quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Parcialidades
Escrevo sobre este assunto depois de um jogo em que foi invalidado um golo contra o Benfica. Que foi igual a um outro golo que foi validado a favor do Benfica, há poucos anos. Golo que deu, na altura, ao Benfica o primeiro lugar no único campeonato ganho nos últimos quinze anos.
O que quero dizer com isto é que Vitor Pereira, líder máximo dos árbitros em Portugal, tinha razão quando disse que os árbitros têm sido parciais durante esta temporada.
Têm mesmo. Ou foram parciais hoje ou foram naquele outro jogo que deu o primeiro lugar ao Benfica.
Antes do jogo de hoje, do golo invalidado igual ao que foi validado, na última jornada, em Vila do Conde, ficou por marcar um penalty evidente por empurrão de Miguel Vitor a um jogador do Rio Ave. Saviola, nesse mesmo jogo, simulou duas vezes. Um penalty e um livre em zona perigosa. Os dois amarelos ficaram no bolso.
Antes de Vila do Conde, contra o Nacional, o Luisão foi amarelado por pontapear de forma agressiva um adversário e apenas um enorme roubo de Igreja permitiu que o Benfica vencesse um jogo que, se os árbitros tivessem sido imparciais, perderia com a certeza quase absoluta.
Poderiamos ir a outros jogos. Um jogo de Olhão. Um jogo de Leiria. E vários outros jogos em que a Luz do estádio, por vezes, ofuscou a vista dos árbitros.
Vitor Pereira tem razão. Os árbitros têm sido parciais. E, por isso, a classificação das competições nacionais desta temporada é uma farsa.
O Benfica, em condições normais, tinha zero pontos na Taça da Liga e estaria em terceiro no campeonato, a pelo menos cinco pontos do Braga. Relembro que o Benfica já está fora da Taça.
O facto de estar, neste momento, empatado com o líder do campeonato e com a presença garantida nas meias-finais da Taça da Liga são, por isso mesmo, uma das maiores fraudes desportivas (senão mesmo a maior) que o futebol português viveu nos últimos tempos.
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