domingo, 30 de novembro de 2008

Malandros!

O Sporting deve ser a única equipa do Mundo que, quando joga, deixa a nu todas as fragilidades de uma das equipas adversárias. E, normalmente, as equipas de arbitragem são adversárias do Sporting.
Por isso, Paulo Bento disse que o Sporting, para ganhar, tem de ser muito melhor do que o adversário (que joga com 11 jogadores).
Curiosamente, tenho bastantes dúvidas no lance que falam de grande penalidade indiscutível de João Alves sobre Izmailov. Não me pareceu no estádio, nem me parece pelo que vejo na televisão, que aquele lance seja suficiente para que tivesse sido assinalada a grande penalidade. Porque acho que o futebol também deve ser um jogo de contacto físico e considero desajustado o critério adoptado em Portugal, porque, cá, marcasse falta pelo mínimo toque.
Mas voltemos à malandragem! Outra vez, o Sporting marcou 3 golos, mas só ganhou por 2-0, porque foi invalidado mais um golo. Postiga tem 2 golos mal invalidados, fora os que contaram, e isso responde a quem diz que Postiga não é um avançado que marca golos. Porque ele marca-os, alguns é que fazem que não os vêem.
Eu vi, no estádio, que a bola entrou. O fiscal de linha estava bem colocado. Sendo assim, não viu porque se evidenciou uma sua fragilidade: ou o senhor não sabe ver em frente ou tem dificuldades em ver que a bola amarela e encarnada passou pelo poste branco, devagarinho, sobre um relvado verde e é daltónico.
O Sporting, hoje, foi roubado. Como foi na semana passada, há duas semanas e há três! E por aí fora...
Lembro que, na semana passada, o Sporting viu Derlei ser (bem) expulso um minuto depois de ter sido vítima de uma jogada em que o jogador da Naval deveria ter ido tomar banho mais cedo. Derlei foi, o jogador da Naval ficou. Hoje, Momha faz uma entrada duríssima sobre João Moutinho, aos 7 minutos e também ficou em campo!
Mas o essencial é que, se houve um dia em que perdemos com um golo de mão, hoje foi o dia em que um estádio se levantou para festejar um golo, mas os árbitros fizeram vista grossa e o jogo continuou, como se a bola não tivesse entrado.
Malandros!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Episódios

O Sporting perdeu 5-2, em casa, com o Barcelona.
O Benfica perdeu 5-1, em Atenas, com o Olympiakos.
Pior do que isso é que os dois maiores clubes de Lisboa mereceram perder, por esses números.
Começo pelo Sporting. Fui, naturalmente, ao estádio de Alvalade e creio que o que paguei valeu a pena, porque vi jogar a que considero ser a melhor de todas as equipas do Mundo a jogar à bola. Não há nenhum jogador que pare o Messi. Ou há? Mas o problema não foi esse: o Sporting jogou sem garra, nunca teve atitude e nunca aquelas vedetas de "meia leca" quiseram contribuir colectivamente para que o jogo fosse diferente. Aquele novo vedetismo que se transpira nos jovens do Sporting levou uma lição dos jovens formados na Catalunha.
Não vi o Benfica, mas tenho dito que Quique Flores é, na minha opinião, um bom treinador. Tem, também no meu entender, um bom director desportivo. O plantel, olhando para os jogadores, é o melhor entre todos os planteis do Benfica desde que sou vivo. A verdade é que o valor dos jogadores não corresponde a bons resultados da equipa, mas esse é um outro problema, mais complexo, que será, julgo eu, apesar de, pessoalmente, não ser nem gostar do Benfica, resolvida com o tempo.
5-1 na Grécia é voltar à Antiguidade, em que um Olimpo Luminoso abençoava os deuses gregos. O Benfica viu-se grego e talvez não passe. Isso, sim, será uma verdadeira tragédia grega.
Contudo, estas duas humilhações explicam-se, pela falta de entrega e de ambição dos jogadores. Mas são apenas episódios.
No que respeita ao Sporting, estou confiante de que domingo será diferente. E estarei, no domingo, em Alvalade, contra o Vitória. De hoje a oito, estarei na Reboleira. E dia 9 estarei na Suíça, no jogo contra o Basileia. Sempre a apoiar a equipa, do primeiro ao último minuto.

Casos da vida - imprensa livre?


Não fica bem comentar a vida privada dos políticos, muito menos a sua vida amorosa.
Mas mesmo que não fique bem falar disso, não posso deixar de falar de umas coisas que se passam na minha cabeça. É que eu penso que se há uma perseguição à vida pessoal de alguns políticos do meu Partido, como é flagrante o exemplo de Pedro Santana Lopes, somos mais livres de fazer algumas considerações sobre outros políticos, talvez mais influentes do que Santana, e de outras forças político-partidárias.
O título deste artigo que escrevo é igual ao programa da TVI que fala de situações reais. A situação de que falo, não sendo ficção, poderia passar nesse programa, se o tema fosse falta de democracia ou falta de imprensa livre:

