segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Bonito.


A maior parte dos sportinguistas não sabia quem era o Marco Soares.
Nem sequer faziam ideia que a União de Leiria tinha um jogador com esse nome.
Provavelmente, depois do jogo de ontem, todos os sportinguistas irão esquecer esse jogador. É mais um, entre tantos que já passaram por Leiria e pelo futebol português.
O Marco Soares não tem nenhuma ligação com o Sporting. Nunca teve. E, provavelmente, nunca terá.
Mas não deixa de ser um profissional de futebol, que veio para Portugal tentar melhorar as condições da sua vida, fazendo aquilo para o qual tem mais talento.
No jogo em que foi adversário do Sporting, partiu a tíbia e estará parado quatro meses. Normalmente, quando acontece uma coisa dessas, os clubes adversários olham para a frente, com arrogância, esquecendo o profissional que, durante alguns meses, ficará para trás. Aconteceu a ele. Antes a ele do que a nós.
Mas os jogadores do Sporting, num gesto bonito, não se esqueceram de enviar uma mensagem de encorajamento ao atleta, com votos de rápidas melhoras.
Aconteceu-lhe a ele, mas poderia ter-nos acontecido a nós. E é assim que se deveria pensar e falar, daqui para a frente, no futebol português.
Esperemos que gestos como este, assim como alguns outros vindos sobretudo do treinador do Porto e do Olhanense, carregados de profissionalismo, se multipliquem daqui para frente.
O futebol português, para começar a ter credibilidade, precisa destes gestos. Por mais insignificantes ou secundários que nos possam parecer.

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