segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O futuro começa hoje.

"Temos o direito à esperança.
Agora é preciso acreditar.
Vão soprar os ventos da mudança.
Somos nós que os faremos soprar."
A democracia dá-te a oportunidade de seres tu a escrever a História.
E podes ser tu a escrever a História do teu Concelho.
Em Oeiras, o Futuro começa hoje.
Vem fazer parte deste Futuro.
E que grande responsabilidade, a nossa, depois do que o nosso Partido já fez por Oeiras.
Agora, com a mesma força de sempre, com o Sonho que sempre nos acompanhou, vamos fazer Oeiras. Oeiras Ainda Melhor.
Hoje, das 18 às 24h, faz História.
VOTA na LISTA B!

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Agora, o nosso mundo.


Houve quem dissesse, há dois séculos, que Portugal não era um país.

Era um sítio. E, ainda por cima, mal frequentado.

Quantas vezes, nós, portugueses do século XXI, chegámos a essa conclusão, sobretudo naqueles momentos em que sentimos que o nosso esforço, o nosso trabalho, as boas ideias e as grandes convicções foram desperdiçadas em vão?

Mas estes tempos de enorme decadentismo em Portugal também aconteceram por todo o Mundo. O Mundo respondeu e tem sido feita História.

Primeiro, nos Estados Unidos, em que só uma enormíssima vontade de mudar permitiu que fosse derrotado um herói de guerra norte-americano, tendo sido eleito Barack Obama como primeiro Presidente negro daquele que será o país que “comanda o mundo”.

Agora, no norte de África e no Médio Oriente, o povo está nas ruas, destruindo ditaduras, construindo um mundo novo.

É destes dois fenómenos da História recente, da História actual, que deve estar a grande inspiração dos portugueses do meu tempo: a enorme vontade de mudar aliada à força de grandes convicções.

Se vamos pensar muitas vezes que Portugal não é um país, que é um sítio mal frequentado? Se vamos desabafar que anda tudo maluco? Oh se vamos!

Quantas vezes já eu pensei o mesmo?!

Mas vale a pena.

Enquanto houver gente com vontade, com ideias e com convicções, dispostas a sacrificar um determinado estado de benefício pessoal em prol da construção de um Portugal Novo, inspirando-se nos ventos de mudança, nos grandes exemplos do nosso passado, com novas ideias como a integração de todos numa sociedade com mais e melhores oportunidades, vai sempre valer a pena.

Tenhamos a coragem de mudar. De mudar tudo o que tiver que ser mudado.

Sobretudo nos nossos partidos, nas nossas instituições, no Estado.

"Somos homens ou somos ratos?"

Ou somos o quê, afinal?

Decidamos. E escolhamos o exemplo. O exemplar. E que seja sempre assim!

Ou então continuemos a jogar para perder.

Enganando-nos uns aos outros. E a nós próprios. Traindo Portugal.

Todos os portugueses têm uma palavra a dizer.

E nós, social-democratas de Oeiras e de Lisboa, devemos, já na próxima segunda-feira, prestar, com convicção, um serviço útil na mudança que queremos para o nosso país.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A escolha em Oeiras

Se Oeiras é o que é, isso deve-se inteiramente ao PPD/PSD.

Mas, ao referir-me ao PPD/PSD, não falo de uma sigla, de um nome vazio que não é personalizável. Pelo contrário.

Falo dos militantes que, em conjunto com as estruturas locais, com enorme espírito de combate e de trabalho, de sacrifício e de empreendedorismo, transformaram um concelho nos arredores de Lisboa no melhor local para viver em Portugal.

Quando, após o período crítico da revolução, se pensou criar, em Oeiras, um concelho capaz de integrar todos os munícipes, dando-lhes qualidade de vida, segurança e emprego, num local que fosse capaz de instalar centros empresariais e académicos de grande qualidade, muitos terão sido os que não acreditaram.

Mas houve quem, durante trinta e cinco anos, tivesse acreditado, quem tivesse tornado o “querer” em “poder”. Oeiras acreditou, Oeiras pôde, Oeiras conseguiu. E isso deve-se aos social-democratas deste Concelho.

Quando recebemos alguém nas nossas ruas, podemos, com orgulho, mostrar-lhes o que podem, os social-democratas, fazer no poder local. Este é o grande exemplo, a melhor amostra, do que podemos fazer nós, social-democratas, no País.

Mas este orgulho transforma-se em responsabilidade. Trinta e cinco anos depois, os social-democratas estão divididos. E social-democratas somos todos, militantes e não militantes.

Com a criação da Concelhia de Oeiras, que surge na sequência de uma proposta de grande utilidade criada por um visionário social-democrata, estão criadas as condições de que Oeiras precisa para manter a esperança e a força de continuar na vanguarda das novas ideias e da modernidade.

