quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

2010!


No post nº 365 de 2009, deixo o meus 10 desejos para o Ano Novo:

Que os meus sobrinhos nasçam e desenvolvam sem contratempos.
Que a minha família e amigos gozem, em 2010, de plena saúde.
Que haja mais tolerância no debate de todas as questões, sobretudo as questões fracturantes.
Que o clima dentro das várias classes profissionais e dos sectores sociais seja mais pacífico.
Que o PSD discuta os seus problemas, que encontre os pontos de união e saiba escolher um líder dinâmico capaz de fazer o Partido reencontrar o caminho para as vitórias.
Que o Sporting conquiste títulos e construa uma grande equipa, capaz de corresponder aos objectivos traçados.
Que o Estado, em parceria com outras entidades responsáveis, consiga encontrar um caminho digno nas questões que nos desprestigiaram em 2009, nomeadamente em relação aos clientes a quem o acesso à poupança foi vedado, à Justiça e à comunicação social e que se empenhe em travar os níveis de desemprego.
Que eu seja bem sucedido na minha vida académica e que 2010 seja um ano em que se caminhe positivamente para a concretização de alguns sonhos e metas que tenho.
Que os atletas portugueses que forem representar o país ao estrangeiro, nomeadamente aqueles que forem convocados para o Campeonato do Mundo, levantem o esplendor deste País com a bravura e a coragem que outros fizeram no passado.
Que 2010 seja um Bom e Feliz Ano para os meus familiares, amigos e leitores deste blogue.

* Eventualmente, também seria interessante se eu vencesse o Euromilhões. Seja também, 2010, um Ano de Sorte.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

2009!

Vivemos os últimos minutos de 2009 e fazemos uma ansiosa contagem decrescente para um Ano Novo do qual todos nós esperamos, certamente, guardar felizes recordações.


Num balanço sumário, 2009 não foi um ano particularmente feliz.

Não o foi numa perspectiva partidária, já que o PSD, partido onde milito, não conseguiu vencer as eleições legislativas, que eram a sua principal meta. Mas pior do que essa derrota é o facto de se constactar que o PSD está hoje, pelo menos aparentemente, mais dividido do que há um ano atrás.


Numa perspectiva clubística e porque o meu clube é o Sporting, este ano foi para esquecer. Falhámos a presença na Liga dos Campeões, ficámos em segundo lugar no Campeonato, estamos (neste momento) a mais de uma dezena de pontos do líder. Em 2009, ao contrário do que aconteceu nos anos anteriores, o meu Sporting não venceu nenhum título. De resto, já perto do final do ano foi anunciada a demissão do treinador Paulo Bento, substituído, nas suas funções, por Carlos Carvalhal.

Este ano foi dos piores que o nosso País já viveu, comparando com as últimas décadas. Porque milhares de pessoas, empregadas há um ano atrás, ficaram impedidas de receber o seu salário ao fim do mês. Porque se agravou a situação das famílias, sendo que muitas delas ficaram condenadas à fome e à miséria (sim, também existe em Portugal!). A classe média ficou, também ela, mais empobrecida. Pioraram as condições de vida dos agricultores, dos pequenos e médios empresários, dos pescadores e, em consequência da crise, de quase todas as pessoas de todas as classes profissionais.


Em 2009 foram feitos sucessivos atentados à liberdade de expressão e de informação, atentados esses que não conseguiram esconder uma já cada vez menos Oculta Face do Senhor Primeiro-Ministro.


2009 foi o ano em que um (agora ex-)ministro socialista fez cornos no Parlamento.


2009 foi ainda o ano em que se pôs a nu a ganância de alguns banqueiros, sendo que várias pessoas e famílias ficaram (e estão ainda hoje) impedidas de ter acesso ao dinheiro que afinal é seu. Situação que merece a minha total solidariedade.


2009 foi um ano que não prestigiou o poder judicial e todos pudemos assistir a vários episódios que demonstram que a Justiça é apenas um instrumento à disposição de outros tipos de poder.


Com estes episódios, e com outros tantos mais, a imagem de Portugal ficou manchada internacionalmente.

Foi, também, o ano da Gripe A.



E o ano do “caso das escutas”.


