quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Manchester United, AS Roma e Dinamo Kiev no grupo do Sporting


Foram conhecidos, na tarde de hoje, os adversários das 3 equipas portuguesas que vão disputar a Liga dos Campeões.
O grupo do Sporting é um grupo complicado. O Manchester United foi a equipa que jogou o melhor futebol do Mundo na última temporada. Ainda para mais está reforçado, com óptimos novos jogadores. É a equipa claramente favorita no grupo do Sporting.
A Roma é, em primeiro lugar, uma equipa italiana: defesa forte (é difícil marcar golos às equipas italianas!) e um ataque eficaz (é muito complicado travar as equipas italianas). É uma equipa que foi reforçada, mas cuja base joga há muito tempo junta. Bem organizada, a Roma vai ser, sem dúvida, um osso muito, muito duro de roer.
A outra equipa é o Dinamo de Kiev. Confesso que dando uma vista de olhos rápida na equipa da capital ucraniana não consigo encontrar nenhum jogador conhecido. Mas ir a Kiev é sempre um inferno para qualquer equipa, pelo ambiente no estádio, pelo clima e pela capacidade dos jogadores de leste. É sempre uma equipa a ter em conta...
Mas se o sonho de Stromp era fazer do Sporting "um grande, tão grande como os maiores da Europa", então há que os defrontar e, acima de tudo, há que os derrotar! Não é obrigação, mas é um sonho, de sempre, do Sporting.

Quanto aos grupos de Benfica e Porto, parece-me que são acessíveis. Tanto o Porto como o Benfica se assumem, claramente, como o principal candidato ao segundo lugar dos seus grupos. Mas há sempre que provar o favoritismo em campo!

Mais uma nota. Muito positiva para Portugal. A União de Leiria venceu em Israel por 1-0 e qualificou-se para a Taça Uefa. São 7 equipas portuguesas nas competições europeias, o que é fantástico, visto que quase metade das equipas da primeira liga portuguesa vão estar nas competições europeias. Nota positiva para o Leiria e nota positiva para o futebol português.

Agora, futebolisticamente falando, pode-se dizer: Venham eles!

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Antonio Puerta não resistiu


Certamente ninguém ficou indiferente às paragens cardíacas de Antonio Puerta, jogador do Sevilha, no jogo do passado sábado, diante do Getafe. São sempre imagens que nos marcam a todos, que nos fazem reflectir e pensar, logo, no pior. Pois é, o pior acabou por acontecer.
O jovem de 22 anos, defesa da equipa espanhola, não resistiu. Era um atleta da cantera sevilhana e era considerado um dos mais promissores jogadores da sua geração. Conquistou, em 3 anos, 5 títulos pelo Sevilha, até ao final trágico.
Morreu hoje, terça-feira, dia 28 de Agosto.

Exemplo azul e branco


Os clubes de futebol não vivem sem os adeptos e muito do apoio recebido pela equipa é da responsabilidade das claques. Afinal de contas são as claques que vão de norte a sul do país, vão às ilhas e ao estrangeiro só para apoiar a equipa. Se não houvessem claques, as equipas nos jogos fora não iam ter quase apoio nenhum. Não havia ninguém a puxar pela equipa nos maus momentos, nem havia uma mega coreografia, daquelas que enchem uma bancada, com bandeiras ou faixas gigantes.
As claques são indispensáveis para os clubes. São quase a alma do clube. Isto sem esquecer as cenas de pancadaria e os roubos que são também responsabilidade das claques. Assim, o primeiro problema, ou melhor, o primeiro objectivo é o da legalização das claques. Pinto da Costa pediu isso aos Super Dragões. E estes fizeram, assim como o Colectivo, outra claque portista. Mas Pinto da Costa para retomar as relações pediu ainda aos Super Dragões para não entoarem cânticos anti-Benfica durante os jogos, excepto o jogo contra o próprio Benfica. Os SD aceitaram o pedido de Pinto da Costa e o Porto e os Super Dragões reataram as relações.

