clicar nesta fotografia, ampliá-la e ver que o que move os jovens socialistas é tudo. Tudo menos José Sócrates. Talvez ela tenha mais trunfos do que ele. Começando pelo desempenho universitário.

Vevey, Suíça



Fotografia tirada no ano passado, em Vevey, no cantão de Vaud, à beira do Léman. Um pouco à frente da sede da conhecida Nestlé.

Mas quem será?



Com as contas difíceis para o Mundial do ano que vem e bem perto que estamos das eleições, para rir, divertir e descontraír: quem será o pai da criança?

sábado, 5 de setembro de 2009

Sócrates 2009 - o hino



Avança o Expresso de amanhã que os últimos retoques para a campanha do PS só serão dados no próximo fim-de-semana. Mas parece que o hino está encontrado. "Shut up" significa "cala-te", em inglês.
Para os menos entendidos em inglês e que, por isso, não entendam a letra na sua língua original, deixo aqui deixo o link para a tradução. Que, como parte da nossa Selecção Nacional, é em português...do Brasil.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A mentira


Podemos enganar muita gente durante um curto espaço de tempo.
Podemos enganar pouca gente durante um espaço de tempo um pouco maior.
Mas nunca podemos enganar toda a gente.
Podemos tentar enganar as pessoas sobre a nossa licenciatura, sobre as coisas que assinamos e que não fomos nós que as fizemos, sobre as falcatruas que fazemos durante a vida. Mas essa tentativa é sempre feita em vão. Porque nunca conseguimos enganar toda a gente.
Mas não podemos dizer às pessoas que vivemos numa casa luxuosa no centro da capital do país quando o nosso ordenado não corresponde com essa grandeza. Nem muito menos podemos tentar explicar às pessoas que, com um ordenado de deputado, se consiga passar férias num dos mais luxuosos resorts algarvios. E isso sei eu, que vivi os 21 anos da minha vida na mesma casa e sempre passei férias no mesmo local.
Há muita coisa por explicar. Muita coisa haverá, certamente, para investigar. Mas para isso era necessário que o jornalismo e a justiça fossem verdadeiramente independentes.
Hoje, quando passava na ponte sobre o Tejo, ouvia, na TSF, um programa sobre mentirosos compulsivos. E eu tenho, depois de ver uma certa notícia, provavelmente uma das últimas notícias independentes de um certo noticiário, o pressentimento de que apanhei hoje um mentiroso compulsivo. Eu e muitas pessoas que já foram, nem que seja uma vez na vida durante um mês de Agosto, a um resort no Algarve. Pessoas que vêem que a informação que foi dada e a realidade estão a bater certo.
É que lá está: nunca podemos enganar toda a gente...
E não é por se cortar o nariz que o Pinóquio (ou Pinocchio) deixa de o ser.

TVI queria dizer Televisão Independente



O dia seguinte ao cancelamento do Jornal Nacional de 6ª foi marcado por uma tentativa clara de se abafar (sim, abafar!) o que aconteceu no dia anterior. Tentativa essa que foi feita através de afirmações públicas de pessoas com um único argumento: o telejornal era mau e, por isso, deveria ter saído do ar.
Admito que para muita gente, inclusivamente pessoas da área do PSD, o telejornal da TVI, às sextas-feiras era mau. Admito que sim. Mas aquele espaço noticioso era o mais visto da televisão. O que quer dizer que era o preferido pela maioria dos portugueses, e essa realidade não há argumento que a apague.
Por ser o mais visto, o preferido dos portugueses, dava à TVI mais audiências do que qualquer outro telejornal, mesmo os dessa estação, o que significa mais dinheiro a entrar, pela via publicitária. E não há empresa, pelo menos nenhuma empresa de bem, que recuse a entrada de mais dinheiro.
O que quero dizer é uma coisa muito simples: não há nenhuma razão para que se tire do ar o espaço noticioso com mais audiências. Não há. Até porque aqueles que não gostavam, tinham a possibilidade de mudar de canal. Ou até de desligar a televisão. Mas era o mais visto.
TVI quer dizer "Televisão Independente". A RTP depende do Governo e a SIC, há muito que a critico por revelar, não raras vezes, tendências de esquerda, principalmente a "esquerda socialista".
Ou seja, quando dizemos que a televisão independente deixou de existir em Portugal, como não existe em alguns países com outros regimes, estamos quase, quase, a dizer uma verdade irrefutável.