A ideia central da criação da nossa Concelhia passa por unir, numa voz, duas secções. Mas vai mais longe, tendo, na pessoa do Ângelo Pereira, o objectivo ambicioso de unir, também, aqueles que se dividiram com o decorrer do tempo: os social-democratas filiados e os social-democratas que, por diversas razões, já não estão ou ainda não estão filiados.

Esta lógica de unir os social-democratas é de vital importância, não só para o futuro do Partido, mas sobretudo para o futuro de Oeiras.

Assim sendo, a decisão que os militantes vierem a tomar na próxima segunda-feira não é uma decisão qualquer. É absolutamente decisiva e os militantes, por fazerem parte de um Partido que se confunde com os tempos áureos da nossa Terra, são chamados a tomar uma decisão de enorme responsabilidade, porventura a mais decisiva, a mais importante, das últimas e das próximas décadas.

Nós, jovens, temos a nossa primeira grande responsabilidade nestas eleições. Numa altura de delicadas circunstâncias no nosso Concelho que, além dessas, ainda sofre as consequências económicas e financeiras de uma crise provocada pelos nossos adversários socialistas, cabe-nos a nós, jovens, estar à altura da nossa História.

A Lista B é composta de social-democratas com provas dadas na sua vida profissional, civil e política. O seu objectivo é unir. Unir, fortalecendo. E, mais fortes, estaremos preparados para os desafios que Oeiras tem pela frente.

Vamos estar à altura da nossa História e iremos decidir com grande responsabilidade.

Vamos continuar a transformar Oeiras.

Segunda-feira, votamos todos na Lista B.

Viva Oeiras, viva o PSD.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Sobre o mesmo assunto, no 31 da Armada

Por Luís Filipe Coimbra, que assistia ao jogo acompanhado pela sua filha de 16 anos.

Do lugar onde me costumo sentar (Sector A12, Fila 17, Lugar 5) estava eu a assistir à tradicional troca de mimos entre as tribos de Al Valade e de Ben Fika (esta situada no lado oposto do estádio) quando tudo começou, ali mesmo ao meu lado.

Diz-me a minha filha de 16 anos (que também apanhou) que a cena inicial talvez tenha tido a ver com dois berberes verdes que começaram à chapada entre si. Não sei.

Só sei que em segundos e pela porta supra entraram dezenas de babuinos beduínos a bater em tudo o que mexia, sem descriminação de sexo, idade ou cor da pele.

Acossados pelos "garantes" da ordem, a desordem foi total: centenas fugiram bancada a cima. Só que lá não há saídas e eles continuavam à cacetada a torto e a direito naquela gente apinhada. Mas a seguir à compressão, seguiu-se, muito termodinamicamente falando, a descompressão: e vai daí passaram a meu lado vindos lá do alto e até voando sobre as cadeiras, muitos beduínos em conjunto com alguns berberes verdes. Dos sectores laterais em relação a este campo de batalha começaram então a chover cadeiras o que fez com que as forças da (des)ordem desaparecessem num ápice, túnel dentro. Tudo acabado? Não! Tratava-se apenas do reagrupamento das tropas. Dois minutos depois, lá sairam eles do túnel para, de surpresa, esvaziarem desta vez a bancada inteira.

Disseram-me já a caminho do metro que os de Ben Fika tinham ganho e merecidamente por dois. Dois: um segundo lugar no campeonato. E também com inteiro mérito.

Para concluir só tenho três questões:

1) ao contrário dos ventos que sopram em todas as arábias, quem terá comandado os opressores desta noite? O Kadafi?

2) e se no final dos jogos de futebol a análise anti-doping também fosse feita às forças da (des)ordem?

3) para que servem os "seguranças" à entrada dos estádios, se hoje, por todas as bancadas rebentavam bombas e voavam "verylights" de má memória?