No Sporting, há apenas uma claque que ainda não se legalizou: a Juve Leo. Directivo e Torcida já o fizeram. Mas o Sporting devia seguir o exemplo do Porto. Os cânticos anti-Benfica entoados normalmente pela Juve Leo são, constantemente, assobiados pelos adeptos do Sporting, em Alvalade. As claques são de apoio aos clubes e o anti-benfiquismo, que todos nós, sportinguistas, portistas, etc, temos, deve ser contido ao máximo. Isto até porque cada vez o Benfica tem uma importância menor para os nossos clubes. Cada vez são menos rivais, por estarem, de ano para ano, mais fracos. Isto na minha opinião, como é óbvio. Mas deixo aqui a minha sugestão: a direcção do Sporting devia conversar com os dirigentes das claques leoninas para evitar cânticos ofensivos, ainda para mais quando se fala de uma equipa que nem sequer está em campo. Ou então os raros assobios que ainda se ouvem (eu também assobio!) em Alvalade vão ser dirigidos à Juve Leo, claque pela qual tenho muita consideração e respeito, quando entoarem cânticos anti-Benfica.

Não quero, contudo, deixar de sublinhar que a Juve Leo tem uma mística muito forte. Foi a primeira claque portuguesa, foi a maior. Esteve sempre entre as melhores claques do Mundo. Depois de vários problemas, a claque conseguiu sempre sobreviver e foi fulcral nas várias conquistas do clube nos últimos 31 anos.

Mas o exemplo foi dado por Pinto da Costa e se é um bom exemplo, é algo que todos os clubes, incluindo o Sporting, devem seguir.

Menezes explica como se faz oposição



Candidato do PSD mostra sentido de responsabilidade.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Porquê só agora, dr.Marques Mendes?


Já passaram alguns dias da Festa do Pontal. Já passou ainda mais tempo da ida de Marques Mendes à Madeira para os comícios que no arquipélago madeirense dão como reiniciado o combate político do PSD na Madeira.
São dois momentos históricos e são, já, uma tradição social-democrata. É no Pontal e na Madeira que o PSD recarrega as baterias para mais um ano. Todos nós, militantes do PSD, sabemos disso. Mas, acima de tudo, nós, militantes do PSD, temos de estranhar o facto de Marques Mendes ter ido, este ano, pela primeira vez enquanto líder do nosso Partido a estes dois locais, na altura em que se começa a fazer campanha para a liderança do nosso PSD. Por que não o fez antes? Cada vez mais, Marques Mendes é, aos meus olhos e, acredito, aos olhos dos militantes do PSD e dos portugueses, um líder de ocasião, que apenas se mostra disponível para aparecer aos militantes nas alturas em que o seu lugar está em causa.
E mais. Até agora, Marques Mendes soma humilhações de Sócrates nos debates mensais na Assembleia, as vitórias que tem são internas(e todos sabemos como elas acontecem!), quando, externamente, o PSD obteve a maior derrota de sempre em Lisboa, que, por sinal, é a capital do País. Agora, Marques Mendes promete combate político ao Partido Socialista. Promete credibilidade, mais uma vez. E promete vitórias. Então, pergunto eu: se promete tudo isso, porque é que não o fez ou não as obteve até agora?

