segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

domingo, 30 de dezembro de 2007

A última nota de 2007

Estava a preparar um balanço de 2007 para o publicar aqui no blogue, mas dado que vários jornais, revistas e outros meios da comunicação social fizeram balanços e bons resumos do que se passou no ano que amanhã termina, seria praticamente repetitivo fazer o meu próprio balanço de um ano que acaba com claro saldo positivo.
Nesse balanço, eu iria apontar José Manuel Durão Barroso como a figura portuguesa que teve um desempenho mais positivo e cujo trabalho teve uma importância preciosa para o futuro da Europa e do Mundo. Contudo, esse reparo foi também feito pelo meu colega de Partido Luis Cirilo, no seu blogue, que é, ou se não é devia ser, visitado por uma boa parte dos leitores do meu blogue.
A última nota do ano é uma resposta a um comentário que recebi no artigo anterior que escrevi. O autor desse comentário disse que eu me devia candidatar a qualquer coisa, dando o exemplo de uma Junta de Freguesia. Já disse por diversas vezes que não tenciono entrar na vida política de uma forma mais activa, entrando nas listas que se candidatam a qualquer cargo. Nem dentro do Partido, nem fora. Pelo menos por agora. Tudo deve acontecer a seu tempo e estarei sempre disponível, a não ser que algo de extraordinário aconteça, para intervir na vida política, seja em que circunstância for. Não sou como muitos dos jovens que se "metem" na política para que a política lhes salve a vida. Primeiro está o curso.
Mas sou militante do PSD e sempre que estiver na política será para servir os interesses do meu Partido e os interesses dos cidadãos. Não é só na política que só participarei para servir. O "servir os cidadãos e servir os outros" é algo que faço no dia-a-dia. É, de certo modo, a minha filosofia de vida. Sem me esquecer de que sou estudante e das responsabilidades que tenho na vida académica, familiar, pessoal e profissional. Nem das minhas próprias e legítimas ambições.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

A LINDA


Estava eu a passear o meu cão às 2 horas da manhã quando vi um cão pequeno, que tremia de medo, parecia estar assustado e com fome, com os olhos que reflectiam a difícil situação de se estar perdido e sem grandes esperanças de voltar para casa, para o pé dos donos.
Tentei chamá-lo, mas quando o tentava apanhar, fugiu para a estrada, onde passava com velocidade um Opel Corsa encarnado com muitos anos. Pus-me na passadeira e mandei parar o carro para que aquele pobre cachorro não tivesse a mesma sorte que têm outros e para que não morresse atropelado. Mas com a força que o meu boxer de 2 anos e meio fazia, não consegui apanhar aquele pequeno cachorro. Voltei rapidamente para casa, deixei o Pepe, o meu cão, e sentei-me no quarto. Pensei como deviam estar desesperados os donos, à procura daquele cão. Deve ser um desespero perder o nosso melhor amigo. Porque é assim que vejo os cães. Como melhores amigos, partes integrantes da família. O que eu fiz em 2 ou 3 minutos foi pôr-me na situação dos donos. A cadeira ganhou molas e pus-me rapidamente na rua, na tentativa de encontrar o cão.
Dei umas voltas nas ruas ao pé de minha casa e encontrei o cão numas escadas que dão entrada para um prédio. Continuava assustado e tentei chegar ao pé dele. Continuava nervoso, a tremer, e começou a ladrar enquanto eu me aproximava dele. Rapidamente, percebeu que eu estava com boas intenções, mostrei a trela, comecei a chamá-lo e ele parou de ladrar. Dei-lhe umas festas enquanto ele tremia como um estudante no início de uma oral na universidade. Ou ainda mais do que isso. Consegui, finalmente, colocar a trela. Finalmente, o cão estava vivo e em segurança.
No caminho para casa, pensei trazê-lo e dar-lhe comida. Poderia dormir na minha varanda fechada, quentinho e sossegado. Ou poderia pôr-me a caminho da esquadra da Polícia de Miraflores e entregá-lo lá. Mas poderia ir para um canil e ser abatido. Foi então que perguntei a uma senhora que varria as folhas caídas no chão da rua se tinha visto alguém à procura do cão. Ela disse que não, mas que já tinha visto o pobre cachorro há alguns minutos. Nessa altura, quando já pensava em trazê-lo para casa, reparei que na coleira estava escrito um número de telefone, por baixo do nome "LINDA", escrito em maiúsculas.
Eram 2:28 da manhã quando marquei o número e quando falei com um jovem, naturalmente, desesperado, por não conseguir encontrar o seu cão. Que afinal era uma cadela, chamada Linda, com 19 anos de idade. Disse-lhe que estaria à porta do BES da Av.Bombeiros Voluntários de Algés à espera dele, que se fazia acompanhar por uma jovem, talvez sua namorada, ou talvez até sua mulher. Chegaram não tinha passado um minuto desde que haviamos desligado o telefone. E, com sorrisos e uma felicidade que encadeava os olhos daquele casal de jovens, devolvi a cadela aos donos, que me agradeciam como se os tivesse salvo do fim do Mundo. Era o que eu faria se alguém encontrasse o meu cão se ele se perdesse.
Voltei para casa e escrevo agora esta história. Não para me gabar, apesar de poder ter salvo a cadela de ser atropelada pelos "palhaços" que só pensam em si próprios, mas para dizer que me sinto, agora, mais forte e, confesso, mais feliz.
Sinto-me, pelo menos, uma pessoa melhor, de consciência tranquila e em paz. Gostava de contar a história desta noite, apenas porque se todos os que a lerem tentarem agir pensando também nos outros e nos animais, não tendo vergonha de dizer que apanhamos o lixo que os outros deitam no chão para os colocarmos nos contentores da reciclagem, como eu faço muitas vezes, por exemplo, o Mundo estaria bem melhor.
Esses actos são do mais simples que pode haver, mas tornam-nos dignos. Aparentemente, não recebemos nada em troca, mas o agradecimento, o sorriso e o olhar dos donos, assim como a felicidade da cadela, foram a melhor recompensa que eu poderia ter tido no que seria apenas mais um dos dias da minha vida, que se enriqueceu com um simples acto.
Há quem não acredite que podemos mudar o Mundo. Eu não faço parte dessas pessoas. Pelo menos nesta noite, tornei o meu mundo, o mundo de uma família e de uma cadela num mundo melhor.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

