segunda-feira, 30 de junho de 2008

A impunidade dos "acima da lei"


Eu acompanho as claques do Sporting em muitas deslocações e todos sabemos que há polícias (pouco) especializados que acompanham com enorme proximidade todos os movimentos das claques.
Sabemos que há quase 15 anos, um adepto do Sporting foi assassinado no Estádio Nacional, por adeptos identificados do Benfica. Por estranho que pareça, esse jogo realizou-se...como se tudo fosse normal! Ninguém foi preso, nenhuma recompensa foi dada à família do adepto assassinado e inocente.
Todos os dias dos grandes jogos do Benfica ficam marcados pela violência. No ano que passou, dois adeptos do Sporting foram esfaqueados por elementos das claques do Benfica. Conheço um desses adeptos. Mas esses elementos das claques ilegais do Benfica ficaram impunes.
Também esfaquearam um adepto do Guimarães e, em todos os jogos grandes, agrediram os polícias e arremesaram pedras aos jornalistas e às forças de segurança.
Estamos no século XXI. E nada disto se passa em jogos, por exemplo, entre Sporting e Porto. A diferença não está só no facto de o Sporting e o Porto serem as duas melhores equipas de Portugal, que partilham a conquista dos títulos nacionais, mas também na mentalidade dos adeptos, que sabem que o futebol não passa de um jogo e de uma festa. Seria impossível que o convívio, da final da Taça, entre adeptos tivesse sido tão tranquilo e tolerante como foi este ano (Sporting-Porto), se o Benfica tivesse ido à final jogar contra uma destas equipas.
Na semana passada, os adeptos do Benfica voltaram às cenas do costume, próprias dos portugueses da Idade Média e incendiaram um autocarro onde seguiam adeptos do Porto. Estes apenas vieram a Lisboa assistir à consagração da sua equipa de hóquei como campeã nacional dessa modalidade, num jogo em que defrontou o Benfia. Não sei se a polícia já apanhou alguém, mas, como não houve notícia nesse sentido, depreendo que não. Tudo passou impune outra vez.
Isto não se percebe, ainda por cima porque há várias pessoas que são detidas por se defenderem de agressões. Mas quem mata, quem esfaqueia, quem agride, quem incendeia está cá fora. À solta.
Esta preocupação que tenho aumenta quando todos sabemos que estas cenas tristes se vão voltar a repetir. Com os mesmos protagonistas de sempre. E por culpa de um sentimento de impunidade que o Estado, através da (in)acção das polícias, faz passar.
Até a Polícia decidir agir com mais autoridade, vão continuar a ser agredidos, esfaqueados e assassinados vários adeptos de futebol, camionetas continuarão a ser incendiadas...e criminosos vão continuar a monte...

4 comentários:

JGP disse...

Lembro-me de há um ou dois anos, uma maralha de adeptos do Sporting ter destruído por completo o interior da área de serviço de Aveiras a caminho dum jogo com o Porto. E o mesmo acontece repetidamente quando a tripeirada vem cá abaixo. Não é só Benfica, é pessoal das claques. Há muito benfiquista sério.

Anónimo disse...

O tipo que matou o adepto do sporting no jamor foi preso e morreu na prisão.

Anónimo disse...

mm q tenha sido preso a familia do rapaz nao recebeu um tostao nem das claques do benfica nem do clube. o benfica é um clube que mesmo acima da lei nao ganha e isso dá um gozo gigantesto!

luis cirilo disse...

Por isso acho o Joao Vale e Azevedo um grande exemplo de benfiquista.
E o presidente que melhor representou a célebre "mistica"...