domingo, 30 de março de 2008

Outro mundo debaixo de água


Nunca escondi a minha preocupação e o meu fascínio pela a causa "animal".
Desde pequeno que monto a cavalo, que tinha o sonho de ter um cão...
Mas antes de ter o meu cão, tive outros animais. Desde tartarugas a coelhos, desde periquitos a peixes. E é destes últimos que vou falar hoje.
E vou falar de peixes, porque sou fascinado pela aquariofilia, apesar de ser um inexperiente neste tipo de matérias. O aquário que tenho foi um presente de Natal. Tenho-o, portanto, há pouco mais de 3 meses. Comecei com 5 guppys, 6 néons, um casal de espadas, um casal de gouramis anões, 3 mollys e 2 corridoras. Tudo somado, eram, no início, 20 peixes. Hoje, são perto de 50 e, além dos que tinham no início, não comprei mais nenhum. Para dar a entender o que digo, basta exemplificar que os espadas de 2 passaram para 19. E isto aconteceu em menos de 3 meses.
Todos os dias, olho com atenção para o aquário e, em vez de perder tempo a ver televisão, por exemplo, agora olho para todo aquele mundo que construi, entre paredes de vidro, em que as plantas, as rochas, a água e os peixes me trazem do melhor que há na natureza até casa, todos os dias, numa mistura perfeita de cor e movimento.
Uns mais agressivos, outros mais tímidos, uns mais territoriais, outros mais cobardolas. Afinal de contas, não é só o universo humano que assim é, mas toda a natureza.
Hoje, enquanto olhava o aquário pensei em várias coisas. Por exemplo, enquanto estou parado a olhar para o aquário, eles movem-se de um lado para o outro, os machos disputam as fêmeas, outros recém-nascidos tentam sobreviver, escondendo-se dos peixes que lhes possam constituir ameaças. Exactamente ao mesmo tempo de tudo isto, estão as fêmeas já quase, quase a fazer nascer mais crias. De facto, podemos parar uns minutos ou umas horas, mas a vida e o tempo não param.
A propósito, se houver alguém interessado em "adoptar" um ou outro peixe, não será difícil entender que estou aberto para lhe proporcionar essa alegria.
Mas o que escrevo não é um desabafo, uma proposta,...! Não é nada. Apenas passo tanto tempo a olhar o aquário que pensei que seria injusto para todos eles se não lhes dedicasse umas palavrinhas no meu blogue pessoal na internet.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Discutir o futuro


Para o Sporting, a época praticamente acabou. Confesso que a vitória na Taça da Liga era, para mim, mais importante do que uma hipotética ida à final da Uefa onde, se tudo correr de acordo com as probabilidades, o Sporting teria de jogar contra o todo-poderoso Bayern de Munique. É verdade que prefiro ir às finais e perder do que não ir às finais, mas ainda tinha um maior gosto em ir às finais onde posso ganhar...e ganhar! O problema é que a única final a que o Sporting podia chegar, sendo favorito, não ganhou, jogou mal e não a encarou como devia ter encarado.

Resta-nos um campeonato, que correu mal por todas as razões. Ninguém contava com tanta hegemonia do Porto nem com escorregadelas inacreditáveis contra equipas menores. Por isso, estamos hoje longe do lugar onde deveriamos estar.

Há, ainda, a Taça de Portugal. Mas temos de eliminar o Benfica. E, se passarmos, temos o Porto e o Vitória de Setúbal. Portanto, as duas equipas mais fortes na competição.

Falamos de azar. E então o Benfica? Que teve de jogar com terceiros e quartos centrais? Tiveram de pôr o Edcarlos a jogar, em vez do David Luiz. Não tiveram azar? Como nós, que perdemos logo nas primeiras jornadas o companheiro ideal para Liedson, houve outras equipas que ficaram azaradamente prejudicadas por lesões, que não constavam dos planos.

Também é verdade que o Porto não teve este azar das lesões. Mas quando teve de recorrer ao banco e a "reservas", foi ganhando sempre e a única vez que perdeu foi nos penalties...contra o Fátima, com quem foi eliminado.

O problema do Sporting é grave e complexo. Não há dinheiro. Como não há dinheiro não se investe. Como não se investe, o plantel não é competitivo. Como o plantel não é competitivo, a equipa não joga bem. Como a equipa não joga bem, perde. Como perde, os adeptos não vão ao estádio. E como os adeptos não vão ao estádio, o clube não ganha dinheiro. E por aí fora. Há ainda a dívida à banca, a política de contratações e a forma, gratuita, como vemos sairem jogadores como Douala, Paredes, João Alves e tantos, tantos outros...

Não há solução à vista, porque não vejo alternativa a Soares Franco. E não há dinheiro para se encontrar alternativa a Paulo Bento e aos jogadores que temos. Por isso, estou com eles, do lado deles, pelo menos até haver alternativa melhor.

E Abrantes Mendes, para mim, não representa alternativa. No meu entender, esta é a hora para Bettencourt.

Já agora, que se fala de como discutir o futuro do clube, sou pela opção Congresso. Mas um Congresso que só acabe com ideias e com soluções. Realizado entre sócios, em local seguro, e com portas fechadas.

Se houver eleições antecipadas, confesso que ainda não tomei uma decisão. Fui à famosa AG sobre a venda do património não-desportivo e ouvi, com atenção, o meu presidente. A Câmara de Lisboa e, sobretudo, o vereador Sá Fernandes atrasaram uma promessa do presidente do Sporting e um sonho de todos os sportinguistas. Que é o de ter um pavilhão junto ao estádio. Essa promessa será factor decisivo no meu voto. E, se for cumprida, estarei com Soares Franco, Paulo Bento, e tantos outros, até ao último dia.

E só vale a pena discutir o futuro porque somos o clube com mais títulos em Portugal. Somos um clube eclético. E temos a matéria-prima. Para ser um "grande, tão grande como os maiores da Europa". Como queria Stromp. E todos nós, sportinguistas.

Acredito, firmemente, que o Sporting vai viver dias mais prósperos. Mas, para lá chegar, é preciso, agora, discuti-lo. E arranjar soluções.

terça-feira, 25 de março de 2008

Zeros à esquerda


Hoje estava a passear na blogosfera e pensei em escrever sobre alguns dos autores de blogues. Lembrei-me em vários nomes para o título, como por exemplo "palhaços". Porque quando um palhaço fala, as pessoas riem, batem palmas e pedem mais uma piada. E, de comum, com as pessoas de que falo só têm mesmo o facto de já ninguém acreditar neles.
Mas estaria a desprestigiar um conjunto de pessoas sensatas que ganham a vida a fazer rir. Foi, então, que me lembrei de pôr no título "zeros à esquerda". Porque há blogues, cujos autores são zeros à esquerda. E não só os autores, também alguns que comentam o são. São vazios, não têm nada para dizer, pelo menos, de útil e de interessante.
Há, também, muitas outras pessoas, que não têm blogue, que são zeros à esquerda. Enfim, há mesmo muitos zeros à esquerda. Mas mais não merecem do que este post que agora escrevo. É um facto que existem muitos zeros à esquerda, mas todos juntos mais não valem do que o verdadeiro número redondo. O zero.

domingo, 23 de março de 2008

Taça da Liga - uma competição positiva


Apesar de uma derrota, inglória, na final da Taça da Liga, seria da maior injustiça não deixar umas palavras sobre a final desta competição.