FELIZ NATAL

Inter e Real Madrid líderes com 7 pontos de avanço



Tive a oportunidade de ver os dois grandes jogos deste domingo.
Tenho uma empatia especial com o Inter de Milão, sendo uma das minhas equipas preferidas do futebol italiano, além da Fiorentina, e confesso que partilho as preferências dos adeptos do Inter, pelo que não simpatizo de maneira alguma com o AC Milan. Quando fui a Milão, fui obviamente também ao San Siro para ver o Inter jogar. Ganhou 4-0 ao Torino. 2 semanas depois voltou a jogar em casa. Mais um jogo, mais uma vitória. Contra o eterno rival da cidade. É curioso verificar que após o 2-1 aplicado pelo Inter ao Milan, as equipas encontram-se a uma distância de 25 pontos. O Milan está a 4 curtos pontos de descer de divisão. Enfim. Foi uma vitória justa do Inter num jogo de futebol bem disputado.
Também vi o Barcelona-Real Madrid. Quero que o Barça perca desde aquele episódio em que Mourinho foi recebido no aeroporto de Barcelona com milhares de adeptos que o insultaram. Também não gosto muito do Ronaldinho. Não gostava de o ter no Sporting. Foi com alegria que vi o Real sagrar-se campeão no ano passado, alegria que também senti quando Júlio Baptista silenciou quase 100 mil catalães em pleno Camp Nou. Foi um jogo em que o Real Madrid foi superior e teve sempre o controlo do jogo, mesmo quando não tinha o domínio do mesmo.
Com estes resultados, o Real Madrid aumenta a distância do segundo lugar, que é ocupado pelo Barcelona, para 7 pontos. O Inter, como referi atrás, está 25 pontos à frente do AC Milan e mantém a Roma com 7 pontos de atraso.
Assim se fecham as contas em Itália e Espanha. Venha 2008 e que, com ele, venha mais futebol de primeira.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Uma goleada com votos de feliz natal e a memória de um assassinato


