domingo, 21 de agosto de 2011

Em frente!


Inspirado por ideais ecléticos e por valores desde sempre inigualáveis no desporto português, como o respeito por todos os protagonistas desportivos, o culto do mérito, da excelência e da verdade desportiva, nascia, em 1906, o Sporting Clube de Portugal.

Em 105 anos de História, o Sporting assumiu a sua identidade desportiva, travando várias batalhas na defesa dos seus valores. Foi uma luta sem tréguas, porque foi justa, e limpa, porque foi feita às claras, longe da escuridão de túneis.

Ao longo de todo este tempo, o Sporting foi frontal no que disse, foi incisivo no que fez. Denunciou um sistema de poder instalado no futebol português, controlado por Pinto da Costa e Valentim Loureiro, sistema que nunca foi desmentido, mas antes comprovado por uma série de escutas telefónicas comprometedoras, entre almoços e jantares, com muita fruta ou chocolate metidos ao barulho.

Não há outro clube que mais tenha feito pela verdade desportiva em Portugal.

Aliás, ainda no velhinho Alvalade, foi o Sporting que carregou o caixão da verdade desportiva, num luto em sua memória organizado pelo clube com o apoio dos seus sócios e adeptos.

Terá sido nesse dia, ou antes, ou depois, que se enterrou a verdade no desporto em Portugal.

E é esse o ponto onde estamos, o mesmo de há 10 anos atrás, em que árbitros justificavam roubos de Igreja com azia. Com Mirko Jozic, o melhor Sporting das últimas décadas apenas conseguiu ser combatido pela equipa dos homens do apito. Com eficácia, diga-se. Desde aí, João Ferreira, que não viu um golo marcado com a mão, tirou um título ao Sporting; Paraty entregou um título ao Benfica quando não assinalou uma falta de Luizão sobre Ricardo e roubou, dessa forma, um título merecido a um Sporting que chegou à final da Taça Uefa.

2011/12 começou. Apresentou-se com um Sporting novo, renovado com um leque de jogadores cujo talento é internacionalmente reconhecido, com um Porto enfraquecido pela fuga do treinador e do melhor jogador, com um Benfica colado ao poder, demasiado estrangeiro e tremido.

O essencial, porém, continuou igual.

Na primeira jornada, um ponto foi oferecido aos encarnados. Dois pontos foram entregues aos azuis. Com imaginação, porque o árbitro viu pontapé de baliza num corte defensivo com a mão dentro da grande área e o fiscal de linha viu um fora-de-jogo quando Postiga estava 3 metros atrás do último defesa, lá se conseguiu prejudicar o Sporting, retirando-lhe dois pontos que lhe iriam garantir, desde logo, o primeiro lugar.

Entretanto, deva-se dizer que não houve corporativismo quando Pedro Proença foi agredido por um adepto benfiquista no centro comercial Colombo, corporativismo que também não houve quando João Ferreira foi duramente criticado por altos responsáveis do Futebol Clube do Porto.

O corporativismo dos árbitros só existe quando é o nome do Sporting, aquele que luta pela verdade desportiva, que está em cima da mesa. E aqui estamos agora, numa jornada onde o Benfica e o Porto voltaram a ser levados ao colo. Na Luz, Javi ficou em campo e não se assinalou um penalty claro. No Dragão, Otamendi fez de Javi, mas o Porto conseguiu (com 11) dar a volta graças a um penalty caído do céu.

Seria provável que, houvesse verdade desportiva, o Porto apenas tivesse um ponto em seis possíveis. O Benfica teria dois, na melhor das hipóteses.

Era preciso ofuscar as evidências.

E, por isso, hoje, em Aveiro, não há árbitro para ninguém.

Como adepto do Sporting, fico feliz com a notícia. O árbitro é irrelevante. Não protegem a integridade física dos atletas do Sporting Clube de Portugal, atletas sistematicamente prejudicados por cartões surgidos do nada.

Se marcar mais golos ao adversário não chega para ganhar, então o facto de haver árbitro é indiferente.