domingo, 26 de agosto de 2007

Falta de coragem ou "coragem" a mais tiram pontos e títulos ao Sporting


Há dois anos, o Sporting não foi campeão porque no jogo do título, no estádio da Luz, o árbitro não teve a coragem de assinalar a falta que Luisão fez sobre o então guarda-redes do Sporting, Ricardo. Houvesse coragem do árbitro e o golo marcado já perto do fim do jogo, que foi contra as regras do futebol, que dizem que, dentro da pequena área, qualquer contacto físico entre um jogador da equipa adversária e o guarda-redes devem ser sancionado com falta a favor da equipa do guarda-redes. Luisão impediu Ricardo de chegar à bola. Seria falta e o Sporting, que estava em primeiro, seria campeão.
No ano passado, o Sporting ficou a um ponto do Porto. Esse ponto foi perdido quando o árbitro do Sporting-Paços de Ferreira não teve a coragem de assinalar falta e punir o avançado pacense com o cartão amarelo, por ter marcado o golo com a mão. Toda a gente viu que o golo foi com a mão menos o árbitro, os dois fiscais de linha e o quarto árbitro. Tivesse sido, correctamente, marcada a falta e o Sporting não perderia o jogo, conseguindo, pelo menos, um empate, que dava ao Sporting o tal ponto que lhe faltava para ser campeão, visto que, em caso de empate de pontos no fim do campeonato, o Sporting seria campeão por ter vantagem sobre o Futebol Clube do Porto.
Este ano, o Sporting apresenta-se com mais garra, ainda! Mas já perdeu, incorrectamente, 2 pontos. 2 pontos porque o árbitro do Porto-Sporting desta noite assinalou livre directo dentro da área do Sporting. Não teve coragem para não o fazer e o Porto ganhou 1-0. Polga cortou a bola, que seguiu para o guarda-redes e o guarda-redes agarrou. Ninguém, com dedo e meio de testa, me pode dizer que Polga passou ao guarda-redes. Foi um corte! Não havia intenção de passar a bola para o Stojkovic, que, com naturalidade, a agarrou. O árbitro ouviu os protestos e não teve a coragem para não marcar o que o público pedia. Pelo menos, dois pontos foram tirados ao Sporting, porque o árbitro teve, de facto, influência no resultado.
Polémicas à parte, o Sporting esteve bem. Foi um bom jogo, com muito coração e a cabeça possível. Houve agressividade a mais da parte da equipa da Invicta, que não foi devidamente punida pelo árbitro. O Sporting fez o que pôde. Arriscou quase tudo o que tinha para arriscar e acabou em cima do Porto, que, teimosamente, parecia não querer jogar mais, perdendo muito tempo nos últimos minutos. O Sporting esteve perto do golo, criou oportunidades e jogou de peito aberto principalmente na segunda parte. Mas numa leitura mais global, o Porto acaba por ser um justo vencedor, já que ao intervalo, merecia estar a ganhar. O empate seria o resultado mais justo, dado que o golo é consequência de uma má decisão do árbitro. Pela garra e pela entrega ao jogo, os jogadores do Sporting mereciam bem mais. Paulo Bento sai bem visto, porque tirou os defesas laterais e pôs um avançado e um médio. Arriscou tudo. Apesar da derrota, o Sporting merece a nota positiva, pelo que continua a ser um dos dois (o outro é o Porto!) candidatos ao título…

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Um sorriso maldoso


Foi com um brilho nos olhos, um alívio no coração e um sorriso maldoso que li hoje a notícia de que Fabio Rochemback não irá ser jogador do Benfica.
Foi com uma grande alegria que ouvi Luis Filipe Vieira, Presidente do Sport Lisboa e Benfica, dizer que Rochemback não vem porque era um jogador (e que jogador!) pedido por Fernando Santos.
É evidente que a mim, enquanto adepto fanático do Sporting, me dá um gozo enorme ver o Benfica perder. Mas gosto que o Benfica tenha grandes jogadores. E Rochemback é um grande jogador. Parece uma contradição não fosse o facto de Rochemback ser um dos meus futebolistas preferidos. Gostava muito de o ver voltar ao Sporting! E festejar um golo seu no estádio da Luz, a fazer aquele festejo a imitar uma águia, à frente de mais de 60 mil adeptos do Benfica.
Não escondo hoje, como não escondi quando Roca era apontado como provável reforço do eterno rival do meu Sporting que seria uma enorme mágoa para mim ver Rochemback ser apresentado como reforço do Benfica. Como fiquei magoado, confesso, quando o mesmo se sucedeu com Simão Sabrosa, que um ano antes tinha dado uma entrevista em que dizia "devo tudo ao meu querido Sporting".
Polivalente como Roca é, creio que teria lugar no Sporting, se fosse da sua vontade reduzir drasticamente o seu ordenado. Com Rochemback e se a dupla de ataque der certo, o Sporting poderia fazer uma caminhada triunfal até ao título, à conquista da Taça e da Taça da Liga, assim como poderia fazer uma boa figura na Liga dos Campeões. Mas para isso teria de se investir muito, palavras que quando aparecem juntas são proibitivas para os cofres do Sporting.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Celsinho, mais um para ajudar