Em primeiro lugar, a organização foi fabulosa. Desde a primeira eliminatória, que pôs frente-a-frente as equipas da segunda liga e duas delas tiveram direito a receber receitas de televisão, com um jogo a dar em directo e em canal aberto.
Foi uma competição cheia de emoção, com várias decisões nas grandes penalidades, onde foram eliminadas equipas como o FC Porto, o Guimarães e o próprio Sporting, na final da competição.

Houve várias surpresas. Neste capítulo salta-nos à vista, logo, o Fátima que eliminou o todo-poderoso tri-campeão nacional e esteve muito, muito perto de afastar outro grande, dessa vez, o Sporting.

A opção Estádio do Algarve foi a melhor possível. Porque é um estádio praticamente inutilizado e porque a ida ao Algarve para ver a final é sempre um programa que junta amigos e que leva milhares de pessoas a uma região que nessa altura não tem tanto turismo como no verão. Além disso, os habitantes algarvios tiveram assim a oportunidade de ver futebol de primeira sem ter de andar mais de 200 km.

A final desta competição foi uma autêntica festa do futebol. A ida para o Algarve assemelhava-se a uma autêntica caravana verde, de convívio entre pessoas das duas margens do Tejo. Neste sábado, 22 de Março, todos os caminhos acabavam no estádio Faro-Loulé, daí a pouca dificuldade em lá chegar. Bastava seguir a multidão.

Cheguei às imediações do estádio 3 horas antes do jogo começar. Já lá estavam milhares de adeptos sadinos a comer sardinhas e bifanas, acompanhado de um bom vinho tinto de garrafão. O convívio foi fabuloso. Esperei as duas equipas à entrada do estádio e foi com uma enorme satisfação que não vi aquele excesso rídiculo de polícias. As pessoas estavam onde queriam, bem perto dos seus craques. O convívio entre adeptos dos dois clubes foi do mais amigável possível.

Na final, ganhou a melhor equipa. Do jogo e da competição. Foi, sem dúvida, o Vitória de Setúbal. Foi um prémio mais do que merecido para o clube, para a equipa de futebol, para os dirigentes, adeptos e para a região.

A vinda para a Lisboa voltou a ser marcada por uma caravana verde, cor que se via abundantemente pelas várias estações de serviço.

Isto tudo só para dizer que a Taça da Liga foi uma competição quase perfeita. Apesar da derrota, valeu a pena ir ao Algarve. Porque, mais do que qualquer outra coisa, no Algarve viveu-se, ontem, uma autêntica festa do futebol.

Quem ganhou não foi só o Vitória. Foi o desporto e, acima de tudo, ganhou o futebol português.

Parabéns ao Vitória e à Organização.

sábado, 22 de março de 2008

Queremos tanto!!


E lá vamos nós!
Como estávamos à espera: dia 22 de Março, lá vamos a caminho do Algarve e o ponto de encontro vai ser em Loulé, no Estádio do Algarve, onde alguns de nós já tinhamos estado na altura em que foi lá disputado o Troféu do Guadiana. Curiosamente, para esse troféu, jogámos na final contra o Vitória de Setúbal e ganhámos por 1-0.
Não é preciso mais do que nessa final para esse troféu amigável. Basta 1-0, ou meio a zero, mas o que interessa é só uma simples coisa: que ganhe o Sporting.
Porque estamos onde outras 30 equipas gostavam de estar. Mas não estão. Ficaram pelo caminho. Depois de vários jogos, de tanto esforço, tanta devoção e tanta dedicação já só resta a glória. Glória de ganhar a final. E de trazer a Taça para Lisboa. Juntando-a aos mais de 13 mil troféus que já temos. Para um dia mais tarde poder levar os meus filhos e o meus netos ao museu do Sporting e dizer-lhes que vi aquela conquista ao vivo, no Algarve, com 30 mil pessoas no Estádio, numa autêntica festa verde e branca
Portanto, queremos muito, muito esta primeira Taça da Liga. Não se limitem a olhar para ela e tragam-na para Lisboa.
Vamos isto! Vamos com toda a força, Sporting!

quarta-feira, 19 de março de 2008

Uma nova imagem


Faz sempre bem, de vez em quando, arrumarmos o nosso quarto ou escritório, mudarmos as coisas de sítio, organizar novamente as gavetas,...
Comprar um quadro novo, uma cadeira mais moderna, mudar as almofadas,...
Organizar livros e dossiers numa estante para que o nosso estudo seja mais eficiente,...
Ou até pintar uma parede de uma cor...
Apesar da essência ser praticamente a mesma, o que é certo é que temos mais força para viver o nosso dia-a-dia.
Mudar a imagem, no fundo, daquilo que somos, só nos faz bem.
E, afinal de contas, foi isso que o PSD fez.
Com o meu aplauso.
Ontem o fundo era branco, hoje é azul, da cor do céu, que acaba por se reflectir no mar infinito.
E talvez daqui por pouco mais de um ano, o fundo possa ser verde e encarnado, cores da bandeira de Portugal.
Seria bom sinal.
A propósito, este é 400 post do VozPrópria.

Vence por nós


Depois de uma goleada ao Nacional, em que Liedson bisou, Moutinho marcou um golão e Yannick também marcou depois de vários meses afastado dos relvados devido a lesão, o Sporting tem de estar com a moral em cima.

O jogo de segunda-feira à noite foi um dos melhores que o Sporting realizou para o campeonato. Excepção feita obviamente ao Ronny, acho que todos os jogadores estiveram bem. Até o Gladstone não vacilou e o Farnerud está claramente a melhorar o seu futebol e entrou bem. Na minha opinião, pode ser um jogador para ficar no Sporting para a próxima época, apesar dos sucessivos, mas cada vez menos, assobios que se ouvem em Alvalade quando ele entra em campo.

Não tenho dúvidas em dizer que o próximo jogo do Sporting será o mais importante, o mais difícil da temporada. Porque vamos defrontar uma equipa à qual ainda não ganhámos este ano e com quem partilhamos, infelizmente, o 4ºlugar. Espera-se, todavia, que esta partilha seja por pouco tempo.

Ao olhar para a equipa do Sporting, notamos hoje um problema novo. Começa a poder haver dúvidas na constituição da equipa por uma maior competitividade do plantel. Isto, fundamentalmente, porque estão a entrar na equipa mais dois grandes jogadores jovens. Falo, logicamente, de Pereirinha e de Adrien Silva.

Ainda por cima, hoje, o Sporting já tem um guarda-redes para o futuro, a crescer de jogo para jogo.

Apesar do campeonato feito até agora, não penso duas vezes ao dizer que o plantel do Sporting está melhor hoje do que estava há uns tempos e que, com tantas lesões, problemas que os Vitórias e o Porto não tiveram, o Sporting pode estar no caminho certo: reduzir passivo, renegociar dívida, manter jogadores da formação e...ganhar títulos.

É curioso o facto de ter sido o Sporting a equipa portuguesa que mais títulos arrecadou no ano passado, ao vencer a Taça e a Supertaça.

Este ano somos a única equipa portuguesa que luta por todas as frentes. E só o campeonato já não podemos ganhar. Para termos uma noção das coisas, Porto e Benfica já só estão a competir em 2 frentes e os Vitórias lutam apenas pelo campeonato. Mas a Taça da Liga é, foi e sempre terá de ser um objectivo do Sporting. Não é nenhum troféu inferior, como alguns, por terem sido eliminados querem fazer ver.