Vi este fim-de-semana o Sporting-Benfica de futsal. Jogo equilibrado, com vitória justa do Sporting, com números que revelam uma maior eficácia dos jogadores do meu clube na hora de rematar à baliza e fazer golo.
Foi um jogo com direito a tudo. Infelizmente, num lance dividido, um jogador do Benfica ficou inconsciente. Os jogadores do Sporting choraram e mostraram em campo a identidade do meu clube. Respeito pelo adversário, mas com esforço, dedicação e devoção acabaram por, justamente, alcançar a glória de aplicar um chapa 4 ao Benfica.
Mas no momento em que o jogador do Benfica se encontrava lesionado, enquanto o capitão do Sporting chorava no chão pelo estado de saúde do seu colega de profissão mas adversário nesta tarde e enquanto Benedito, guarda-redes do Sporting, se dirigiu às claques do Sporting para que estas mantivessem uma postura digna de um grande clube, ao que as claques responderam com aplausos, adeptos identificados com os No Name Boys, uma claque ilegal do Benfica, chamaram assassino a João Benedito, por razão nenhuma, e cantavam glorificando o very-light que matou um adepto do Sporting.
Esse very-light é algo que me fez, numa altura, entrar para as claques do Sporting. Será possível que os assassinos que mataram um adepto inocente em pleno estádio estejam por aí à solta? Será possível que esses assassinos entrem livremente nos estádios de futebol? Será possível vangloriarem-se com esse seu acto, gritando para que todos tenhamos esse assassinato bem na nossa memória?
Imaginem que levam o vosso irmão ou filho ao futebol e ele morre, sem culpa nenhuma, porque um grupo de delinquentes o assassinou. O que fariam se a justiça não agisse imediatamente? O que fariam quando ouvissem esses delinquentes cantarem "very-light allez"? Eu não gosto do Benfica por causa desse dia em que um adepto do meu clube foi assassinado em pleno estádio. Também não gosto porque membros dessa mesma claque me roubaram o cachecol quando eu tinha 13 anos, apontando-me facas e tirando-me até fotografias. Não gosto do Benfica porque a direcção do Benfica parece apoiar esse grupo de delinquentes. E sinto-me revoltado quando os vejo, a esses delinquentes, todos os anos, na Luz e em Alvalade.
Mas voltemos ao jogo. O Sporting ganhou porque mereceu. Os jogadores do Sporting foram homens. Choraram pelo adversário estar mal, disputaram o jogo como senhores e a goleada é um justo presente de Natal.
O jogo acabou com olés por parte dos adeptos do Sporting, adeptos que entoaram cânticos natalícios, desejando feliz natal aos adeptos que, segundo eles dizem, não têm nome.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Liga da Aldrabice!


Pois é. Eu não gosto de recorrer ao calão para caracterizar as competições internas do futebol português. Às vezes, confesso que até me apetece. Mas, numa análise fria, a 1ªDivisão Portuguesa é, todos os anos, a liga da aldrabice.
Sim. Na Liga da Aldrabice, o Benfica foi campeão graças a um golo de falta. Na Liga da Aldrabice, o Sporting não foi campeão porque sofreu um golo com a mão. Este ano, em que o Porto é claramente a melhor equipa, o Sporting já sofreu um golo de livre indirecto a castigar um atraso, que não foi atraso.
Na Liga da Aldrabice, há uns anos, houve jogadores do Sporting que foram expulsos já depois do jogo ter acabado, já nos balneários. Ficaram suspensos vários jogos, sem uma explicação, pois nunca ninguém viu uma única imagem ou algo que provasse a existência de um comportamento que levasse os atletas do Sporting a serem suspensos.
Esta época, a Aldrabice continua. Sempre com o Benfica por cima e com o Sporting a ser a vítima daquilo a que posso inoricamente chamar do Sistema da Aldrabice. Existiu, existe e existirá e o Sporting que o denunciou será sempre a vítima, porque os julgamentos que hoje existem tiveram nas declarações de Dias da Cunha, em que definiu e apontou faces do Sistema, um trampolim no caminho da verdade desportiva.
As pessoas têm memória curta, mas eu gosto sempre de lembrar as coisas. No jogo que antecedeu o Benfica-Sporting deste ano, na altura em que o Sporting estava em Guimarães onde eliminou o Vitória, o Benfica venceu ilegalmente o Estrela da Amadora, porque no último minuto, o fiscal de linha chamou o árbitro e indicou que deveria ser assinalado um penalty, por suposta mão na bola. Houve um jogador do Estrela que foi penalizado três vezes: levou uma bolada na cabeça, levou cartão amarelo e o Benfica chegou ao empate no último minuto do jogo, graças a um penalty que nunca deveria ter sido marcado.
No jogo seguinte do Benfica, que foi, por acaso, contra o Sporting, aconteceu o mesmo. Ou melhor, quase o mesmo, porque dessa vez houve mesmo mão na bola de um jogador do Benfica dentro da área. O fiscal de linha esteve bem. Chamou o árbitro Pedro Henriques e indicou que deveria ser marcada grande penalidade. O árbitro esteve mal e não marcou. Ora, o Sporting foi prejudicado porque se a bola entrasse, o Sporting ganharia mais 2 pontos. O Benfica foi duplamente beneficiado.
Paulo Bento refilou com razão. As imagens provam isso. Mas ele é que foi suspenso 12 dias e o Pedro Henriques continua por aí a apitar. O Sporting é prejudicado mais uma vez por ter criticado uma decisão errada do árbitro com clara influência num resultado. De resto, estes castigos só existem para serem aplicados ao Sporting. Sabe-se lá porquê.
Algo de estranho se passa no futebol português para que tudo, em Portugal, aconteça ao contrário daquilo que deveria acontecer.