Mas não é indiferente o corporativismo anti-Sporting. E é disso que se trata.

À segunda jornada, o campeonato acabou, está manchado. O primeiro classificado tem mais cinco pontos do que deveria ter. Os árbitros recusam-se a apitar jogos do Sporting, numa recusa apenas justificada por parcialidades clubísticas.

Godinho Lopes tem uma tarefa complicada em mãos, que é combater, em nome dos sportinguistas e dos respectivos ideais centenários, contra a podridão que se instalou no futebol em Portugal.

Em honra aos nossos valores, aos superiores interesses de quem nos fundou, à memória da inigualável História deste Grandioso Clube, creio que tem carta branca para, custe o que custar, finalizar esta guerra que nunca chegou a terminar.

É preciso devolver a verdade ao desporto, retomar a paz entre os agentes desportivos, limpar o futebol português desta sua Face (semi-)Oculta.

É preciso ir até às últimas consequências, porque se trata de honra, porque se trata também da própria identidade leonina.

Foram longe demais. E ninguém, que seja sócio ou adepto do Sporting, se pode resignar. O tempo é de estar atento a tudo o que se passa, denunciar todas as trafulhices, levá-las onde for possível levar.

Pesados os prós e os contras, imaginem o que seria, se o Sporting cedesse a este contra-ataque frontal e declarado dos árbitros e dos seus responsáveis ao nosso Clube!

Está tudo contra nós. Oh se está. Mas o facto de se ver os podres todos juntos também é esclarecedor!

E não podemos ter medo! Temos uma grande arma que eles não têm!

É a razão.

Em frente, em frente! Soltem os leões!

Estamos juntos.

Viva o Sporting.

domingo, 14 de agosto de 2011

De ir às lágrimas


Nota: Ecstasy of Gold, de Ennio Morricone, é a música de entrada da equipa do Sporting para a nova época.

Pontal


Longe dos tempos em que se falava de facções, poucos meses após uma vitória eleitoral, em período de uma maioria relativamente confortável e absoluta por se ter, necessariamente, alargado ao CDS, a festa do Pontal, de logo à noite, é diferente.
Não sendo, este, o clima ideal para grandes festas e habituados que já estão aos populismos da Manta Rota e das viagens em turística, os militantes do PPD/PSD não esperam que o seu líder faça, hoje, um discurso onde fale apenas sobre o país.
Repetir a narração de factos, assim como a enumeração e caracterização das dificuldades sentidas pelos portugueses, é tempo perdido. Esta é a hora de agir, de apelar ao sentido patriótico dos cidadãos, ao seu trabalho, à sua iniciativa, ao seu empreendedorismo.
Também não é o lugar ideal para se anunciar novas medidas de combate ao défice, à dívida, à estagnação económica, entre outros problemas que os socialistas deixaram para que, agora, o PSD os resolva.
Espera-se, de Passos Coelho, um discurso diferente em que concilie o facto de estar como Primeiro-Ministro com a necessidade de falar internamente aos militantes do partido.
Desengane-se quem pensa que os desafios internos são menores por esta altura. Não são. Para o consenso em torno de medidas importantes que venham a ser tomadas, é sempre essencial que se tenha, em primeiro lugar, um partido unido e mobilizado, que confie em quem lidera o Partido e o País e nas suas capacidades de liderança.
Com quem conta, Pedro Passos Coelho, e para que conta?
Por que razão abdicou dos militantes empenhados e reconhecidos, apostando em "valores" desconhecidos e em independentes?
Qual é o sentido da militância quando, na hora da verdade, parece não existir essa confiança neles?
Como se irá voltar a unir um partido que continua partido?
São perguntas que Passos Coelho não pode ignorar, de que os militantes vão falando quase sempre de cabeça baixa e com os ombros caídos.
Será, certamente, essencial que se fale do país. Das dificuldades e dos sacrifícios que serão exigidos. Dos desafios e das metas a alcançar.
Será, igualmente, essencial que se fale da estratégia política do partido e das suas relações com outros partidos, nomeadamente com o parceiro de Governo e com o Partido Socialista do período pós-Sócrates.
Mas é vital que se fale do partido, que se fale para dentro, seja sob a forma de aviso, seja sob a forma de apelo à mobilização.
É que Pontal significa militância. E os militantes do PPD/PSD têm duas bandeiras: a do PSD e a de Portugal.
Sendo certo que hesitam em levantar e agitar uma, certo também será que têm menos força e convicção na hora de levantar e agitar a outra.
Neste tempo novo, de incerteza, esperemos que o líder fale também aos militantes. É que os militantes do partido estão fartos de servir apenas para bater palmas quando o líder fala para fora.
Terão de ser vistos, por Passos Coelho, como parte integrante de uma força de mudança, como transmissores de uma mensagem de optimismo e coragem junto da sociedade civil.
Mesmo em coligação, com o apoio de importantes agentes económicos, Passos Coelho não pode esquecer-se que os militantes do PSD são, como sempre foram, o primeiro e principal motor da mudança e do progresso em Portugal.