Não há crise que dure quando nos deparamos com uma equipa na Final da Taça da Liga, nos Quartos-de-Final da Uefa e nas Meias-Finais da Taça de Portugal.

Vale mesmo a pena dizer, se chegámos até aqui, porque não acreditar que é mesmo possível ganhar?

Eu acredito e, em princípio, vou estar no Algarve, na histórica (por ser a primeira) final da Taça da Liga, que ficará na memória por ter sido uma final verde, da esperança.

A minha esperança é a de que o Sporting ganhe e que junte aquele troféu aos mais de 13 mil que junta no seu museu. Para que possamos continuar a dizer que somos o segundo clube da Europa que mais títulos tem.

terça-feira, 18 de março de 2008

A minha "quota-parte"



Enquanto o país se manifesta contra as várias políticas do Governo Socialista, no PSD, os opositores de Menezes, vão falando e criticando o líder por causa das quotas.

Para mim, não há nada menos essencial, neste momento, que as quotas. É completamente ridículo estarmos a discutir a forma como vamos pagar 1 euro por mês (12 por ano). Mas uma coisa é certa. Se alguém, por qualquer motivo, não puder pagar a quota até ao limite do prazo, julgo que seria injusto que não pudesse votar.

Alguma parte da oposição a Menezes tem demonstrado ter algum medo dos votos das pessoas. Porque sentem que os votos das pessoas lhes vão dar derrotas injustas, porque eles, derrotados, são, no seu entender, muito melhores, que os outros. Mas a democracia é mesmo assim.

Uma coisa é certa no meio desta discussão ridícula. É que hoje o pagamento de quotas é mais democrático do que era até Menezes ser eleito. Há mais democracia hoje no PSD do que havia até há um mês atrás. E por isso temos notado tanta oposição ao líder.

Devo dizer até que Menezes esteve bem ao dizer que queria acabar com as quotas. É tirar argumentos a Rui Rio, porque deixará de haver "lavagens de dinheiro" e sem quotas, esta discussão deixa de fazer sentido. Podem votar todos, sem nenhum tipo de burocracia. Sem quotas, o PSD viverá em democracia plena e dará forte exemplo para o país.

Grande parte das críticas agressivas que ouvimos entre Menezes e Mendes nas passadas eleições directas não irão mais existir. Não haverá razão para se tirarem pessoas das listas, não haverá pessoas falecidas com quotas pagas por outros e deixará de haver qualquer tipo de suspeita.

E além de tudo isso, as quotas são pouco significantes no que diz respeito às finanças do Partido.

Há, assim, todas as razões e mais alguma para deixar de haver quotas. Se continuarem a haver, não sairá daí qualquer tipo de problema. Mesmo existindo, têm tão pouco significado que nunca merecerão estas críticas, completamente ridículas, de alguns militantes do PSD.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Dizem que somos um caso isolado


Este foi um ano histórico para o desporto português, dado que nunca antes Portugal havia tido tantas equipas nas competições europeias. Mas muitas equipas não foi sinónimo de bons resultados.

O FC Porto caiu aos pés do 6ºclassificado alemão, depois de uma eliminatória injusta em que o FC Porto foi sempre superior. Mas pagou caro um erro infantil cometido aos 4 minutos de jogo na Alemanha. Foi eliminado.

O Benfica foi eliminado pelo Getafe, que venceu na Luz e, mesmo jogando sem 6 dos seus titulares e fazendo rodar a equipa, voltou a ganhar nos arredores de Madrid num jogo que fica marcado pela estreia de Chalana. Mas da maneira que a equipa do Benfica está a jogar, só me resta mesmo dizer: coitado do Chalana...

Braga, Belenenses, Paços de Ferreira e Leiria tiveram uma passagem curta pelas competições europeias.

O Braga, porque falhou dois penalties no jogo da primeira mão contra o Werder Bremen. O Belenenses porque lhe calhou a fava, tendo de jogar contra o Bayern de Munique. O Paços de Ferreira porque não teve engenho para derrotar a equipa do AZ e o Leiria, que é último em Portugal, não teve a estrelinha da sorte e foi eliminado pelo Bayer Leverkusen.

Resta o Sporting. Que passou para a Uefa atrás do campeão de Inglaterra e da Roma e à frente do Dynamo. Depois, jogou e ganhou em casa contra o Basileia, por 2-0, tendo este resultado pecado por ter sido escasso. Na Suiça, podia até perder, mas goleou. Seguiu-se o surpreendente Bolton, que eliminou o Atlético de Madrid. Empatámos 1-1 em Bolton e, em casa, apenas precisávamos de um empate a zero. Mesmo assim ganhámos.

Diz-se que o Sporting é cada vez mais Clube de Porgugal. Estou de acordo. Cabe-nos a nós ser a única equipa da Europa que ainda está em todas as frentes e, mais do que isso, representar Portugal na Europa.

Somos, mesmo, um caso isolado.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Notável


Tenho ouvido muito falar-se de notáveis.

Sabia qual era o significado da palavra, mas fui ver ao dicionário. Em duas ou três palavras, podemos dizer que "notável" significa "importante", "considerável", "extraordinário"...

Fui pesquisar sobre o que os chamados notáveis fizeram pelo partido nos últimos anos. É verdade que foi Rui Rio que alcançou um feito importantíssimo de levar o PSD à liderança da segunda maior Câmara do país. Mas, para tal, não teve a oposição interna que tiveram outros líderes, mas da cidade de Lisboa. Podia ter tido, mas para bem do partido, muitas pessoas também notáveis do norte, como Luis Filipe Menezes, não fizeram essa oposição. Que, de todo o modo, seria injusta. Como foi injusta a guerra que se fez e se faz aos militantes que ganharam a Câmara de Lisboa pela primeira vez para o PSD e para ela trabalham com todo empenho e sentido de responsabilidade.

Pelo contrário, outros nomes, cá mais a sul, na capital do país, fizeram uma oposição constante e super-agressiva a companheiros do partido. De notável só os disparates que fizeram.

Deixo apenas dois exemplos representativos. Pacheco Pereira e Paula Teixeira da Cruz. Pacheco, que fez de bom para o partido nos últimos anos? Zero. Limita-se a sentar-se numa cadeira a dizer mal de Menezes por toda e qualquer razão? Paula Teixeira da Cruz é uma das caras da monumental derrota que tirou ao PSD o governo da capital do país. São dois exemplos representativos. Será que são estes os notáveis? De histórico só vejo as cabazadas eleitorais que o partido sofreu por causa deles...

E Luis Filipe Menezes, que fez? Esteve sempre na linha da frente. Candidatou-se à liderança do partido, mas sempre aceitou os resultados e esteve sempre ao lado dos líderes nacionais, ajudando o partido com a vitória em Vila Nova de Gaia. O trabalho que fez em Gaia, nos últimos anos, esse sim é digno de ser chamado de notável.

Desenvolveu um concelho e é um dos autarcas-modelo que existem ainda no país. Não tive a oportunidade de ir a Gaia há mais de 10 anos. Mas, hoje, para ver a obra de Menezes bastará ir a Vila Nova de Gaia.

Para ver o que diz Portugal sobre os notáveis, bastou-me ouvir o fórum da TSF de hoje. De facto, "é uma mudança natural", "é uma nova forma de fazer política". Como diz Menezes, podem estar todos contra ele, menos o povo. E este está cada vez mais longe das tais supostas "elites", os tais supostos notáveis.

