sábado, 30 de outubro de 2010

Exercício


Há um exercício que não é difícil e que, apesar disso, não deixa de merecer ser feito.

Tiremos o fato de portugueses, imaginemos que não lidamos todos os dias com as mentiras do Primeiro-Ministro, que não ouvimos todos os dias a palavra “crise” na rádio do carro quando regressamos a casa ao final da tarde, que não ouvimos essa palavra há quase, ou talvez mais até, de dez anos.

Imaginemos que somos estrangeiros, que trabalhamos num país que é rico graças à força da sua organização e trabalho. Ou imaginemos ainda que governamos um desses países. Ou que somos aqueles aos quais devemos dinheiro.

Nessa posição, de fora, olhemos para Portugal.

O que vemos, neste momento?

Sem falar na Justiça, o que vemos é um país com uma crise financeira grave, com défice excessivo. Vemos um agravamento da crise social, uma crise orçamental que, próxima do seu desfecho, não afastará uma crise política até ao fim do primeiro trimestre do ano que vem.

Vemos partidos políticos que se mostram incapazes de governar o país, sem qualquer vontade de diálogo, com nenhum sentido de responsabilidade.

Eles, os portugueses, não se conseguem governar a si próprios.

Eles, os portugueses, têm sérias dificuldades em negociar e fazer aprovar um documento tão basilar como um Orçamento de Estado.

Eles, os portugueses, construíram um Estado ineficiente, empregador de máquinas partidárias politicamente fraquinhas, um Estado que, nem em alturas de crise, percebe que, neste aspecto, já deveria ter feito uma limpeza geral.

E eles, os portugueses, não vivem sem paz. Criam problemas. Saídos de três actos eleitorais, numa altura de crise grave, querem marcar eleições para trocar de governo. Tirar estes e pôr outros, em palavras mais claras.

Não há ninguém naquele país que perceba que os problemas não se resolvem com um Orçamento?! Isso é o ponto de partida. Os problemas não se resolvem sem um plano de médio prazo, em que os partidos, construtiva e conjuntamente, terão de se responsabilizar pela condução política e pela estabilidade do país.

Andam, nesta altura, a discutir o que o Estado pode poupar em outdoors. Está tudo maluco ou quê?

O PS, porque para isso tem legitimidade, ainda não percebeu que tem de mudar Sócrates por alguém mais independente, com mais provas dadas, capaz de chefiar um Governo de consenso, onde o PSD terá de fazer parte, pelo menos até às próximas eleições!?

O PSD hesita quando tem de ceder à pressão externa. Não sabe se é mais forte a pressão externa do que a pressão de alguns dos membros grotescos da sua máquina.

O PR? O PR deixa andar! Depois dirá que avisou e que ninguém lhe deu ouvidos. Não será capaz de obrigar os dois maiores partidos (e porventura também o CDS) a formar um governo de União?

Depois do Pontal, tiveram três meses de instabilidade por incerteza no que respeita à aprovação do Orçamento. Agora vão ter mais instabilidade porque estão “anunciadas” eleições para Março ou Abril. Só podem estar doidos!

Que confiança nos gera um país desses, ainda que tenha o Orçamento aprovado? A mim, neste fato de quem não é português e que está a ver tudo de fora, não gera confiança nenhuma…

Parece que ninguém está atento a este filme, que ninguém consegue antever o seu final. Talvez seja importante que os portugueses se mentalizem que não podem continuar a ser “assaltados” por causa da demagogia, eleitoralismo e sede de poder por parte dos partidos.

Alguém faça acordar os portugueses. Para bem deles.

Em vez de estarem a discutir o relacionamento da Ana Isabel com o Hugo F., de estarem intrigados por não saberem se devem tirar o Renato ou o Vítor da Casa dos Segredos, talvez fosse também importante que os portugueses caíssem na realidade e prestassem muito mais atenção a esta novela transformada em filme de terror que roda no país.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

E ao ver-te Lisboa, Lisboa...

Nesta sexta-feira, 29 de Outubro de 2010.



Tivesse isto acontecido noutra altura...