A verdade desportiva na primeira jornada


Minuto 13 - O defesa da Olhanense, já amarelado, jogou a bola com a mão, cortando-a para fora. O fiscal marcou canto (então, com que parte do corpo, para o fiscal de linha, terá jogado a bola?), o árbitro marcou pontapé de baliza. O posicionamento do árbitro, a indicação do fiscal de linha e a decisão daquele comprovam que Xistra sabia, no momento, que a bola tinha sido jogada com a mão, que teria de assinalar penalty, que teria de expulsar o defesa da Olhanense. Aos 13 minutos, o carrossel leonino já estaria a vencer por 1-0 contra uma equipa reduzida a 10 jogadores.
Minuto 68 - Postiga, vários metros atrás do último defesa da Olhanense, recebe a bola, remata e marca golo. Não só não foi fora-de-jogo como não houve nenhuma dúvida de que estava em posição legal.
No jogo dos campeões (sim, campeão da Liga Orangina e campeão da Taça do Eusébio), o golo do Benfica, fundamental para que o resultado tivesse ficado em 2-2, foi obtido de forma irregular, em posição de fora-de-jogo.
Ao fim da primeira jornada, a verdade desportiva já está posta em causa. Dois dos grandes estão empatados quando deveriam ter 3 pontos de diferença a favor do Sporting.
E sim. São "erros" intencionais. Ao minuto 13, houve percepção de que havia mão na boa. Ao minuto 68, não havia dúvidas: Postiga estava claramente em posição legal. No Gil-Benfica, admite-se a dúvida, mas estava fora-de-jogo.
Marca-se o que não é para marcar. Não se marca o que é para marcar. E já começou o forrobodó. Com influência nos resultados e nas tabelas classificativas, além dos efeitos evidentes dentro do balneário.
Fala-se aqui apenas da primeira jornada.
Imaginem só como será no fim da trigésima.
Talvez valha a pena fazer como os nossos rivais (adepto do Benfica agrediu sócio do Benfica - árbitro Pedro Proença - no Centro Comercial Colombo).
Talvez. Não sei.
Mas, para já, essa estratégia do condicionamento e da violência, fora a oferta de dinheiro e prostitutas feitas pelos senhores do norte, tem dado resultado.
E não é preciso investigar, interrogar, escutar.
Basta ver o que esses ladrões de preto ou amarelo fazem aos fins-de-semana pelos estádios desse país, que é mais do que suficiente para impedir que o Sporting já seja o líder isolado deste campeonato.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O Sporting está de volta!