Notável foi o que Menezes fez pelo Partido. Ganha com maiorias absolutas consecutivas e gerais no concelho que preside. Cumpriu até ao fim o mandato para que foi eleito. Esteve sempre ao lado dos militantes e disponível para todos os combates, sacrificando-se em prol do Partido. Em Gaia, fez obra. E ganhou sempre. Isso, sim, é verdadeiramente notável.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Imagens



Sábado, 8 de Março - 100 mil professores na rua, pedindo a demissão da Ministra da Educação, numa manifestação que juntou 2/3 dessa classe profissional contra a política de educação do Governo Socialista.

Ainda, Guimarães.


Eu podia ter dito que o primeiro golo do Vitória de Guimarães, este fim-de-semana, foi marcado de forma irregular, porque o jogador estava fora-de-jogo.

Podia também ter dito que o árbitro desse jogo marcou grande penalidade por uma falta cometida claramente fora da grande área.

Podia ainda ter falado do critério do árbitro, que se fartou de mostrar cartões amarelos aos jogadores do Sporting, fazendo com que a maior parte da defesa da equipa ficasse de castigo na próxima jornada.

Podia ter dado o exemplo de um lance em que Polga tira a bola a um jogador do Vitória, nem lhe tocou, e o árbitro marcou falta e mostrou o amarelo ao central do Sporting.

Mas não falei porque o Vitória mereceu mais ganhar o jogo do que o Sporting e não seria justo outro resultado que não fosse a vitória do Vitória.

Agora, não posso ficar calado quando vejo injustiças deste tamanho:
Os adeptos do Vitória apedrejaram o autocarro do Sporting. A direcção do Vitória pediu desculpa e responsabilizou-se pelos danos e ficou tudo resolvido. Eu não sei se as pessoas sabem, mas todas as semanas, os responsáveis da Comissão Disciplinar da Liga aplicam multas aos clubes por causa do comportamento dos adeptos.

Curiosamente, o Sporting deve ser a única equipa que todas as semanas paga quase 1000 euros pelo comportamento dos adeptos. Esta semana, os clubes castigados foram o Nacional da Madeira (porque as 23 senhoras da bancada central do estádio da Madeira devem ser super-perigosas), o Belenenses (talvez pelos actos de delinquência daqueles adeptos com 80 anos de idade) e, claro, o Sporting (talvez porque não deviam ter ido ao estádio). Eu não vi nada, não estive lá, não sei o que se passou mas não acredito que os adeptos do Sporting sejam uns vândalos e que tenham comportamentos reprováveis todas as semanas.

Esta semana, o Sporting vai pagar 1050 euros de multa. Curiosamente, o Vitória de Guimarães, cujos adeptos apedrejaram o autocarro da equipa do Sporting, passou imune. Não paga nada. O que é que os adeptos do Sporting, do Nacional e do Belenenses fizeram assim de tão grave? Porque, olhando para as multas, foi mais grave que, por exemplo, apedrejar um autocarro com jogadores lá dentro, alguns deles internacionais.

Falo do Vitória de Guimarães apenas para comparar situações. Como podia falar de outro clube qualquer.

Mas isto é o mundo ao contrário. Faz-se isto sem uma justificação. É a ditadura do futebol. E sem resposta dos clubes, o que é mais grave ainda. Se querem 1050 euros, peçam, em vez de nos "roubarem". Como diria Santana Lopes, "o país está doido".

A vida continua



Sem querer fazer publicidade gratuita, estava a ver agora um anúncio da Optimus na televisão, que dizia que “a vida não pára”. É verdade, por muito que algumas pessoas não queiram, a vida não pára mesmo. É normal observarmos a renovação. Novas pessoas, novas caras, mais jovens, a desempenharem cargos que outrora foram ocupados por outros.

Contudo, no PSD, há quem não aceite bem esta renovação. Estes “históricos” ou “elites” ou o que lhes quisermos chamar estão doidos com a renovação do PPD/PSD. E estão doidos porque têm medo de perder o seu lugar. Isto só nos pode dar uma certeza: estão conscientes de que não merecem esse lugar, que não trabalharam o suficiente para o merecer. Senão não estavam doidos a criticar o novo líder do Partido, fazendo tudo para que o PSD voltasse ao que era. Está bem que perdia eleições, mas o que interessava era que o seu lugar não perigasse.
Há quem, logo que possa, apareça para criticar. Há quem ganhe dinheiro a dizer mal do Partido. Há quem tenha mau perder. Enfim. Podem até ser muitos, mas, mesmo todos juntos, não chegaram para derrotar as bases do PSD.

As bases do Partido decidiram mudar de líder. E decidiram-no democraticamente. Votaram num líder e num programa. Quando votaram sabiam que Menezes iria facilitar o pagamento de quotas no sentido de aperfeiçoar a democraticidade interna. O que Menezes fez foi cumprir uma promessa. Só isso o torna diferente de José Sócrates, conhecido por prometer tudo mas não cumprir nada.

Diziam que as elites iriam sair do Partido. Agora há quem diga que começou uma purga estalinista. Mas há alguém que está mal no PSD? Pois então que saia. Não foi isso que tinha dito? Ou será que afinal Paula Teixeira da Cruz não é das elites? Ou será que não há elites no PSD? Porque Paula Teixeira da Cruz disse que se Menezes ganhasse, como ganhou, se iria dar uma debandada das elites. Não saiu ninguém. Nem a própria Paula. As portas estão sempre abertas. Para entrar e para sair. E mais vale não estar do que estar contrariado.

Nem vou falar do velho crítico Pacheco, porque só a sua imagem já está tão gasta que da sua boca já pouco se aproveita. Há sempre, na vida de um político que está verdadeiramente na política ao serviço do país, um período de pausa, para descansar, para estar com a família. O conselho que deixo a Pacheco Pereira é que faça uma pausa, que vá descansar um pouco. Talvez seja disso que precisa.

Quanto a Capucho, só queria dizer-lhe que ele até pode achar que os regulamentos estão errados. Mas ele é um e inclui-se numa minoria de pessoas que pensa dessa maneira. A esmagadora maioria dos militantes e dos conselheiros nacionais concordam com Menezes e com os regulamentos aprovados. Terá de compreender e aceitar decisões democráticas. E deve respeitar os órgãos do Partido, de que é exemplo o Conselho Nacional. Também pode ir descansar porque disse que se ia demitir e depois diz que afinal era só uma ameaça e que foi afastado por Menezes. Compreenderá que, em regra, uma pessoa normal que vê uma pessoa dizer que se vai demitir, acredita. Ribau Esteves, eu e milhões de pessoas acreditámos quando Capucho disse que se ia demitir. Mas afinal não ia e, pelos vistos, era só uma brincadeira.