Aí está Celsinho, um jovem talento brasileiro, proveniente do Lokomotiv de Moscovo. Confesso que conheço muito pouco do mais recente reforço do meu Sporting. Pelo que sei é um criativo e gosta de jogar a número 10, lugar para o qual o clube já tem várias opções como Romagnoli, Vukcevic e o próprio Izmailov.
Mas talvez possa ser este um dos jogadores que, na minha opinião, falta no Sporting: é um "driblador", o tal artista que o Sporting precisa. No meu entender falta ainda um defesa esquerdo capaz de assumir o lugar em jogos contra equipas de maior calibre europeu, equipas que o Sporting vai defrontar na Liga dos Campeões. Tenho ainda algumas reservas em relação ao novo guarda-redes, Stojkovic, assim como a capacidade de Paredes e Farnerud.
Confesso sentir uma mágoa enorme quando leio as notícias que dão como provável a ida de Rochemback, atleta que admiro bastante, para o Benfica. Rochemback podia não ter lugar nesta equipa do Sporting, mas é sempre um jogador e uma pessoa especial. Se o Sporting conseguisse um bom negócio pelo Paredes (e, para mim, um bom negócio é a venda do jogador, por qualquer preço!) bem que podiamos fazer um esforcinho financeiro para trazer de volta o nosso Rochemback! Estaria mais que fechado o meio-campo e teriamos as opções todas para atacar o título e fazer uma boa campanha na Liga dos Campeões.

domingo, 19 de agosto de 2007

"Penso que em tudo tem de haver limites"

Foi com esta frase que a RTP finalizou a notícia, publicada há cerca de uma hora no seu site. A frase foi dita pela minha mãe e o contexto eram as ameaças de morte de que eu e a minha família fomos alvo nos últimos dias.
Sem me querer alongar muito sobre este assunto, até por estarmos a falar de um caso de polícia, apesar de mostrar a minha total disponibilidade para prestar qualquer esclarecimento, confirmo a veracidade das notícias publicadas hoje, dia 19 de Agosto de 2007, na página 17 do Diário de Notícias, assim como a notícia que foi publicada há pouco no site da RTP, do mesmo modo que agradeço profundamente a todos os familiares e amigos que mostraram solidariedade para com esta situação complicada.

Portugal precisa do PSD e o PSD precisa de todos os militantes




"Há diferenças insanáveis". Julgo ter sido esta a expressão do ex-Primeiro-Ministro, Pedro Santana Lopes, quando se referiu às divergências internas do PSD. E eu lembro esta expressão depois de ter dado um salto num ou outro blogue!
Na minha opinião, quanto menos burocrático e complicado for o pagamento de quotas, melhor sairá a democracia. Num partido político, como o PSD, o pagamento das quotas não pode ser o foco da discussão entre os candidatos à liderança. A não ser que seja para alertar para a situação que se está a passar no PSD.
A função de qualquer militante do Partido é a de o melhorar. Uma forma de melhorar o Partido e a democracia nele, ainda, existente é a de, caso seja possível, permitir que o maior número de militantes vote nas eleições directas que se aproximam. Uma forma de contribuir para isso é a de pagar as quotas daqueles que, por várias razões, não as podem pagar. É de louvar a existência de militantes interessados em contribuir para que a democracia seja a grande vencedora das próximas directas. Quanto mais militantes forem votar melhor.

Gostava de comparar o PSD ao Sporting. Quando entrei para o Sporting não me perguntaram nada, entrei apenas porque queria. No PSD pediram-me uma entrevista para apurar os meus pensamentos políticos. Como sou estudante e não trabalho, o dinheiro que tenho vem das minhas poupanças e das semanadas dos pais, pelo que não posso, evidentemente, pagar as minhas quotas do Sporting. O mesmo acontece em relação ao PSD. É o meu pai que paga as minhas quotas do Sporting. Por que outra razão haveria de ser diferente em relação ao PSD? Se não é a própria pessoa a pagar, que sejam os familiares. Se não forem os familiares, que sejam os amigos. Se não forem os amigos, então rezo a Deus que haja alguém que possa pagar as quotas dos militantes que não o podem fazer, só para que todos possamos ir votar e ser úteis ao Partido.

Há muitas diferenças entre os militantes do PSD. Há os que querem transparência e os que pegam em coisas normais, transformando-as em novelas. Nota-se que há da parte dos apoiantes de Marques Mendes uma tentativa clara de impedir o pagamento de quotas dos militates do PSD, enquanto o candidato que apoio, Luis Filipe Menezes, é defensor da tese contrária. Eu, como Luis Filipe Menezes e milhares de militantes, quero que haja uma grande votação no dia 28 de Setembro e uma expressão de mudança, de que o PSD e o País precisam, e muito...