Repetição

Já aqui tenho defendido duas coisas: a racionalização dos recursos humanos do Estado e a criação de uma polícia especializada, para lidar com claques e outros grupos de delinquentes.
O que se passou, ontem, em Alvalade, começou entre delinquentes do Sporting e delinquentes do Benfica em Telheiras, já se passou noutros locais, no Porto ou em Guimarães.
Pode ser evitado.
Basta que sejam interceptadas as conversas entre grupos rivais onde se combinam cenas de pancadaria, em locais onde não está a polícia.
Há que interceptar essas conversas, há que identificar os seus intervenientes, há que detê-los, há que impedir que entrem, para sempre, em recintos desportivos.
Isso só pode ser feito através de uma força de segurança especializada neste tipo de incidentes.
Pior do que não conseguir identificar o criminoso, pior do que não conseguir prendê-lo, é ter uma polícia desqualificada, que actua indiscriminadamente sobre quem lhe aparece à frente, incluindo idosos, crianças e mulheres.
O que eu vi ontem, junto e dentro de um café chamado "Ponto de Encontro", no meu sector no estádio e na superior sul, com crianças com a cara rasgada junto ao olho, idosos estendidos no chão, raparigas agredidas, casais escondidos, foi um cenário completamente aterrador.
Por uns, não podem pagar todos. Mas há que perseguir e punir, de forma absolutamente exemplar, os adeptos do Sporting e das outras equipas que confundem o futebol com uma guerra e que fazem, do estádio e das suas imediações, autênticos campos de batalha.
Na minha opinião, volto a dizê-lo, isso só pode ser feito através de uma força de segurança especializada, competente para investigar e qualificada para agir quando for caso disso. Se, em vez de polícias de intervenção nervosos, com uma actuação sem nexo nem táctica nem coisa nenhuma, estivessem militares, preparados física e psicologicamente para cenários como aquele que se viveu em Alvalade na noite de ontem, o Sporting - Benfica teria sido só mais um derby disputado em campo por dois eternos rivais da cidade de Lisboa.
Assim, não foi. O Benfica ganhou, e bem, no relvado. Mas fora dos limites deste, foi o futebol e o desporto que perderam tudo aquilo que tinham para perder: a sua dignidade.
Esperemos que não seja preciso morrer ninguém para que o Estado, através dos meios que já dispõe, reponha a segurança no espectáculo desportivo, irradiando os marginais dos recintos desportivos, garantindo que o futebol possa voltar a ser a festa dos amigos e das famílias.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Empregado vs. Trabalhador


Há muita gente que quer emprego. Mas não quer trabalho.
Há muita gente que tem emprego. Quer continuar empregado. Mas não quer trabalhar.
Temos muitos desempregados.
Felizmente, temos ainda mais empregados.
Mas, entre estes, temos poucos trabalhadores.
As nossas leis referem-se aos empregados como trabalhadores. Mas, se empregar é dar trabalho, ser empregado não significa sempre ser trabalhador e gostar de trabalhar.
As nossas leis defendem os empregados. Os empregados todos, incluindo aqueles que não são trabalhadores. Fá-lo com enorme prejuízo para quem dá emprego. Porque esse, trabalhe ou não, tem sempre de pagar ao seu empregado.
Este é o tempo em que se têm de pôr em causa as definições da nossa legislação laboral. É o tempo de romper com os preconceitos ideológicos incutidos por uma esquerda irresponsável, traumatizada e que garante mais do que aquilo que pode.
O trabalhador deve ser protegido sempre.
Mas também o deve ser quem emprega. Sobretudo quando emprega um empregado que não é trabalhador.
É absolutamente ruinoso, se continuarmos a proteger todos os empregados. É ruinoso para o desempregado que quer trabalhar e não encontra posto, é ruinoso para o negócio do empregador, é ruinoso para o Estado.
Só há alguém que é sempre protegido: o preguiçoso. E a preguiça é um pecado mortal.

Critérios

Pessoalmente, não gosto de desculpas.
Aliás, entre ter um mau treinador no banco ou não ter treinador nenhum, talvez até seja preferível manter distância do mau treinador.
Mas há uma coisa que precisa de ser dita.
Um derby é sempre um derby. Sempre, mesmo quando o Benfica não tem hipóteses de ir além do segundo lugar. Mesmo quando o Sporting não tem meios para chegar acima do terceiro. Mesmo que seja jogado a uma segunda-feira fria e possivelmente chuvosa.
E o calor do derby avivou-me a memória.
Paulo Sérgio não estará no banco do Sporting porque foi castigado. Foi bem castigado. Apesar de reagir a uma arbitragem miserável do Benquerença, a única que aqui mereceu a minha contestação, e depois deste ter "roubado" um golo ao Sporting e assinalado falta após duas simulações, a reacção descontrolada de Paulo Sérgio, ao entrar em campo e confrontar, por palavras, o árbitro, foi um um comportamento que não o dignificou a ele, não dignificou o Sporting, tirou dignidade ao desporto e, por isso, merece ser castigado.
Mas o que disse para Paulo Sérgio vale para Jorge Jesus, que agrediu um jogador do Nacional da Madeira em pleno relvado, em directo para o mundo, num gesto que as imagens não deixam dúvidas. Num texto que escrevi, e tendo como antecedentes os casos de Hulk e Vandinho, julguei que Jorge Jesus iria merecer, pelo menos, o castigo com que Scolari, então seleccionador nacional, foi sancionado por instâncias internacionais. Pensei que iria, também Jesus, mesmo que seja treinador do Benfica, ser castigado. Com penalização idêntica.
Não foi.
E isto não pode deixar de merecer uma reacção.
Porque Jesus teve um gesto idêntico ao de Scolari, parecido com os de Hulk e Vandinho.
Não foi castigado.
E Paulo Sérgio, só por treinar um clube diferente, por muito menos, não vai poder estar no banco. Por castigo.
Se houvesse coerência e justiça, este derby de segunda-feira entre um segundo e um terceiro classificado sem aspirações nenhumas de subir na tabela continuaria a ser um derby. Sem treinadores no banco.
Volto, agora, ao ponto por onde comecei. Independentemente das lesões e dos castigos, não há desculpa. Porque um derby é sempre um derby. É para ganhar!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Oeiras Ainda Melhor


