É inconcebível que o PSD, o CDS e o PS estejam mais interessados em marcar posição e ganhar votos para umas eleições que, para bem da estabilidade nacional, nem sequer devem acontecer, do que em resolver os problemas da economia portuguesa e das finanças públicas. Não há neles qualquer solução para os problemas dos portugueses nem qualquer vontade para salvar o país de uma situação extremamente difícil.
A falta de vontade de diálogo e de compromisso, a falta de sentido de Estado de todos os partidos “de poder” tem feito muito mal ao país. E já nem os portugueses nem os mercados confiam neles!
Se o FMI vier para Portugal, isso dever-se-á ao falhanço da governação socrática, à falta de capacidade dos socialistas para substituírem Sócrates, mas também à falta de vontade à direita do PS de partilhar o governo com os socialistas, um governo para aplicar medidas duras, para dois, três, quatro ou mesmo cinco anos.
E o que critico em Sócrates, Passos Coelho e Portas vale também para Cavaco Silva, que deveria ter sido o promotor de uma união que, não sendo desejada pelos partidos, é aquilo que o país precisa.
Nesta situação de emergência, provavelmente o que ficará para a História é que, quando o país chamava por eles, nem o Presidente da República nem os principais partidos de poder foram capazes. E a desgraça do país será, provavelmente, justificada, a frio, pela “desgraça” dos principais agentes políticos.
E ainda nos disseram que esta é que era a boa moeda…
Até para a semana!
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