Contudo, em 2009 foram visíveis alguns sinais de esperança, assim como assistimos a algumas surpresas e revelações. Para mim, a personalidade que mais sobressaiu em 2009 foi, sem qualquer dúvida, Paulo Rangel. Que começou o ano como líder parlamentar, função que desempenhou de forma exemplar, que foi escolhido (contra a vontade de muitos) para encabeçar a lista do PSD às eleições europeias, eleições que venceu com cinco meritórios pontos de avanço.
Pela sua frontalidade, pela sua dinâmica, pelo seu espírito de trabalho, pela sua competência, pelo seu carisma e pela força das suas convicções, Paulo Rangel acaba o ano forçado a dizer que não quer ser candidato à liderança do PSD. Pessoalmente, gostaria muito que se candidatasse à liderança do Partido, porque não tenho dúvidas de que é o homem certo para retirar o país do pântano onde nos deixaram os socialistas e apontar um caminho novo.
Se vier a ser líder do PSD, será, creio e desejo eu, Primeiro-Ministro. Contra si apenas tem o facto de ser um Homem Bom, que precisa de uma grande equipa atrás de si para não ser assassinado politicamente como foram os poucos homens e mulheres de bem que passaram pela vida política portuguesa.
Paulo Rangel conseguiu, em 365 dias, passar de surpresa a revelação, de revelação a confirmação e isso deixa-nos um pouco mais esperançados em relação ao futuro do PSD e do País.


Uma boa, confortante e refrescante surpresa foi Mário Crespo, tanto no papel de mediador de debates na SIC Notícias, como de apresentador das notícias, como ainda no papel de cronista no Jornal de Notícias.


2009 fica ainda marcado pela milionária transferência de Cristiano Ronaldo, de Manchester para Madrid, onde foi apresentado com um Santiago Bernabéu cheio, em directo para todo o mundo.

2009 foi o Ano em que mais escrevi neste espaço. O próximo post será o 365, número de dias que, regra geral, tem um ano, e será, por isso mesmo, apenas simbólico.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Cegos, burros e cúmplices


É inacreditável esta campanha que está a ser feita com o objectivo de destruir o Sporting Clube de Portugal.
Ainda hoje tive a oportunidade de ler uma curta entrevista que o possível reforço do Sporting deu a um jornal desportivo francês. Depois de a ler, consultei alguns sites desportivos nacionais, que fazem referência a algumas partes, escolhidas ao pormenor, dessa mesma entrevista.
Independentemente do valor do jogador, que pode ser posto em causa por qualquer um, a tradução que é feita, assim como a escolha das partes da entrevista, visa apenas deturpar as reais afirmações desse atleta.
Cada vez é mais visível este enorme polvo que quer reduzir o futebol nacional a Benfica e Porto. Polvo que se alimenta de guerras, de tentativas de agressão (ainda no último clássico, houve uma tentativa de agressão ao presidente do Futebol Clube do Porto, entretanto branqueada pelo resultado desse jogo), de cenas de túnel, de decisões na secretaria, de nomeações de Lucílios, etc., etc....
O futebol português é muito mais do que a porcaria entre Benfica e Porto, é muito mais do que os pontapés gramaticais de Vieira e Jesus, é muito mais que os telefonemas de Pinto da Costa, é muito mais do que a guerra entre uma Carolina e um Jorge Nuno. E ainda bem que é mais do que isso. Porque isso mais não é do que a podridão no seu esplendor!
Deviam preocupar-se com o Boavista, com o Campomaiorense, com o Salgueiros, com o Farense. Em vez de investigarem o que já foi do conhecimento público, investiguem o que se passou com o Alverca. E se fazem referência a entrevistas dadas a jornais estrangeiros, então publiquem-nas na íntegra e com a correcta tradução!
Falam da belenensização do Sporting, mas esquecem-se que o Benfica investiu milhões para ficar sempre atrás do tal Sporting belenensizado, com um único título ganho que aconteceu graças a um penalty que não existiu! O presidente deles (do Benfica), que era sócio do Sporting e do Porto, é que lhes prometeu que iriam ser a melhor equipa do país e do mundo em cinco anos! Quanto tempo já passou? Não falam disso porquê?
É o lucro a todo o custo!
Jornalismo, isso? Só se for jornalismo de casa de banho!
Porque são cúmplices dessa pouca vergonha!
Já chega, não?

Ágora


Se há filmes imperdíveis, o "Ágora" será certamente um deles.
Está nos cinemas.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal!