Hoje, é apresentada a candidatura "Oeiras Ainda Melhor", encabeçada pelo Conselheiro Nacional do nosso Partido, Ângelo Pereira, à Concelhia de Oeiras do PSD. Por ter assumido, há já muito tempo, compromissos para os dias de hoje e de amanhã, não vou poder estar, nestes dois dias, em Oeiras. Contudo, não queria deixar de passar a oportunidade de, aqui e hoje, manifestar o meu apoio à sua candidatura, que é absolutamente incondicional.


Começo por agradecer o convite que me foi feito para ser o Mandatário para a Juventude.

Aceitei-o, sobretudo, por três razões. Em primeiro lugar, sou um jovem interessado pela política, empenhado em mobilizar os mais jovens para a importância desta no seu dia-a-dia, na qualidade da sua vida. Milito no PSD desde os 18 anos, mas, antes de poder ser militante, já era, porque sempre fui, um jovem social-democrata. Em segundo, vivo em Oeiras desde que nasci, este é o meu Concelho, testemunhei o impulso que o nosso Partido lhe deu, tendo sido determinante para que possamos viver naquele que será o melhor concelho do país. E, em terceiro, porque conheço o Ângelo Pereira há muitos anos, um homem que, apesar de nunca pôr de parte, numa primeira fase, a sua vida estudantil e académica e, numa segunda, a sua vida profissional e familiar, sempre deu com todas as suas forças e com empenho total, o melhor que podia e sabia ao nosso Partido.

Com a criação da Concelhia de Oeiras, fica preservada a estreita ligação com os militantes que serão, certamente, o maior activo do PSD. Mas fica, ao mesmo tempo, assegurada uma voz única e, por isso, mais forte e mais capaz do Partido neste Concelho.

Por isso, esta eleição tem uma grande importância. Trata-se de escolher um representante, um porta-voz de todos os militantes do Partido no concelho de Oeiras, facto que trará um maior peso à vontade dos militantes quando formos chamados a decidir, por exemplo, os nossos candidatos para as eleições autárquicas. Mas o facto de passarmos a ter, a partir de 28 de Fevereiro, uma única voz, trará outro peso à vontade dos militantes do PSD de Oeiras no contexto nacional.

A História ensinou-se que unir é sinónimo de fortalecer. E é disso que se trata nesta eleição: tornar-nos ainda mais fortes.

Confio no Ângelo Pereira, como acima já fiz questão de referir, por ser um homem que conheço há já vários anos. Testemunho o seu empenho, as suas convicções, a energia que investiu para potenciar o nosso partido e também a sua paixão pelas causas sociais e por algo que ajudou a incutir nos mais jovens militantes deste partido, que são as políticas de proximidade.

Podemos dizer que, em Portugal, o PSD é o partido do trabalho, o partido das pessoas e, por isso, é o grande partido que representa transversalmente a sociedade civil e a maior força do poder local.

O Ângelo representa isso como nenhum outro. Traz consigo uma equipa de pessoas qualificadas, que conhecem o partido e a realidade do concelho, mas que, além de terem prestado serviços de grande utilidade ao nosso Partido, têm provas dadas na sua vida profissional.

Fica também assegurado um novo fôlego com a renovação que já está a ser feita. Com mais e melhor juventude, em Oeiras poderemos continuar a ter esperança relativamente ao nosso futuro enquanto povo.

Esta lista representa aquilo em que nós, jovens, acreditamos. Sonhamos que podemos mudar o mundo. E só se pode mudar o mundo, se os responsáveis políticos, nomeadamente aqueles em que nós delegamos a confiança de nos representar através do voto democrático, estiverem na política para servir o País, servir o Partido, servir o Concelho, servir o próximo.

O que os move é aquilo que me move a mim. É o PSD, é Oeiras e é Portugal.

No próximo dia 28 de Fevereiro, segunda-feira, vamos todos votar na Lista B.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Para já.

Sobre um inventado "caso das casas", que merecerá um texto próprio na próxima semana, aqui deixo a ligação para um texto escrito pela Inez Dentinho para o Geração de 60.

Afinal era mentira, por Inez Dentinho.