Imaginemos um país civilizado, livre e democrático, onde existe um canal de referência no campo das notícias. Imaginemos que existe, nesse país, uma capital, cuja Câmara é presidida pelo senhor X. E imaginemos que o canal de referência em passar as notícias às pessoas é dirigido pelo irmão do senhor X, que tem um programa, a meias com um reputado jornal do país, que passa às sextas-feiras. Imaginemos que o irmão do senhor X tem um caso com a jornalista que apresenta, às terças e às quartas, os programas noticiosos dessa estação. E, pronto, vamos ao limite e imaginemos mesmo que o senhor X, presidente da Câmara da Capital desse País, tem um programa, na estação dirigida pelo seu irmão, às quintas-feiras à noite.
Imaginemos ainda que, antes do senhor X ter ganho a Câmara da Capital, o partido do senhor X tinha apresentado o senhor Y, cuja namorada (ou mulher, reconheço que não sei!) era uma das estrelas dessa mesma estação.
Mais difícil é imaginar que o senhor X é membro do partido de Governo, cujo Primeiro-Ministro é, também ele e ao que se sabe, namorado de uma jornalista de um jornal diário.
A verdade é que, no meio de tanta imaginação, o mais difícil de imaginar nesta história é um país civilizado, livre e democrático. Porque tudo o resto é só uma questão de abrir os olhos. Ou então, tudo são coincidências e coisas da minha cabeça!
Mas a dra. Manuela Ferreira, que não tem razão nenhuma, é que está contra a comunicação social. Pronto, ok, esta última afirmação foi uma...ironia!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Os mais traidores entre os traidores de Portugal


Não quero, usando o termo "traidores", recorrer a qualquer recurso linguístico nem, muito menos, fazer qualquer conotação extremista, por ser uma palavra utilizada recorrentemente pela direita mais radical.
Portugal vive uma situação dramática, com o desemprego a aumentar constantemente, com os salários a subir menos do que a inflação, com insegurança nas ruas e total inoperância no sistema de Justiça, com a saúde ainda retrógrada para aquilo que se deveria esperar num país moderno da Europa...
O povo está nas ruas. Uns sem casa, sem dinheiro e sem nada. Outros a criticar as políticas completamente desastrosas do Governo do Partido Socialista.
E que sinal é que certos políticos dão à sociedade portuguesa, completamente descrente e deprimida? Obras, obras e mais obras...! Nem as famílias, nem o País, nem a banca têm dinheiro. Lá fora, também não. Pergunto-me todos os dias se haverá maior irresponsabilidade do que defender esse caminho. No fim de pensar todos os dias, concluo que tenho, como a esmagadora maioria dos licenciados da minha geração, de ir embora.
O estado a que chegou a educação não podia ser pior. Porque temos os pais, os alunos e os professores, todos contra a ministra, enquanto o governo vai suportando ideias absurdas como as que estão inscritas, por exemplo, no Estatuto do Aluno. Menos absurdo não é, porém, o sistema de avaliação dos professores.
Não se torna um país mais competitivo fazendo-se exames mais fáceis. Nem, muito menos, pondo a sociedade contra os professores, e os professores contra este des(governo).
Portugal afasta-se dos congéneres europeus a cada dia que passa. A cada minuto, estamos mais parecidos com África do que propriamente com a Europa moderna. Disse, alguém e um dia, que um país africano era governado por criminosos. Logo caíram, todos os interessados nisso, em cima do rapaz que fez essas declarações. Hoje, a ideia que eu tenho é que os portugueses olham com desconfiança para a classe política, como se os políticos, ou certo grupo dessa classe, fossem traidores da Pátria. Ou até como criminosos. Nem que seja por gestão danosa. Eu também, de vez em quando, penso assim de alguns políticos. Porque nos condicionam o futuro e nos tiram as pernas, quando avançam para megalomanias que nós, jovens, futuro do País, teremos de pagar, enquanto várias pessoas recheiam os seus bolsos.
Na semana passada, vi e ouvi duas coisas. Depois, fiz um cruzamento entre essas duas coisas. Primeiro, o número da dívida pública, comparando com o nosso Produto Interno Bruto. Depois, ouvi, num qualquer fórum, um cidadão dizendo que as pessoas estão fartas de José Sócrates e de políticos de plástico. Ora, será que a complexidade da crise, geral e não só económica, que vivemos poderá ser combatida com políticos ou políticas de plástico?
Bem sei que José Sócrates é um osso duríssimo de roer. Será muito difícil vencê-lo, porque não há ninguém tão bom quanto ele na retórica. Nisso, estamos todos de acordo. Mas o país precisa de rigor, política e competência ou precisa de um orador, rei na retórica?
Vamos lá ver bem as coisas: precisamos de números manipulados ou de resultados concretos, que nos levem no caminho do progresso e do desenvolvimento?
Por fim, gostava de criticar, com a dureza devida, aqueles que eu considero serem os mais traidores, entre os traidores de Portugal. As maiores facadas no futuro do país são dadas por aqueles que condicionam e criam obstáculos à única, ou possível, força de oposição ao Governo, que nos levou ao pântano e, agora, à recessão, sem, nunca, responder à altura, atraindo investimento e incentivando na educação e na inovação, projectando um futuro mais próspero. É inacreditável como, membros da única força capaz de mudar as coisas, são cúmplices de Sócrates e de quem levou o país até ao buraco.
Não tenhamos dúvidas que a única força capaz de mudar a situação actual é, neste momento, o PPD/PSD. O que devemos fazer, todos, enquanto cidadãos responsáveis, apaixonados por Portugal, é unirmo-nos todos, à volta da actual liderança, mobilizando os portugueses, criando uma verdadeira onda de mudança no país, na esperança de termos um país melhor. Caso contrário, Portugal será cada vez um país menos viável.
Acredito que este texto explica muito sobre a abstenção, em épocas eleitorais. Porque as pessoas não se podem rever num país que não é justo, que não é seguro, em que a educação é uma fachada, em que não há políticas de cultura. Num país cujos resultados apresentados são uma farsa. Em que não dinheiro, nem emprego, nem esperança. E sejamos francos: este é o verdadeiro ponto de situação da política portuguesa e do país.
E se não podemos dizer que somos governados (e a actual liderança da força de oposição é impedida de passar a sua ideia) por criminosos, podemos apenas dizer que o Governo, muita comunicação social, muitos interesses instalados, e até entre os militantes do PSD temos vários traidores da Pátria. Porque lesam, pelo menos uma vez por semana, os interesses do país, apenas por interesses económicos ou meras ambições políticas e pessoais.