Desejo um Santo e Feliz Natal a todos os leitores deste blogue, às suas famílias e amigos.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A contratação do João Pereira


Não me esqueço de um lance naquele Benfica-Sporting em que João Pereira simulou uma agressão de Hugo Viana, simulação que fez com que o árbitro expulsasse o jogador que, na altura, jogava no Sporting, mesmo sem ter visto o lance.
Eu fui a esse jogo, um dos melhores que já vi entre os dois grandes clubes de Lisboa, que o Benfica acabou por vencer nas grandes penalidades. E, apesar de ter ficado muito feliz com o grande espectáculo a que tinha assistido, guardei sempre na minha memória a simulação do João Pereira, numa altura em que o Sporting vencia por 3-2. Não estava em causa a vitória do Benfica (até ninguém merecia perder aquele grande jogo), mas o gesto feio e anti-desportivo do defesa que, naquela data, vestia as cores do Benfica.

Não vou esquecer aquele lance agora que João Pereira é jogador do Sporting. Pelo contrário. Exigirei mais dele do que de qualquer outro jogador.

Reconheço que a contratação do jogador não é pacífica, porque muitos partilham as minhas memórias. O João Pereira não é, e todos sabemos isso bem, um sportinguista. Mas quantos benfiquistas tem o Benfica no seu plantel? E portistas no plantel do Porto?

Apesar de tudo isso, reconheço o valor e a raça de João Pereira, que considero ser o segundo melhor defesa direito português, a seguir a Bosingwa. A forma como ele disputa a bola é exemplar do ponto de vista de alguém que gosta de um futebol de contacto e de luta. A sua contratação representa uma grande mais-valia e João Pereira passa a ser, imediatamente, o melhor lateral que o Sporting tem no seu plantel.

Assim, o Presidente do Sporting demonstrou que, apesar de sabermos que a época está, irremediavelmente, perdida, o Clube está a apostar em fazer uma equipa (portuguesa!) forte e competitiva para que possamos ganhar mais vezes no futuro. Isso merece ser sublinhado.

Em relação a esta contratação, o que posso dizer é que o Sporting gastou o dinheiro certo para se reforçar com o melhor jogador possível para jogar numa posição para a qual haviam poucas e fracas opções.

Apesar de não esquecer o que aconteceu no passado, dou, desde já, os parabéns ao João Pereira, que agora está no lado certo da luta. Desejo-lhe felicidades nesta sua nova experiência. E espero que, de facto, ponha em prática o que afirmou: morrer em campo, se for preciso, e lutar pelo Sporting até à morte. Será muito acarinhado se assim for.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O referendo ao casamento gay

O alargamento da possibilidade de casar a pessoas do mesmo sexo é uma questão demasiado séria, por aquilo de que trata, para ser aprovada, sem que haja uma discussão prévia, por deputados de esquerda que querem impor as suas ideias à sociedade portuguesa.
Por isso, independentemente de ser (como, de facto, sou) contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, sou favorável à realização de um referendo sobre essa matéria. Ainda para mais, todos os estudos demonstram que uma maioria esmagadora dos portugueses é, efectivamente, contra o casamento gay.
Essa razão fez-me assinar o pedido de referendo, que já foi assinado por mais de setenta mil portuguesas e portugueses. Convido, também eu, todos aqueles que partilharem estas ideias a fazer o download desse documento, imprimirem e enviarem para o local indicado na folha.

domingo, 20 de dezembro de 2009

O PR e o PS

Numa semana, o PS pede ao PR para que este intervenha.
Na semana seguinte, o PS critica o PR pela sua intervenção.
Definitivamente, o PS não sabe o que diz, não sabe o que faz, não sabe o que quer, entrou completamente em desnorte.