A vida não pára. As coisas mudam. Os partidos renovam-se. Uns entram, outros saem. Mas uma coisa é certa. Não se deve dar valor a pessoas que destruíram o PSD, que estiveram sempre agarradas aos lugares e que obtiveram resultados eleitorais históricos. E históricos, sempre, e para mal do PSD, pelas piores razões.

terça-feira, 11 de março de 2008

Falemos de política


Há uma série de militantes do meu Partido que não dá uma para a caixa.
Sendo militantes de um partido político, é normal que o combate, interno e externo, seja um combate político. Mas não é assim que funciona com alguns militantes. Porque não conseguem fazer ataques políticos. E não conseguem ou porque não sabem ou porque não têm motivos para os fazerem ou pelas duas razões juntas. Assim, o que fazem é inventar razões para fazerem ataques...pessoais!
Uns deles chegam a falar de princípios, de valores, blá, blá, blá, mas arranjam todos os meios possíveis para quebrarem qualquer princípio, qualquer valor...
Talvez até montem esquemas que até possam ser ilegais. Não sei nem quero saber.
Não estou a fazer nenhum tipo de denúncia nem a julgar qualquer pessoa. Isso cabe aos tribunais e o PSD já pagou bem caro o facto de alguns militantes, ao belo estilo medieval, quererem fazer justiça pelas suas próprias mãos. Tramam-se e pior do que isso tramam o nosso Partido.
Incluidos nessa série de militantes, estão os que não percebem a democracia. Houve uma altura para se apresentarem candidatos à liderança do PSD. Apresentaram-se Marques Mendes e Luis Filipe Menezes. Ganhou o segundo, porque foi essa a vontade do Partido. Agora, essa altura já passou, mas parece que a tal série de militantes, que não aceitou a derrota nas urnas, quer fazer tudo fora de tempo.
Quem tem memória lembra-se que, após a eleição de Marques Mendes, nunca ouviram de mim uma única crítica pessoal. O ataque que lhe fiz foi político e foi o que me fez criar este blogue. Pensei, e com razão, que a democracia estava a ser posta em causa.
Mas, graças a Deus e aos militantes do Partido, o PSD entrou num caminho novo, que acredito que o levará a várias vitórias em 2009. Que foram cometidos alguns erros, nisso até possamos estar de acordo. Mas não se compreende nem se justifica o ataque contínuo que se faz a Luis Filipe Menezes.
Eu, e a maioria dos militantes do PSD, identificamo-nos com as ideias de Menezes. Acreditamos no combate parlamentar liderado por Santana Lopes. E no caminho que está a ser seguido.
Já dizia o meu pai quando eu era pequenino: Quem está, está, quem não está, não está. Estivesse. Mas deixemos o ataque pessoal. Muito menos o ataque pessoal interno. O país mal pode esperar por ver o PSD no Governo de Portugal. Falemos de política e de políticas. E façamos um ataque político, constante e agressivo, a José Sócrates e ao Governo do Partido Socialista, que já tem o povo na rua a pedir demissões.
Só com esse ataque político poderemos tirar o sorriso, que hoje já é um sorriso amarelo, a José Sócrates.

A minha solução do problema


O Sporting está mal. Mal, mal, mal!!...
Por isso, como sócio e como defensor de um mega debate interno, apresento, desta maneira, a minha solução para o enorme problema com que se depara o Sporting.
Em primeiro lugar, constatamos que no Sporting há apenas duas vias para a liderança: a primeira com Soares Franco e a segunda com Abrantes Mendes. Não havendo terceira via, estou com Soares Franco. Mas incomoda-me o facto de não ver ninguém da direcção do Sporting pressionar e criticar árbitros, como acontece nos outros clubes. Assim, Bettencourt ou Ribeiro Telles ou os dois juntos deviam ser a voz externa do clube, para assumirem, além de outras, as funções que hoje no Sporting, pelo aparente vazio, não foram entregues a ninguém.
Depois, julgo que ao plantel do Sporting falta a motivação. Assim, podendo ir buscar Sá Pinto, um símbolo de raça e entrega ao Sporting, penso que a solução estará em entregar a Sá Pinto a tarefa de motivar o plantel, fazendo, em conjunto com Pedro Barbosa a ligação plantel-SAD.
O Sporting precisa, obviamente, de reforços. Não escondo as minhas preferências. O Sporting precisa, no meu entender, de um central, de um lateral esquerdo, um médio centro, um extremo e um avançado.
Deixo aqui possíveis nomes para o Sporting:
1) Manucho, avançado, 24 anos do Manchester United. Pode vir para o Sporting, sob o pretexto do protocolo entre os dois clubes ou a preço de saldos ou com um empréstimo de média/longa duração com opção de compra. Custo - zero ou baixo.
2) Jorge Ribeiro, defesa esquerdo, Boavista. Acaba contrato no fim desta época e pode vir a preencher a lacuna de lateral esquerdo da selecção nacional. Sendo complicada a renovação do empréstimo de Grimi, pouco aconselhável a compra de Had e não sendo Ronny um candidato a titular, Jorge Ribeiro, português, pode ser o lateral esquerdo do Sporting. Custo - zero.
3) Rochemback, médio, Middlesbrough. Acaba contrato no fim do ano e quer sair. Teve uma passagem gloriosa pelo Sporting, tendo sido neste clube que passou os melhores momentos da sua carreira. Custo - zero.
4) Zé Castro, defesa centro, Atlético Madrid. Quer sair e o Atlético quer vendê-lo, o que baixa o seu valor, podendo estar ao alcance do Sporting. Português e relativamente jovem, mas com experiência, pode ser potencial reforço, empurrando Tonel para o banco. Custo - desconhecido.
5) Com pouco dinheiro gasto, ficará o Sporting com a possibilidade de ir um buscar mais um extremo e até reforçar o banco de suplentes e se sobrar dinheiro pode investir num bom lateral dinheiro para o lugar do Abel.
6) Ainda podemos tentar ir buscar o Caneira, de novo, ao Valência, mas definitivo, fechando a defesa.
7) Exemplos de outros nomes, para o banco: Beto (GR, Leixões); Celestino, Paim, Saleiro e Varela (todos, regressando dos empréstimos); outros jovens com potencial como João Ribeiro (da Naval).
Acima de tudo, não se ponham a inventar com Ruben's Amorim's e jogadores que não serão mais-valias para o Sporting.
Assim, as saídas podem ser: Had, Izmailov, Gladstone, Celsinho, Derlei e Tiago(todos a custo zero). Ainda pode emprestar o Paulo Renato, o Ronny e o Purovic. O Abel pode ser vendido e se for por bom dinheiro, o Stojkovic também é transferível. O Miguel Veloso pode sair se aparecer a tal proposta milionária.
O treinador continuaria a ser Paulo Bento.
Enfim. Soluções haverá muitas. Umas são viáveis, outras nem tanto. Esta é uma solução. A minha. Que não sei quanto dinheiro há para investir, quais são as obrigações do Sporting para com a banca e que sou um amador na observação de jogadores para reforçar o plantel. Eu só acho é que se pode rentabilizar o dinheiro, investindo nas pessoas certas para os lugares certos. Deve é ser aberto o debate para se discutir o futuro do clube. O Sporting, certamente, só terá a ganhar com isso.