domingo, 23 de novembro de 2008

Fazer ironia, ganhando, ou vice-versa

Para ganhar à Naval foi preciso um verdadeiro estofo de campeão.
Foi preciso todos serem postos à prova.
Desde logo, a excepcional exibição de Patrício, que defendeu facilmente um penalty e fez um conjunto de defesas fantásticas.
Até Liédson que resolveu.
O Sporting jogou uma hora com 11 e meia hora apenas com 9 jogadores. E, usando a ironia, de que tanto o país, inutilmente, quis falar esta semana, "talvez até tenhamos jogado contra mais do que 11". Foi Paulo Bento que o disse. Talvez! O cartão amarelo ao Patrício é um insulto à verdade desportiva. A expulsão do Derlei só se conseguiria entender se o jogador da Naval, que segundos antes entrou de forma duríssima sobre o número onze do Sporting, tivesse tido a mesma sanção disciplinar. Também não se entende a repreensão, a meio do jogo, do árbitro ao treinador do Sporting nem a forma com que, durante 90 minutos, o árbitro tentou enervar, com palavras, todos os jogadores da equipa do Sporting. O Sporting já tinha dois jogadores na rua quando, aos 71 minutos, a Naval viu, pela primeira vez, um dos seus jogadores ver o cartão amarelo...
O Sporting não quis perder tempo, fazendo a última substituição. Apenas quisemos ganhar. E ganhar, só jogando à bola...
1 penalty contra, 2 expulsões contra, mas os 3 pontos vão mesmo para Alvalade. Para bem da verdade desportiva.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Mudar ao ritmo do samba


Eu tinha avisado.
Fui criticado, muito duramente, por muitos dos que por aqui passam.
Os resultados estão à vista:
Estamos com uma perna fora do Mundial. E, ontem, fomos humilhados contra uma selecção brasileira, no pior momento de forma dos últimos anos. Perdemos como nunca haviamos perdido nos últimos 50 anos.
Ainda há por aí quem ainda defenda as vitórias morais?
É que fomos vice-campeões europeus em 2004, quartos no Mundial de 2006, ficámo-nos pelos quartos neste último Euro com alguma infelicidade.
Depois de Scolari, ganhámos a Malta e às Ilhas Faroé.
Isso diz tudo. E, infelizmente porque Portugal perdeu outra vez, não é preciso dizer mais nada.
É preciso mudar. E será com Carlos Queiróz. Com uma mentalidade diferente, espero eu. A julgar pelo que aconteceu nos bastidores, na última semana, há razões para acreditar que as coisas podem mudar para melhor. Repito, com Queiróz. E se não for a tempo de estar no Mundial em 2010, que estejamos então na máxima força em 2012, para tentar ganhar o Euro. Se pensarmos a médio-longo prazo, futebolisticamente falando, só Queiróz poderá pensar o futebol português. E formar campeões. Ou então teremos de ir buscar um novo seleccionador lá fora.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A Feira da Golegã


