quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Também há dias assim


Quem me conhece sabe bem que odeio perder.
Sou daqueles que tudo faz para cumprir o seu papel até ao fim, no intuíto de obter as tão desejadas vitórias. Sou assim na vida e sou assim enquanto sócio e adepto incansável do Sporting.
Mas os vinte anos e meio da minha vida fizeram-me aprender a conviver (bem ou mal) com as derrotas. Da mesma forma que me trouxeram alguma humildade nas alturas de maior euforia e entusiasmo.
Hoje, acreditei que o Sporting iria fazer História. E, na verdade, até fez, ao sofrer a maior goleada caseira, em jogos europeus, dos últimos cinquenta anos. Sinceramente, não esperava o cenário trágico dos cinco a zero, apesar de defrontarmos um colosso europeu, que tem bem marcado o seu nome na História do futebol europeu.
Foi um dia em que tudo correu mal: a bola não entrou e a frieza germânica fez com que o Bayern aproveitasse cinco oportunidades para fazer cinco golos. Não vale a pena pensarmos nos "ses". Se a bola que Lahm cortou em cima da linha, tivesse entrado, talvez tivesse sido diferente. Se o erro infantil de sofrer um golo à beira do intervalo não tivesse acontecido, talvez a história fosse outra. Se o golo (em fora-de-jogo) que deu o dois a zero ao Bayern, idem. E por aí fora. Perdemos. E perdemos por cinco a zero, num jogo que não poderia ter sido pior. Foi malvada a nossa sorte hoje!
Mas não me sinto menos sportinguista hoje. Nem tenho vergonha do cachecol que levo ao pescoço. Nem de erguer bem alto as cores e a bandeira do meu Sporting.
Recebi as tradicionais mensagens de amigos benfiquistas. Quem lhes dera a eles terem estado na Champions e de ver, ao vivo e a cores, no estádio do seu clube, jogadores como Messi, Henry, Xavi, Iniesta, Eto'o, Toni, Lahm, Schweinsteiger, Klose, Ribery, ou, no ano passado, como Cristiano Ronaldo, Rooney, Ibrahimovic, etc...! Os melhores do Mundo. O top of the tops. Não viram. Viram outros, com menos nome e menos qualidade. E mesmo assim foram logo eliminados com três derrotas em quatro jogos. Ao fim ao cabo, só perde quem joga.
A vida é mesmo assim. E tem de haver dias em que perdemos. E por muitos. Calhou ser hoje. Ainda bem que já passou e que é passado. Agora há que levantar a cabeça e pensar no futuro e nas vitórias que teremos de conquistar depois deste pesadelo.
Até porque, independentemente das vitórias ou das derrotas, sou e serei sempre orgulhosamente do SPORTING.

3 comentários:

Anónimo disse...

peço desculpa mas quando andavas tu na uefa vi o meu slb ganhar por duas bolas a zero em casa do APENAS campeão europeu mas ok...

Petinga disse...

Para o anonimo anterior:

E isso mesmo, continua a viver do passado. Porque 5-1 contra o Olimpiakos nao foi ha tanto tempo assim e o presente nao da grande vontade, nao e?

Para o autor

Lamento, mas o Paulo Bento ontem perdeu a ultima gota de credibilidade que tinha como treinador, aos meus olhos (e eu sempre fui um dos seus maiores defensores!). Como li algures, o Sporting pareceu-me colado "com cuspo". A coisa aguentou-se bem ate aos 0-2 e a partir dai desmoronou-se como um castelo de cartas. Lamento, repito, mas nem este treinador serve para o meu clube neste momento (ja serviu no passado, agora e preciso mudar, nem que seja so por mudar...), nem a actual direccao merece mais qualquer credibilidade.

Mais preocupante ainda e ver que nao existem alternativas. E que as pessoas se vao conformando...

Saudacoes e parabens pelo blogue

António Lopes da Costa disse...

Muitas vezes, é melhor mantermo-nos calados. E não valerá a pena falarmos aqui da vergonha do Benfica europeu, nesta época, que teve 1 ponto em 4 jogos na Uefa.
Se eu fosse do Benfica, teria fingido que não tinha visto o Sporting, para que não me lembrassem certos resultados como os 5 contra o Olimpiakos ou os 5 de Alvalade, num passado ainda recente.
Correu mal na quarta-feira. Mas há dias em que as coisas correm assim. Aconteceu. Paciência. Vamos trabalhar para ver se temos força para ainda podermos ganhar o campeonato.
Quanto à saída ou não de Paulo Bento, como sportinguista, não comento. Porque não é a altura certa. Vamos permanecer unidos até ao fim.

Um abraço e bem-vindo de volta, caro Petinga.