Sporting - Iordanov, uma ideia


Eu compreendo as duas partes nesta polémica disputa entre um clube e um jogador muito querido dos adeptos desse clube. Esse clube, por acaso, é o meu. Vi a entrevista de Soares Franco no "Trio de Ataque" da RTPN e surgiu-me, desde logo, uma ideia.
Acho que é do interesse de todos os adeptos do Sporting que o clube tenha dinheiro para se ir reforçar. Assim, homenagear jogadores, se fosse também essa a vontade dos jogadores, poderia ser útil para o Sporting. Não estou a falar do caso do Iordanov, mas da regra. Por exemplo, seria, na minha opinião, do interesse de vários jogadores que representaram o Sporting voltarem a jogar no Estádio de Alvalade com as camisolas do Sporting. Juntar os grandes nomes da História do Sporting levaria muitos adeptos ao estádio, ainda mais se os adeptos pensassem que ao pagar o bilhete estariam a ajudar o clube a ter mais meios para se ir reforçar com qualidade.
Cheguei a fazer umas contas. Penso que o Sporting poderia ganhar perto de 400 mil euros se realizasse um jogo no final da época em que juntasse algumas das "lendas" do clube. Lembro-me, assim de repente, logo de Oceano, Balakov, Figo, Cadete, Sá Pinto entre outros. Como o Pedro Barbosa ou o próprio Paulo Bento. Fazia-se a graça de pôr o Paulinho a jogar e tudo. Até se podia fazer uma graça para que um adepto jogasse entre essas glórias do Sporting.
Tendo em conta que o jogo, realizado em fim de época, seria realizado à tarde, não era preciso acenderem-se sequer as luzes. Bastava apenas estar o som ligado. Se fosse um jogo para adeptos do Sporting no intuíto de ajudar o clube, praticamente não era necessário gastar-se dinheiro com a segurança.
Podia-se até fazer um jogo entre os juniores e a equipa principal para que os adeptos pudessem ver os futuros craques. Enfim, ideias há muitas. Mas devem ser aproveitadas. Devem ser feitas as contas para ver se os cálculos que fiz, por baixo, dão certos e se o Sporting pode, dessa forma, ter mais meios para ir buscar jogadores ou melhorar salários.
Até se podia dizer mesmo aos adeptos que o dinheiro ia ser aplicado no reforço do plantel e que cada adepto dava o dinheiro que quisesse, a partir de 10 euros.
Enfim. É só uma ideia.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

O acordo ortográgico


Uma das características dos portugueses é o complexo de inferioridade.
Se, em algumas circunstâncias, temos a mania das grandezas, como no futebol, em que pedimos sempre tudo à selecção nacional quando jogam contra as grandes potências mundiais, noutras circuntâncias, os portugueses têm complexo de inferioridade. É por esse motivo que Portugal foi o país que mais teve de ceder no acordo ortográfico. Não sei percentagens certas, mas sei que as palavras portuguesas do Brasil vão ser modificadas em cerca de 0,5% e as palavras portuguesas de Portugal vão modificar-se em bem mais de 1%. Julgo eu que é 1,8%, portanto quase, quase nos 2%. Porquê? Se fomos nós que fizemos nascer esta língua. É porque os brasileiros são mais que nós? Porque o Brasil é maior que Portugal? Haverá outra razão possível?
Com todo o respeito por todos os povos que falem a língua portuguesa, sou contra este acordo, simplesmente porque Portugal é o maior prejudicado com o mesmo. Julgo que não há grande interesse para os portugueses em ver o português do Brasil ser igual ao nosso. Penso que há mais interesse por parte dos brasileiros. Porque eles é que vêm para cá trabalhar. Brasileiros que são bêm-vindos e que respeito totalmente. Mas se o interesse é mais para eles do que para nós, quem deveria ceder eram eles e não nós. E o que aconteceu foi o contrário.