O Benfica - Porto


Não me lembro de ter, alguma vez, falado de um jogo entre Benfica e Porto.
Este ano, tendo em conta a diferença pontual que o meu clube tem dessas duas equipas, vou assistir a esse clássico sem desejar, particularmente, qualquer resultado.
Mas esta frieza e distância em relação ao jogo tem ajudado a verificar as diferenças existentes entre ambos os clubes e o meu. Porque este jogo foi precedido de um conjunto de notícias que fazem realçar a podridão com que esses clubes encaram o futebol e este jogo em particular.
Desde logo, a nomeação de Lucílio Baptista é inacreditável. Porque, em horas de aflição, não havendo Paratys, foi Lucílio que deu irregularmente ao Benfica uma competição que esse clube, no ano passado, não mereceu ganhar.
Do lado do Benfica, creio que é condenável a forma como se tentou enganar tudo e todos, escondendo-se a realidade. Foi dito que vários jogadores não poderiam jogar e, afinal, esses jogadores foram, todos, convocados - situação única na Europa. E tão diferente do que o Real Madrid fez com Cristiano Ronaldo a propósito do jogo contra o Barcelona, em que o Real demonstrou ao mundo que tudo fez para ter o jogador a cem por cento, a tempo e horas desse clássico mundial.
Ainda do lado do Benfica, vieram a público várias notícias que diziam que o Benfica anda a ser investigado pela PJ devido à existência de ameaças aos árbitros que iriam apitar jogos desse clube.
Do lado do Porto foram prometidas revelações importantes, que não foram concretizadas.
O que é de estranhar, neste jogo, é que não exista um clima de guerra nas bancadas (que foi promovido durante esta semana pelos dirigentes), assim como eu ficaria muito espantado se não houvesse casos, confusões e, possivelmente, aquelas cenas de túnel, tão prováveis em jogos do Benfica.
Foi assim que se preparou um jogo que vai ser determinante. O Benfica, se perder, já não vai conseguir apanhar os dragões e, se esse resultado acontecer, ficará, na minha opinião, afastado da possibilidade de ganhar o título. Quanto ao Porto, que terá uma segunda volta mais fácil do que a do Benfica, no caso de não vencer, poderá, no que resta do campeonato, ultrapassar os rivais de Lisboa.
Se eu tivesse de dar um palpite, apostaria na vitória do Futebol Clube do Porto, que vulgarizou o Atlético de Madrid, que está a crescer de forma, que já é, sem margem para dúvidas, a melhor equipa portuguesa e uma das mais fortes da Europa. Será o campeão nacional. Mesmo que não ganhe hoje. Porque qualquer resultado é possível.
O que desejo é que os jogadores elevem mais o espectáculo e dignifiquem mais os clubes que representam do que os seus dirigentes fizeram durante esta semana.

sábado, 19 de dezembro de 2009

A proposta de Pedro Santana Lopes


Há pouco a acrescentar ao artigo escrito por Pedro Santana Lopes, publicado ontem no semanário "Sol" e, posteriormente, sustentado ou completado com uma entrevista dada a uma estação televisiva.
O que posso acrescentar são duas subscrições, uma opinião e um agradecimento.
Começo pela opinião.
Nos últimos anos, o PSD mudou muita coisa.
Mudou a mensagem, mudou a forma de eleger o líder, mudou várias vezes os líderes, mudou de slogan e chegou mesmo a mudar as suas cores, a sua imagem. O que não mudou foram os resultados eleitorais.
Não se resolve nenhum problema apenas com a mudança de Manuela Ferreira Leite por Passos Coelho, Marcelo Rebelo de Sousa ou por outro militante qualquer. Do mesmo modo que não se resolveu o problema com a substituição de Santana Lopes por Marques Mendes, de Mendes por Menezes, de Menezes por Ferreira Leite. O PSD continuou fracturado, viveu sempre na sombra de ruídos de fundo, perdido e desnorteado.
Eu sei que é muito difícil pôr o dedo na ferida e que mais difícil ainda é realizar um encontro em que se discutem os problemas, em que tudo e todos estão em causa. É difícil. Dificílimo! Mas é o que está certo. É o que é preciso. Com um debate interno, aberto a quem for da área do PSD, seguido por toda a sociedade portuguesa.
Assim sendo, subscrevo integralmente o artigo escrito por Pedro Santana Lopes.
A segunda subscrição, ou disponibilidade de subscrição, tem a ver com as assinaturas. Pode contar com a minha.
Eu sei também que, para algumas facções, é mais fácil não haver discussão e "saltar" logo para eleições. Mas estão erradas essas facções. Porque qualquer candidato ou candidato a candidato pode conseguir, num Congresso, mobilizar o Partido e convencer aqueles que ainda não estão convencidos.
Eu sou a favor deste Congresso. Antes das directas. Mas que seja sério e espero que não vão lá militantes que, sem respeito pelas bases, digam que o encontro só vai ser útil para alguns cafés e para um ou dois hotéis de uma certa cidade do país.
Os militantes merecem respeito. E os portugueses merecem ter, no PSD, um partido onde se possam voltar a rever.
Espero que aproveitemos essa oportunidade. É que há muitos militantes, descrentes, que têm vários nas cartões na carteira, que têm carinho (muito mais do que isso até!) por todos eles mas que sabem que, acima de qualquer outra coisa, na altura de decidir ou de fazer rupturas (se elas vierem a ser necessárias) está o cartão de identificação pessoal, o cartão de cidadão português.
Resta-me terminar com o agradecimento. A Pedro Santana Lopes. Por ser, entre os que são vivos, o que mais esforços fez, e continua a fazer, para servir os interesses do partido. Por ter sido a voz de uma boa parte de militantes e ter tomado, por esses militantes, a iniciativa que pode ser a oportunidade mais flagrante para que o PSD possa voltar a ser um grande partido e uma alternativa séria de Governo.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