Passava um minuto da meia noite e meia de ontem quando o Correio da Manhã fez publicar seis linhas on line sobre a ilibação de Helena Lopes da Costa das graves acusações de que foi alvo, há dois anos, durante a campanha para as Autárquicas de Lisboa. Sob o título «Ex vereadora absolvida», a timidíssima notícia adianta «O Tribunal da Relação de Lisboa não deu provimento ao recurso do Ministério Público sobre a não pronúncia da Ex Vereadora da Câmara de Lisboa, Helena Lopes da Costa, a propósito da atribuição de casas da autarquia. O Ministério Público tinha feito uma acusação por cerca de 20 crimes mas a actual deputada não foi pronunciada e julgada». Na época, os jornais não falaram em cerca de 20 crimes mas em 22. Deram-lhes nomes e pormenores sórdidos. O título do DN denunciou o «Lisboa Gate», a SIC falou no assunto de hora a hora, tal como os outros canais de TV.

Bem sei que o CM fecha antes da meia noite e que a edição escrita de hoje não poderia incluir esta notícia. Veremos o CM de amanhã. Mas, se houvesse algum sentido de proporção e de pudor, já não digo de Justiça, o erro sobre a acusação de alguém inocente deveria ser minimamente destacado on line.

Recordo como tudo surgiu: estava em discussão se Santana Lopes deveria ser candidato a Lisboa. Lançaram-se suspeitas graves sobre a atribuição indevida de casas a próximos de Santana que chegou a ser constituído arguido durante um tempo. A campanha foi para a frente com esta «bandeira eleitoral» até que, afinal, a investigação fez surgir casas e mais casas entregues a dirigentes da esquerda virtuosa e a proto-intelectuais, como Baptista Bastos. O assunto arrefeceu, não fosse a lama da ventoínha continuar a espirrar para mais nomes da rosa.

Veio a verificar-se agora que as acusaçõas à Vereadora de Santana não passaram de uma atoarda. Curiosamente na mesma semana em que um canal de televisão faz uma peça com Helena Roseta a dizer que as rendas de casa vão passar a ser conforme os rendimentos dos inquilinos para acabar com os abusos de longa data. A peça «jornalística» não cuidou de ouvir a Oposição na CML sobre a mesma matéria, o que no meu tempo de jornalista seria um pecado mortal. Nem tão pouco se interrogou porque é que essa actualização ainda não foi feita, ao fim de quatro anos de poder PS na CML. E nem se informou do preceito, inaugurado pelo socialista Vasco Franco nos anos 90, de actualizar anualmento o levantamento das rendas. Sabemos que a fiscalização e manutenção das boas regras é menos empolgante. Mas deve ser feita porque há muito tempo que acabou o arraial das campanhas e dos amanhãs que cantam. Poder é responsabilidade. Poder é trabalho. Poder é serviço.

Mas, aparentemente, nascemos todos hoje, como as notícias do dia.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Eu vou, mas volto.


Apesar de não ser remunerado pela sua actividade, um "blogger" tem uma grande vantagem relativamente a quem escreve profissionalmente. Aquele não tem de escrever quando lhe falta a inspiração, não escreve por obrigação e pode, de um momento para o outro e sem dar explicações, deixar de escrever sem prestar contas a ninguém.
Para se escrever, é preciso ter uma boa razão e um bom objectivo. Caso contrário, a escrita não tem sentido. Para que essa sintonia se concretize tem que haver ainda um terceiro elemento, que é o estado de espírito e a inspiração do autor.
Esses três elementos não se têm encontrado.
E, porque assim tem sido, tenho escrito com pouca frequência. E assim continuará a ser.
Continuarei ligado ao mundo, sobretudo nesta altura de ansiedade, incerteza e trabalho, em que a par do regresso às aulas no último semestre da minha licenciatura, estamos em período pré-eleitoral em três paixões que tenho: o PSD do meu concelho - Oeiras - que verá nascer a sua Concelhia, o Sporting e a Associação Portuguesa dos Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano.
Não poderia deixar de dizer que, se em relação ao Sporting, é ainda prematuro falar do apoio a um candidato, o mesmo não posso dizer em relação à candidatura de Ângelo Pereira para a Concelhia do PSD de Oeiras e de Luís Pidwell para a APSL, os quais poderão contar com o meu total apoio.
Posto isto, resta-me dizer que, como todos os humanos, eu próprio tenho os meus altos e os meus baixos. E prometo que, após esta pausa breve, voltarei a escrever quando me voltar a alegria e a inspiração.
"Passar anos trabalhando sem descanso é análogo a esperar que um automóvel ande sete anos com a mesma bateria." (Ricardo Semler)
Vou só recarregar baterias. Volto em breve. E aqui vos esperarei.
Até um dia destes!