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Contra-senso

Paulo Portas é, diz ele, o líder dos democratas-cristãos.
É, entre todos os líderes dos partidos representados no Parlamento, aquele que mais valor dá à doutrina social da Igreja e aos valores cristãos.
Sei que sobrevaloriza Manuel Alegre. Mas, a menos que a conjuntura se altere radicalmente até Janeiro, Manuel Alegre não tem a mínima hipótese de ganhar as eleições à primeira volta.
É isso que está em causa quando o CDS diz, desde logo, que apoia Cavaco à primeira volta. Poderia apoiar só na segunda, se a houvesse. Porque, ainda que houvesse uma segunda via à direita, Cavaco, no cenário actual, continuaria a ter francas probabilidades de ser reeleito logo em Janeiro.
Julgo eu que Portas agiu mal. O CDS, pelos ideais que diz serem os seus, deveria apoiar outro candidato. Tinha mesmo a obrigação de o fazer.
É sempre muito triste quando se vê um líder político, que admiramos ainda por cima(!), preferir uma vitória eleitoral a uma defesa dos seus ideais e valores.
Porque quem defende bons ideais e bons valores, nunca perde!
E criticar quem aprovou algumas leis e apoiar, tempos depois, quem as promulgou é um enormíssimo contra-senso.
O CDS poderia e deveria ter feito mais e melhor no que respeita à escolha e ao apoio de um candidato presidencial para ir a votos, na defesa de valores e ideais, que são os valores e os ideais do CDS, no dia 23 de Janeiro.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A grande lição deste suicídio colectivo


A maior parte das pessoas não se sente responsável pelo estado a que o país chegou.

Há, aliás, vários grupos nas redes sociais de pessoas que dizem que não são culpadas porque não votaram em Sócrates.

Mas isso é mentira. E é muito importante que alguém explique aos portugueses por que é mentira.

Como muito gostamos de arranjar culpados para tudo, façamos agora esse exercício com frontalidade. Já roçamos o ridículo de dizer que os culpados da situação interna são…os estrangeiros. Não são.

Voltemo-nos para dentro. E, cá dentro, o culpado não é só José Sócrates. É a máquina que anda com ele, é quem o tornou líder do PS, é quem o elegeu para Primeiro-Ministro.

Mas não são só esses. Porque, ainda assim, mesmo que nos possa parecer bizarro, há outros partidos que, juntos, formam uma maioria suficiente para aprovar um Orçamento de Estado. E os outros partidos, com ou sem o PS, podiam dar a Portugal um Orçamento que trouxesse estabilidade, não só ao Estado, não só à banca, mas também às empresas, às famílias, a cada um de nós.

Ora, nenhum desses partidos tem sido solução para coisa nenhuma. Mas culpados não são só os seus líderes, mas também as máquinas que os tornaram líderes e os eleitores que depositaram neles a sua confiança através do voto.

Culpados, até agora, somos muitos, os que votaram no PS e os que votámos outros partidos. Mas pode-se culpar uma minoria que exerce o direito de votar quando há uma maioria de pessoas que nem sequer vota?

Pois sim, culpados são também os que não votam. Porque, alguns sem sequer perceberem as regras democráticas, ajudam, abstendo-se, a eleger os políticos que levaram o país à ruína.

Se não se revêem no PS, no PSD, em Sócrates, Ferreira Leite, Portas, Louçã, Jerónimo de Sousa, Passos Coelho, deveriam formar, então, partidos políticos para pôr em prática as suas ideias.

A democracia, por vezes, custa a entender. Mas, nestes casos, não podemos culpar a maior das minorias, porque as demais minorias não oferecem, ou não têm oferecido, soluções capazes. Nem a maioria (que se abstém) oferece, quanto mais as minorias!...

Culpados somos todos. Aqueles que votaram no PS, os que não votaram no PS, os que não votaram, ponto.

E não nos serve de recompensa o facto de sabermos que falámos verdade (os que falámos), que alertámos as pessoas (os que alertámos), que falámos com dureza porque assim era a situação do país. Não nos fizemos ouvir.

Por muito boa vontade que possa ter tido, não há, neste momento, nenhum português que possa dizer que, de uma maneira ou de outra, deixou de contribuir para que Portugal vivesse, em 2010, uma fase que, caracterizada, pode ser vista como algo muito próximo de um suicídio colectivo.

Pode ser que aprendamos todos esta lição e que possamos, daqui para a frente, prestar mais atenção à verdade e dar mais valor à democracia.

sábado, 23 de outubro de 2010

Muito para mudar!


Portugal tem um grande problema estrutural e um enorme problema cultural. Tem também um problema de contas públicas, mas, se não conseguir resolver os dois primeiros problemas, as soluções que serão encontradas para remediar as ruinosas contas estatais serão sempre soluções más, porque não se traduzirão numa melhoria das condições de vida das famílias e das empresas, serão sempre um analgésico que esconde, durante um escasso período de tempo, uma doença que impede o país de ser competitivo, atractivo, dinâmico, desenvolvido e próspero.

Muitas vezes, as crises são oportunidades. E, aproveitando a conjuntura económica e a inexistência de uma maioria absoluta que permita que haja maior estabilidade política, o PSD, assim como os demais partidos representados no Parlamento que estiverem na disposição de criar condições para que o país possa desenvolver-se, deveriam juntar-se e, numa lógica de melhor servir o interesse nacional, corrigir, sem preconceitos antigos, os erros que foram cometidos, por falta de maturidade democrática, de 74 até hoje.

