domingo, 2 de março de 2008
Será que tem mesmo de ser?
Há uma coisa que me tem dado que pensar.
Não vou repetir o que tenho dito sobre o estado do país. Mas pensemos, mesmo que rapidamente, no Portugal de hoje, na saúde, na educação, na cultura, nas finanças,...
Nos últimos 13 anos, o PS governou 10 e o PSD apenas governou por 3 anos. Será tão responsável o PSD,liderado por Barroso e Santana, pela situação a que o país chegou? Pela lógica, pelas conjunturas em que se governou e por todas as razões possíveis, respondo não. Como, seguramente, também responderão todos os leitores deste blogue. Mesmo assim, Sócrates vai a eleições em 2009 e pode fazer com que o PS aumente o seu número de anos no poder para 14, em apenas 17 anos. Os resultados das sucessivas governações socialistas são evidentes. Bastará, neste preciso momento, sair à rua para vermos como está Portugal.
As sondagens apontam, neste momento, para uma vitória de Sócrates. Mais uma vitória para o Partido Socialista. Jorge Neto, nome do meu professor de História durante o 3ºCiclo, disse um dia, numa aula, que, acima de tudo, a História era importante porque nos permitia saber quais foram os erros passados, para que não os voltassemos a repetir. Uma hipotética vitória socialista em 2009 era mais um erro, que se poderá, pelo andar das coisas, tornar fatal. Esse erro Portugal já cometeu quando deu a segunda vitória a Guterres, partindo do princípio que "à primeira caímos todos". E não quero, e tudo farei, para que esse erro não se volte a repetir em 2009. Acima de tudo, porque, para bem de Portugal, esse erro NÃO PODE (mesmo!) repetir-se.
Mas olho para a oposição, nomeadamente para o meu Partido. Vejo um líder isolado, só, porventura até mal acompanhado. E vejo movimentos de reflexão, potenciais sucessores a darem entrevistas, pessoas a insultarem o líder. Enfim, vejo divisão a mais. É o Partido da intriga, da vingança, dos mesquinhos. Permitam-me dizer que há pessoas muito abaixo do nível mediocre a exercer cargos no PSD e até cargos públicos. Essa é, logo, a minha primeira preocupação.
O que se está a passar é que é a derrota do PSD. Porque o País lá fora chama por nós, enquanto vários militantes se limitam a atacar companheiros de partido, sabe-se lá porquê. Santana Lopes disse que o país está louco. Eu não sei se o país está, mas este PSD está louco. Este não é o PSD de Sá Carneiro. Ou melhor, isto não é o PSD.
Continuo a acreditar no que sempre acreditei. Continuo firme na minha maneira de pensar. O PSD tem de ir mobilizado para 2009. É verdade que há pouco tempo para missão tão grande. Mas é a missão que Portugal quer. E não podemos estar indiferentes aos pensamentos dos portugueses.
Escrevo isto por uma duas razões interdependentes. A primeira é a de que o PS não pode continuar a governar depois de 2009, porque os resultados estão à vista de todos. A segunda é a de que não há nenhum Partido que possa recolocar Portugal no caminho certo, exceptuando o PSD. Uma coisa é certa, e estaremos também todos de acordo. Neste momento, o PSD não merece uma vitória em 2009. E a culpa não é só de Menezes, de Santana, de X, de Y ou de Z, mas de muitos militantes.
Em suma, não me parece que tenha mesmo de haver mais uma vitória do PS em 2009. Compete-nos, portanto, a nós e só a nós, mudar a situação actual. Uma derrota do PSD em 2009, que não pode acontecer, não será só uma derrota de Menezes. Será uma derrota de todos os militantes e acima de tudo desses tais grupos de reflexão, que já causaram gravíssimos danos ao PSD e ao País.
O PSD, em 2009, tem mesmo de chegar ao Governo de Portugal.
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2 comentários:
Attention!
Muito bem António, o menino 'chora' como eu, o PSD. Tem razão, a canalha que invadiu o PSD e se colocou nos 'tachos' não merece uma vassoura para varrer folhas no jardim. Além de não terem preparação técnica, são ETICAMENTE MONSTRUOSOS.
O líder não está só, a 'bicharada' tem acesso às pantalhas, pois está a fazer o trabalho ao PS!
Já agora cito um dos reles: »temos de pôr o Menezes na rua, senão não temos lugares nenhuns». ISTO É A OPOSIÇÃO DENTRO DO PSD!
Nem comento, senão tenho de substituir as letras por sinais gráficos.
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