É impressão minha...?


É impressão minha ou o ex-candidato do PS ao cargo de Provedor de Justiça criticou o casamento entre pessoas do mesmo sexo, considerando-o inconstitucional, com os mesmos argumentos (agora, jurídicos) que foram utilizados pela líder do PSD e que haviam sido, na altura, muitíssimo criticados (a JS chegou a colocar cartazes) e gozados pelos socialistas?

Opção errada


A pior altura para aumentar salários é precisamente quando o país não cresce, numa conjuntura em que empresas fecham as portas ou que, não tendo os lucros desejados, são forçadas a despedir trabalhadores.
Nesta fase, a escolha está entre forçar o aumento salarial ou a salvação de empregos. O Governo forçou, tal como havia feito no ano passado, o aumento dos salários. Escolheu o caminho populista, porventura o que lhe dará mais votos, mas contribuiu decisivamente para agravar a já muitíssimo complicada situação das empresas.
O Governo socialista faz, agora, aquilo que não fez durante os primeiros três quartos do mandato anterior e continua a comprometer o bem-estar económico e social de um número significativo de famílias portuguesas, mostrando ser completamente inflexível e insensível em relação aos desejos daqueles que, afinal de contas, são os responsáveis pela criação e manutenção de postos de trabalho.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O Sporting somos nós


O Sporting não é este ou aquele.
Não são jogadores que não têm qualidade para vestir a nossa camisola.
Não são os atletas conformados que só pensam em ganhar o seu salário ao fim do mês.
O Sporting somos nós.
Sou eu, é aquele senhor de barba que foi de Elvas até Basileia, é o Patrício que foi a Berlim e que, depois de chegar a Lisboa, vai fazer ainda centenas de quilómetros até sua casa, no Algarve.
Somos nós, sim. Que não arredamos pé mesmo quando neva e quando a temperatura não sobe dos três ou quatro graus negativos.
O Sporting são as suas claques, os seus incansáveis adeptos, que vão onde for preciso para elevar ou, pelo menos, dignificar este clube centenário.
E nós, que somos (d)o Sporting merecemos respeito. Sobretudo daqueles que são displicentes, conformistas, perdedores por natureza, que não têm vergonha na cara e ainda vão à bancada atirar a camisola.
O Sporting jogou, ontem, numa grande cidade europeia, num estádio olímpico, com o respeito por parte dos adeptos adversários que, antes do jogo, quase nos imploravam para lhes darmos o "pontinho".
Teve, ontem, uma oportunidade única de poder ganhar sem espinhas num país onde foi recentemente humilhado. Mas não. Deitou a oportunidade fora. Não esteve à altura das circunstâncias, do sítio onde jogou e, menos ainda, dos adeptos que lá foram.
Os sportinguistas que foram a Berlim mereciam ter uma equipa e um treinador à sua altura.
As exibições do Sporting são paupérrimas, os resultados têm sido miseráveis e esta conjuntura não se irá inverter com reforços de segundo plano que vão ser porcaria a somar à porcaria que é grande parte deste plantel.
Espero que o Presidente perceba isso. E estes jogadores que temos têm de começar a jogar à bola. Ou então devem ser substituídos porque não têm nem estofo, nem categoria, nem raça, nem ambição para vestir e sentir o peso de tão grande camisola.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