Numa altura em que se irá negociar o Orçamento, em que estão a ser discutidas propostas para mudar a Constituição, o PSD, como partido responsável e recheado de gente do mais competente que há na sociedade portuguesa, sem medo de poder vir a perder votos, deveria discutir, internamente, um conjunto de reformas ambiciosas, sem as quais o país continuará a não conseguir progredir. Um partido que quer governar e que irá certamente governar nos próximos anos deveria aproveitar esta altura para discutir aquilo que quer MUDAR no Estado para poder MUDAR, para melhor, o país.

E Passos Coelho tem razão quando diz que há, de facto, muito para mudar. Haja vontade!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Bico calado!


Falam muito de liberdade, de inovação, chegam-se ao atrevimento de falar em (novas) oportunidades, em progressismo, em criatividade, entre outras coisas boas. Mas votaram, todos(PS, BE, PCP!), contra a proposta do PSD, que assentava em três pontos fundamentais, de acordo com o site da JSD:

"i) Asseguravam a alocação de espectro radioeléctrico a rádios de escolas secundárias, permitindo que, tal como sucede com as rádios universitárias, os estudantes das escolas secundárias pudessem fazer emissões de rádio para além dos muros das escolas, podendo alcançar as comunidades locais e famílias.
ii) Terminavam a incompreensível tutela do Ministério do Ensino Superior sobre as rádios universitárias, passando estas a estar sujeitas “apenas” à mesma tutela que qualquer outra estação de rádio;
iii) Eliminavam a proibição das rádios universitárias poderem obter financiamento de patrocínios e publicidade comercial, e com isso deixar de estar completamente dependentes dos subsídios públicos."
O que o PSD queria, por outras palavras, era apelar à criatividade dos estudantes, à sua integração nas comunidades locais, era incentivar a sua autonomia, cultivar a sua experiência, promover a sua sabedoria fora das salas de aulas. O que o PSD queria era cativar os jovens para novos projectos, aprofundando, pelas razões acima referidas, a própria democracia.
A esquerda, incluindo o PS, é contra tudo isso. E esta proposta social-democrata e respectiva reprovação, por muito pouco faladas que tenham sido, revelam muita, muita coisa.

Uma grande lição


Num ambiente maravilhoso para quem gosta de futebol, mas hostil do ponto de vista de quem treme num clima de fervoroso apoio à equipa da casa, o Porto foi a Istambul jogar contra o seu adversário directo na luta pelo primeiro lugar no grupo da Liga Europa.
E, além da dificuldade de jogar naquele ambiente contra uma forte equipa de turcos, o Porto foi manifestamente prejudicado pela arbitragem. E esse prejuízo passou por um golo mal anulado, por uma grande penalidade por assinalar, por duas expulsões.
Noutros tempos e noutras circunstâncias, poder-se-ia dizer que foi um roubo de Igreja.
Mas o Porto, ainda assim, foi muito melhor que o adversário, fez uma exibição digna de um grande clube europeu e ganhou esse jogo com folga e sem contestação.
No final do jogo, os jogadores do FC Porto, e sobretudo um incrível conhecido por Hulk, foram aplaudidos de pé por uma massa adepta de turcos completamente fanáticos pelo Besiktas.
Acho que tenho o dever de descomplicar e de falar simples e claro: o FC Porto deu, ontem, uma autêntica lição ao mundo e, sobretudo, ao mundo português. E é assim que os jogos devem ser decididos: com grandes treinadores e grandes artistas. Com o futebol a levar a melhor! Não foi só o Porto que venceu ontem. Nem foi o futebol português. Foi uma vitória categórica do futebol. Ponto.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Um tango penoso


Os portugueses sabem que o PS convidou o PSD para negociar previamente o Orçamento de Estado para 2011, mas o PSD recusou.
E agora que o PS apresentou a sua proposta de Orçamento de Estado, o PSD poderia dizer que se iria abster, que iria votar contra ou favoravelmente. Mas não. O que o PSD diz é que, afinal, quer negociar.
Desprezando completamente a legítima(!) pressão externa, indiferentes ao impasse que os portugueses já não aguentam mais, Sócrates e Passos Coelho revelam-se como "dois pés de chumbo", prosseguindo este penoso e interminável tango.
Para não falar da revisão constitucional e referindo-me apenas ao Orçamento, já ouvimos Passos Coelho dizer que votava contra, mas percebeu que o sentido de responsabilidade e de Estado impede o PSD de o fazer, já o ouvimos dizer que não queria negociar o Orçamento mas agora a sua resposta passa pela negociação, já o ouvimos dizer que não aumentava impostos mas, pelo menos no que respeita ao IVA, apresenta uma solução que os aumenta.
Sócrates e Passos Coelho, tão diferentes mas tão iguais. Daí o empate nas sondagens nesta altura em que o PSD, como principal alternativa a um péssimo governo, já deveria estar, pelo menos, muito próximo de uma maioria absoluta.
Quando deveriamos estar já preparados para governar, vendo o navio socialista afundar, estamos, afinal de contas, nós, PSD, entre a espada e a parede.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Brincadeiras



