quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Fora do vulgar!

"On my honor, I pledge that I have neither given nor received assistance on this examination".
É isso que temos de escrever no final do exame, do Professor norte-americano que falei há alguns dias.
A educação, mais lá do que cá, deve ser encarada com elevação e sentido de responsabilidade dos alunos. Porque a educação é para os alunos e os alunos são os avaliados.
Por cá, o que se discute é a avaliação...dos professores. Que não são respeitados e que acabam, algumas vezes, agredidos. Num clima de desautorização, de facilitismo e propício às cábulas. Tudo trocado. À portuguesa.

3 comentários:

Tite disse...

Então não achas que os Professores deveriam dar o exemplo ao deixarem-se a avaliar?
Davam uma prova de que confiavam em si próprios e de firmeza perante alunos e Encarregados de Educação.
Eu já ando sempre a defendê-los perante os Encarregados mal-educadores que os desrespeitam à frente dos próprios Educandos/Alunos.
Se eles aceitassem ainda os defenderia mais.

António Lopes da Costa disse...

Tite, a avaliação dos professores é um problema secundário das escolas e da educação em si.
O central da educação deveria ser, isso sim, a avaliação dos alunos, uma avaliação exigente tão exigente como o ensino.
Há que dar-lhes autoridade. E há impor mais responsabilidade aos seus e, consequentemente, também aos pais.
Não podemos continuar a pagar do nosso bolso para que os alunos faltem à escola, copiem nos testes, muitas vezes com a conivência dos pais, e sejam aprovados.
Desta forma, os alunos não são mais competentes. E talvez até se deva colocar em causa a obrigatoriedade do décimo segundo ano de escolaridade. Todos devem ter o acesso à educação, mas a liberdade e a igualdade impedem que os alunos irresponsáveis possam pôr em causa a autoridade do professor.
Enfim, isto é um tema complexo, com muito para debater. Mas repito que a avaliação dos professores é um aspecto secundário na educação de um país onde tudo se faz ao contrário.

Tite disse...

Pois...

Eu já estou reformada há 6 anos e antes disso já era avaliada todos os anos de acordo com os objectivos propostos no princípio de cada ano há mais de 15 anos. Isto era aplicado a todos os trabalhadores da empresa sueca onde trabalhei mais de 30 anos e nunca nos sentimos inferiores por a empresa ter adoptado essa metodologia. Até porque a avaliação servia para recebermos prémios de "produtividade" (podiam ir até mês e meio de ordenado para além do 14º mês) e os aumentos no ano seguinte.