Houve quem dissesse, há dois séculos, que Portugal não era um país.
Era um sítio. E, ainda por cima, mal frequentado.
Quantas vezes, nós, portugueses do século XXI, chegámos a essa conclusão, sobretudo naqueles momentos em que sentimos que o nosso esforço, o nosso trabalho, as boas ideias e as grandes convicções foram desperdiçadas em vão?
Mas estes tempos de enorme decadentismo em Portugal também aconteceram por todo o Mundo. O Mundo respondeu e tem sido feita História.
Primeiro, nos Estados Unidos, em que só uma enormíssima vontade de mudar permitiu que fosse derrotado um herói de guerra norte-americano, tendo sido eleito Barack Obama como primeiro Presidente negro daquele que será o país que “comanda o mundo”.
Agora, no norte de África e no Médio Oriente, o povo está nas ruas, destruindo ditaduras, construindo um mundo novo.
É destes dois fenómenos da História recente, da História actual, que deve estar a grande inspiração dos portugueses do meu tempo: a enorme vontade de mudar aliada à força de grandes convicções.
Se vamos pensar muitas vezes que Portugal não é um país, que é um sítio mal frequentado? Se vamos desabafar que anda tudo maluco? Oh se vamos!
Quantas vezes já eu pensei o mesmo?!
Mas vale a pena.
Enquanto houver gente com vontade, com ideias e com convicções, dispostas a sacrificar um determinado estado de benefício pessoal em prol da construção de um Portugal Novo, inspirando-se nos ventos de mudança, nos grandes exemplos do nosso passado, com novas ideias como a integração de todos numa sociedade com mais e melhores oportunidades, vai sempre valer a pena.
Tenhamos a coragem de mudar. De mudar tudo o que tiver que ser mudado.
Sobretudo nos nossos partidos, nas nossas instituições, no Estado.
"Somos homens ou somos ratos?"
Ou somos o quê, afinal?
Decidamos. E escolhamos o exemplo. O exemplar. E que seja sempre assim!
Ou então continuemos a jogar para perder.
Enganando-nos uns aos outros. E a nós próprios. Traindo Portugal.
Todos os portugueses têm uma palavra a dizer.
E nós, social-democratas de Oeiras e de Lisboa, devemos, já na próxima segunda-feira, prestar, com convicção, um serviço útil na mudança que queremos para o nosso país.
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