Português, de Portugal


Sempre se confirma aquilo que eu tinha escrito há alguns meses. Algumas palavras do vocabulário português, de Portugal, vão mudar para que a língua portuguesa seja igual, independentemente de ser português do Brasil, dos PALOP ou de Portugal. Tenho notado uma aceitação deste facto, dado o aparente conformismo de todos. Eu não posso estar de acordo com isto. Sou português de Portugal e escrevo em português de Portugal. Se outros não percebem, paciência. E vice-versa. Acima de tudo, está o orgulho pela História do País e da nossa Língua. Esse acto não é mais do que um enorme desprezo e ingratidão por quem criou, cultivou, divulgou e enriqueceu a língua portuguesa. De Portugal.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

O exemplo positivo de Oeiras


Nesta minha visita a Milão, uma das coisas que me chamou a atenção foi o facto de todos os espaços serem aproveitados para se criarem espaços verdes. E espaços verdes úteis.
Por exemplo, vi várias rotundas e nelas havia um espaço verde, fechado, para que as pessoas pudessem soltar os seus cães ali, cães que brincavam uns com os outros. Este simples acto é positivo em vários pontos. Assim, as pessoas têm sempre um sítio onde levar o seu cão a passear, acto que está cientificamente provado que faz bem também aos donos, não só física como também psicologicamente. Além disso, não há o perigo de vermos cães atropelados nas estradas. E não há cócós de cães nas ruas.
Pensei logo que Oeiras tem muito a ver com o que de positivo há em Milão e que está ao alcance da autarquia de Oeiras. Vejo que, com Isaltino, Oeiras viu o número de espaços verdes multiplicar-se. Em Algés, há dois jardins enormes onde vou com alguma regularidade. Há ainda outros exemplos, como o famoso Parque dos Poetas. E mais. Li há talvez um mês que a Câmara de Oeiras estava a apostar em espaços para os cães fazerem as suas necessidades. Já há esses espaços em alguns sítios.
Esse é o caminho que deve ser seguido. Este meu artigo faz justiça à actuação da Câmara de Oeiras, actuação que quero encorajar. Isto, na certeza de que Oeiras vale a pena e que Oeiras está, cada vez mais, mais à frente.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Será possível não se ouvir música portuguesa?


Eu, pelo menos, passo algumas horas a ouvir várias das boas músicas que os portugueses produzem. Ouço esta música várias vezes por dia. Grande música. Grande cantor.

Querer é poder


Pois é, o Sporting foi à Madeira derrotar o Marítimo, que tem sido uma das surpresas positivas desta liga. E parece que a equipa do Sporting, sobretudo Simon Vukcevic, fez valer a velha máxima de que querer é poder.
O Sporting quis tanto esta vitória que acabou por, com alguma sorte, a alcançar, recuperando a terceira posição do campeonato, aproximando-se do Benfica, que ocupa, agora, o segundo posto.
Não estive em Portugal durante 6 dias e não me tinha apercebido que Vukcevic era um dos mal-amados para os adeptos. Não creio que seja, porque é um génio com a bola nos pés, tem um talento acima da média, é um lutador, um jogador com raça, que, logicamente, tem lugar nesta equipa do Sporting.
O Sporting conseguiu os 3 pontos neste jogo que é sempre de 1x2. Porque quis muito ter esses 3 pontos. Se tivesse sido assim noutras alturas, o cenário era bem mais animador. Mas a exibição do Sporting foi boa, a atitude foi excepcional. Miguel Veloso é a excepção que confirma a regra e parece-me que, a continuar com as más exibições, o seu destino está traçado. No banco de suplentes, como está claro. É um jogador com potencial para ser um dos melhores do Mundo, mas que está com problemas claros de motivação.
Mas queria, sobretudo, registar a excelente atitude de Vukcevic. Grande jogador.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Quem tem razão?