A Feira de S.Martinho, realizada anualmente na Golegã, é uma tradição de Portugal, levando larguíssimos milhares de pessoas àquele local meio perdido num Ribatejo abandonado.
Parecia que os hábitos se iam transformando, que o país se ía modernizando, mas aquela tradição da água pé, ao som de fado, montando um belo cavalo lusitano, exibindo o mérito do cavaleiro e das coudelarias no ano que passou desde a última Feira, permanecia, como uma tradição portuguesa.
A Feira de S.Martinho tinha a graça de ter os cavalos, Puro Sangue Lusitano, de ter a água pé e de toda aquela vila nos levar, por dois fins-de-semana, a um passado algo distante.
Os tempos mudaram muito nas últimas décadas. Contudo, este ano, a Feira estava diferente. Apesar de se ter sentido o Verão de S.Martinho, nunca, desde que vou à Golegã, tinha visto tão pouca gente na Feira. Não sei porquê. Mas talvez, olhando para o que se passou nestes últimos anos, possa haver alguma pista.
É verdade que as pessoas não têm dinheiro para fazer 100 km para ir ver cavalos e apanhar uma bebedeira, também ela à moda antiga. Mas há outros factores, no meu entender.
Primeiro, a vila, nos últimos tempos, afastou-se um pouco da essência, bem portuguesinha, que apaixonava os visitantes. Dá-me a sensação que a Golegã, ou a respectiva autarquia, se tem tentado tranformar numa Sevilla, em miniatura. Quando passo pelas ruas, dá-me a sensação de que tudo, ali, é amarelo e branco. Quando entro na Golegã, via Chamusca, vejo várias estátuas, rotundas e até prédios. Este ano, na entrada, até construíram uma espécie de Arco do Triunfo, à moda da Golegã. Pode ser bonito, pode significar que foi feita obra, mas desvia-se, por completo, da Golegã, vila do cavalo, que nos apaixonou a todos.
Pior do que tudo isso é a própria organização da feira. Ninguém tem já paciência para festas em que há muito mais gente do que espaço. Servem-nos mal e ainda pagamos o preço que pagaríamos, por uma bebida branca, num bom bar de Lisboa, ou de Milão.
Há que ter noção das coisas. Porque se não a tivermos, essas coisas acabam por perder a graça.
Depois, a verdadeira essência da Feira, do traje à portuguesa e do fado, tem-se substituído pela invasão de cavalos montados de qualquer maneira, por pessoas vestidas à maneira que o cavalo é montado, geralmente de etnias, estranhas à cultura e à criação do cavalo Puro Sangue Lusitano, que é uma das melhores coisas que se protege, estima e cria em Portugal.
No próprio Largo do Arneiro, o vinho ou a água pé e o fado foram substituídos pela caipirinha e pelo samba.
Concluindo, e para não ser demasiado crítico (porque espero que as coisas mudem), a Feira de S.Martinho mudou. Para (muito) pior, mas mudou. E eu, na minha modesta opinião, penso que o facto de não ser tão bela e tão portuguesa como era dantes tem responsáveis.
Termino, deixando um apelo a esses mesmos responsáveis, para que repensem a própria feira, no sentido de a fazer regressar à sua essência e às suas origens.
De outro modo, a Feira, certamente, acabará.

A vitória do Leixões

Este fim-de-semana, não pude ir a Alvalade.
Vi, apesar de tudo, o jogo, pela televisão. Foi um bom jogo, aberto e bem disputado entre duas boas equipas. O Leixões mereceu vencer, porque Beto é um guarda-redes fantástico, porque a defesa leixonense está muito bem organizada tacticamente e porque a eficácia do meio-campo ofensivo e do ataque vai fazendo a diferença.
O Leixões não jogou contra o pior Sporting, apesar das adversidades que foram as sucessivas lesões para a ala esquerda da nossa defesa. Jogou contra um Sporting a jogar um futebol vistoso, mas completamente ineficaz.
Por isso, do mesmo modo que venceu merecidamente no Dragão, o Leixões foi um justo vencedor do jogo, deste fim-de-semana, em Alvalade.
Por último, faço apenas um reparo ao que disse e tenho de dar razão ao Luís Melo, que aqui comentou: Pedro Proença, dado ambiente adverso, foi um dos melhores em campo. Senão o melhor. Por isso, não me entristece tanto perder o jogo. Porque o que vi foi um jogo de futebol, decidido pelos jogadores. Fosse sempre assim...
Esta foi uma jornada negativa, mas estou convencido de que melhores dias estão para vir.
E seria muito injusto se eu não dissesse que o Leixões é, com mérito de sobra, o justo líder do campeonato. Porque, este fim-de-semana, não foi só o Sporting que perdeu o jogo. Foi o Leixões que o ganhou, quase, quase sem espinhas.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Todos BANDIDOS!


Já todos sabíamos e, por isso, não damos a devida importância ao que se está a passar no futebol.
Mas desde domingo que, nas capas dos jornais e nas várias entrevistas dadas às televisões e às rádios, os árbitros, pela voz de quem arruinou o belo jogo de domingo e do Presidente da APAF, declaram oficialmente guerra ao Sporting e ao seu treinador.
O próprio árbitro Pedro Proença, sócio do Benfica, já fez questão de dizer que não tem medo de ir a Alvalade.
Bruno Paixão, também ele, criticou publicamente o Sporting.
A APAF quer que Paulo Bento fique calado durante um ano. Então e o que disse essa mesma APAF pela ida do Presidente do Benfica ao balneário dos árbitros? O que disse essa mesma APAF do adepto do Benfica que invadiu o campo e agrediu o fiscal de linha?
E vejamos como parece que estão todos feitos uns com os outros. O observador da Federação deu nota positiva à miserável(!) prestação de Paixão. O próprio Paixão não reconhece os erros e critica o Sporting. O Presidente da APAF já veio criticar os dirigentes e jogadores do Sporting. A Liga continua a nomear os mesmos de sempre. E os jornalistas mantêm o alvo em Paulo Bento. Tudo isto dá a ideia de que os coelhos estão todos a sair agora da toca, querendo fazer vingança contra quem denunciou um velho sistema, denúncia que culminou com o processo do Apito Dourado.
Quem manda no futebol continua a querer ajustar contas antigas. E muitos clubes têm pago, com descidas de divisão, com perdas de pontos. No campo ou na secretaria.
Por exemplo, continuo hoje a não entender a diferença entre o caso Hulk e o caso Meyong. E as consequências foram tão diferentes...
De qualquer modo, é de registar que, hoje, é pública a guerra dos árbitros e de outros bandidos ao Sporting.
Nós, no Sporting, responderemos com elevação, como sempre fizemos. E continuaremos a ser muito superiores aos adversários para ir somando os nossos pontos, contra 15 jogadores. Engraçado não deixa de ser o facto de sermos a única equipa portuguesa qualificada para a fase seguinte nas competições europeias, ainda por cima, jogando, nós, contra os campeões europeus. E engraçado é também o número crescente de portugueses que vê a liga inglesa, a espanhola ou a italiana. Em Portugal, estádios vazios...
Matam-nos o futebol esses bandidos...