Portanto, repito a ideia que já tenho vindo a defender: vamos pagar as nossas quotas, lembrar e ajudar os outros militantes e vamos votar. Na mudança, pois claro!

sábado, 18 de agosto de 2007

Primeiro jogo, primeira vitória do Sporting


Começou a época 2007-08, às 20 horas e 30 minutos de ontem, sexta-feira, dia 17 de Agosto de 2007. E começou em grande, com uma goleada do Sporting diante da Académica de Coimbra, em Alvalade.
O Sporting que já havia ganho a Supertaça, sendo a equipa de futebol portuguesa com mais títulos na temporada que finalizou com essa partida, pois venceu, em 76 dias, a Taça e a Supertaça, mostrou estar em grande forma e apresenta-se como um sério candidato ao título da nova temporada.
Começou bem a temporada para o Sporting. Foi uma boa exibição, pelo que o jogo não valeu só pelos 5 golos.
No ecrãs gigantes do estádio de Alvalade, os 35 mil adeptos puderam ver os vídeos da vitória do Sporting diante do FC Porto na Supertaça, juntanto a alegria da recordação do grande golo de Izmailov com o sorriso "maldoso" do texto que passava, numa "indirecta" ao FC Porto, pois o texto explicava como ter uma boa higiene oral...
Curioso, também, foi o facto do primeiro marcador da liga ter sido Derlei. Bastaram 25 minutos para Derlei marcar tantos golos como em 6 meses no Benfica...
Bom jogo, boa exibição do Sporting e dois lances polémicos. Ficou um penalty por marcar para as duas equipas: o primeiro por uma falta cometida sobre Liedson e o segundo por uma falta cometida por Polga dentro da área do Sporting. Foram dois erros, apesar de não terem tido qualquer influência no resultado.
Quanto aos melhores em campo, escolho: Pedro Roma, Polga e João Moutinho.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Eu apoio Luis Filipe Menezes


Os dois últimos anos trouxeram ao PSD e ao País o pior que deles se poderia esperar. As eleições directas que vão decidir qual será o futuro líder do PSD são importantes por serem muito mais que a escolha de uma pessoa para liderar um partido político.

Estes dois últimos anos caracterizam-se pelo contraste entre o que se fazia nos bastidores e o que os artistas diziam no palco. Durante uns tempos, o PSD internamente andou envolvido em perseguições políticas, autoritarismo dos lideres, tentando os mendistas ganhar as suas secções com todos os métodos possíveis, usando para fora o discurso da crebilidade. Foi esta a táctica do PSD nos últimos anos até aos momentos que culminaram com a queda da Câmara de Lisboa. Nesses momentos, o PSD mostrou publicamente, sustentando-se na ignorância ou desconhecimento de alguns, na hipocrisia e na mentira, que vale tudo para se atingir ou manter o poder.

O dossier "Lisboa" foi muito mal estudado. Foi feito tudo ao contrário. O PSD, no caso concreto de Lisboa, "não deu uma para a caixa", pelo que as consequências políticas do resultado calamitoso obtido pelo partido em Lisboa deviam ter sido bem mais radicais. O PSD, no caso da capital do País, só se pode queixar de si próprio e houvesse dignidade, seriedade, honra, responsabilidade, credibilidade e até vergonha e Marques Mendes já não iria a votos nestas eleições directas. Isto porque foi Marques Mendes que, directa ou indirectamente, escolheu a equipa para governar Lisboa em 2005. Relembro que Carmona Rodrigues foi uma aposta pessoal de Marques Mendes, contra a vontade de muitos militantes que queriam Pedro Santana Lopes. Mas, também com responsabilidade do líder do PSD, a equipa anteriormente escolhida por si caiu. Relembro que o facto de se ser arguido não quer dizer que se é culpado, tese contrária à defendida por Marques Mendes, que condena na praça pública várias pessoas muito úteis ao partido e ao país.

A aposta "Fernando Negrão" foi uma aposta perdida. A campanha do PSD baseou-se, resumidamente, no desconhecimento e no boato. Deixo os exemplos da confusão que o candidato do Partido fez entre empresas municipais e o do boato lançado pelo PSD de haveria um entendimento entre o Partido Socialista e a candidatura independente "Lisboa com Carmona" para uma coligação pós-eleitoral, o que não se verificou. Por isso, sinto-me traído e enganado pelo PSD. O PSD mentiu-se e mentiu, publicamente, aos lisboetas. Valeu tudo...para se alcançar uma votação desastrosa.