Cheguei ontem de Milão mas, por motivos técnicos, não consegui ainda publicar o texto que escrevi sobre a viagem. Escrevi ontem, mas apenas será publicado nos próximos dias.
Não fui ao jogo da Taça de Portugal contra o Louletano, mas acompanhei o jogo pela internet. Não cheguei a horas de ver o Sporting - Dinamo, mas vi o resumo alargado do jogo. Foram duas importantes vitórias do Sporting, mas hoje vou falar dos insultos e da guerra entre a Juve Leo e a equipa do Sporting. Na minha opinião, todos têm as suas razões. A diferença está em quem tem mais razão.
Vamos ver, em primeiro lugar, o ponto de vista dos jogadores e dos dirigentes. Muitas vezes, quando era preciso apoiar, os adeptos não apoiaram. Certo.
Quando a equipa não teve sorte e quando passava um mau momento, os adeptos viraram-se contra a equipa. Certo.
O Sporting perdeu pontos por causa disso. Talvez até seja verdade.
As críticas que são feitas aos dirigentes, sobretudo aos que são os responsáveis pelo reforço da equipa de futebol, são, às vezes, injustas. Por exemplo, Deivid era o patinho feio em Alvalade e hoje é uma das pedras preciosas da equipa do Fenerbahce que, surpreendentemente, passou da fase de grupos da Liga dos Campeões. Alguns dos jogadores que passam pelo Sporting não têm sucesso, porque são logo assobiados pelos adeptos. Não posso estar de acordo com os adeptos. O mau momento de Yannick Djaló é inultrapassável dada a ausência de apoio por parte dos adeptos. Foi assim, por exemplo, com Vidigal. Quando os adeptos decidiram apoiar, Vidigal fez uma época fabulosa, o Sporting foi campeão, foi cobiçado por vários clubes e acabou mesmo por sair. O apoio dos adeptos conta. E conta muito. Veja-se o exemplo do Vitória de Guimarães.
Mas os jogadores do Sporting, ou alguns deles, não compreendem que os adeptos não têm os seus ordenados - muitos dos jogadores do Sporting ganham 15 mil contos/mês - e gastam milhares de euros, todos os anos, para ir apoiar a equipa, seja onde for. Marcam férias consoante o calendário da equipa e são sportingodependentes, porque a sua vida pessoal, familiar, afectiva e profissional depende do Sporting, do calendário da equipa e do momento de forma da mesma. Muitas vezes, os jogadores esquecem-se de agradecer e nem olham para eles. Raramente dão camisolas. Tratam os adeptos com desprezo e indiferença. E os adeptos são, directa ou indirectamente, responsáveis pelo facto da haver dinheiro para pagar salários aos jogadores. Sendo assim, nesse ponto de vista, a Juve Leo tem também razão.
Eu apoio a equipa de futebol do Sporting do princípio ao fim. Percebo que haja quem se revolte pela falta de empenho e de ambição de alguns jogadores. Percebo que haja quem se revolte com o facto de jogadores como o Farnerud, o Paredes, o Ronny e outros estejam no Sporting. E joguem! Percebo todas essas pessoas. Percebo, respeito e talvez até concorde.
O que aconteceu foi como uma bola de neve. A equipa não jogava bem, não ganhava, os adeptos não apoiavam e deu-se uma separação. Tudo normal. Os adeptos encontraram uma forma para mostrar a sua revolta, uma forma que se aceita perfeitamente. O Sporting, contudo, ganhou esse jogo para a Taça e voltou a ganhar na Liga dos Campeões, trazendo centenas de milhares de euros para os cofres do clube. No fim do jogo, Moutinho e Veloso deram as camisolas aos membros da Juve Leo e estes devolveram. É, também, uma forma de protesto pelas razões que atrás invoquei. Se Moutinho ou Veloso me dessem uma camisola, eu ficava com ela e guardava-a religiosamente. Mas talvez assim estes jovens jogadores consigam compreender que é preciso correr mais e dar mais para ganhar os jogos. Sem se esquecerem nunca dos adeptos, que com sacrifício pessoal fazem tudo para estar onde está a equipa e para a apoiar sempre.
Sendo assim, todos têm as suas razões e não fica mal a ninguém reconhecer esta realidade e aceitá-la com total normalidade. Julgo, até, que o que se está a passar vai fortalecer a união da equipa e fazer com que os jogadores se esforcem mais. Os resultados desta "guerra" são positivos, porque o Sporting alcançou duas goleadas depois de 6 jogos sem ganhar. Essa, também, é a realidade.

sábado, 8 de dezembro de 2007

De Milano

Vim passar uns dias a Milão, Itália. Conhecer uma cidade que não conhecia. Estou bem impressionado. Deixo aqui a música que se ouve por cá.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

