sexta-feira, 3 de outubro de 2008

No Estado Novo é que era assim...


Foi hoje condenado Mário Machado.
Não o conheço, discordo de grande parte das suas ideias, mas duvido que tenha, realmente, sido provado que ele é um criminoso.
Não me revejo, portanto, na direita radical. Do mesmo modo que não me revejo na esquerda, e em tantas ideias defendidas pelo centro-esquerda. Contudo, o facto de não me rever nessas ideologias não me leva, como democrata, a querer ver aqueles que têm ideias diferentes das minhas na cadeia.
Acredito, portanto, que Mário Machado é um preso político. E isso é sintoma de falta de democracia.
Foi julgado por discriminação racial. Mas tem razão quando diz que as diferentes etnias que disparam uns contras os outros, em Loures, dando apenas esse exemplo, também deviam ser.
Foi condenado, porque tinha ideias diferentes.
E foi preso, como foram tantos outros em períodos anti-democráticos da História de Portugal.
Choca-me muito que, por se defender uma ideologia diferente, seja ela qual for, se condene com quase cinco anos de prisão. Porque a verdade é que enquanto muitos defensores deste regime, cada vez menos democrático e mais controlado pelo Partido Socialista, têm uma vida cheia de luxos, luxos pagos pela classe média, cada vez menor, são libertados ladrões, pedófilos e assassinos. Muitos deles vivem mesmo à custa do orçamento do Estado, que é o mesmo que dizer que se governam graças aos nossos impostos. Pelo contrário, quem está contra este regime e várias das suas ideias é punido com cadeia.
Isto faz-me lembrar qualquer coisa. A propaganda socialista, a falência da justiça, onde a esquerda tem um notório e grande poder, além da censura, porque muitos meios de comunicação social não passam muitas coisas contra a esquerda e contra o PS, mas fazem escândalos quase se fala do PSD e do CDS/PP. Atenção, porque isto não acontece (já) só na televisão pública.
Depois da propaganda, da censura, veio agora a repressão. Onde é que eu já li esta história?

1 comentário:

Anónimo disse...

"duvido que tenha, realmente, sido provado que ele é um criminoso (...) Foi julgado por discriminação racial."

Quando não se sabe do que se está a falar, não se fala. Quem é de Direito já devia saber que se fala com conhecimento de causa e se evitar predicar intuições. Espere mais um pouco para ler o acórdão completo.