A moção do Bloco


Todos os partidos dizem censurar o Governo.
E todos falam disso, estando apenas à espera que chegue a altura certa.
O Bloco de Esquerda, contradizendo o que tinha dito cinco dias antes, apresenta uma moção de censura.
É uma moção que tem o objectivo de, imediatamente após a coligação presidencial com os socialistas, romper publicamente qualquer suspeita de ligação ao PS de José Sócrates.
Mas não deixa, ainda assim, de ser uma moção de censura e, portanto, com poder de fazer cair o Governo.
Uma moção de censura, independentemente das suas razões, é sempre uma moção de censura. E não se pode dizer que se vota contra uma moção de censura caindo no ridículo de dizer que "sim, censuramos o Governo", que "sim, queremos que este caia", mas que "não queremos que caia pelas razões de uma determinada moção de censura".
Ou se quer censurar o Governo e se censura, ou não se quer censurar o Governo e não se censura.
Assim sendo, a decisão à esquerda do PS tem de ter em conta os dois únicos cenários possíveis: continuidade do PS de Sócrates ou possibilidade de mudança para um PSD de Passos Coelho. É isso que estará em causa na eventualidade de uma moção de censura bem sucedida na Assembleia da República. Não está em causa, e o Bloco sabe-o bem, uma mudança para um Governo com medidas de esquerda.
Com isto, o Bloco está apenas a tentar enganar os portugueses, agravando a instabilidade política, limpando a sua face.
Passada que está a análise à moção de censura do Bloco e eventualmente de uma futura moção do PCP, cuja interpretação terá de ser análoga à que faço desta, parece-me que o PSD deverá votar contra estas moções, não por poder vir a ser responsabilizado pela instabilidade políticas, mas porque, simplesmente, não está preparado para ir a eleições. E para as ganhar de forma clara.
Dessa forma, e sendo coerente com o que disse no início deste texto, o PSD deve dizer simplesmente que este não é o tempo de censurar o Governo. Que ainda não é, mas que esse tempo pode chegar. Mas que, ainda assim, não prevê apresentar uma moção de censura própria num futuro próximo porque não quer ser responsabilizado por uma instabilidade política que o país, nesta altura, dispensa.
Mais do que querer entrar em jogos partidários e no campo da política da antecipação e da rasteira, os portugueses perceberão melhor o PSD, se o PSD lhes disser a verdade.
E a verdade é que o PSD não quer censurar o Governo. Por ser esse o seu interesse partidário, mas porque esse também é o interesse nacional.
O PSD deve, portanto, censurar o Bloco e votar contra a sua moção de censura.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O Olarápio do costume


Quando apita o Sporting, as suas arbitragens têm sempre dois critérios.
Mas o crime, no desporto em Portugal, tem compensado.
Ele continua a apitar e faz o que quer.
Hoje não expulsou dois jogadores do Olhanense.
Numa dessas ocasiões, nem sequer marcou falta sobre o Postiga, num lance que daria um livre perigoso, e que ocorreu nas "barbas" do bandeirinha.
Mostrou amarelo ao Rui Patrício por este se ter precipitado e ter, com essa precipitação, tirado um ou dois segundos de tempo útil ao jogo.
E outro ao Saleiro, por ter dado um puxão junto à linha, no meio-campo adversário.
Impediu Postiga de fazer o poker, marcando dois foras-de-jogo cujas em que o Postiga não estará menos de três metros atrás do último defesa dos algarvios.
É certo que, depois de ver as marcas da agressão do avançado do Olhanense ao Torsiglieri, não teve margem para o deixar em campo. Mas não compensou o tempo de assistência ao jogador do Sporting logo a seguir, beneficiando, uma vez mais, o infractor, prejudicando o Sporting.
Por esse motivo, é o principal responsável pelo empate do Sporting nesta noite.
E ele conseguiu mais. Marcando falta em duas simulações claras, que fizeram com que Paulo Sérgio protestasse, não fez mais nada. Expulsou-o e o Sporting estará sem o seu treinador no banco frente ao Benfica.
O Olegário foi, outra vez e como é seu costume, Olarápio.
E foi também olarápio quem o nomeou.
Eles sabem que o Sporting está sem presidente, sabem como ninguém o estado de espírito da equipa, mas a equipa tem toda a razão.
Introduzindo um pouco de humor, mas também de ironia, e a propósito do texto e do vídeo, de certeza absoluta que o Olegário pensaria duas vezes antes de apitar contra o Sporting, se os adeptos do Sporting, antes, durante ou depois dos jogos, cantassem a morada daquele: um 1º esquerdo, numa rua com nome de um Santo, em Leiria...