De um empréstimo para uma doação de mais uma vitória ao PS


Foi isso que aconteceu. António Costa ameaçou demitir-se e o PSD podia ter assumido uma postura de maior força. Mas entrou no jogo do Presidente da Câmara de Lisboa e deu-lhe mais uma vitória.
Eu não podia acreditar quando ouvi, na rádio, a notícia da forma como a Assembleia Municipal, de maioria social-democrata, deu, mais uma vez de bandeja, uma vitória política ao Partido Socialista.
O PSD poderia ter saído bem desta situação. Havia, de resto, muitas soluções. O que aconteceu foi que o líder nacional do PSD disse uma coisa, o presidente da Distrital disse outra, a presidente da Assembleia Municipal aliou-se ao PS e a decisão foi tomada através da proposta do presidente da Junta de Freguesia de Benfica. No fundo, os lisboetas ouviram na rádio, leram nos jornais e viram na televisão várias opiniões de vários dirigentes do Partido. Todas elas diferentes.
O que passou para a opinião pública foi que o PSD não tinha reunido e não tinha tomado qualquer decisão sobre o empréstimo dos 500 milhões. Ou melhor, se formos aos cafés, se andarmos de táxis, se andarmos por aí percebemos que o que as pessoas pensam é que o PSD é, pelo menos em Lisboa, um Partido sem grandes ideias. Como é que as pessoas percebem a decisão do PSD rejeitar o empréstimo de 500 milhões, mas aceitar de 400 milhões?
Aliás, o PSD esteve, na minha opinião, mal nesta questão. Além de ter dado uma vitória a António Costa, gerou mais um problema. António Costa pode, em 2009, vir dizer aos lisboetas que o PSD tinha recusado o empréstimo de mais 100 milhões de euros, limitando, de certo modo, a sua actuação. Enfim, o PSD Lisboa quando se depara com um problema, em vez de o resolver, cria muitos mais. É como uma bola de neve e há muita coisa para mudar. Isto é se o PSD quer voltar a ganhar alguma coisa em 2009. Se não quer, deixa-se estar tudo como está.
Foi a primeira derrota de Carlos Carreiras. Uma grande derrota, na minha opinião, que o PSD pode vir a pagar caro. E não passou um mês completo desde a sua eleição.
Deixo-lhe ainda duas perguntas: então o Tribunal de Contas não visa um empréstimo de 500 milhões de euros, mas de 400 milhões já visa? Era uma questão política ou jurídica?
À direcção nacional do PSD deixo só uma dica, que compreenderão de certeza: não se pode agradar a gregos e a troianos.

Sorteio favorável ao Sporting



O Sporting teve sorte no sorteio para a fase de grupo da Taça da Liga. É verdade que vai ter de ir jogar ao surpreendente Vit.Setúbal que foi, este ano, empatar a Alvalade e já eliminou o Benfica da competição que se estreia nesta época. Mas é o único jogo fora, pelo que o Sporting tem tudo para chegar à final desta competição.
Mesmo que perca em Setúbal, o Sporting tem todas as condições para chegar à final. Basta vencer o Beira-Mar e o Penafiel em casa.
Este foi, na minha opinião, o melhor sorteio que podia ter acontecido, porque o Sporting só tem um jogo fora. Seria pior se fosse ao contrário, já que o Sporting poderia ser, mais facilmente, surpreendido tanto pelo Penafiel como pelo Beira-Mar e o jogo em casa era, ainda assim, muito difícil, dada a qualidade do futebol jogado pela equipa de Setúbal.
Deixo aqui o calendário dos jogos que o Sporting vai ter de fazer até jogar à final:
9 Janeiro: Vit.Setúbal - Sporting
23 Janeiro: Sporting - Beixa-Mar
30 Janeiro: Sporting - Penafiel

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Para o ano há mais!


