sábado, 31 de janeiro de 2009
Defesa da honra
Até esta noite, o PSD não se pronunciou sobre o caso Freeport, aproveitando os seus "dois momentos de fama" para confrontar o Primeiro-Ministro (e bem!) sobre um relatório que este dissera ter sido realizado pela OCDE e que afinal não era e para, na voz da líder, apresentar propostas alternativas para as políticas de combate à crise, que entra, de modo generalizado, por casa das famílias portugueses. Também aí o PSD esteve bem.
Quanto ao caso Freeport, o PSD manteve pelo menos até esta noite um silêncio que se compreende, por demonstrar de forma clara que o PSD sabe distinguir o poder político do poder judicial.
Mas temos agora dois factos novos, que nada têm que ver com o poder judicial: primeiro, Sócrates recorreu aos mais primitivos arcaísmos típicos de líderes de regimes anti-democráticos, afirmando estar a ser vítima de uma cabala, de um poder oculto e de uma campanha negra, que não o irá derrotar; segundo, o tio deste rematou esta jogada feia de contra-ataque sorrateiro ao colocar a hipótese de ser o PSD que está por detrás daquilo que considera este ser uma campanha contra o Primeiro-Ministro.
Reconheço que existem duas evidências: primeiro, os portugueses não são "Zezitos" e, segundo, não havia maneira possível de um partido político português influenciar a investigação de autoridades britânicas que procuram a única coisa que verdadeiramente se ocultou, que são uns largos milhões de euros. Todas as pessoas sabem isso.
Mas era importante que isto ficasse bem claro e que fosse dito, em local apropriado, por dirigentes do PSD. Porque o que foi dito é, isso sim, difamatório e mentiroso, e constituí um seríssimo atentado à honra e à dignididade de um partido democrático como é o PSD e que, além do mais, sobre este aspecto se tem comportado exemplarmente. Enquanto militante do PSD, senti-me ofendido e insultado publicamente.
No que diz respeito ao plano da política, estou absolutamente convicto de que Sócrates será julgado politicamente, não por qualquer caso entregue ao poder judicial, mas pelas políticas erradas deste Governo. Neste plano, que é o que interessa ao PSD e aos portugueses, estão já reunidas todas as provas de que Sócrates não serve para governar e a sentença política final será inequívoca. No plano político, o Primeiro-Ministro só pode ser vítima de si próprio e será julgado politicamente pela sua governação completamente desastrosa.
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