O alvo: José Sócrates; o objectivo: Portugal


Isto é uma vergonha!
100.000 professores na rua, 2 milhões de portugueses abaixo do limiar de pobreza, populações a manifestarem-se contra a política do governo socialista na saúde…
Uma segunda leitura destes sucessivos acontecimentos leva-nos a crer que Portugal está na rua e Portugal precisa urgentemente de uma alternativa, séria, ao Partido Socialista. A única alternativa possível é o PSD e a vontade do PSD, manifestada no resultado das directas, foi que Luís Filipe Menezes se apresentasse em 2009 como candidato a Primeiro-Ministro, para derrotar Sócrates e para levar o PSD, de novo, ao poder.
Houve, no pós-directas, muita gente com mau perder.
Houve e continua a haver. Houve uma votação de um Conselho Nacional que ditou uma mudança nos regulamentos. Essa mudança aconteceu porque foi vontade do Conselho Nacional. Os membros desse órgão foram eleitos em Congresso, num acto completamente livre. Portanto, tanto o líder do PSD como a mudança nos regulamentos aconteceram porque foi manifestamente essa a vontade do Partido.
Vivemos em democracia. Às vezes é importante lembrar isso a alguns cidadãos e, neste caso específico, a alguns militantes do PPD/PSD. Porque muitos deles se esquecem disso.
Ouvi algumas críticas a Menezes. Se há alguém que se recusa a cumprir uma tarefa, pois então que saia. Quem está mal que se mude. Não se pode é estar constantemente a criticar decisões que são fruto de actos democráticos. Até porque essas críticas são minoritárias. O mesmo tenho de dizer a todos os outros críticos. O país não pode estagnar e deixar de acreditar no PSD porque há uns ou outros que tendem a ser forças de atraso no Partido e, consequentemente, numa mudança que o País quer.
Às vezes pergunto-me. Mas quem são esses críticos? Serão mesmo mais-valias? Serão elites? Que deram de bom ao PSD? Que trouxeram de novo? Quanto a resultados, esses estão à vista de todos: o PSD, por causa de alguns desses críticos, obteve terríveis e históricas cabazadas eleitorais.
Mais. Esses críticos dizem que o PSD não tem propostas. Mas algum deles contribuiu para alguma proposta? Então não é nesse sentido que devemos estar no Partido?
Portanto, Menezes tem de seguir o seu caminho. Corrigidos alguns erros, não tenho dúvida nenhuma de que o fim do caminho será o progresso de Portugal. Pelo meio estará a vitória do PSD em 2009, vitória pela qual o país anseia, pela qual o PSD tem de se preparar e mobilizar. Desprezando todos esses críticos derrotados em eleições internas ainda muito recentes pela enorme força democrática que tão bem caracteriza o PPD/PSD e os seus militantes, em geral.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Tu cá, tu lá...



Pela consideração que tenho pelas pessoas que aqui comentam, terei de dizer que registo o comentário que me foi enviado sobre o artigo anterior e que me pediu para não ser publicado.

Mas hoje vou escrever sobre a Uefa. Ou melhor, vou escrever sobre um lance específico ocorrido, primeiro, no Sporting - Benfica e depois no Benfica - Getafe, pelo mesmo jogador, com sanções opostas.
Antes de passar a analisar essa situação, digo apenas que os resultados não me surpreendem. O Benfica perdeu, naturalmente, em casa com o 10ºclassificado do campeonato espanhol e o Sporting empatou em Bolton, uma equipa também claramente inferior ao Sporting.

Uma coisa engraçada seria analisar os resultados e exibições (!) que Benfica e Sporting têm nas competições europeias e depois comparar com a classificação da Liga Portuguesa. O Sporting apesar de eliminado da Champions fez exibições memoráveis contra Manchester, Roma e Dynamo. Depois fez uma exibição de gala em casa com o Basileia e foi depois à Suiça golear o Basileia. O Benfica, por contrário, foi eliminado da Champions com duas equipas que, hoje, já não estão na Liga dos Campeões. Depois ganhou apenas por 1-0 contra uma equipa que luta desesperadamente pela não-despromoção na Alemanha e em Nuremberga esteve a perder por 2-0, mas acabou por empatar o jogo e seguir em frente. Hoje, perdeu em casa com o Getafe.
Mas eu gostava hoje de falar de Cardozo. Custou mais de 9 milhões de euros, era rotulado de super-goleador, mas só marcou mais um golo que Vukcevic que, por um lado, não fez tantos jogos e, por outro, custou menos, bem menos, de metade do valor
so super-goleador paraguaio.

Eu confesso que vejo raramente os jogos do Benfica. Mas nos dois últimos, "o único coelho que Cardozo tirou da cartola" foi mesmo uma cotovelada. No fim-de-semana, num jogo para o campeonato, arbitrado por um português (o Paraty!), o Cardozo deu uma cotovelada no Tonel. O árbitro (e os fiscais de linha) não marcou falta, não mostrou sequer amarelo. Hoje, jogo de competições europeias, arbitrado por um árbitro de competições europeias foi expulso. Encarnado directo. Rua! Sem espinhas!
Isto tudo só para dizer mesmo que em lances semelhantes, cá, o árbitro não "vê", porque não faz nada, não sanciona. Lá, portanto em competições europeias, é encarnado directo.

Mas Cardozo, por não ter sido sancionado, deve "apanhar com" um sumaríssimo. Dois jogos de suspensão porque seria encarnado directo também no jogo do passado fim-de-semana. Essa foi a lição que a Uefa deu hoje à Liga. Mas sabemos bem que podemos esperar sentados, quando esperamos por sumaríssimos a jogadores do Benfica. Parece que são intocáveis...

Depois de ver, ouvir e escrever sobre este lance, só me questiono. Será que valerá ainda a pena pensar nisso? Ou a justiça ou, mais concretamente, a verdade desportiva é já uma causa perdida?

Um país que ninguém merece governar


Foi com algum agrado que Luis Filipe Menezes deu ao JN.
E foi com agrado porque o que Menezes disse já eu havia dito há dois ou três dias, o que significa que, em princípio, neste ponto estamos de acordo.
Além do mais, o que Menezes disse é verdade. O PS não merece ser Governo. Diz Menezes que já não merece. O já muda alguma coisa, porque, no meu entender, o PS de Sócrates nunca mereceu ser Governo. Por duas razões fundamentais: primeiro, o PS de Sócrates chegou ao poder depois de Sampaio fazer cair o governo de coligação PSD/CDS sem motivos suficientes para tal, e depois porque o PS chegou ao Governo prometendo o céu aos portugueses, acabando por tornar a situação dos portugueses, em quase todos os níveis, praticamente, infernal. Sendo assim, o PS não merece ser Governo, pois está claro que não! E o que Menezes disse (com ou sem "já" antes do não) estará certo e bate com a realidade.
Disse também Menezes que o PSD ainda não merece ser Governo. Não sei se o PSD vai, até 2009, merecer estar no Governo, mas espero que sim. Contudo, as razões que atribuo ao PSD para que o partido não esteja a governar são várias. Não há treinador nenhum no mundo que consiga ter uma equipa ganhadora sem que tenha um balneário disciplinado, unido e motivado. Nem é preciso o balneário todo, mas pelo menos a maioria. Dir-me-ão que a maioria Menezes tem, porque ganhou as directas. Esse argumento parece evidente. Mas desde as famosas directas que o PSD anda desaustinado. Uns que insultavam e criticavam continuamente Menezes, hoje estão com eles. Outros que estavam e que se bateram por ele na vitória, estão já desiludidos, desmobilizados, e não sei que mais.
Temo que neste momento o PSD possa estar ainda mais fragmentado que no passado. Vejo que X não gosta de Y e que Y não gosta de Z e tudo isto acontece num mesmo orgão interno no Partido. Mas X teve de apoiar Y e Y teve de apoiar X para ganharem umas certas e determinadas eleições. Além disso, são diversos os grupos de reflexão provenientes da ex-corrente mendista do partido. Assim é impossível que o PSD tenha propostas para assuntos específicos. Essa inexistência de propostas, mesmo que seja apenas aparente, incomoda-me a mim e, seguramente, a muitos portugueses.
Eu tinha mesmo de dizer isto. Há dias, falei com um senhor que me disse uma coisa que achei importante: "parece que havia um Menezes antes das eleições para o PSD e que a partir daí passou a haver outro Menezes". Isso diz muito. Deixem-me terminar deixando uma convicção profunda que tenho. Se Menezes tivesse sido o mesmo, moderno, inconformado, congregador e reformista, não tenho dúvida de que o PSD, hoje, já mereceria a confiança dos portugueses e podia esperar tranquilamente e com espírito vencedor para as eleições de 2009. Esta é a minha opinião.

quarta-feira, 5 de março de 2008

O tempo trouxe a razão


Há uns tempos, escrevi aqui que o AC Milan não era, este ano, candidato a um título europeu. Conheço o futebol italiano, pela velha paixão que tenho pela Fiorentina e por um actual romance com o Inter de Milão, e sabia que o AC Milan este ano não tem equipa para títulos europeus. Um leitor, benfiquista, disse-me na altura que eu estava enganado e que eu iria ver, mais para a frente, a verdadeira força do Milan. O tempo deu-me razão. O AC Milan foi eliminado em casa pelo Arsenal. Perdeu 2-0.

