segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Português, de Portugal


É possível que não seja verdade, mas chegou-me aos ouvidos (e disseram que a notícia já tinha passado na imprensa) que muitas palavras do vocabulário português, de Portugal, podem ser alteradas, para que as palavras do vocabulário português do Brasil sejam iguais às nossas. Não consegui assegurar a veracidade desta notícia, mas, a acontecer, sou totalmente contra. Acho que, se tal acontecer, será um escândalo.
A língua portuguesa é algo que estimo muito. Não há nada de que me orgulhe tanto como a História e a cultura do meu País. Podemos estar numa fase crítica da nossa gloriosa História, mas isso não nos impede de estimar, cuidar e proteger a nossa língua: o português, de Portugal.
A história da língua portuguesa teve várias evoluções e adaptações. Porque a sociedade evoluiu. Alterar palavras do vocabulário português, de Portugal, por palavras usadas no Brasil é como nos roubarem o fado e darem-nos samba. O que quero dizer é que nós, portugueses, somos diferentes dos brasileiros. Essa diferença tem de ser encarada com normalidade e ser aceite por todos, portugueses e brasileiros. Por todas as razões.
Portugal e o Brasil têm uma História diferente. Fomos nós que descobrimos o Brasil. Fomos nós que lhes demos a língua portuguesa. Se o objectivo for facilitar a ligação entre portugueses e brasileiros, quem tem de ceder nunca seremos nós. Se há diferenças, ainda que pontuais, têm de ser aceites, do mesmo modo que aceitamos a diferença de culturas.

2 comentários:

rei dolce disse...

não sei de nada!!

pode dar-me mais informação sobre isto?

António Lopes da Costa disse...

Eu também não sei mais do que aquilo que escrevi. Como escrevi, não asseguro a veracidade desta informação, mas foi-me dito que esta possibilidade já apareceu num jornal. A ideia era que palavras como "acto" passarem para "ato". Foi, também, esse o exemplo que me deram.
De qualquer maneira, caso seja verdade, sou totalmente contra.
Já agora, se, por caso, souber mais sobre isto, gostaria que me desse mais informação.

Um abraço, António.