Eu compreendo que existam operações stop de madrugada.Porque isso garante a segurança daqueles que não conduzem sob o efeito do alcóol. Mas não vi, no caminho entre a Foz do Arelho e S.Martinho do Porto, nenhuma dessas operações stop.
Eu compreendo que multem aqueles que impedem a circulação automóvel, ou mesmo aqueles que, por mau estacionamento, impedirem a circulação das pessoas, sobretudo as deficientes motoras. Mas, em S.Martinho e mesmo na Nazaré, não vi nenhum veículo multado por essas razões.
Agora, o que acho inadmissível é que multem um carro que não impede nem a circulação de automóveis nem de peões, quando não existe (pelo menos num local que possa ser apercebido) sinalização que indique a proibição de estacionar naquele local. Onde, de resto, estavam estacionados, numa mesma fila, à beira da estrada, dezenas e dezenas de veículos. Ainda por cima, não havia qualquer alternativa, senão aquela, para aqueles que queriam aproveitar um dia de praia nas férias de verão.
Para o ano, aqueles que foram multados, como não há estacionamento (não susceptível de multa), não vão à Praia dos Salgados. O bar da praia vai ter menos gente, assim como aquela zona, que vai sobrevivendo graças ao turismo. Ganham-se 60 euros de multa, mas perde-se tudo o resto.
São estas, possivelmente, as instruções que recebem os polícias da Nazaré. Que não impedem as cenas de pancadaria que existem várias vezes, durante todas as noites da terceira semana de Agosto. Que não fazem operações stop para garantir a segurança dos que conduzem sóbrios. Mas que multam os proprietários de veículos estacionados à beira da estrada e que se encontravam ali porque, nos outros locais, vários carros haviam caído numa vala e não havia outra alternativa. A não ser que o carro fosse falésia abaixo...
É uma vergonha esta caça à multa.
3 comentários:
Conheço muito bem a zona! Não me admira essa situação pois se não forem para os Salgados vão para a Nazeré que é o que eles querem !
Nos meios pequenos é habitual multarem-se os carros de dono desconhecido. Ou seja: há uma fila; os dos conhecidos nãol evam cheque,os outros têm um presentinho no pára-brisas.
Há uns tempos apareceu num blog uma foto:
uma fila de carros;
alguns multados -ninguém sabia de quem eram;
outros,os donos identificados no blog, sem multa;
estacionado, ao arrepio da lei o carro patrulha da GNR -sem ninguém por perto,
o blogger informou que os militares estavam no café.
Não houve desmentidos, nem inquérito.Passou-se em Arganil -podia ser na Nazaré, ou...
Caro Tijoão da Tasca e IL,
Em Portugal, infelizmente é assim. O problema, às vezes, não está nos polícias. Apesar de haver benefícios (segundo uma notícia do princípio do verão) para aqueles que passam mais multas.
Supostamente, o Estado deviam ser os cidadãos. Agora é o contrário. O Estado foi tomado por um grupo de pessoas, de costas voltadas para os cidadãos (desacreditados - o que se revela nas urnas). O objectivo, em vez de ser proteger e promover a defesa do interesse das pessoas, agora não é assim: o objectivo é tirar-lhe o máximo dinheiro possível.
Podiam estar a fazer outras coisas, como as que exemplifiquei no artigo, mas não estão. Em Portugal, é mesmo assim. Como na tragédia triste que aconteceu na praia Maria Luísa, que frequento no verão: primeiro tem de haver uma tragédia e depois é que se tomam as medidas.
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