Laurinda Alves lembra,
publicamente, uma definição muito própria do que entende por coincidências,
numa interpretação desse conceito que, como crente, tendo a partilhar.
“Coincidências são pequenos milagres em que Deus prefere ficar
incógnito”.
Serão, desse ponto de vista, algo
de demasiado maravilhoso e belo para que possam aplicar-se no jogo sujo em que
se tem tornado o futebol.
Se o Benfica pode decidir
unilateralmente receber o Gil Vicente em casa emprestada, sem conhecimento do
clube visitante e em total desrespeito pelo Regulamento da competição, não
havendo qualquer sanção para o clube, isso não é coincidência.
Se o Duarte Gomes não assinala
dois penalties claros a favor do Sporting no estádio da Luz, nem vê um golo em
fora-de-jogo, alterando um resultado de 2-5 para 4-3, isso não é coincidência.
Se esse mesmo árbitro continua a
arbitrar, apitando jogos decisivos, marcando um livre indireto num lance de
penalty claro (num Ac. Viseu – Sp. Covilhã) e, dias depois, é decisivo na
vitória do Sp. Braga frente ao Belenenses, isso não é coincidência.
E o homem do talho, o senhor
Mota? O facto de, depois de ter aldrabado os adeptos do futebol ao prejudicar o
Sporting no jogo frente ao Nacional (que impede o Sporting de ser líder, neste
momento), ser nomeado para um jogo decisivo do FC Porto na Taça que ninguém Liga também não é
coincidência.
Do mesmo modo, não é coincidência
o golo decisivo de fora-de-jogo de Varela no jogo frente ao Penafiel. Não é
coincidência o atraso de três minutos. Não é coincidência o Porto ter estado a
perder frente ao clube do presidente amigo. Não é coincidência o penalty, em
que se aplica a favor do Porto a lei da intenção, num lance fora da área. E não
é coincidência que o árbitro nomeado para esse circo fosse o Mota dos talhos!
Aproveitando o tema, poderia
ainda referir-me a um jogador da Liga (que está em vias de ser transferido)
que, a cada jogo contra o Benfica, cada auto-golo, cada penalty! Nem vale a
pena Mexer nisso!
Falamos só do presente, porque o
passado será julgado na altura própria. E não vale a pena dizer-se que foi por
coincidência que se acabou com o Boavista, que foi por coincidência que foi no
ano dos trinta pontos que se castigou o Porto com seis, etc.
Por coincidência, aí assim, foi à
ajuda divina que o senhor dos gases apelou quando tinha a justiça dos homens à
perna.
Apesar de ser sportinguista, de
me rever nesta direção e de apoiar as suas decisões, entendo que, seja lá o que
for decidido, o Sporting não deve participar em mais qualquer jogo desta Taça
da Aldrabice.
É que só por coincidência – os tais milagres em Deus intervém anonimamente
– pode haver verdade nesta competição. E, se o Sporting alguma vez vencer uma dessas Taças, tendo em conta o que se tem passado no futebol em Portugal, meus caros: isso é coincidência!