Nota (Sporting-Leixões)

Para lançar o jogo entre o Sporting e o líder do campeonato, importa referir que o árbitro nomeado é o benfiquista Pedro Proença, que tem um histórico negativo em jogos dos grandes. Esse árbitro que não esconde a sua veia encarnada, e que é mesmo sócio do Benfica, foi o nomeado para arbitrar um jogo importantíssimo do próximo fim-de-semana, depois da polémica arbitragem de Paixão.
Hoje, o director de Comunicação do Sporting, disse ao Record que "o Sporting não pressiona, não comenta as nomeações, não faz telefonemas, não pede reuniões à Comissão de Arbitragem e isso, ao que parece, tem tido um preço alto a pagar pela equipa do Sporting". É um facto. Talvez se possa acrescentar que o Sporting não compra árbitros, nem vai às cabines dos mesmos fazer o que quer que seja. É isso que acaba por nos distinguir, neste campo, dos outros.
Esta nomeação é mais uma acha para a fogueira. Começou mal o Sporting-Leixões e nós, sportinguistas, unidos, sentimo-nos envergonhados por aquilo que o País tem dado ao nosso Clube e ao futebol.

Os dentes e a Ministra


Não sei, ao certo, quantos dentes tem a sra. Ministra da Educação.
Porque não sei se tirou, ou se lhe não cresceram os cisos.
Mas conheço bem os problemas da avaliação dos professores e os riscos que o facilitismo na educação dos alunos causarão ao futuro de Portugal.
Por isso, não sei quantos dentes tem a Ministra. O que sei é que, além de ser uma má ministra, na generalidade das afirmações públicas que fez nos últimos dias, mente com todos os dentes que tem na boca.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Um Portugal abandonado


Passei por uma vila, no fim-de-semana passado, e quando vinha no carro para Lisboa, pensei que existe um Portugal esquecido, abandonado, cujos problemas se agravam, por falta de dinheiro, de emprego e de pessoas.
Há um contraste evidente entre o interior rural e as grandes cidades. Mas existe um contraste crescente dentro das próprias vilas e das próprias aldeias. Porque, nesses locais, contrastamos a vitalidade das paisagens paradisíacas com o envelhecimento das gentes.
O comércio praticamente deixou de existir, exceptuando a farmácia, um grande supermercado (que fez fechar todas as mercearias, talhos e mini-mercados que se confundiram, durantes dezenas de anos, com o quotidiano da vila). Continua, também, aberto o Café Central, e um outro café, que resistem, a custo, à fuga das novas gerações para as capitais de Distrito ou mesmo para o estrangeiro.
Tudo se fechou ali. Até o sonho das pessoas, que sonhavam, outrora, por uma vila mais próspera.
Nos concelhos rurais, as grandes herdades, parcialmente abandonadas, por falta de incentivos do Estado, vão sendo assaltadas sucessiva e continuadamente. Os bandidos ficam à solta.
Nas vilas, deixou de haver movimento e a esperança esfumou-se.
Nas aldeias, vive-se, porventura, a sua última geração.
Quando fecho os olhos e me lembro daquilo que vejo interior (que, aliás, onde fui, não é assim tão interior quanto isso), a imagem que me aparece é a de um enrugado idoso, só e abandonado, sentado num banco colocado sobre uma calçada à portuguesa, construída pelo Antigo Regime. Por detrás do banco, visualizo uma parede de uma casa devoluta, com cartazes de corridas de toiros afixados.
Continuando por este caminho, deixará de haver vida nas vilas e nas aldeias, a médio-prazo. E, depois, essas vilas e aldeias deixarão de existir. Talvez, daqui por muitos anos, apareça um povo a descobrir ali destroços a testemunhar que, há muito tempo, houve vida naquele local.
Bem sei que me limitei a relatar um problema esquecido, colocado em tempo inoportuno. Mas este é um Portugal que morre, diante dos portugueses, assassinado pela indiferença e inoperância do Estado. Só porque estas vilas e estas aldeias não dão votos.