Mas o país é muito mais que Lisboa e não vou sequer falar dos exemplos já muito discutidos de Oeiras e Gondomar.
Foram dois anos em que o PSD esteve na oposição. Muitos perguntarão: qual oposição? O governo do Partido Socialista está a governal mal, estando o seu trabalho a ter custos enormes entre os portugueses que têm, hoje, menos dinheiro, menos segurança, menos trabalho, menos saúde e menos educação, pagando mais impostos. A questão do novo aeroporto internacional de Lisboa não pode servir de mera bandeira do partido para as eleições intercalares para ser esquecida no dia seguinte. O PSD tem de discutir esta questão, como a do TGV, internamente para chegar a um consenso. A minha opinião é a de que se deviam referendar as duas matérias, como, de resto, muitos cidadãos, têm vindo a defender publicamente, dado o peso brutal que estas duas matérias vão ter nas finanças públicas.

O PSD fez sempre uma oposição fraca ao Partido Socialista, pondo de lado o espírito reformista que outrora o caracterizou e que os portugueses lhe exigem. O PSD tem de estar preparado para constituir governo, mas também de saber fazer oposição. Hoje, o PSD dá provas que não sabe estar na oposição nem está preparado para formar governo. Assim, os portugueses têm o pior que podiam ter: um mau governo e uma oposição frouxa e conformada.

Desde que Sócrates assumiu as funções de primeiro-ministro e vai aos debates mensais na Assembleia que Marques Mendes soma humilhações. Marques Mendes não é capaz de fazer oposição a José Sócrates. E o governo está longe de estar na mó de cima...

A oposição ao governo é feita pelos cidadãos, sendo que milhares de pessoas se têm manifestado publicamente contra as políticas deste governo socialista. Assim (e como deve ser!), o PSD tem de se aliar ao povo. Ou melhor, o PSD tem de ser o grande aliado do portugueses. E, hoje, o PSD é um partido praticamente inacessível, pouco pluralista e cada vez menos democrático. Digo mesmo que deixou de haver liberdade entre os militantes do PSD, pois as perseguições políticas têm sido constantes. Há repressão e a tentativa de instalar o clima de medo nos opositores internos de Marques Mendes. As jogadas políticas, cobertas na sua maioria pela cobardia do anonimato, levadas a cabo pelos defensores de Marques Mendes são características do comunismo que se vivia na ex-União Soviética, nunca num partido aberto, livre, pluralista e democrático como não é, mas devia ser o PSD.

O sistema de pagamento de quotas é inacreditável. É o cancro do PSD e da política portuguesa. É um passo atrás na democracia. Não há argumentos que valham para defender este sistema de pagamento de quotas. É a tentativa clara de impedir o voto dos militantes. É com muita tristeza que vejo que hoje vários militantes, como a dra. Manuela Ferreira Leite, se batem pelo sufrágio universal, que está a ser, verdadeiramente, posto em causa. Isto, em vez de estarmos a fazer oposição aos socialistas ou de deixarmos os militantes, fácil e livremente, decidirem o futuro do seu próprio partido.

Este PSD é o contrário do que deveria ser. Deixei de me rever neste Partido e não votaria, nunca, no dr. Luis Marques Mendes.

Mas há outro candidato: um homem acessível, inteligente, reformista e competente. É um homem capaz de devolver as vitórias ao Partido, de unir os militantes e levar o Partido à vitória nas legislativas de 2009. É um homem com obra feita, conhecedor profundo da realidade nacional e internacional. Esse homem é Luis Filipe Menezes. Deu sempre a cara e foi a voz do descontentamento dos portugueses em relação a Marques Mendes e a José Sócrates. Representa, assim, milhares ou milhões de pessoas, no seu discurso.

O PSD precisa, também de caras novas e competentes. Os portugueses estão cansados de ver sempre as mesmas pessoas. Chegou a altura de se modernizar o partido e de trazer novas caras ao combate político. O que se pede aos militantes do PSD é que saibam ouvir a voz portugueses. Há, portanto, dois passos a dar: o primeiro é pagar as nossas quotas e ter a certeza absoluta de que estão pagas, o segundo é votar consciente e responsavelmente, no que é melhor para o Partido. E, na minha opinião, não só, mas também, pelas razões que atrás apontei, o voto sério e correcto, no dia 28 de Setembro, é em Luis Filipe Menezes.

Pelo PSD. Por Portugal.

António Lopes da Costa