H1N1


A Gripe A não é o fim do mundo.
Não é.
As pessoas sobrevalorizam esta que é, segundo muitos dizem, uma gripe normal.
Porque tanto morrem pessoas com gripe A como pessoas com gripe normal. Mas, regra geral, qualquer gripe se cura com alguns dias de repouso e medicação.
Mas o contágio na Gripe A é superior ao que existe numa gripe comum. Os anúncios televisivos explicam isso bem!
Assim sendo, é comum que uma pessoa fique contagiada pela Gripe A na sua faculdade, em espaços (sobretudo os fechados) que frequenta, no seu local de trabalho, etc.!
Provavelmente, bastará cumprimentar um doente com a gripe A para ficar, logo, contagiado.
Todavia, não haveria, ainda assim, grande problema. Porque, segundo se diz, a gripe A, numa regral geral, cura-se tal como se cura uma gripe normal.
O problema, neste ponto, são os grupos de risco: menores de dois anos, pessoas com SIDA, pessoas com doenças crónicas, jovens, grávidas e idosos, por exemplo.
Não sei se isso justifica que se fechem escolas ou grandes estabelecimentos públicos (ou privados) por causa da gripe A, porque, como comecei este texto, a gripe A não é o fim do mundo.
A questão é que, do ponto de vista dos grupos de risco, a vacinação não é vista como sendo segura. Existem pessoas com conhecimentos médicos que nem sequer recomendam a vacina.
E assim, uma pessoa comum, contagiada pela gripe A num espaço público (um café, uma loja, o local de trabalho, a faculdade, etc.) pode pôr em causa a saúde ou mesmo a vida de uma grávida ou de um menor de dois anos de quem é familiar.
Em suma, não sendo o fim do mundo, o que é certo é que, nem de perto nem de longe, está a ser feita uma luta contra o contágio da gripe. E aí está um ponto que merece ser discutido pela opinião pública portuguesa, sem ironias nem graçolas de comentadores ou jornalistas que só acabarão no dia em que forem, também eles, contagiados pelo H1N1 ou, num caso mais extremo (mas não impossível), no dia em que esse vírus puser em causa a saúde ou a vida de alguém que lhes é próximo.
É que eu sempre ouvi dizer que a saúde deve estar sempre em primeiro lugar. E que com a saúde não se brinca.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Aparte - supermercados

Sobretudo nesta altura do Natal, todos os mini, super e hipermercados reivindicam, com diferentes palavras, o estatuto de estabelecimento com os preços mais baixos no mercado.
Ora, isso não é possível. Não sei se existe, sequer, um que seja mais barato. Na melhor das hipóteses, partamos do princípio que um é, de facto, mais barato que os outros. Nessa hipótese, que é a melhor de todas, concluímos que todos os outros mentem ao público, aos seus clientes.
E assim, resta colocar uma pergunta no ar: até quando é que esta situação vai continuar a ser permitida?

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Não tivemos sorte


Não concordo nada com aquela ideia de que não há jogos fáceis. Porque há jogos muito mais fáceis do que outros.
O facto de Portugal ter ficado num grupo com o Brasil e Costa do Marfim, a priori, poderia não ser uma má notícia, pois, dando de barato que venceremos com relativa facilidade o jogo frente à selecção norte-coreana, uma vitória contra a Costa do Marfim seria suficiente para seguir em frente no Campeonato do Mundo.
Contudo, o grupo de Portugal (grupo G) cruza com o grupo de Espanha (grupo H) e isto quer dizer que Portugal, em princípio, terá de ficar em primeiro lugar para evitar os nossos vizinhos nos oitavos-de-final. Isto, partindo também do princípio de que a selecção espanhola (campeã europeia) irá terminar a primeira fase como líder do grupo. Porque não acredito que a Espanha não vença num grupo que tem as Honduras, o Chile e a Suíça.
Para ficar em primeiro lugar, Portugal deverá ter de vencer os três jogos ou vencer os seus jogos com a Coreia do Norte e Costa do Marfim com uma margem de golos superior à dos brasileiros e empatar com o Brasil.
São apenas cenários. Possíveis. E prováveis.
Fazer quatro jogos no mundial em que dois são contra Brasil e Espanha (possivelmente os dois maiores candidatos à vitória na competição) seria, de facto, a pior notícia que nós, portugueses, poderiamos receber. A não ser que a nossa selecção demonstre uma qualidade de futebol e uma eficácia que, ao longo deste apuramento tirado a ferros, nunca conseguiu alcançar, e consiga uma de duas soluções para este problema: ou vence o grupo em primeiro lugar e evita o confronto com Espanha ou fica com o segundo posto do grupo e elimina os espanhóis.
O seleccionador nacional fez questão de afirmar e repetir que somos candidatos à vitória no Campeonato do Mundo. Na minha opinião, a fasquia está (demasiado) alta. Mas, para ser possível sonhar, resta-nos esperar que aqueles que forem convocados para ir à África do Sul entrem em campo com o espírito que Hugo Almeida hoje revelou: quem quer ganhar não pode temer os adversários.

