Inspirado por ideais ecléticos e por valores desde sempre inigualáveis no desporto português, como o respeito por todos os protagonistas desportivos, o culto do mérito, da excelência e da verdade desportiva, nascia, em 1906, o Sporting Clube de Portugal.
Em 105 anos de História, o Sporting assumiu a sua identidade desportiva, travando várias batalhas na defesa dos seus valores. Foi uma luta sem tréguas, porque foi justa, e limpa, porque foi feita às claras, longe da escuridão de túneis.
Ao longo de todo este tempo, o Sporting foi frontal no que disse, foi incisivo no que fez. Denunciou um sistema de poder instalado no futebol português, controlado por Pinto da Costa e Valentim Loureiro, sistema que nunca foi desmentido, mas antes comprovado por uma série de escutas telefónicas comprometedoras, entre almoços e jantares, com muita fruta ou chocolate metidos ao barulho.
Não há outro clube que mais tenha feito pela verdade desportiva em Portugal.
Aliás, ainda no velhinho Alvalade, foi o Sporting que carregou o caixão da verdade desportiva, num luto em sua memória organizado pelo clube com o apoio dos seus sócios e adeptos.
Terá sido nesse dia, ou antes, ou depois, que se enterrou a verdade no desporto em Portugal.
E é esse o ponto onde estamos, o mesmo de há 10 anos atrás, em que árbitros justificavam roubos de Igreja com azia. Com Mirko Jozic, o melhor Sporting das últimas décadas apenas conseguiu ser combatido pela equipa dos homens do apito. Com eficácia, diga-se. Desde aí, João Ferreira, que não viu um golo marcado com a mão, tirou um título ao Sporting; Paraty entregou um título ao Benfica quando não assinalou uma falta de Luizão sobre Ricardo e roubou, dessa forma, um título merecido a um Sporting que chegou à final da Taça Uefa.
2011/12 começou. Apresentou-se com um Sporting novo, renovado com um leque de jogadores cujo talento é internacionalmente reconhecido, com um Porto enfraquecido pela fuga do treinador e do melhor jogador, com um Benfica colado ao poder, demasiado estrangeiro e tremido.
O essencial, porém, continuou igual.
Na primeira jornada, um ponto foi oferecido aos encarnados. Dois pontos foram entregues aos azuis. Com imaginação, porque o árbitro viu pontapé de baliza num corte defensivo com a mão dentro da grande área e o fiscal de linha viu um fora-de-jogo quando Postiga estava 3 metros atrás do último defesa, lá se conseguiu prejudicar o Sporting, retirando-lhe dois pontos que lhe iriam garantir, desde logo, o primeiro lugar.
Entretanto, deva-se dizer que não houve corporativismo quando Pedro Proença foi agredido por um adepto benfiquista no centro comercial Colombo, corporativismo que também não houve quando João Ferreira foi duramente criticado por altos responsáveis do Futebol Clube do Porto.
O corporativismo dos árbitros só existe quando é o nome do Sporting, aquele que luta pela verdade desportiva, que está em cima da mesa. E aqui estamos agora, numa jornada onde o Benfica e o Porto voltaram a ser levados ao colo. Na Luz, Javi ficou em campo e não se assinalou um penalty claro. No Dragão, Otamendi fez de Javi, mas o Porto conseguiu (com 11) dar a volta graças a um penalty caído do céu.
Seria provável que, houvesse verdade desportiva, o Porto apenas tivesse um ponto em seis possíveis. O Benfica teria dois, na melhor das hipóteses.
Era preciso ofuscar as evidências.
E, por isso, hoje, em Aveiro, não há árbitro para ninguém.
Como adepto do Sporting, fico feliz com a notícia. O árbitro é irrelevante. Não protegem a integridade física dos atletas do Sporting Clube de Portugal, atletas sistematicamente prejudicados por cartões surgidos do nada.
Se marcar mais golos ao adversário não chega para ganhar, então o facto de haver árbitro é indiferente.
Mas não é indiferente o corporativismo anti-Sporting. E é disso que se trata.
À segunda jornada, o campeonato acabou, está manchado. O primeiro classificado tem mais cinco pontos do que deveria ter. Os árbitros recusam-se a apitar jogos do Sporting, numa recusa apenas justificada por parcialidades clubísticas.
Godinho Lopes tem uma tarefa complicada em mãos, que é combater, em nome dos sportinguistas e dos respectivos ideais centenários, contra a podridão que se instalou no futebol em Portugal.
Em honra aos nossos valores, aos superiores interesses de quem nos fundou, à memória da inigualável História deste Grandioso Clube, creio que tem carta branca para, custe o que custar, finalizar esta guerra que nunca chegou a terminar.
É preciso devolver a verdade ao desporto, retomar a paz entre os agentes desportivos, limpar o futebol português desta sua Face (semi-)Oculta.
É preciso ir até às últimas consequências, porque se trata de honra, porque se trata também da própria identidade leonina.
Foram longe demais. E ninguém, que seja sócio ou adepto do Sporting, se pode resignar. O tempo é de estar atento a tudo o que se passa, denunciar todas as trafulhices, levá-las onde for possível levar.
Pesados os prós e os contras, imaginem o que seria, se o Sporting cedesse a este contra-ataque frontal e declarado dos árbitros e dos seus responsáveis ao nosso Clube!
Está tudo contra nós. Oh se está. Mas o facto de se ver os podres todos juntos também é esclarecedor!
E não podemos ter medo! Temos uma grande arma que eles não têm!
É a razão.
Em frente, em frente! Soltem os leões!
Estamos juntos.
Viva o Sporting.
2 comentários:
Amigo
Tirei este bocadinho dum comentário feito pelo "o cusco" no blog de PSL que diz o que penso:
"...........Para mudar de tema, vi o jogo do Sporting.
Sou Benfiquista mas achei uma vergonha a forma como o Sporting foi roubado ontem.
Assim até os jogadores desmoralizam.
Não tanto como o exagerado Presidente disse ( já agora digo ao mesmo que um melhor corte de cabelo iria dar-lhe mais credibilidade ), mas foi roubado e isso é asqueroso.
Os jogadores até se portaram bem e esforçaram-se apesar de roubados.
Chegaram ao empate 2-2….Depois até a má sorte visitou Alvalade e sofreram mais um Golo.
Se esta forma de Arbitrar continua, então é porque estamos a viver uma ditadura dentro do Futebol......................."
Só gostaria de acrescentar que quando o vosso Presidente decida ir ao Barbeiro, POR FAVOR que leve o nosso Treinador Jesus que aquilo é nem tem palavras...
Forte abraço
MVS
Miguel,
Obrigado pelo comentário sempre bem-disposto!
É verdade. O Sporting, além de ter sido sistematicamente prejudicado por arbitragens desonestas, não tem tido sorte nenhuma. Mas a sorte também se procura. E nós iremos encontrá-la.
Quanto ao resto, no que dia em que vir o Jorge Jesus, transmito-lhe essa ideia: cortar o cabelo e fazer um curso de Língua Portuguesa seria bom para o treinador do Benfica. Afinal, tem de se começar por algum lado.
Outro grande abraço
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