sábado, 6 de dezembro de 2008

Tantos porquês



Por que é que a imprensa de hoje não fala da oposição interna do PS, que ontem, com uma confortável maioria absoluta, poderia ter tido um enorme abanão em plena Assembleia? É que esse é o tema central, e não a falta de vários deputados.

Por que é que a imprensa não foi investigar as razões de várias faltas? Ou acham que os deputados faltosos foram só os do PSD? Ou acham que estes faltaram só porque lhes não apeteceu ir?

Por que é que a imprensa de hoje não dá um maior relevo à guerrinha entre o Primeiro-Ministro e o Presidente da República sobre o polémico Estatuto dos Açores?

Por que é que não há julgamentos públicos, semelhantes aos que se fazem, e mal, a militantes do PSD, nomeadamente na questão da falta de concurso público que vai originar um muro entre Lisboa e o seu rio, pondo vários milhões nas mãos de uma empresa, cujo administrador é um militante e amigalhaço do Partido Socialista?

Por que é que a comunicação social não fala do eclipse de ideias, de projectos e de obra existente na CML desde que Costa foi eleito?

Por que não há igualdade de tratamento, na comunicação social, entre o PS e o PSD?

Por que é que as palavras de um presidente da Câmara de Gaia têm maior relevância, para a comunicação social, do que as sucessivas divergências entre vários históricos do PS para com o caminho trilhado por Sócrates? É que nessas vozes divergentes do PS temos Manuel Alegre ou Mário Soares...

Porquê tanta euforia à volta do Magalhães, em vez de se falar do desnorte em que entrou a educação desde que este legislatura iniciou? Por que é que não apareceu em todas as primeiras páginas que Sócrates deu Magalhães às crianças só para a fotografia, tendo pedido às crianças que devolvessem o computador depois da cerimónia?

Muita comunicação social tem dado razão a Manuela Ferreira Leite, pois constatamos que a DEMOCRACIA ESTÁ SUSPENSA EM PORTUGAL.

Assim, Portugal tem andado para trás, afastando-se todos os dias da Europa Moderna. Somos menos ricos, menos desenvolvidos, mas também menos livres e menos democráticos.

(Sobre)vivemos numa ilusão, porque, ao certo, sabemos que nos foram e continuam a ser ditas várias mentiras. Afinal de contas, nem sequer sabemos, com verdade, se Sócrates é ou não engenheiro.

Faz de conta que sim.

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