De Liedshow para Lied-só


Como é possível um jogador profissional de futebol vir dizer que, porventura, será melhor ficar sem jogar?
Será que, além de não querer jogar, Liedson também está disponível para deixar de receber o ordenado ao final do mês?
O seleccionador nacional deveria estar atento. Porque o sistema de jogo do Sporting (em que Liedson joga sozinho na frente) é idêntico ao sistema utilizado na selecção nacional.
Esperemos que Liedson não dê uma entrevista na África do Sul a dizer que também não quer jogar. Ou a dizer que "estava bem era na caminha". Era só o que faltava!


Há perguntas que se impõem.
Como seria este País se Francisco Sá Carneiro fosse vivo?
O que teria sido do PSD?
Como é possível que os poderes do Estado tenham sido infrutíferos e não tenham conseguido fazer justiça?
Quem o assassinou? Quem o mandou assassinar? Com que motivos?
Se soubéssemos a resposta a estas três perguntas, como estaria, hoje, composto o poder político?
Sá Carneiro foi um Grande Homem.
Daqueles que o conhecimento e a memória saberão imortalizar.
Daqueles que merece ser lembrado.
Daqueles que merece ser admirado.
E dos poucos que merece ser seguido.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Uma história improvável

Frio, muito frio, estádio às moscas, no mesmo local onde, dias antes, o ambiente esteve a ferver.
No espaço entre esses dias desapareceu a inspiração, a motivação, o querer correr mais que os outros, o querer saír vencedor, o querer jogar à bola.
Jogo quase atípico, lento, sem oportunidades, sem desmarcações, com passes errados, sem oportunidades de golo, sem um único rasgo, sem nada que conseguisse aquecer uma alma gelada ou acordar um público adormecido.
Entretanto, houve uma perda de bola, uma aselhice do lateral direito e golo de uma equipa fraca, que, além da oportunidade de golo, defendeu durante todo o jogo.
A esta história improvável só faltava mesmo um golo no último minuto, a garantir o apuramento, marcado por...Leandro Grimi.
Mas será graças a esta sequência de improbabilidades que estarei em Berlim, de hoje a quinze dias, mais descansado. Porque o apuramento e o primeiro lugar já não nos vão escapar.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Eu quero Unir para Ganhar


Este blogue tem uma história indissociável do passado recente do PSD no distrito de Lisboa.

Afinal de contas, foi por factos ocorridos num passado ainda muito recente, internos ao partido neste distrito onde milito, que este blogue nasceu.

Desde então, muitas coisas mudaram. Umas para melhor, outras para pior. A vida é assim mesmo.

Escrevi aqui largas centenas de artigos sobre tudo aquilo que eu quis escrever. E foram também várias as centenas de pessoas que quiseram contribuir para o debate ideias, que acabou por alimentar este espaço no seu dia-a-dia.

Fui sempre, e fiz questão de o ser (porque é assim mesmo que eu sou) demasiado faccioso na defesa do meu Clube, demasiado parcial na defesa dos interesses do meu Partido. Mas, sempre que houve essa necessidade (que senti várias vezes), abordei diversos temas com independência e sentido de dever cívico.

É esse dever cívico que me leva a escrever hoje, mais uma vez, sobre a Distrital de Lisboa do PSD. É mesmo só por esse dever cívico e é pena que tenha de ser assim.

Eu sempre me movi por causas, projectos e convicções.

Por mais feio que possa suar aos ouvidos das pessoas, há que fazer uma “limpeza” no PSD no distrito de Lisboa.