Nota (Sporting-Porto)

Tinha dito que iria escrever mais sobre o Sporting-Porto.
Não o fiz por uma única razão: sou sócio de um clube, e esse clube falou por mim através do capitão de equipa, que disse que não nos deixaram ir mais longe, do Presidente, que afirmou que houve Paixão a mais, e do treinador, cujas afirmações serviram de título ao meu artigo.
Será justo dizer que, revistos alguns lances na televisão, me pareceu que Rochemback deveria ter sido expulso por agressão a Rolando e que ficou uma grande penalidade por marcar a favor do Porto, apesar de ter algumas dúvidas porque Rui Patrício empurrou, de facto, Hulk, sem bola e desconheço se, por ter sido sem bola, daria para grande penalidade.
As imagens televisivas não deixam dúvidas na grande penalidade que ficou por marcar, por mão de Rolando. E, marcando-se a grande penalidade, Rolando deveria ser expulso porque essa falta impediu Djaló de estar isolado para rematar à baliza. No meu entender, Liedson não deveria ter sido expulso, porque não há intenção nem agressão. Foi um contacto físico, normal num jogo de futebol. Julgo que Bruno Alves faz mesmo penalty sobre Abel, porque, além de o osbtruir, coloca o braço, impedindo o lateral do Sporting de prosseguir. Seria segundo amarelo e mais um penalty.
Os erros aconteceram para os dois lados. E foram erros muito graves. Julgo que o critério, ou a falta dele, prejudicou, em geral, a equipa do Sporting. Esses erros acabaram com o que estava a ser um jogo fabuloso e a exibição de Paixão merece a minha crítica agressiva. À medida da sua incompetência.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Nojo!

Nunca saí de um estádio de futebol tão triste como saí hoje.
Porque paguei para ir ver um jogo de futebol. E só vi um bocado, que foi, aliás, do melhor futebol que tenho visto nos últimos tempos.
Já estive em momentos muito tristes e derrotas muito amargas. Desde a final da Taça Uefa perdida à final do Euro.
Custou-me muito ouvir as palmas dos adeptos do Sporting. E ainda mais me custou ouvir um velhinho no fim do jogo desta noite. Era um homem com um tremendo bom aspecto, já com alguma idade, a saír do estádio com o cachecol do seu Sporting ao pescoço, a dizer que "fomos outra vez muito melhores", "fomos outra vez roubados por uns corruptos de m****", etc.! É que ele tinha razão. Mas que é que se pode fazer?
O sentimento que tenho, agora, é fruto de um desgaste muito grande que o meu clube, e toda aquela tão boa gente que vai ao estádio, tem sofrido. Há dias em que não chega dar um banho de bola. Nem ser muito superior. Há dias em que é preciso lutar contra o azar, mas também contra uma qualquer outra coisa, muito mais forte.
E a História repetiu-se. Porque o Sporting voltou a ser eliminado da Taça depois de ter feito uma exibição fantástica. Voltou a mostrar ao país o melhor do futebol português. Mas, outra vez, um jogador do Sporting é expulso por um lance que o árbitro não viu. Estava de costas. E, outra vez, eu estava a olhar para tudo, à minha frente, e só percebi que o Caneira tinha sido expulso (ainda não sei porquê) quando vi no placar gigante do estádio. E outro penalty ficou por marcar nos últimos minutos do tempo regulamentar.
Continua a haver bestas que destroem os jogos. Porque há assuntos que os tribunais já não são capazes de resolver, com Justiça. E porque a corrupção continua a reinar no futebol. Ou então os árbitros são incompetentes. Completamente incompetentes.
Amanhã falo mais sobre o jogo de hoje. Estou muito enojado, mas também desiludido, até porque sempre confiei que o meu país conseguia resolver os seus problemas, mas a pouca vergonha voltou.
A única coisa boa, no meio de tanta mágoa, é que continuo, eu e a esmagadora maioria dos sportinguistas (e grande parte dos adeptos portugueses, de qualquer equipa) plenamente convicto de que o Sporting é, indiscutivelmente, neste momento, a melhor de todas as equipas de Portugal.
Acredito hoje que o Sporting poderia este ano ganhar a quinta Taça consecutiva. Porque ganhámos duas seguidas e nos dois anos anteriores, fomos eliminados na Luz num jogo fabuloso, mas que o árbitro expulsou Hugo Viana quando João Pereira se atirou do nada para o chão (o árbitro estava de costas e apenas acreditou no jogador do Benfica) e no ano seguinte fomos expoliados no Dragão, com uma expulsão, também injustificada do Caneira. Hoje, outro roubo de Igreja. À moda antiga. Expulsou-se um jogador sem se ver, talvez por protestos, não faço ideia...e por marcar ficou um penalty que não deixa nenhuma dúvida.
Hoje, fomos manifestamente empurrados para fora, impedidos de continuar. E sinto-me com nojo de uns certos e determinados bandidos.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

