terça-feira, 27 de outubro de 2009

Um dos problemas de Paulo Bento



Toda a gente sabe que o ataque do Benfica está entregue, a priori, a Cardozo e Saviola. São os dois principais avançados do Benfica desde que Jorge Jesus é treinador do clube.

Toda a gente sabe que o ataque do Porto é composto, a priori, por Falcao e Hulk. A juntar-se a eles, ou Varela ou Rodriguez ou Mariano.

No Sporting isso nunca aconteceu com Paulo Bento, excepto quando a única opção para acompanhar Liedson era Vukcevic.
No princípio, Alecsandro, Djaló e Bueno alternavam. Nenhum foi assumido como aposta definitiva.
Depois, a alternância era feita entre Purovic, Derlei, Djaló e Tiui.
Agora, ora joga Postiga, ora joga Yannick, ora joga Caicedo. E quando é preciso também entra o Saleiro.
Como é possível um avançado ter a confiança que o leve a marcar golos quando vai jogando, de vez em quando, numa lógica de rotatividade? Paulo Bento lança-os a pensar que “pode ser que dê”. Mas não dá. Não há nenhum avançado que se revele a jogar uma horita de vez em quando.

Mesmo não tendo os recursos que os outros têm, nem na tesouraria nem no banco de suplentes, parece-me evidente que o Sporting ganharia mais jogos se o seu treinador assumisse uma aposta definitiva num avançado. Caso contrário, o filme será sempre o mesmo: ao intervalo o Veloso passa para a lateral esquerda, na segunda parte entra o Pereirinha e...trocam-se os avançados.

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