domingo, 19 de abril de 2009

Paixão a mais...


Eu sei que existe, na cidade-berço, uma paixão muito grande pelo maior clube local.
Contudo, hoje a Paixão foi outra. Como é hábito sempre que que é com Paixão que se arbitram os jogos do Sporting.
Diga-se, sumária e previamente, que o Sporting foi, em Guimarães, uma equipa que, apesar de desfalcada(sem Grimi, Rochemback, Vukcevic e Izmailov), se superiorizou durante 80 ou 85 dos 90 minutos do jogo. Atirámos duas bolas à barra, marcámos três golos e criámos várias oportunidades de golo.
Mas, também ao longo de todo o jogo, o critério do árbitro foi manifestamente penalizador para os jogadores do Sporting. Por exemplo, Luís Filipe faz uma falta igual àquela em que Derlei foi amarelado. Mas Luís Filipe teve uma segunda oportunidade. E só à segunda viu o amarelo. Outro exemplo é o de uma falta de Nuno Assis (que deu origem aos protestos justos e à expulsão não tão justa de Paulo Bento), igual à que Moutinho cometeu quando viu o cartão amarelo.
Nos casos de Moutinho e Derlei tratava-se do quinto cartão amarelo, que suspende os atletas durante um jogo. Eram os únicos que que estavam nessa condição. Paixão sabia disso. "Tratou" disso. E fê-lo de forma clara.
Foi um roubo do princípio ao fim e o Sporting teve de ser muito melhor para ganhar o jogo. Porque se bastasse só ser melhor, o Sporting teria empatado. Ou perdido. Por culpa da Paixão.
Outra vez, um golo limpo foi invalidado. Nas imagens, vê-se que não houve protestos do jogador do Vitória, que perdeu a bola. Vê-se que Carriço não toca no jogador do Vitória. Viu-se que o árbitro não marcou nenhuma falta. Mas a Paixão falou mais alto quando a bola entrou na baliza, Paixão essa que, apressadamente, travou os festejos dos jogadores do Sporting, anulando um golo regular.

Uma palavra ainda para o Vitória. Acredito que o balneário do Vitória, depois do jogo, deveria estar de rastos. Desde logo, Nuno Assis e Luís Filipe, recém-chegados do Benfica, clube com quem o Vitória fez um protocolo. Que lesou (e de que maneira!) os minhotos. Até Manuel Cajuda, que continua a justificar os maus resultados e o fracasso de uma época que prometia ser memorável. Devem estar "de rastos". Mas que lhes console o facto de, com este resultado, se ter poupado uma enorme injustiça a três milhares de sportinguistas que foram ver o jogo ao vivo. E a um conjunto de jovens, promissores e profissionais, que foram prejudicados. Mesmo assim, ganharam.
Por fim, para os que gostam das curiosidades, aqui fica mais uma: na primeira volta, em Alvalade, tinha acontecido algo idêntico: o Sporting, nos dois jogos contra o Vitória, marcou, em cada um deles, três golos. E tanto em Alvalade como em Guimarães, foi-nos roubado um golo limpinho.
Fica à Liga o critério de dar continuidade a estes tipo de "malandrices". Porque nós, sportinguistas, estamos pelos cabelos com estes Lucílios e Paixões, que atentam continuadamente à verdade desportiva. Que prejudicam, constantemente, a equipa do Sporting. De resto, a nomeação de Paixão para este jogo foi uma afronta, clara, ao Sporting. Porque todos ainda nos recordamos bem de quem arbitrou e de como arbitrou no jogo que afastou o Sporting da Taça de Portugal.
Mas num campeonato que começou, logo na primeira jornada, com um penalty (contra o Sporting) numa falta a três metros da área, já tudo é de esperar.
Há Paixão a mais no futebol português. E vergonha a menos. Por isso, na próxima semana teremos de encher o estádio, de apoiar completamente esta equipa e de protestar, outra vez, contra esta pouca vergonha.

5 comentários:

luis cirilo disse...

