Trocou o Barcelona por um rival a troco de um significado aumento de pesetas e não cumpriu a promessa de acabar a carreira no clube do seu coração. Preferiu a capital da moda à capital do seu país, preferiu os euros italianos aos portugueses. Festejou, incompreensivelmente e do banco de suplentes, um golo do Inter contra o Sporting.
Deixou a sua honra afectar-se por um pequeno-almoço mal explicado em véspera de umas importantes eleições e deixou ultrapassar-se por Rui Costa que, apaixonadamente, fez o contrário de Figo. Preferiu o seu Benfica ao seu Milão e abdicou de alguns euros, de viver na capital da moda, na zona mais rica de Itália, para vir para Portugal fortalecer o seu Benfica. Cumpriu o que prometeu.
Rui Costa, mais do que um símbolo do Benfica, é uma pessoa que merece respeito e admiração por parte dos adeptos de todos os clubes.
No que respeita à grande figura dessa geração, o que se pode dizer é que o Sporting chama, neste momento, pelo seu eterno número sete, aquele homem que tudo deu, em campo, pelo seu país. Chama pela sua influência, mais apagada em Itália. Chama pelo seu prestígio, resultante de uma carreira sempre ao melhor nível, homenageada com o estatuto de melhor jogador do mundo.
O Sporting tudo deu a Figo. Foi a catapulta da fama que tem, do dinheiro que tem, do respeito que merece.
E chegou a altura de Figo dizer se quer ser digno e poder fazer o mesmo ao Sporting do que o Sporting lhe permitiu a ele: ser grande, tão grande, como os maiores da Europa.
Esta é também a altura do Sporting começar a sonhar mais alto e de convidar Luís Figo para ser o homem forte da sua estrutura de futebol.
O Sporting precisa muito da influência de Figo. Mas Figo precisa de voltar ao Sporting e de ter sucesso no Sporting para limpar as nódoas que surgiram na sua imagem na fase final de uma carreira que foi exemplar e repleta de títulos.
Convidem-no!
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