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O maior desafio da nossa vida


Nós, sportinguistas, sentimo-nos cabisbaixos. Como se calçássemos sapatos três números abaixo da medida do nosso pé. As nossas pernas estão doridas. E os nossos ombros sentem dificuldade em ter força para puxar os braços para cima para, dessa forma, puxar para cima o nosso querido Sporting. Pior do que os ombros, está ainda a cabeça, confusa e triste, que faz com que nós, quando questionados sobre o Sporting, possamos sentir o desalento de algo que é tão nosso como a nossa família, os nossos ideais, os nossos valores.
Perante os factos, sentimo-nos impotentes. Sem saber o que fazer. Sentimos que a nossa alma sportinguista foi abatida e que o nosso coração sente dificuldades em continuar a bater. Parece que escasseia o sangue verde que nos corre nas veias.
Estamos completamente vergados perante uma humilhação história e pública, envergonhados porque não temos conseguido ser tão grandes como os nossos antepassados. E este sentimento não é só dos dirigentes. É de cada um de nós, que estamos descrentes, profundamente tristes, porque nós, sportinguistas, somos os responsáveis pela situação a que o clube chegou.
Ao longo da vida, sempre dissemos que éramos diferentes e sempre o fomos. Sempre dissemos que não nos divorciaríamos de um amor comum, verde e branco, de um leão que ruge no nosso corpo. Cumprimos o que dissemos. Mas esquecemos, todos, que poderíamos acabar, todos, viúvos.
Quando atiramos culpas para este ou aquele, esquecemo-nos de que todos, de uma forma ou de outra, somos directamente responsáveis. Eu sou. E é assim que me sinto. Responsável. Tanto quanto o nosso presidente demissionário, os sócios que votaram nele, os que contra ele se candidataram com um projecto que não foi suficientemente mobilizador para os sócios.
Este não é o tempo de atirar culpas para ninguém. É tempo de assumirmos, todos, as nossas verdadeiras responsabilidades, enquanto sócios e adeptos loucamente apaixonados por um emblema, por uma cor, por uma História Maior.
Não é o tempo para anunciar o fim, nem para sublinhar as saudades do princípio. É o tempo da união e do agora. E de mostrarmos, aos nossos antepassados e às futuras gerações, que não fomos nós os grandes protagonistas de um fracasso histórico.
Da minha parte, não quero sentir a vergonha de contar aos meus filhos e netos de que, no meu tempo, havia um grande clube, que eu julgava eterno, que era a maior potência desportiva nacional, um clube de pódio europeu, e que eu, em conjunto com os sportinguistas do meu tempo, não fomos capazes de manter vivo.
Não me quero sentir co-responsável pelo fim do Sporting. E se, eventualmente, o Sporting acabar para sempre, eu e todos os sportinguistas vivos seremos os responsáveis. Uns por acção, outros por omissão, mas sê-lo-emos todos.
Falta mais de um mês para votarmos o destino a dar ao nosso Clube. Temos mais do que tempo para sentirmos o peso da responsabilidade e de, em conjunto com a máquina que nos mantém o sangue verde a correr nas veias, tentarmos, com a pouca lucidez que ainda mantemos, procurar, em conjunto, uma solução.
Se há tempo para fazer um grande debate, para que se realizem encontros de vários dias à porta fechada, onde todos possamos contribuir, este é esse tempo. Aproveitemo-lo. Com respeito uns pelos outros. Até porque pode ser, esta, a última oportunidade.
O Sporting, como disse, está ligado à máquina para viver. Sobrevive em coma profundo. E temos duas opções: podemos ressuscitar o Sporting ou podemos ser os coveiros dele. Seremos nós os responsáveis por qualquer uma das posturas que adoptarmos.
Este é mesmo o maior desafio da nossa vida.
E o tempo irá julgar-nos.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Uma condição para votar para próximo presidente do Sporting

Os sportinguistas, no fim de Março, não vão fazer uma escolha qualquer.
Pelo contrário, a sua decisão poderá mesmo ser decisiva.
E, porque finalmente se fala de futebol e do dinheiro que o vai financiar de modo a que se torne competitivo e vencedor, os sportinguistas, até ao fim de Março, têm de saber qual será o próximo treinador, qual passará a ser a estrutura directiva do futebol profissional do Clube, quem será o seu mentor, o seu responsável máximo e o seu representante junto do mercado.
Como se falam de fundos, e porque o Sporting bateu no fundo, mais do que saber de onde vêm as dezenas de milhões de euros para fazer com a equipa do Sporting seja digna da camisola que veste, se são certos ou incertos, se são para ser investidos já para a próxima época, é preciso perguntar aos candidatos se, no caso de perderem as eleições, vão estar disponíveis para investir e, com a sua influência, trazer investidores para potenciar a veia ganhadora do futebol do clube.
Isso sim é sportinguismo. Eu só votarei numa pessoa que seja capaz de, durante a “campanha eleitoral” sair do mundo populista de que é preciso trazer as velhas glórias, de fazer com que as eleições cheguem aos núcleos. Quero saber se vão poder contribuir com as suas ideias, com os projectos, com a sua influência e com a sua capacidade financeira com o próximo presidente, eleito em 26 de Março, seja ele quem for.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Um apelo à consciência social das pessoas