Caro António:
Vamos por partes:
Eu vi o jogo no estádio mas não vi grande parte do que você pelos vistos viu na televisão.
Não vi tres milhares de sportinguistas.
Se estivessem mul já não era mau.
Mas isso é irrelevante.
Não vi, e isso é relevante,o Sporting dominar 80 minutos nem nada que se pareça.
Foi um jogo com dominio alternado (um dos melhores jogos do campeonato sem sombra de duvida)em que o Sporting soube aproveitar melhor as oportunidade de golo.
E isso é meritório como é evidente.
Mas não se esqueça que o Rui Patricio fez duas defesas "miraculosas" a remates de Roberto e Flávio.
A par de outras oportunidades que o Vitória não soube aproveitar.
Em jogo jogado e ocasiões de golo creio que houve bastante equilibrio.
Vamos ao árbitro:
Que não presta.
Como não prestam lucilio baptista,olegário benquerença,paulo costa,enfim quase todos que por aí andam.
Mas no sábado o SCP não tem nenhuma razão,que não seja condicioná-los para o que falta de campeonato,para aquela exaltação toda.
Factos:
No estádio o golo de Carriço pareceu-me limpinho e fruto da habitual nabice do Gregory.
A televisão mostra uma perspectiva diferente.
O erro de Paixão foi ter demorado tanto a reagir.
A generalidade dos comentadores de arbitragem acha que o golo foi bem anulado.
Amarelos:
Algo forçado,mas não escandaloso,o de Joao Moutinho.
Injusto o de Derlei.
Porque devia ter sido vermelho directo.
Como alias todos os comentadores referem.
O que está em causa não é ser primeira ou segunda falta;é a gravidade da mesma.
E a entrada de Derlei foi autentica agressão.
E se já tinha quatro amarelos era ele que se devia ter preocupado com isso e não o árbitro.
A falta de Assis,como a de Moutinho,podia ter merecido amarelo.
O critério foi outro.
Mas de um lider,como Paulo Bento,espera-se outro controlo emocional.
Ainda por cima em lance tão pouco relevante.
Devo dizer-lhe,contudo,que compreendo a irritação do Sporting.
Porque está a lutar com armas muito diferentes face a Porto e Benfica.
Cada um deles com uma mão cheia de pontos oferecidos pelos árbitros.
O que se passou ontem em Coimbra é exemplo disso.
Provavelmente o FCP acabaria por ganhar na mesma.Mas assim é muito mais fácil.
E ao ver aquele penalty clarrissimo a não ser assinalado lembrei-me logo do Vitória-SLB para a taça da liga em que o mesmo olegário também não marcou um penalty contra o benfica embora estivesse,como ontem,a meia duzia de metros e com visao perfeita do lance.
Por tudo isso gostaria de ver este ano o SCP ganhar a Liga já que ao Vitória ainda não é possivel lutar por esse objectivo.
Porque é o mais sérios dos chamados grandes(também não era dificil),porque aposta sériamente em jovens jogadores portugueses, porque está a lutar com armas muito desiguais face ao poder do "sistema" azul e vermelho.
Mas,sinceramente,acho que a Liga já tem dono.

António Lopes da Costa disse...

Caro Luís Cirilo:
Eu não lhe vou responder, desta vez, por várias razões.
Em primeiro lugar, tenho uma grande consideração por si. E acho que o futebol faz com que muitas vezes sejamos cegos perante evidências. O problema foi o critério.
Depois, porque o golo foi limpo. O árbitro não marcou falta e o fiscal não viu (como não viu nada na final da Taça da Liga). Quiseram apenas prejudicar o Sporting. Ninguém protestou, nem no banco do Vitória, nem no estádio, nem o próprio jogador, ao qual Carriço NÃO TOCOU.
Quanto ao amarelo ao Moutinho, aos sete minutos, junto à linha lateral, perto do meio-campo, eu nem lhe vou dizer mais nada.
As oportunidades de golo do VSC, além do golo, foram duas. O Sporting atirou duas bolas à barra, marcou três golos limpos e Nilson foi posto à prova duas vezes.
Por último, Guimarães não é um caso isolado. Se fosse, talvez desse o benefício da dúvida. Que dei na Amadora no ano passado. Que dei em vários outros jogos. Mas chega. Porque mete nojo.
Por muito que lhe custe, o VSC foi, de facto, inferior ao Sporting. Porque como disse o treinador, o Vitória, este ano, é uma equipa de "aselhas". E o Sporting, se houvesse bons árbitros, este ano talvez pudesse fazer o pleno.

Um abraço

Anónimo disse...

É isso mesmo o Benfica e o Porto aliaram-se para derrubar o todo poderoso Sporting.

luis cirilo disse...

Caro António:
Estamos mais ou menos de acordo excepto quanto ao dominio do Sporting e ao "golo" do Carriço.
Não vi esse dominio e no estádio, como já lhe disse,também não vi a falta.
Na televisão sim vê-se o pé em riste.
E como o António sabe não é preciso existir contacto para ser falta.
Não retiro justiça ao triunfo leonino embora pense que o empate seria mais ajustado ao decorrer do jogo. E o triunfo do Vitória também não teria nada de anormal.
E para terminar veja bem que nem usei o argumento Derlei.
Que se tivesse sido expulso como merecia...não teria marcado o golo do empate e a história seria outra bem diferente.
De resto digo-lhe que vivo com paixão os jogos nos estádios mas após o apito final vejo as coisas com o máximo de racionalidade.
Porque o futebol só é importante durante os 90 minutos.
A partir daí a vida faz-se de outras coisas.
Um grande abraço

António Lopes da Costa disse...

Se o Derlei fosse para a rua, Luís Filipe também ía. Fez duas faltas iguais, que poderiam "arrumar" dois jogadores do Sporting. Levou um amarelo na segunda falta para disfarçar aquela aldrabice.
Paixão e Benquerença, juntos, tentaram decidir o campeonato. Por agora, ainda não conseguiram. Mas assim, o Porto pode encomendar as faixas.
Quanto ao Benfica, parece que afinal vale a pena pressionar durante a semana. Tirando o embuste de Coimbra, tudo correu conforme as suas pretensões.
Mas olhe que está enganado: o futebol não são só os 90 minutos. É uma festa que começa muito antes e acaba muito depois dos jogos. E olhe que estou convencido de que os resultados não são decididos só nos 90 minutos. Porque essa hora e meia é só um pretexto para cumprir um papel. Os árbitros cumprem-no bem.
Haverá mais jogos entre as nossas equipas no próximo ano. E o que espero é que validem os golos limpos que a minha equipa marcar. Ou então começamos com -1 em vez de 0.
A vida continua. E até ao próximo Vitória-Sporting, estaremos juntos, como espero que a maioria dos vimaranenses e sportinguistas, na procura de uma vitória. Que é comum. A mim. Ao dr. Luis Cirilo. E a todos os portugueses.

E assim sendo, aqui vai o meu abraço social-democrata.