A democracia está de luto.


A democracia e a liberdade.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

CENSURA!


Tem razão quem fala em asfixia e em claustrofobia democráticas. E, partindo de um determinado raciocínio, não deixa de ser mentira que, em alguns domínios, a democracia está, de facto, suspensa. E não está suspensa para fazer reformas. Antes fosse assim. Está suspensa por interesses pessoais, políticos e económicos de um grupo restrito de pessoas.
Assim de repente, neste passado mais recente, lembro-me, por exemplo, daquela estranha operação que visava a aquisição do Jornal "Sol" na altura em que este jornal contribuiu, dentro do seu direito constitucional de informação, para a revelação de muitas verdades relativas ao caso Freeport. Lembro-me também da imposição aos lisboetas que os socialistas fizeram, num contrato feito por baixo da mesa, com uma empresa de contrução civil dirigida pelo também socialista Jorge Coelho.
Nada disso se entendia. Pelo menos, eu nunca entendi. Que, ironicamente, é igual a dizer que toda a gente percebeu muito bem o que se quis fazer...à custa do bem-estar social e económico dos cidadãos.
Depois de várias considerações públicas que o Primeiro-Ministro e alguns camaradas socialistas e de Governo fizeram sobre a TVI, o director-geral da estação já lá não está. Graças a uma "operação" realizada, longe dos holofotes, bem no meio das férias de verão. Mas agora foi-se ao limite de acabar com o noticiário mais visto pelos portugueses. Ordens do chefe são ordens do chefe. Por muito que isso custe à TVI ou à empresa que a detém.
Amanhã, já não vai passar a peça que havia sido preparada relativa ao caso Freeport nem a linha dura que a TVI prometia prosseguir amanhã. Vários jornalistas e o próprio comentador Vasco Pulido Valente, que haviam preparado o programa durante dias e dias, não vão ver o seu trabalho em horário nobre. Para ser visto pela maioria dos portugueses que, naquela hora, estiverem à frente da televisão.
Esta notícia, mais escândalosa do que todas as que a TVI passou nos últimos anos, é uma vergonha. É o reflexo de um grupo de socialistas que sempre confundiu maioria absoluta com poder absoluto. É a aplicação prática, em pleno século XXI, de quase tudo aquilo que o conceito de censura significa.
Por isso, esta censura merece, em conjunto com todos os actos equivalentes ou realizados nesse sentido durante este Governo, ser censurada. No dia 27. Nas urnas. Pelos eleitores.
Já só faltam 24 dias para podermos...respirar.

Depois das 5 para a meia-noite

"Às vezes dá vontade de meter as pessoas num aviaozinho e dizer assim: vai lá conhecer!"
(Pedro Santana Lopes, sobre Sá Fernandes)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Vai valer a pena acompanhar...


No twitter da campanha Lisboa Com sentido desde a chegada de Pedro Santana Lopes até ao final do programa. E também no único programa que vejo regularmente, da RTP2.
"5 para a meia-noite" é mesmo às 5 para a meia-noite, hoje, com Pedro Santana Lopes. Entrevistado pelo Nilton. Na RTP2.

It's the final countdown

Para bem de Portugal, já só faltam 25 dias.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Rir Com Sentido


Ouvi, há pouco, num qualquer posto do rádio do meu carro, António Costa a falar. Falava-se, segundo a locutora, da apresentação "do programa de governo para a cidade de Lisboa".
Foi com uma gargalhada de quem não acredita no que está a ser dito que ouvi António Costa a falar. Parecia mesmo um daqueles sketches de humor.
A minha namorada, que vinha a dormir ao meu lado, acordou com a gargalhada. Perguntou-me por que me estava a rir, daquela maneira, sozinho no meu carro. É que o António Costa, que todos conhecemos por ter estagnado completamente a Câmara ao nível de obra, estava a dizer que, no próximo mandato, iria fazer não sei quantas creches, iria construir e reabilitar mais não sei quantas escolas e iria fazer com que todas as crianças tivessem transportes, de carrinha, entre a escola e a casa.
Ri-me muito. Muito mesmo. Por causa disso. Mas a verdade é que, sabendo o que (não) foi feito em dois anos, ouvir António Costa dizer aquilo não me poderia ter causado qualquer outro tipo de reacção.