Parece ser esta a mentalidade dos jogadores do Sporting.
O Sporting podia ter ganho qualquer um destes últimos 5 jogos. Bastava acreditar. Foi só isso que faltou. Mas os jogadores não acreditam, estão cansados, intranquilos, nervosos e em vez de olharem o adversário olhos nos olhos, andam com a cabeça baixa. As coisas ainda vão piorar mais porque o Sporting vai à Madeira jogar com o Marítimo. Como as coisas estão, provável é o Sporting ficar a 15 pontos do Porto no próximo fim-de-semana. Até porque, para mim, o Marítimo é uma das melhores equipas deste campeonato.
Ganhar o campeonato é impossível e agora o Sporting deve concentrar todos os esforços na Taça Uefa e tentar fazer o máximo número de pontos possível para ficar em 3ºlugar no campeonato, já praticamente entregue ao FC Porto.
Disse Paulo Bento que o objectivo é fazer melhor do que no ano passado. Se o Sporting vencer a Taça da Liga, como parece que vai acontecer, e se lutar com todas as forças na Taça de Portugal e na Taça Uefa, parece-me que o objectivo pode ser cumprido.
Este é um dos piores Sportings que já vi nos últimos anos. Mas a crise de resultados é algo que temos de aceitar com normalidade. Veja-se o caso do Liverpool, do AC Milan ou ainda o mais flagrante caso do Paris Saint-Germain.
O que falta ao Sporting, além de dinheiro, é ambição. Carlos Freitas não deve continuar. Soares Franco tem pouca margem de manobra. Paulo Bento começa a cometer muitos erros. O Sporting precisa de se reforçar. E muito! Com muita qualidade. Ou os adeptos vão começar a fazer esperas à equipa e à direcção e a situação pode ficar ainda pior...
Quanto ao Rui Patrício, desejo felicidades. Os erros que comete são normais para quem está em início de carreira na equipa principal. Só não os comete quem não joga. E só é chamado à atenção quem tem a coragem de apostar num jovem para guarda-redes.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Turcos, checos e suiços são os primeiros adversários



Foi esta manhã o sorteio dos grupos que vão disputar o Euro2008, na Áustria e na Suiça. O sorteio ditou que Portugal disputasse esta primeira fase do Euro na Suiça, selecção que, de resto, defrontará no último jogo da fase de grupos. As outras selecções do grupo de Portugal (Grupo A) são a Turquia e a República Checa. É um grupo aparentemente acessível para a selecção mas é importante não esquecer o miserável campeonato do Mundo de 2002, em que Portugal partia como candidato e se ficou pela primeira fase.
Ficou assim o sorteio:
Grupo A: Suiça, Rep.Checa, Portugal e Turquia;
Grupo B: Áustria, Croácia, Alemanha e Polónia;
Grupo C: Holanda, Itália, Roménia e França;
Grupo D: Grécia, Suécia, Espanha e Rússia.
Com o sorteio, fica a expectativa de ser um campeonato da Europa muito competitivo, especialmente graças ao Grupo C, que junta aos últimos finalistas do Campeonato do Mundo, a Holanda e uma Roménia em clara ascensão.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Irresponsabilidade total!


A situação do PSD em Lisboa, mesmo com novos líderes, continua a ser dramática, porque, pelo menos em Lisboa, não se notou nada de novo nos últimos tempos. Pelo contrário. Se, noutros sítios do país, a onda era de mudança, em Lisboa, o que se queria era a continuidade, facto evidente após o resultado das últimas eleições para a Comissão Política Distrital do PSD.
Enquanto Presidente da Distrital de Lisboa do PSD, foi uma das responsáveis pela crise que se instaurou, desnecessariamente, na Câmara de Lisboa. Foi, depois, uma das caras pela queda da Câmara, que ditou o pior resultado de sempre do Partido, em Lisboa.
Em meados de Agosto deste ano, Paula Teixeira da Cruz disse que se Menezes ganhasse, as elites sairiam do PSD. Sem saber quem são as elites a quem se referia, não notei nada que me apontasse nesse sentido.
Disse, na noite de dia 28 para 29 de Setembro deste ano, que a vitória de Menezes era uma derrota dos princípios e dos valores.
Paula Teixeira da Cruz conseguiu que a sua "linha", se é que se pode chamar "linha", ganhasse as eleições na Distrital de Lisboa e, pelos vistos, já dá sinais claros de que Paula Teixeira da Cruz e outros seus seguidores continuam a dar tudo de bandeja ao Partido Socialista.
Li hoje num jornal que Paula Teixeira da Cruz, Presidente da Assembleia Municipal, parece estar a incentivar a abstenção de alguns deputados municipais do PSD. Consequência desse acto? O PSD saía mal na fotografia, não conseguia explicar o sentido de um provável voto contra e gerava-se na opinião pública um sentimento de que, afinal, Menezes tem, em Lisboa, o seu mais duro adversário. E talvez o adversário que o PSD e Menezes têm em Lisboa seja mais dificil que se os adversários fossem só o Partido Socialista e José Sócrates.
Paula Teixeira da Cruz, segundo consta nesse jornal, está a aliciar deputados municipais para votarem contra aquilo que é a orientação de Menezes. Quem perde, em Lisboa, continua a ser o PSD e quem ganha, sem o merecer e sem fazer quase por isso, é o Partido Socialista.
O PSD poderia ter saído por cima desta situação. Mas a irresponsabilidade das pessoas de sempre voltou a deitar tudo a perder.