O Orçamento e a Constituição são muito mais importantes do que os dois principais partidos têm feito crer.
Sendo fundamental numa sociedade organizada e com regras, como ainda é a sociedade portuguesa, a Constituição tem, creio eu, ainda mais importância do que a nossa bandeira ou o nosso hino nacional.
A Constituição é o pilar maior de um Estado de Direito. Não se compara com um programa eleitoral. Uma revisão constitucional não pode ser feita em cima do joelho, não pode ter gralhas.
Não se pode apresentar uma proposta de revisão constitucional para, depois, se vir dizer que essa mesma proposta também vai ser revista, porque tinha erros. Nem, menos ainda, se pode dizer que, de um mês para o outro, se mudou de opinião sobre poderes do chefe de Estado.
A Constituição não é, também, um ideário político. Apesar de ter de ser sempre o primeiro instrumento que leve o país ao progresso, a Constituição, enquanto Lei Fundamental que é, deve merecer consensos. Mudar a Constituição implica muito pensamento, muito debate, uma longa reflexão.
Sei que “mudar” é uma palavra bonita. E estou de acordo que Portugal precisa de mudar a sua Constituição. Porque a que temos resultou de um processo revolucionário e tem, na sua génese, um sonho de utopia, natural de uma democracia que, na altura, tinha acabado de nascer no país. Mas "mudar" é, ou pelo menos devia ser, uma palavra muito mais forte, muito mais densa e muito mais séria do que se tem feito pensar.
Relativamente ao Orçamento, verificamos que o PSD disse que votava contra, mas afinal parece que vai deixar passar o documento. O PS parece espicaçar o PSD para que vote contra, de modo a que deixe de ser responsável pela governação. É uma espécie de mundo ao contrário, onde ninguém quer ser responsável por nada.
Mas responsáveis são todos. Os que governaram, os que deveriam já estar em condições de governar, os que votam sempre contra tudo, os que apresentam mal e tarde um mau Orçamento com erros e espaços em branco, os que pensam que se pode mudar a Constituição como se corta o cabelo. Se ficar mal, a seguir dá-se outro jeitinho.
Francamente! Já não estavam contentes quando brincavam aos políticos e começaram agora a brincar às Constituições e aos Orçamentos.
Pior do que isso: andam a brincar com os portugueses!
A leviandade com que se abordam os assuntos mais sérios caracteriza bem a classe política portuguesa. E a qualidade da classe política que temos justifica completamente a situação a que o país chegou.

sábado, 16 de outubro de 2010

Saudades de um Super Mário


Naquele tempo, não havia lugar para nervosismos.
Chegava a Alvalade com a certeza absoluta de que o Sporting ia ganhar o jogo.
A pergunta que se fazia era por quantos é que o Sporting ganharia o jogo.
Quanto à equipa, Tiago e Nelson alternavam. Porque os quatro centrais, Quiroga, Beto, Babb e André Cruz (repare-se que o terrível Hugo chegou a fazer 8 jogos) garantiam segurança à defesa, fosse quem fosse o guarda-redes. Rui Jorge e César Prates, os laterais, completavam a defesa. E os Bentos, Paulo e Rui, fechavam o que havia para fechar.
Naquele tempo não era preciso mais do que a velocidade de Pedro Barbosa. Não era precisa mais experiência do que aquela que tinha, na altura, o Hugo Viana. Não era preciso que Niculae tivesse a perna em condições. Porque Quaresma era quem tirava os coelhos da cartola, numa frente de ataque onde também cabia um grande artista, João Pinto.
Quanto ao resto, o resto era fácil. Porque, com Jardel, era trigo limpo, farinha amparo. Não precisava correr muito. Estar no sítio certo era mais do que suficiente.
Jardel desafiava todas as teses. Punha em causa todos os estudos. Ele não fintava, ele não corria, ele tocava pouquíssimas vezes na bola. Mas naquele segundo em que tocava, se é que chegava a ser um segundo, ele sabia, como nenhum outro, o que fazer com ela.
Quando Jardel chegou, o Sporting, em três jogos, tinha duas derrotas. Daí para a frente, marcou 42 golos para o campeonato, mais 13 noutras competições. Para o campeonato, o Sporting só perdeu mais uma vez. Nem vale a pena dizer que o Sporting, com Jardel, foi campeão. Mas como poderia não ter sido?
Jardel hoje já não é o Jardel que era.
E não procurem por outro Jardel porque Jardel era único e duvido que vá haver outro igual.
Acho que não podia continuar a ter um blogue, continuar a escrever sobre futebol sem falar do jogador que mais descomplicava, que mais irritava e que mais golos marcava.
Dizem que recordar é viver.
E recordar Jardel é reviver alguns dos melhores momentos que vivi enquanto sportinguista.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A incerteza