Uma limpeza que extermine todos aqueles que parasitam neste partido com o fim exclusivo de obter proveitos pessoais. Porque a Distrital não pode servir como um mero centro de poder, no sentido de condicionar, fazer pressões, boicotar ou impor listas com
certos e determinados nomes.

Mudar o cenário actual do PSD no distrito de Lisboa deve ser visto como uma causa, não só do ponto de vista do militante de base, como também do cidadão eleitor, que pretende que a Comissão Política Distrital promova debates locais, contribua para fazer boa oposição ao poder local socialista e que apoie, em tudo o que for possível, as autarquias locais presididas por autarcas do PSD.

Desde que sou vivo que nunca, tanto quanto hoje, os portugueses e, também, os cidadãos do distrito de Lisboa precisaram tanto de um PSD forte.

Sempre apontei o caminho da união. Porque unir, numa perspectiva de estratégia política, é sinónimo de fortalecer. Só sendo unido se pode ser forte, só sendo forte se pode ganhar uma eleição.

E é isso que eu quero: que o PSD ganhe as eleições. Sejam elas europeias, autárquicas, legislativas ou presidenciais.

Já fiz, no passado, o balanço catastrófico do vigente mandato da Comissão Política Distrital de Lisboa do PSD: contribuiu para a derrota nas legislativas, ajudou a impedir a vitória nas autárquicas em Lisboa e foi a responsável cimeira pela derrota histórica em Oeiras.

No futuro, não quero voltar a ter de recusar a publicação de comentários aqui feitos, cheios de insultos, calúnias, injúrias e todas as mais baixas formas de “fazer política”. Não quero ouvir falar de polícia à porta de uma secção. Não quero ouvir falar de jornais feitos por militantes para perseguir e ofender o bom nome de outros militantes. Não quero ver notícias de agressões a um senhor de 71 anos, ex-autarca do PSD, por outros militantes.

Mas o problema não está só nos apoiantes da actual CPD. Está também no seu Presidente.

Como pode o PSD ganhar com um Presidente da Distrital que anuncia, a um mês das eleições, a derrota do seu próprio partido?

Eu quero a mudança.

Acredito profundamente na competência e seriedade do Professor Bacelar Gouveia, revejo-me nos objectivos do seu projecto, da leitura que faz da conjuntura actual e reconheço na sua pessoa todas as características que são indispensáveis para mudar o PSD no distrito de forma radical e imediata.

Acredito nele, acima de tudo, porque estou absolutamente convicto de que irá credibilizar o partido no distrito, irá uni-lo, contribuir para mobilizá-lo e catapultá-lo para grandes vitórias eleitorais.

Terá, por isso, o meu voto. E tem hoje, aqui neste blogue, o meu apelo público, feito a todos os militantes do PSD neste distrito, para que confiem o seu voto na lista encabeçada por ele – a Lista B.

Não chega criticar, nem olhar para o presente com conformismo. É preciso ir às urnas, colocar a cruz na mudança.

Apelo a todos que reflictam sobre quais são os interesses do partido. Vão votar amanhã. E votem naquilo que é preciso, agora. Votem em quem quer Unir para Ganhar.

Viva o PSD.

O Titanic


Uma história eterna é aquela que conta o naufrágio do Titanic.
Que relata a história de um Comandante Smith, do Primeiro Oficial William Murdoch e de um Segundo Oficial, que se chamava Charles Lightoller.
O Comandante Smith foi aquele que recebeu primeiro os avisos da presença de um icebergue e ordenou que fosse reforçada a vigia.
Os vigias Frederick Fleet e Reginald Lee aperceberam-se da uma sombra mais escura do que o resto do mar e só muito tarde conseguiram entender que se tratava de um icebergue.
Minutos depois, esse magnífico navio embateu no icebergue e naufragou.
Mudemos os nomes a esta história. Mudemos Smith por Sócrates, Frederick Fleet por Teixeira dos Santos e Reginald Lee por Manuel Pinho. Mudemos o Murdoch por Santos Silva e o Lightoller por Mário Lino. Mudemos o que quisermos mudar.
Mas mantenhamos todos os epidódios: um aviso que chegou a tempo, incompetência por parte dos vigias, incapacidade por parte de quem ía ao leme e o final da história é exactamente o mesmo: o trágico afundar do navio.