Na altura em que escrevo, a maioria dos leitores já sofre o impacto da crise, a redução dos ordenados, a diminuição do seu poder de compra, o corte nas prestações sociais.
O sentimento que se tem vindo a generalizar é de nervosismo, de ansiedade, de incerteza, porventura até de alguma revolta. É uma espécie de inconformismo calado até ao dia em que alguém começar a levantar a voz, juntando-lhe a voz de mais pessoas.
Mas, mais do que a factura que os portugueses estão a pagar, importa sublinhar que esta é, de facto, uma altura que, sendo difícil para quase todos, não me pode fazer abrandar a solidariedade e acabar com a consciência social das pessoas.
A quem governa exige-se grande sentido de missão, sobretudo nesta altura de crise, mas também enorme sentido de responsabilidade no sentido de que a obrigação de reequilibrar as contas públicas tem de ser feita com consciência, exigindo-se aos portugueses que ajudem o país com proporcionalidade e justiça.
Os sacrifícios têm de ser exigidos, com a tal proporcionalidade e justiça de que falei, a todos os portugueses. A todos sem excepções, incluindo funcionários públicos, gestores públicos, pessoas de todo o país. E os Açores também são Portugal.
É também exigente a tarefa da oposição, nesta altura fundamentalmente fiscalizadora. Numa altura em que, acima da crise financeira, está uma crise económica e social, a oposição não pode deixar de colaborar com o Governo, fazendo-lhe chegar propostas que tragam à sua política financeira maior justiça, maior proporcionalidade, maior eficiência.
Mas, nesta altura, não podemos reduzir a tentativa que está a ser feita para pagar buracos e derrapagens aos agentes políticos. Há também que apelar à tal consciência social das pessoas, por muito que lhes custe a altura difícil que estão a passar.
Por muito difíceis que sejam os tempos, uma das boas formas de os superar passa por relativizar as coisas.
Os leitores estarão, nesta altura do texto, ainda mais revoltados do que quando começaram a lê-lo. É sempre mais fácil falar do que estar na pele de alguém que perdeu aquilo que, pelo seu trabalho, mereceu ter.
Isso não está em causa. Mas, enquanto houver um casal que sobrevive com 360 euros a ter a obrigação de pagar a renda da casa de 350, enquanto houver idosos sem dinheiro para comprar medicamentos, enquanto houver famílias que só têm uma refeição por dia, enquanto houver gente a querer abortar por insuficiência económica de criar uma vida digna ao filho, enquanto houver fome e miséria neste país, nós poderemos sempre fazer algo mais.
Sejamos, também nós, que pelo menos ainda não passamos fome, mais exigentes na gestão do dinheiro que vamos tendo.
Há gente que, ao contrário de nós, não tem casa, não tem família, não tem condições higiénicas. Todos os dias morre gente com fome. Ou por impossibilidade de recorrer a serviços de saúde.
Mas nós, portugueses, temos de forçar o Governo (ou alertar as oposições)a pedir "sacrifícios" proporcionais sobretudo a quem goza de reformas que, não deixando de ser merecidas, são excessivas nesta altura em que o Estado, para as manter, retira uma pensão a uma senhora de 56 anos que, não encontrando emprego, terá de dizer que é divorciada e, porventura, de viver na rua, para poder ter direito a uma prestação social minimamente digna.
Há que perseguir as pessoas que não querem trabalhar e que estão injustamente acomodadas a prestações sociais que não merecem receber. Há que reduzir, drasticamente, salários que o Estado paga e que são, sobretudo, para distribuir o dinheiro dos impostos por estruturas partidárias.
Dizia Francisco Lucas Pires, numa entrevista que deu a um jornal nacional e com outro propósito, que as crises são propícias às mudanças. Serão certamente. Quem não tem emprego e consiga sobreviver sem esse emprego, pois que invista em si próprio, conclua os estudos, candidate-se a cursos para melhorar a sua formação. Quem perdeu o emprego, que não perca nunca a esperança e aproveite o tempo livre para puxar pela cabeça, estudar o mercado e abrir o seu próprio negócio. E os outros, os que trabalham, não podem deixar de sentir o privilégio que, apesar do corte salarial, ainda existe quando, simplesmente, se trabalha e se é remunerado.
Esses têm também uma função essencial: têm de ser ainda mais exigentes e ainda mais solidários. Exigentes, trabalhando melhor, produzindo mais, criando riqueza. Solidários, assumindo uma função social, que, além da maior contribuição para as contas públicas, pode passar por uma colaboração com as instituições e com os mais desprotegidos. Porque os que podem fazê-lo não podem deixar de contribuir com comida para quem tem fome, com medicamentos para quem está doente, com dinheiro para quem é pobre e pode, por exemplo, perder o direito à casa. Pode fazendo, cortando alguns minutos no duche quente, desligando as luzes mais cedo todos os dias por semana, fumando menos, andando mais devagar de automóvel ou, até, usando transportes públicos.
Temos mesmo que relativizar as coisas. Todos nós temos um papel neste mundo. Pois então que o cumpramos, porque o tempo é exigente e, agora, é Portugal que chama por nós.