sexta-feira, 20 de junho de 2008

Onze contra onze, mas, no fim, ganham os alemães


O sonho português, este ano, ficou a meio, fruto de uma eliminação precoce contra uma selecção que o que de pouco jogou, compensou com uma eficácia, tão característica nos alemães...
Estamos desolados, principalmente porque sentimos que se jogássemos hoje, talvez pudéssemos ganhar o jogo de ontem. Bastava não haver segundos de desconcentração para ganhar o jogo e seguir em frente. Julgo que, com mais cinco, seis minutos, Portugal poderia empatar o jogo e levar a melhor no prolongamento. Por isso, estou cabisbaixo. Sinto que a aventura não podia ter acabado ali.
Quando somos eliminados desta forma, as palavras que posso deixar são poucas. Porque o que apetece é não falar, não dizer nada, a tristeza que se apoderou sobre nós supera qualquer palavra.
Dou os parabéns aos alemães, porque foram mais inteligentes e porque fizeram o suficiente para ganhar o jogo.
A tristeza da eliminação é maior ainda quando sinto que Portugal poderia ter ganho o jogo, se a falta de Ballack sobre Paulo Ferreira, que não deixa dúvidas, tivesse sido marcada. Do mesmo modo que considero que houve uma grande penalidade sobre Nuno Gomes, que deveria ter sido marcada se tivesse sido cumprido o critério que os árbitros deste Euro têm seguido. Do mesmo modo que a grande penalidade do 2-0 da Suiça só teria razão para ser marcada se, quando estava 0-0 e um lance igual aconteceu na área dos suíços, tivesse sido assinalada. Creio que, de certo modo, fomos empurrados para fora deste Europeu.
Sei que houve jogadores que poderiam ter tido outro desempenho, mas eu reconheço que, enquanto todos os seus colegas de profissão estavam de férias, aqueles 23 estiveram, com sacrifício pessoal, a representar um país e, por isso, merecem o nosso agradecimento. Este período é o mais fácil para se arranjar culpados. Mas não o vou fazer.
Quanto a Scolari, o que lhe diria agora eram três coisas: parabéns, obrigado e boa sorte. Parabéns, porque a selecção nacional viveu, sob o seu comando, o melhor período da sua história. Foi o sucesso a selecção comandada por Scolari que nos fez crer que os quartos-de-final não chegavam. Nunca, em toda a história, pensámos que os quartos não eram o suficiente para Portugal. Obrigado, porque com Scolari no leme, fomos vice-campeões no Euro 2004, ficámos nos quatro primeiros no Mundial da Alemanha e, num período de renovação da selecção, conseguimos o apuramento, chegámos aos quartos-de-final e falhámos a chegada aos quatro primeiros da Europa por uma unha negra. Boa sorte, porque pelo fantástico trabalho na selecção e pelas alegrias que nos proporcionou, merece ter sorte no grande trabalho da sua vida.
Termino, com poucas palavras. O sonho acabou a meio. Se noutros tempos, Portugal era sangue, e durante todo este todo, Portugal foi suor, hoje, Portugal está triste. Hoje, Portugal são lágrimas.
De todo o modo, obrigado.

1 comentário:

Anónimo disse...

sempre a história dos "ses": se o penalti, se a falta..pa perdemos agora pronto, estamos fora e fomos pa casa mais cedo