sexta-feira, 24 de abril de 2009

O sentido dos números, em Lisboa


Quem perde 2 minutos a ver as notícias apercebe-se logo do nervosismo crescente do Partido Socialista perante a grande e real possibilidade que tem de ser derrotado por uma coligação alargada de apoio a Pedro Santana Lopes.
Da mesma forma que António Costa acordou tarde para liderar Lisboa, o PS manteve-se adormecido, pensando que o facto de nada fazer chegaria para se manter à frente da capital. Agora, nota-se que os socialistas têm a máquina de construír opinião muito bem montada. Mas isso nem sempre chega. Principalmente quando o adversário é Pedro Santana Lopes, a quem o tempo tem vindo a dar razão, como nas questões do túnel do Marquês, do Casino e, certamente, do próprio Parque Mayer. Santana Lopes, quando pôde resolver, resolveu. E fê-lo com rapidez, eficácia, coragem e muita determinação.
Uma notícia que me chamou a atenção nesta quarta-feira foi o facto de uma petição que apelava à convergência da esquerda em Lisboa ter chegado a 1000 assinaturas. E fiz, depois, algumas contas.
Ora vejamos: mil assinaturas, em 500 mil pessoas, equivale a 0,02%. Mil assinaturas são metade das participações que o "OUVIR LISBOA", da campanha de Santana Lopes, recebeu logo nos primeiros dias.
Os números revelam muita coisa. E ajudam a esconder muitas verdades. Será que 0,02% dos 0,02% dos lisboetas que assinaram a petição defendem que seja António Costa a liderar uma união das esquerdas? Duvido muito. Porque Costa cativa tanto a esquerda como os lisboetas. Ou seja, não cativa. E há coisas que os números não escondem...
Por exemplo, quando Santana Lopes venceu a Câmara de Lisboa obteve 131135 votos. Costa ganhou as intercalares com 57907. Ou seja, Costa teve menos de metade dos votos que fizeram com Santana Lopes vencesse em 2001.
Marcelo Rebelo de Sousa disse que a vitória de Santana Lopes na capital era uma simples questão matemática. E não será necessário fazerem-se muitas contas para perceber que Santana tem vantagem. Uma larga vantagem. Merecida. Porque o mérito é seu e do trabalho que realizou no seu mandato como Presidente da Câmara de Lisboa.

1 comentário:

Anónimo disse...

Só vota em Santana quem andar a dormir...
João Semana