Depois de nove anos sem vencer o campeonato nacional, a liderança de Godinho Lopes incutiu de novo, nos adeptos, a lógica de praticar o sportinguismo.
E como se pratica, afinal, o sportinguismo? Com o apoio inabalável aos profissionais do Clube, com romarias ao estádio de Alvalade, com viagens aos cantos do país e do mundo onde está em causa o nosso único destino, primeiramente sonhado pelos nossos Fundadores, que é a Glória.
O Leão tem o orgulho ferido, mas está vivo. Cumpre com o caminho do Esforço, da Dedicação e da Devoção.
Com Domingos Paciência, cujas equipas jogam os campeonatos sempre a crescer, com uma injecção de classe, qualidade e visão de jogo no eixo da equipa, de irreverência no ataque, de alegria das alas do meio-campo, apenas falta maior disciplina táctica e discernimento na hora de defender. De resto, o Sporting que inicia o campeonato no próximo fim-de-semana está bem melhor do que aquela equipa amorfa, que jogava sem alegria e de ombros caídos.
Não consigo retirar grandes ilações sobre os resultados desta pré-época, onde esmagámos as equipas pequenas, vencemos equipas como o Ankaraguçu e a Juventus, empatámos com a Udinese e perdemos contra uma equipa do Valência, naturalmente obrigada a preparar-se para uma liga onde também jogam Barcelona e Real Madrid e com o Málaga que, nessas mesmas circunstâncias, fez um investimento de dezenas de milhões de euros no reforço da sua equipa.
O que me interessa, sempre o disse, é ganhar à Olhanense e depois ir a Aveiro buscar mais três pontos, além de garantir o apuramento para a Liga Europa.
Não nego a frustração sentida pela derrota no jogo de apresentação ou pelo quarto lugar no Torneio Amigável que disputámos, nem digo que os primeiros jogos do campeonatos serão determinantes para uma imediata avaliação do trabalho realizado por aqueles que, a partir de Março, dirigem ou trabalham no Sporting Clube de Portugal.
Mas lembro que de nada valeu ter-se vencido o Manchester City e o Celtic quando, meses depois, já se estava a dezenas de pontos do líder do campeonato, afastado da Taça de Portugal.
Temos um treinador que pôs o Braga entre os grandes, recém-finalista de uma competição europeia, que joga, agora, uma cartada decisiva para a promoção da sua carreira.
Quanto aos reforços, Rodriguez traz maturidade, Rinaudo traz qualidade no passe, Schaars mais rigor nas transições, Capel e Jeffrén dão magia ao meio-campo, Rubio marca golos. Teremos de avaliar melhor jogadores como Turan, Arias, Aguiar, Carrillo e os outros dois avançados. Mas, excepção feita ao armário americano, melhorámos em todas as posições.
Há razões para sonhar e uma vitória no primeiro jogo é fundamental para embalar a equipa. Quem se lembrará, depois de se vencer a Olhanense, dos desaires da pré-temporada? Que valor terão? Algum, certamente, sobretudo no que respeita à compreensão, por Domingos, dos mecanismos a melhorar e à percepção, por Duque e Freitas, das posições que obrigam o Sporting a continuar atento ao mercado, principalmente no que respeita a eventuais dispensas dos grandes clubes europeus.
O calendário do campeonato apenas se dificulta à quarta jornada, quando o Sporting tiver duas deslocações difíceis a Paços de Ferreira e Vila do Conde. É importante ganhar os três primeiros jogos para embalar a equipa, corrigir o que carece de correcção e ganhar mecanismos de jogo. Se assim acontecer, irão ser atenuadas eventuais dificuldades que surgem sempre nesses terrenos difíceis.
Na sétima jornada, é ainda necessária muita força para derrotar o Vitória em Guimarães. Superados esses obstáculos, e arrumando três deslocações sempre complicadas, poderemos dizer, com convicção reforçada, que o Sporting é candidato ao título.
Vamos ter de jogar jogo por jogo.
E o primeiro jogo é, afinal de contas, apenas no próximo fim-de-semana.
Com confiança, exigimos coragem e determinação.
Exigiremos no estádio, porque é nossa obrigação comparecer e catapultar a equipa para uma grande época.
Desprezando teorias do bota-abaixo encomendadas pelos nossos adversários, estamos mobilizados e confiantes, estaremos presentes no dia 13. É nesse dia que começa o nosso campeonato. E é nesse dia que o Sporting, o Grande Sporting, está, verdadeiramente de volta!
Confiamos. Acreditamos. Estaremos presentes!
Viva o Sporting!