terça-feira, 30 de março de 2010

Pedofilia na Igreja


Sempre estudei em escolas e colégios católicos.
Aliás, ainda hoje, que frequento o curso de Direito, faço-o na Universidade Católica Portuguesa.
É sobretudo pela educação que tive, pela educação que tenho, que me sinto especialmente triste nesta Semana Santa, com as sucessivas notícias que apontam para casos de pedofilia na Igreja, ocultados por motivos de imagem.
A pedofilia é um dos piores crimes, senão o pior.
Se a prática desse crime só responsabiliza quem o pratica, o mesmo não se pode dizer sobre o modo como a Igreja quis ocultar essa realidade. Ainda para mais, por motivos de imagem.
Numa altura delicada, como aquela em que vivemos, não só em Portugal, mas em todo o Mundo, em que a sociedade global vive uma enorme crise de valores, era fundamental que a Igreja permanecesse como um pilar, como o grande exemplo de bons comportamentos.
Independentemente das crenças individuais, quase todos reconhecemos, na Igreja, um instrumento muito forte para a preservação de alguns valores fundamentais.
Mas o que aconteceu não pode ser tabu, só porque toca no que deve ser intocável.
O que aconteceu afasta os crentes e, pior do que isso, retira à Igreja a imagem exemplar que esta deveria ter.
Numa semana de Esperança e Sacrifício, espera-se que a Igreja não fuja às suas responsabilidades, que faça o sacrifício de apurar o que deve ser apurado, de fazer o que deve ser feito, para que aqueles que nela acreditam possam recuperar a esperança no caminho do Bem e da Verdade.
Porque esse é o caminho que seguimos todos. Esse é o caminho da vida. Ao qual a imagem não se pode nunca sobrepor.

2 comentários:

João Santos disse...

Interessante é que se estejam a desenterrar casos que têm 30-30-50 ou mais anos. MAS só os que dizem respeito a membros da Igeja Romana.

Os que foram cometidos por Cohen-Bendit, ou Joseph Martin (Joschka) Fischer, que os não negaram, FORAM METIDOS DEBAIXO DO TAPETE. Será que há pedófilos bons -os esquerdistas- e maus -os religiosos? Será que ninguém mete à cara destas centrais de informação tendenciosa, as suas pulhices?

Ou bem que mexer em crianças é obsceno, ou bem que é «descobrir a não existência de tabus», como os celerados justificaram o abuso de crianças de escolas alternativas e dos PRÓPRIOS FILHOS!

Anónimo disse...

Caro blogueiro,

Não emprenhe pelos ouvidos e pelo que lê.

Informe-se, oiça, olhe e depois fale.

Como foi educado em ambiente Católico não pode ir a reboque dos inimigos dos Católicos.

Este foi um dos mais ferozes ataques à Igreja Católica nos últimos 50 anos.

Misturaram tudo e serviram aos milhões de incautos por esse mundo fora. Com o resultado que se vê.

Procure um dos muitos textos de defesa da Igreja que circulam por aí e publique-o.

O artigo do JM Fernandes, saído no Público em 2010-04-02, está muito bom.

Cumprimentos