Não conheci Francisco Sá Carneiro.
Infelizmente, a minha vida não chegou sequer a cruzar-se com a dele.
Li alguns livros sobre ele, alguns excertos do que disse, alguns documentários sobre a sua vida, algumas opiniões sobre a pessoa e o político que era.
Sei que este dia é particularmente emotivo para todos os que, pela proximidade a Sá Carneiro, sentem a sua falta.
Respeito profundamente essa saudade.
Até porque se trata de um grande exemplo.
Mas a realidade é como é, muitas vezes dura e ingrata.
Por princípio, acho que ficar preso ao passado é o maior obstáculo para se projectar um futuro melhor. E falar dos "ses" é falar sempre de algo incerto.
Vivemos muito, no País e também no PSD, muito presos ao passado e aos "ses".
Não sei como seria o país, se Sá Carneiro não tivesse sido assassinado há três décadas. Não sei, mas também não me intriga não saber.
O que me intriga verdadeiramente é esta vergonha que sinto, eu e todos os portugueses, de não termos conseguido que fosse feita Justiça. Porque essa foi a maior derrota do Portugal democrático.
Sá Carneiro não merecia isso. E, por esse motivo, além de estarmos num dia em que devemos relembrar o exemplo de Sá Carneiro, onde nos devemos inspirar, e de estarmos num dia particularmente triste, este também não deixa de ser um dia de vergonha para a democracia portuguesa.
1 comentário:
Tenho também a mesma opinião, sinto que Sa Carneiro teve uma vida politica inacabada e que a par de Salazar é dos poucos politicos que os portugueses recordam e ..... sentem saudad dele!
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