Deixo aqui mais uma curiosidade. Os adversários do Benfica na fase de grupos foram eliminados. O Celtic perdeu os dois jogos contra o Barcelona e o Milan foi eliminado, como já disse, em pleno San Siro. Curiosamente, os dois adversários do Sporting passaram. O Manchester United bateu uma equipa que ganha títulos consecutivos em França. A Roma ganhou os dois jogos contra o Real Madrid, campeão espanhol e líder da Liga com 5 pontos de avanço.

O Porto caiu de pé. Jogou melhor nos dois jogos. Mas pagou caro por um erro infantil cometido aos 4 minutos de jogo na Alemanha. Foi só a 4 minutos mas do fim da partida que conseguiu levar tudo para prolongamento. Esteve, portanto, 172 minutos em desvantagem mas a jogar sempre melhor. Com 10 jogadores em campo, fruto da expulsão injusta de Fucile, o Porto empatou a eliminatória, levou para prolongamento e para penalties. Já nessa fase, valeu o guarda-redes alemão que defendeu duas grandes penalidades. O Porto acaba por morrer na praia, em pleno Dragão completamento cheio.

Sorte amanhã para um Sporting super-desfalcado. Com tantas lesões, só espero que o Sporting consiga reunir 18 atletas, 11 para jogar e 7 para o banco, e que, no mínimo, empate. Para, em Alvalade, sentenciar a eliminatória, eliminar o Bolton e passar à fase seguinte...

As primeiras vítimas


Parece ser oficial. Começou a onda de violência, consequência de uma crise social à qual, na minha vida, nunca tinha assistido em Portugal.
Roubos, vinganças e mortes. Nos últimos dias já é difícil perceber quantas foram as vítimas desta onda de violência.
Seria obviamente evitável, mas acontece por causa de um erro que se estende há mais de 30 anos, pelo insucesso das políticas de integração social. E não só. Os portugueses não têm dinheiro. Até o preço do pão vai aumentar brutalmente e o pão é importante porque, afinal de contas, é a alimentação das classes mais baixas.
1 em cada 5 portugueses vive, hoje, abaixo do limiar de pobreza.
Enfim, razões haverá, sem dúvida, muitas para justificar esta onda de violência.
Ontem, estava eu a sair da Universidade e deparo-me com duas operações STOP. Não me mandaram parar, mas várias pessoas não tiveram a mesma sorte. Quem vê tanto aparato, para tirar dinheiro às pessoas que ainda não colocaram o papel do seguro no carro ou que ainda não o puderam comprar pela falta de dinheiro na carteira, só pode ficar, no mínimo, incomodado. Com tantos assassinos à solta, a polícia une os seus meios na caça à multa.
Nunca, em quase 20 anos de vida, me senti tão inseguro nas ruas como agora. Será que é seguro ir a centros comerciais? Será que é seguro ir sair à noite? Será seguro andar de carro? E a pé? E de transportes públicos? O "não" responde a todas estas questões.
Ontem, morreram mais uma pessoa no centro comercial Colombo em Lisboa. Morreu com três facadas. A Polícia quer passar a ideia que o homem se suicidou. Essa tese que a Polícia quer passar é algo que me custa a acreditar. Não me parece nada provável que um homem que se queira suicidar o faça no maior centro comercial do país e muito menos com três facadas.
Porém, há uma coisa que é certa. Esta onda de violência e o insucesso das polícias e dos tribunais em assegurar a segurança dos portugueses é uma enorme afronta à extrema-direita, que há um ou dois anos disse que "se a insegurança se instalar, a extrema-direita viria para a rua". Certamente, ninguém se esqueceu disso.
Positiva ou não, uma intervenção da extrema-direita é algo que está cada vez mais iminente.
Não sei se a violência vai ficar por aqui. E não sei se a extrema-direita pode vir com todas as suas forças para a rua. Não sei. Veremos.

domingo, 2 de março de 2008

"Gastam mais de 6 milhões de contos em reforços, compram árbitros e mesmo assim não ganham"


Ouvi esta frase quando estava ainda com o meu amigo João a sair do estádio de Alvalade, depois de mais um Sporting - Benfica. Não sei se é ou não é verdade, mas a verdade é que todos nós, sportinguistas, ficamos sempre com esta ideia quando o Sporting joga contra o Benfica e, curiosamente, o árbitro é Paraty.

Mas comecemos pelo princípio. Estive perto de meia hora parado(!) na 2ªCircular para que aqueles que esfaquearam um adepto e mataram outro pudessem passar tranquilamente. Quando, finalmente, chego ao Estádio, a polícia ordena os milhares de sportinguistas para pararem, novamente, para as claques do Benfica passarem. Fiquei entre grupo de pessoas que queria ir para a porta do meu sector parado debaixo do edifício Visconde de Alvalade. Graças a Deus não apanhei com nenhuma das pedras ou garrafas que os adeptos do Benfica atiraram na direcção dos adeptos do Sporting. Tive de fugir, como várias pessoas de idade, mulheres e crianças, para que não levasse uma pedrada nem com as tochas que os adeptos do Benfica enviavam na cara dos agentes da polícia. Mas os detidos são sempre os adeptos do Sporting. Os outros ficam aí à solta...

Graças a Deus, consegui entrar no Estádio.

Houve ainda tempo para o minuto de silêncio em memória do Presidente do Belenenses que nos deixou esta semana. Este minuto foi cumprido em silêncio ou com palmas por parte dos adeptos do Sporting, enquanto as claques do Benfica preferiram aproveitar o pouco tempo que se podiam fazer ouvir para cantar alto e em bom som, sem respeito algum para com a pessoa e para com a instituição que representou. Mais um episódio triste!...

Depois, veio o jogo. Foi medíocre. Durante a primeira parte, pensei que Paraty não iria mostrar cartões pelas faltas sucessivas que Katsouranis e Bynia fizeram. Ainda cheguei a pensar que o árbitro e o fiscal de linha tinham problemas de visão quando não "viram" a agressão de Cardozo a Tonel. Se tivesse "visto", Cardozo era expulso por encarnado directo. Katsouranis e Bynia eram, também, expulsos por acumulação de amarelos. Como, e muito bem, foi expulso Nelson por uma entrada que fez sobre um jogador do Sporting. É verdade que não atingiu completamente o Celsinho, mas este último podia perfeitamente ter partido o pé neste lance.

Ah! Depois ouvi na rádio que o Benfica se queixou de um penalty por mão de Miguel Veloso. Talvez a solução esteja em cortar os braços ao pobre do miúdo que levou com uma bola na mão depois de lhe ter batido na barriga. Assim não ia haver dúvidas! É casual, na minha opinião não há dúvida.