A militância dos benfiquistas


A imprensa tem dado grande relevância à questão da militância, em vez de se preocupar com os resultados desportivos, designadamente aqueles que são obtidos nas competições europeias, por serem determinantes na forma como o futebol português é encarado por esse mundo fora.
O Sporting, para a imprensa, tem de viver crises todos os dias. Agora, vivemos uma crise de militância. Noutros clubes, não se nota essa crise de militância, porque vemos, todos os fins-de-semanas, os estádios completamente cheios, desde a Amadora a Braga, de Coimbra a Paços de Ferreira, passando pela Figueira da Foz.
No Benfica, a crise de militância não existe. E não tem que ver nem com o futebol praticado nem com o dinheiro que os adeptos têm nos bolsos. É que ir ver um jogo do Benfica não é só ir a um jogo de futebol.
Pelo menos, é isso que a noite europeia de ontem dá a entender. Porque o bilhete não servia só para ver o jogo. Comprava-se uma espécie de kit. Porque, pelos vistos, dava direito a uma verdadeira noite de GALA e a um banho turco com a duração de hora e meia. Só vantagens...

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

A concretização de um sonho americano


A primeira nota sobre as eleições americanas terá de passar, necessariamente, por estas terem sido, efectivamente, uma lição enorme de democracia que todo o Mundo recebeu. É verdade que os candidatos ajudaram muito, mas notou-se uma enorme adesão da sociedade civil à democracia, uma mobilização geral, com a abstenção a ser muitíssimo reduzida.
De uma vez por todas, nós, portugueses, teremos de compreender que o direito ao voto é um trunfo que temos, enquanto cidadãos, para construir o país com que sonhamos.
A segunda nota passa pela campanha eleitoral, dura e intensa, desde o primeiro dia de campanha para as Primárias até à noite de ontem. É notável a resistência dos candidatos.
Por último, a vitória de Barack Obama, que merece, hoje, uma análise um pouco mais aprofundada.
Poucos acreditariam, há um ano, que Obama conseguiria sequer vencer Clinton e até ao fim do Verão, as sondadens apontavam sempre para uma vitória, curta, de McCain. O momento de viragem foi, no meu entender, a escolha de Sarah Palin para candidata a Vice-Presidente. Foi um tiro ao lado. Sarah Palin exacerbou o ultra-conservadorismo, o que cativaria a atenção de um eleitorado mais conservador, que estava, à altura, praticamente garantido. Assim, o Partido Republicano deu uma margem grande de manobra para que Obama pudesse ascender junto dos indecisos, não tão conservadores.
O facto de Barack Obama ter saído vencedor deve ser valorizado pelo facto desta vitória ter acontecido no confronto com um homem muitíssimo prestigiado na sociedade norte-americana, um verdadeiro herói de guerra.
É, também, um facto, também determinante no resultado das eleições, que os Estados Unidos da América, e o Mundo, se deparam hoje com novas dificuldades, que enfraqueceram os Republicanos, criando uma necessidade urgente de mudança, por parte dos americanos e do mundo, mudança que se confundiu, e se continua a confundir, com um fenómeno chamado Barack Obama, que foi crescendo e mobilizando os americanos, cativando a atenção e o apoio da Europa e do Mundo.
A vitória do Partido Democrata, da noite de ontem, é, de facto, uma lufada de ar fresco e uma esperança para o futuro. Por mérito de Barack Obama e por vontade livre dos cidadãos norte-americanos. Porque num Mundo cansado com políticas gastas e desasjustadas, era importante que aparecesse alguém que dissesse, fundamentadamente, "YES, WE CAN".
É evidente que não dá, num texto breve, para falar muito sobre a importância da vitória de Obama. Desejo-lhe sorte e faço votos para que não seja uma espécie de José Sócrates à americana.
Por último, julgo que o dia 4 de Novembro de 2008 ficará para a História, como o dia em que um candidato negro chegou, pela primeira vez, à Presidência de um país que permitia há 145 anos a escravatura, e onde, em tempos, negros e brancos eram divididos, por exemplo nos transportes colectivos, por causa da tonalidade da pele. Esse país é, talvez, o mais poderoso do Mundo e sempre se destacou por ter sido pioneiro em várias questões.
Recupero um discurso de Martin Luther King, em que dizia:

I have a dream that my four little children will one day live in a nation where they will not be judged by the color of their skin but by the content of their character.

I have a dream today.

I have a dream that one day, down in Alabama, with its vicious racists, with its governor having his lips dripping with the words of interposition and nullification; one day right there in Alabama, little black boys and black girls will be able to join hands with little white boys and white girls as sisters and brothers.

I have a dream today.


Ontem, foi um gigante passo para o sonho americano.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

O Soneca



Um dia, não me recordo com que propósito, falou-se, em plena Assembleia da República, dos Sete Anões de Branca de Neve. Na altura, Paulo Portas disse que José Sócrates era o Zangado.
E hoje lembrei-me dessa história outra vez.
Porque quando uma pessoa tem uma única função e não a cumpre, só pode ter andado a dormir. Parece-me evidente que quando essa função é a de supervisionar o sistema bancário e é feita em nome do Estado, em defesa dos cidadãos, e não é cumprida, a pessoa que a "chefia" deve ser imediatamente demitida.
Mas se essa pessoa não fez o que devia fazer, nem previu o que se lhe exigiria que previsse, só pode ter andado a dormir.
Por isso, se já sabíamos que tínhamos o Zangado, hoje sabemos que temos agora um que foi o Soneca.
Se houvesse um anão que se chamasse Mentiroso, então, neste Governo, haveria muito por onde escolher...