Quando se exige um consenso no combate à crise, o país e o mundo vivem na incerteza relativamente à situação de Portugal em 2011. Teme-se que o país fique sem Orçamento, que é elementar, e fundamental nesta conjuntura.
Os principais agentes políticos e económicos nacionais e internacionais apelaram a que a oposição viabilizasse o Orçamento, fosse ele qual fosse.
E, numa coisa, tinham razão. Nestas circunstâncias, e sem possibilidade e viabilidade de eleições nos próximos meses, deveria ter havido um esforço acrescido das maiores forças político-partidárias nacionais, de modo a garantir que o país pudesse responder à crise com toda a firmeza.
Ninguém quer ser responsável por medidas austeras. Ninguém, além do Governo e do PS, se quer comprometer. Por puro eleitoralismo. Quando deveria estar em causa o superior interesse nacional, verificamos que os partidos preferiram a irresponsabilidade e a hipocrisia. Ninguém sai isento de culpas e todos são responsáveis.
Em vez de trocarem galhardetes e acusações, que prejudicaram o país, cujo futuro deixaram na incerteza, Sócrates poderia ter apresentado a sua proposta mais cedo. Mas o PSD, numa altura destas, deveria ter aceite negociar com o Governo.
Era o interesse nacional que o exigia.
Como assim não foi, até terça-feira, o país fica em suspense. Suspense que amedronta, porque todos sabem que Sócrates já não serve, mas também porque não há nada que nos permita dizer sequer que se, eventualmente, as eleições fossem amanhã, o PSD as ganharia por meio por cento que fosse.
Os partidos fizeram o contrário do que deveriam ter feito. Não contribuíram para ajudar o país. Muito pelo contrário.
Fica, ainda, a sensação de que era possível o Presidente da República ter feito algo mais.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Sportinguismo, pancadaria e contas



Já neste ano de 2010 fui com um amigo sportinguista e dois amigos benfiquistas a Alvalade para ver um Sporting – Benfica, em juniores.
Sentei-me entre os meus amigos e um sportinguista idoso, por cima de três homens na casa dos quarenta. Ninguém tinha cachecol. A meio da segunda parte, e depois de uma série de provocações, que não cheguei a perceber bem, o senhor da frente vira-se para trás e deu um murro no velhinho, que ficou sem os óculos.
Levantei-me. Empurrei o senhor da frente. Ele queria também agredir-me. Mas agarrei-o, acalmei-o.
Se houve pancadaria naquele jogo de juniores? Podemos dizer que houve. E foi mesmo no meio de uma bancada central que estava cheia de gente.
Noticiam hoje os jornais que houve ontem pancadaria na Assembleia Geral do Sporting. Ora, se também houve naquele jogo de juniores, por que não foi capa de jornal?
Parece descabido tudo o que acabei de escrever. Porventura parecerá irracional ou, pelo menos, infantil.
O que eu quero dizer é que há gente a quem interessa que haja pancadaria entre sportinguistas, neste momento, e numa Assembleia Geral. Mas eu ponho o meu sportinguismo acima de tudo. E sei perceber o quão bom é ter-se uma AG com mais de 800 pessoas à hora do jantar de uma quarta-feira, viva, discutida, muitíssimo participada. Numa altura em que não há títulos, os adeptos ficam mais nervosos e críticos. Faz parte da vida.
Naquelas capas, devia ler-se que as contas foram aprovadas. Porque essas é que foram as conclusões da Assembleia. Foi isso que a maioria dos sócios do Sporting quis. E atenção porque as contas não foram boas, mas, tendo em conta a situação financeira em que o clube se encontrava, a péssima época futebolística, a conjuntura económica e a necessidade de investimento, não foi tão má quanto algumas pessoas com interesse em destruir o Sporting ou, pelo menos, em substituir os seus dirigentes, quiseram fazer crer.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O Orçamento e o PSD!