Ainda não vi nenhuma imagem na televisão, mas não é preciso, porque vi uma grande penalidade não ser marcada a favor do Sporting, mesmo à minha frente, que estava exactamente na linha do fiscal de linha. Ninguém viu. Só todos os adeptos do Sporting.

Depois, o Purovic é impedido de empurrar uma bola para dentro da baliza. Para mim, era penalty, a castigar falta de Leo. Tenho dúvidas se houve ou não falta. Mas se o árbitro teve dúvida, até porque tinha que a ter, a regra é a de que se beneficia o ataque. Mas não há regra, não há nada que valha para que o Paraty deixe de prejudicar o Sporting.

Sobre o jogo, em si, digo apenas algo perfeitamente irrefutável. O Sporting foi superior ao Benfica. A vitória era justa. Para acontecer, no meu entender, bastava que as regras fossem aplicadas. O Benfica pareceu-me uma equipa vulgar, que passa o tempo a perder tempo. Mas ser melhor já não chega para ganhar. Melhores em campo? No Sporting, Moutinho. No Benfica, Quim.

Mas eu agora tenho uma dúvida. Acho que este árbitro pode não ser o mesmo do Benfica-Sporting de há 3 anos. É que na altura, Paraty não marcou falta pelo contacto físico ocorrido entre um jogador e o guarda redes dentro da pequena área, mas hoje marcou. É que a lei é a mesma. Não mudou. Ah! Já sei! É que na altura era um jogador do Benfica sobre o guarda-redes do Sporting e hoje foi Purovic contra Quim. Então se calhar sou eu que não sei a lei. Porque, olhando para dois lances iguais, o critério só pode ser um: a cor das camisolas!

Esse critério salta logo à vista quando vemos a postura de Paraty para com o banco de suplentes. Quando Camacho protestava que nem um maluco, Paraty foi com calma, pedir tranquilidade ao treinador do Benfica. Quando teve de ir ao banco do Sporting, mostrou logo um amarelo.

Mais. No fim da primeira parte, Paraty esperou que o Benfica acabasse o ataque para apitar para intervalo. Na segunda parte, Paraty deu 5 minutos de desconto. Os jogadores do Benfica tiveram no chão 7. O Sporting ia cruzar para a baliza...mas o jogo acabou! É fantástico...

Este árbitro teve ainda a oportunidade de cortar um passe do Miguel Veloso, bola que com este "corte" sobrou para o Di Maria que, por um triz, não marcou. De facto, já não há vergonha. Já se ultrapassaram quase todos os limites. Isto passa-se mesmo à frente dos nossos olhos. Apetece mesmo dizer: "com árbitros destes, ainda têm a lata de dizer que os adeptos se tornam violentos"! Já faltou bem mais para vermos um árbitro festejar um golo do Benfica. Se é que não festejou...por acaso nisso não reparei!

O jogo terminou, assim, num empate a um golo. O golo do Sporting é consequência de uma bela jogada de ataque. O golo do Benfica nasce de um canto que, curiosamente, nem sequer existiu.

Termino com 2 últimas notas. Rodriguez jogou duas vezes a bola com a mão, mas não viu um único amarelo e Katsouranis deu um pontapé no peito do Moutinho, já sem bola, e só levou amarelo.

Mas são só coincidências.

Se ainda existem, agora só poderemos todos esperar por sumaríssimos.

Francamente! Acho que já chega de trafulhices. Foi um domingo em que a polícia mandou parar cidadãos para que passassem os criminosos e a arbitragem foi um roubo. De todo o tamanho.

Se eu soubesse que o árbitro era Paraty, não tinha ido ao estádio. Poupava uma dor de cabeça. Cada vez mais me parece que este o futebol português e este país em geral já não têm remédio.

Será que tem mesmo de ser?


Há uma coisa que me tem dado que pensar.
Não vou repetir o que tenho dito sobre o estado do país. Mas pensemos, mesmo que rapidamente, no Portugal de hoje, na saúde, na educação, na cultura, nas finanças,...

Nos últimos 13 anos, o PS governou 10 e o PSD apenas governou por 3 anos. Será tão responsável o PSD,liderado por Barroso e Santana, pela situação a que o país chegou? Pela lógica, pelas conjunturas em que se governou e por todas as razões possíveis, respondo não. Como, seguramente, também responderão todos os leitores deste blogue. Mesmo assim, Sócrates vai a eleições em 2009 e pode fazer com que o PS aumente o seu número de anos no poder para 14, em apenas 17 anos. Os resultados das sucessivas governações socialistas são evidentes. Bastará, neste preciso momento, sair à rua para vermos como está Portugal.

As sondagens apontam, neste momento, para uma vitória de Sócrates. Mais uma vitória para o Partido Socialista. Jorge Neto, nome do meu professor de História durante o 3ºCiclo, disse um dia, numa aula, que, acima de tudo, a História era importante porque nos permitia saber quais foram os erros passados, para que não os voltassemos a repetir. Uma hipotética vitória socialista em 2009 era mais um erro, que se poderá, pelo andar das coisas, tornar fatal. Esse erro Portugal já cometeu quando deu a segunda vitória a Guterres, partindo do princípio que "à primeira caímos todos". E não quero, e tudo farei, para que esse erro não se volte a repetir em 2009. Acima de tudo, porque, para bem de Portugal, esse erro NÃO PODE (mesmo!) repetir-se.

Mas olho para a oposição, nomeadamente para o meu Partido. Vejo um líder isolado, só, porventura até mal acompanhado. E vejo movimentos de reflexão, potenciais sucessores a darem entrevistas, pessoas a insultarem o líder. Enfim, vejo divisão a mais. É o Partido da intriga, da vingança, dos mesquinhos. Permitam-me dizer que há pessoas muito abaixo do nível mediocre a exercer cargos no PSD e até cargos públicos. Essa é, logo, a minha primeira preocupação.

O que se está a passar é que é a derrota do PSD. Porque o País lá fora chama por nós, enquanto vários militantes se limitam a atacar companheiros de partido, sabe-se lá porquê. Santana Lopes disse que o país está louco. Eu não sei se o país está, mas este PSD está louco. Este não é o PSD de Sá Carneiro. Ou melhor, isto não é o PSD.
Continuo a acreditar no que sempre acreditei. Continuo firme na minha maneira de pensar. O PSD tem de ir mobilizado para 2009. É verdade que há pouco tempo para missão tão grande. Mas é a missão que Portugal quer. E não podemos estar indiferentes aos pensamentos dos portugueses.

Escrevo isto por uma duas razões interdependentes. A primeira é a de que o PS não pode continuar a governar depois de 2009, porque os resultados estão à vista de todos. A segunda é a de que não há nenhum Partido que possa recolocar Portugal no caminho certo, exceptuando o PSD. Uma coisa é certa, e estaremos também todos de acordo. Neste momento, o PSD não merece uma vitória em 2009. E a culpa não é só de Menezes, de Santana, de X, de Y ou de Z, mas de muitos militantes.

Em suma, não me parece que tenha mesmo de haver mais uma vitória do PS em 2009. Compete-nos, portanto, a nós e só a nós, mudar a situação actual. Uma derrota do PSD em 2009, que não pode acontecer, não será só uma derrota de Menezes. Será uma derrota de todos os militantes e acima de tudo desses tais grupos de reflexão, que já causaram gravíssimos danos ao PSD e ao País.

O PSD, em 2009, tem mesmo de chegar ao Governo de Portugal.