Estar na História...


O Sporting, em 102 anos de vida, está onde nunca esteve.
E está, hoje, onde só o Barcelona conseguiu chegar.
Nem o Chelsea de Scolari nem o Inter de Mourinho conseguiram assegurar, nesta noite, a passagem aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. O Sporting conseguiu.
Não vivemos a recordar memórias de dias que não vivemos e chegámos, pela terceira vez consecutiva a uma competição, em que, por exemplo, o Benfica não chegou.
O Sporting recuperou, em quatro jogos europeus, o seu lema: Esforço, Devoção e Dedicação. Assim, alcançámos, juntos, a Glória de ganhar duas vezes ao campeão ucraniano e o único jogo que fizemos contra o campeão suíço.
O Sporting, na Europa, hoje, confunde-se com Portugal. Mas a imprensa prefere falar dos casos de balneário. E apenas dá ênfase ao “grande” empate que o Benfica europeu conseguiu contra uma medíocre equipa alemã, que esta jornada levou 5 contra o Werder Bremen. E o Bremen, hoje, em casa, apanhou 3 do Panathinaikos…
No Sporting, vivemos o presente e encaramo-lo com realismo, conscientes das dificuldades. E crescemos passo a passo. Dando um passo de cada vez e não dando um passo maior do que a perna. Sempre com os pés bem assentes no chão.
Voltando ao início, em 102 anos de vida, o Sporting está onde nunca esteve.
Eu estive lá e vi tudo.
E depois de chegar a casa, escrevo estas verdadinhas…

domingo, 2 de novembro de 2008

W de Walker


As eleições americanas marcam o fim da presidência de George W. (Walker) Bush.
E Oliver Stone fez um trabalho notável no seu filme "W".
Neste filme, conhecemos um pouco mais sobre a pessoa que assume a presidência dos Estados Unidos.
É importante sublinhar que a tarefa de Bush foi complicada, pois foi o Presidente que encarou um ataque aos Estados Unidos, em território norte-americano, e teve de, em pouco tempo, reagir a circunstâncias muitíssimo difíceis.
Este filme é obrigatório, para melhor entender as decisões polémicas que foram tomadas e até para conhecer um pouco mais sobre a pessoa que assume a presidência do país mais poderoso de todo o mundo.

Sobre Bush, e não só sobre o filme, penso que esta semana encerra um período difícil, que foi encarado sempre de forma séria. George W. Bush cometeu erros. Mas, no meu entender, nos assuntos mais conhecidos, limitou-se a fazer o inevitável. E o que tinha de ser feito.
Não partilho a opinião daqueles que criticam, desproporcionadamente, o Presidente norte-americano. Porque realço o facto de ter sido confrontado com circunstâncias excepcionais e sem precedentes. E, além disso, penso que o balanço, nos objectivos a que Bush se comprometeu tem de ser, francamente, positivo.

Voltando ao filme, chama-se W, foi realizado por Oliver Stone e merece, obviamente, ser recomendado a todos aqueles que querem saber um pouco mais sobre Bush, enquanto pessoa e enquanto Presidente, e sobre questões polémicas da política norte-americana.

Marcar 2 golos, mas ganhar 1-0


O Sporting voltou a ter de ser muito melhor que o adversário para ganhar um jogo para as competições internas.
Porque jogou com 10 durante vários minutos.
Porque jogou contra mais do que 11 jogadores durante hora e meia.
E porque teve de fazer dois golos limpos para ganhar por 1-0.
Estranho. Mas, em Portugal, o futebol é assim...

sábado, 1 de novembro de 2008

Do Estrela da Amadora


Nunca fui, nem sou, sócio do Estrela da Amadora, apesar de ter uma simpatia particular, como tenho por todos os outros clubes da região de Lisboa. O Benfica é a excepção que confirma essa regra.
Fui várias vezes à Reboleira, mas só para assistir aos jogos que o meu Sporting lá realizou. E só fui verdadeiramente adepto do Estrela nas noites em que esse clube da Amadora, que também formou jogadores de topo mundial, quando jogaram contra o Benfica, contra o Porto ou contra o Nacional da Madeira.
Mas, hoje, ou a partir de hoje, sou, forçadamente, também adepto do Estrela.
Porque eu não posso mais rever-me num futebol que vê os planteis de seniores das equipas histórias acabarem, como aconteceu com o Farense ou o Campomaiorense, equipas do sul do país, que tanto precisava de ter futebol de primeira.
Não podemos mais, porque não podemos, apoiar vedetismos e pessoas que querem receber mais do que aquilo que lhes podem pagar, como acontece em todos os grandes, principalmente nos de Lisboa, cujos salários são completamente proibitivos.
Sou e serei sempre do Sporting.
Mas não posso ficar a olhar enquanto vejo uma equipa tão simpática, como o Estrela da Amadora, a morrer. Não posso ficar parado, enquanto há fome e o dinheiro não chega para ir treinar.
Os jogadores do Estrela passam mal.
Por isso, é também por eles que eu torço agora.