Enquanto não há ainda uma proposta concreta de Orçamento de Estado para o ano que vem, o líder do PSD desdobra-se em desconversas. Sobre o Orçamento, dizem as televisões que o silêncio é total. Isto revela duas coisas. A primeira é a falta de coerência daqueles que criticavam o "silêncio" de Ferreira Leite e agora enaltecem a desconversa de Passos Coelho e o seu silêncio relativamente ao Orçamento para 2011. A segunda é que Passos Coelho aprendeu a lição que lhe foi dada quando falou na revisão constitucional. Seguiu, portanto, a tendência de Ferreira Leite: enquanto não há factos, não se fala. O PSD, com Passos Coelho, tal como acontece anteriormente, sabe esperar e falar no devido tempo.
Mas enquanto não se ouve uma palavra pública por parte do PSD em relação ao Orçamento de Estado para 2011, há pessoas, que deveriam estar conscientes das posições que ocupam ou ocuparam no passado, que dizem que se deve deixar passar o Orçamento.
Ora, dizer que se deve aprovar o Orçamento, neste momento, é tão ridículo como dizer que o Benfica deve contratar o jogador. Mas qual Orçamento? Se não há proposta de Orçamento, se apenas existem cerca de quinze cartas em cima da mesa, dizer que aquele deve ser aprovado é, no mínimo, muitíssimo imprudente.
Esperemos, tranquilos, pela proposta governamental. Depois, vamos estudá-la. Se for boa, aprovamo-la e há orçamento. Se servir, abstemo-nos e também o há. Se não servir, então é porque o PS fez uma proposta com aquelas que são as ideias da esquerda parlamentar. Nesse caso, a esquerda que a aprove.

O Orçamento e a esquerda!


Nos últimos tempos, Sócrates tem tido uma maior dificuldade em fazer esconder a enorme nuvem negra que paira por cima do país, como consequência directa da sua governação.
Mas o pior pode não ser o tempo que corre, mas o que está para chegar. Teme-se, agora, que o próximo capítulo de uma parte muito triste da História de Portugal, traga uma crise política, por ocasião de um eventual chumbo do Orçamento de Estado.
Há, de facto, razões para temer. Porque, por muitas divergências que existam dentro do PSD, e existem de facto, há um consenso no que respeita ao equilíbrio das contas públicas nesta hora em que, ao contrário do que vendia Sócrates, se verifica que estas afinal não estavam em ordem. Longe disso, até!
O PSD quer, e creio que com a razão do seu lado, que o Estado corte nas suas despesas. Estará convencido o PSD, como também eu próprio estou convencido, de que a solução para combater a crise, reduzir o défice e impedir a estagnação da nossa economia poderá passar apenas por um corte na despesa. Um corte drástico.
Penso assim por uma razão simples. Os portugueses estão, há demasiado tempo, a apertar o cinto. Poderiam até compreender que se tivesse de apertar um pouco mais. Porque mais buraco, menos buraco, mais mês, menos mês e o sacrifício até poderia ser suportável. Acontece, porém, que deixou de ser. E pior do que isso é que o sacrifício que é pedido aos portugueses não se tem traduzido numa melhoria para as contas do Estado e, menos ainda, nas condições de vida das pessoas.
Aliás, duvido muito que o aumento do IVA, tendo em conta a situação das empresas e das famílias, agravadas ainda com as outras medidas anunciadas por Sócrates e Teixeira dos Santos, corresponda a um aumento significativo das receitas estatais.
Mesmo que corresponda a um aumento real das receitas do Estado, este não será destinado a melhorar as contas públicas, mas servirá apenas para cobrir algumas despesas imperceptíveis por quem é, pelo menos, sensato. Aqui refiro-me muito concretamente ao TGV, um fetiche destes socialistas, porventura instigados pelos camaradas do lado de lá da fronteira no sentido de que estes possam ter acesso a um superior montante de fundos comunitários.
O PSD é contra isto. E o CDS também.
Mas há quem seja a favor. A favor de uma maior despesa pública, de um aumento do investimento público e do avanço do TGV nestas circunstâncias.
Por que razão não vota, então, a esquerda parlamentar, extrema e radical, a favor do Orçamento? Ou, pelo menos, por que não se abstém?! Vão votar contra as ideias e políticas que defendem? Isso é que deve ser discutido pelos analistas políticos. Porque se a esquerda tem ideias e vota contra elas, então não valerá a pena voltar a votar nessa esquerda extrema, que ocupa muitos lugares na Assembleia, que poderiam ser muito mais úteis, se viessem a ser “dados”, pelos portugueses, a outros pequenos partidos.

Responder à crise!


