quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Mudança para a Distrital


Os últimos anos têm sido particularmente difíceis para o PSD Lisboa.

O péssimo período que o PSD Lisboa viveu nestes últimos 2 anos devem-se a um trabalho desastroso da Comissão Política Distrital do PSD, que na minha opinião esteve mal quando decidiu não apresentar Pedro Santana Lopes como re-candidato à Câmara e optou por Carmona Rodrigues. Eu não me limito a dizer que esteve mal. Quero explicar por que motivos tenho esta opinião. Santana Lopes decidiu sair da Figueira da Foz, onde, sem dúvida, iria vencer, novamente, as eleições, para disputar um combate muito difícil contra João Soares, que, lembro, era apoiado por uma coligação PS-PCP. Foi uma luta difícil, mas Santana Lopes conseguiu ganhar as eleições autárquicas em Lisboa e levou o PSD, pela primeira vez na História, à governação da capital do país. Durante 4 anos, fez um bom trabalho, que é reconhecido pelos lisboetas a cada dia que passa. Esse mandato ficou marcado pela coragem de levar para a frente o difícil projecto do Túnel do Marquês, um sonho que há tempos se tornou numa realidade que facilita (e de que maneira!) o trânsito em Lisboa.

O PSD, no fim desses 4 anos, devia-lhe, pelo menos o respeito e a sua obrigação seria, no mínimo, retribuir a conquista da Câmara e o bom trabalho com o apoio a Pedro Santana Lopes. Mas a Distrital decidiu não o fazer, optando por apoiar o candidato independente Carmona Rodrigues, uma aposta que surgiu, de certo modo, contra as expectativas. Esse foi o primeiro erro. O problema não é de Carmona, que também fez boas coisas na Câmara, mas da decisão errada da Distrital, na altura presidida pela dra. Paula Teixeira da Cruz, com o apoio da Comissão Política Nacional, liderada por Luís Marques Mendes.

Foi Carmona que foi a votos e o PSD venceu essas eleições. Mas nos dois anos seguintes, o próprio partido decidiu gerar uma crise, completamente desnecessária. Na minha opinião, sem razões para isso, foi retirada a confiança política a vereadores e ao Presidente da Câmara. Gerou-se a crise. Tudo por culpa da acção da anterior Distrital e da anterior direcção nacional do Partido. Foram esses os culpados pela crise em que a Câmara, desnecessariamente, entrou e foram esses os responsáveis pela existência de eleições intercalares na Câmara de Lisboa.

O PSD voltou a ir a votos. Em 2 anos, perdeu em 33 freguesias do concelho de Lisboa. Em 2 anos, perdeu a Câmara. Em 2 anos, desceu 30% nos votos dos lisboetas. Estes foram os motivos da realização destas eleições para a Comissão Política Distrital do PSD. Não nos podemos esquecer disso!

Desde o resultado catastrófico obtido pelo PSD em Lisboa, o Partido mobilizou-se no sentido de uma mudança. De líderes. De políticas. De resultados. Apoiei essa mudança. Apoiei Luis Filipe Menezes desde o primeiro dia. Mas repito que essa mudança tornou-se urgente muito por responsabilidade da acção da anterior (ainda em exercício) Comissão Política Distrital. Então, a mudança tem de ser, também, ao nível da Distrital. Até porque a Distrital, por culpa da sua acção errada, viu a Câmara de Oeiras escapar-se, pela primeira vez, do PSD.

Apresentam-se hoje duas candidaturas diferentes. Como aconteceu nas eleições directas para a eleição do novo líder, há uma candidatura que representa o passado e outra que representa aqueles que sempre criticaram, com toda a razão, o caminho que estava a ser seguido.

Os militantes de Lisboa do PSD vão hoje ser chamados a votar. Têm duas escolhas: ou votam nos rostos da derrota em Lisboa ou nos rostos que protagonizaram a mudança no Partido.

A mudança impõe-se e só será possível com a vitória da LISTA H. Porque o PSD tem de VOLTAR A GANHAR.

3 comentários:

Anónimo disse...

Carreiras Ganhou!

Anónimo disse...

a sério? parece que não...

Anónimo disse...

Ganhou Carreiras?
Ou o objectivo era derrotar Helena L. Costa?
Pelo menos foi o que se ouviu na sala quando se soube dos resultados.

Belmira