Tenho cada vez mais dificuldade em perceber os partidos políticos representados no Parlamento. À esquerda não se consegue ir além de dizer que o PS teve políticas de direita. À direita teme-se que se ponha o pé na poça, mas também o facto de poder passar a ser responsável por uma governação exigente com medidas muito difíceis. Ao centro joga-se à batata quente. Na revisão constitucional. Na palavra de um contra a palavra do outro. No Orçamento de Estado para 2011.
E fora do Parlamento, os portugueses, que lá são politicamente representados, já perderam a pachorra para a infantilidade de quem quer jogar o jogo do gato e do rato.
Vivemos uma crise. E exige-se que os políticos tomem medidas. Mas mais do que isso, impõe-se, aos políticos, um discurso que nos diga a forma de combater a crise.
E como se sai da crise? Gerando riqueza. Dando vida à economia. Fomentando o fôlego às famílias e às empresas.
Se estivéssemos num exame, num teste, numa frequência, poder-nos-ia parecer que esta pergunta era de resposta complicada. Quem sabe, até poderia ter ratoeira.
Mas não tem. A uma crise responde-se, fundamentalmente, com trabalho. Muito, mais e melhor trabalho. Se queres trazer mais dinheiro para casa, para não morreres de fome, para que o teu filho não sofra muitas dificuldades, para poderes pagar o que deves ao banco, trabalha o dobro. Se queres que a tua empresa ganhe mais dinheiro, incentiva o trabalhador, ajuda-o a trabalhar mais e melhor, a vender melhor o teu produto. Puxa mais pela tua cabeça.
É isso que os políticos devem dizer aos portugueses. Em vez de os sacrificarem outra vez, sacrifiquem o Estado gordo, supérfluo e esbanjador. Aos portugueses não falem mais de dificuldades, porque essas já eles conhecem bem. Falem-lhes da forma de ultrapassar essas dificuldades. Falem-lhes de empreendedorismo. As crises vão e vêem, não são o fim do mundo. Os nossos ascendentes ultrapassaram-nas como também as ultrapassarão os descendentes que estão para vir. Uma crise não é um fim. É, e sempre foi, o ponto de partida para o progresso. E a catapulta da mudança.
E não foram os políticos que ultrapassaram as crises. Foram as pessoas. Com ideias novas, porque pensaram melhor. Com estratégias diferentes. Com muito maior exercício cerebral, porque também se teve de pensar mais. Mas, acima de tudo, uma crise ultrapassa-se com trabalho.
O curioso é que não me lembro de ter vivido num Portugal sem estar em crise nem de ouvir um único político responsável falar aos portugueses sobre isto.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Qualificações e o fascismo português*


Começo por dizer, desde já, que este texto é uma provocação. Uma provocação que merecerá, certamente, reflexão. E que está preparada para eventuais insultos que chegarão depois.

Antes de 74, foi criado um preconceito, errado como todos os preconceitos. Recorrendo àquela visão arcaica de querer separar o Bem do Mal, alguns portugueses, iludidos por quem tinha aspirações políticas e económicas, meteram todos os ricos no mesmo saco. Eram os fascistas portugueses.
Os fascistas portugueses eram ricos. E vice-versa. Mas esqueceram-se esses portugueses, anti-fascistas, que aqueles sustentavam as aldeias, seguravam as cidades, pagavam a iluminação das ruas daquelas terriolas que estão agora a desaparecer, empregavam milhares e milhares de pessoas.
Muitas dessas fortunas desapareceram. Propriedades privadas foram ocupadas, casas foram roubadas, e, assim, muitas pessoas ficaram sem o seu emprego, muitas terras portuguesas foram perdendo a sua população.
Os fascistas, para algumas pessoas, ainda existem. Alguns, infelizmente, já partiram. Mas deixaram a sua fortuna, que distribuíram por pessoas de bem, para melhorar o país e o mundo.
36 anos depois, agora também há ricos que não são fascistas. Parte desses ricos são ricos à conta de um Orçamento que deveria servir para enriquecer os que não são tão ricos. São ricos porque roubam. Não empregam ninguém. Somos nós, portugueses, que os empregamos a eles próprios.
Esses ricos que roubam, inseridos em seitas semi-ocultas ou em estruturas político-partidárias corporativistas, enganaram o povo, destruíram o país, os nossos valores, as nossas tradições, tornaram-nos muito mais pobres.
Acham que os portugueses ainda são anti-fascistas. Mas o líder dos fascistas portugueses é, segundo uma votação realizada ainda muito recentemente, o melhor português da História.
Essa votação, injusta porque todos os grandes portugueses foram essenciais para a História desse nosso País que amamos, fez alguma justiça. A Salazar faltava o progressismo, uma ideologia de integração e de democratização. Mas não roubava, não enriqueceu, nem enriqueceu nenhum dos seus.
Depois da mudança do regime, a classe política portuguesa caiu num erro primário, onde Salazar não caiu. Confundiram, aqueles, a qualificação com uma lógica errada de interpretar o princípio da igualdade e os ideais democráticos.
Pensam, os políticos depois de Abril, que qualificar é sermos todos iguais. Todos temos de ser doutores, advogados, engenheiros, arquitectos. Essas eram as profissões dos fascistas, e como temos de ser contra os fascistas, temos também que ter, todos, as suas profissões.
Salazar não pensava assim. É verdade que muitos eram iletrados. Mas os que não eram, não eram porque escolhiam, preferiam e podiam não ser. E iam para escolas especializadas em determinadas áreas: indústria, comércio, agricultura. Eram carpinteiros, marceneiros, eram agricultores porque o país também precisava dessas profissões.
Há uma questão, actual, que é determinante para o futuro do país, à qual tem sido dada uma resposta errada. O que é qualificar? É tornar competente, é ser capaz. Como se qualifica Portugal? Sendo exigente. Abrindo horizontes. Criando escolas especializadas nas áreas em que o país se precisa de qualificar. Não é dizer a uma mulher do campo que tem de saber inglês, que pode voltar à escola, décadas depois, porque agora vai ser mais fácil ter o 12ºano. É o contrário disso.
Nem todos temos que ser cientistas, médicos, economistas, advogados. Nem todos temos de saber gerir uma empresa. Está errado quem pensa assim!
A classe política portuguesa, do pós-25 de Abril, errou. Porque partiu de um preconceito errado. Porque não soube ler o país. E, assim sendo, não o preparou para o futuro. Não foi tudo mau antes de 74 nem foi tudo bom depois.
Alguém tem de ter a coragem para dizer isto! As cidades não aguentam tanta gente. A agricultura está a morrer porque os “fascistas” deixaram de poder ser “fascistas”. Até o “fascismo” lhes roubaram!
Não podemos continuar a gastar recursos a formar doutores se já não temos espaço para os empregar por cá. Isso é anti-estratégico. Porque estamos a fortalecer aqueles que são nossos concorrentes.
E o país paga, agora, a factura dessa incompetência. Ao contrário do que se pensa, as pessoas não acreditam nas políticas actuais. Nem nos políticos da actualidade. E falam com saudade, a saudade portuguesa, de um passado que era mau, mas não tão mau como o tempo presente. Exceptuando, claro está, os investimentos que as fortunas dos fascistas permitem fazer. Como aquele investimento feito na valorização de uma zona histórica, abandonada pelo Estado, onde a Fundação do "fascista" António Champalimaud investiu. Para melhorar o futuro do país e do mundo.



* Qualquer semelhança entre os fascistas portugueses e os fascistas alemães ou italianos é apenas fruto da imaginação de alguns portugueses com aspirações políticas ou económicas incompatíveis com um ideal de uma Direita portuguesa conservadora, mas patriótica, que caracterizou o período do Estado Novo.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Nos 100 anos da República.


Cem anos depois da implantação da República em Portugal, a situação nacional está de tal maneira que não há tempo, nem dinheiro, para festas. Os portugueses vivem de tal maneira apertados que não querem perder tempo a discutir os cem anos da República.
A conjuntura nacional é dramática. Não dá sequer para pensar debater a República. Os políticos não deixaram espaço. Andaram a discutir o aborto, os casamentos entre homossexuais, os transsexuais e, de certeza absoluta (tendo em conta o "andar" da carruagem), até se chegar a consensos sobre o modo de sairmos da gravíssima crise económica e social onde nos meteram, ainda vamos ter de discutir os bissexuais e os poligâmicos. Com sorte, ainda vamos falar dos direitos que exigirão aqueles que fazem sexo consigo próprios. Ou com animais.
Prioridades!
Depois, com mais calma, lá mais para a frente, vamos poder estar mais desafogados. O país sairá da crise. E também vamos poder discutir a República. Isto, obviamente, se, quando esse dia chegar, ainda houver algum português em Portugal...

Brasil!


As presidenciais brasileiras deixam, desde logo, uma marca nos brasileiros.
É a despedida de Lula, um homem pelo qual os brasileiros tinham respeito e admiração. Um homem que, sendo de esquerda, deu pujança a um país que começava a ser um gigante do terceiro mundo.
Valerá certamente a pena estudar Lula, que era, e continua a ser, admirado pelo exemplo que representa junto dos brasileiros: de trabalho, de progresso na vida.
Valerá também a pena estudar o impacto que teve Lula num novo Brasil que nasceu para o século XXI.

Depois de Lula, provavelmente chegará Dilma. Mas chegará apenas à segunda volta. E isto merece que coloquemos uma interrogação no ar. E as sondagens? Por cá, enganam-se sempre. E sempre a favor dos mesmos. Por lá, pelos vistos também se enganam. E também a favor dos mesmos. A interrogação que merece resposta prende-se com o "porquê" desses erros, sistemáticos. Porque erros desses influenciam, e muito, resultados eleitorais. E, aqui em Portugal, têm condicionado, e muito(!), o voto útil, além de que ajudam a que apenas existam duas soluções possíveis de governo, tratando-se de legislativas.

Por fim, o milhão e trezentos milhares de votos de Tiririca. Pouco nos interessa, porque pouco nos adiantará, discutir o Tiririca. Mas talvez interesse discutir o sistema eleitoral e os interesses que certamente existirão atrás dele. Do sistema e deste palhaço que virou deputado federal.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Porque é Dia Mundial da Música

Aqui deixo uma. Para recuperar forças.


Bom fim-de-semana.