segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Mourinho soma e segue

A primeira final da época inglesa opôs o Arsenal ao Chelsea de José Mourinho. A 9 pontos do Manchester United, que segue na frente, Mourinho, conhecido por fazer tudo para ganhar, parece ter apontado os objectivos do Chelsea, ao dizer que "é difícil ganhar tudo." Obviamente, a seguir disse que "é difícil, mas já consegui no Porto". Mas Mourinho alcança uma vitória importante num momento em que se discute o seu futuro no bi-campeão inglês.




O Chelsea venceu 2-1 ao Arsenal na Final da Taça da Liga. Mourinho ganhou o primeiro título desta época. E está numa posição excelente para seguir em frente na Liga dos Campeões. O resto é conversa.

domingo, 25 de fevereiro de 2007

O sentimento de "querer uma mudança" nasce no Portugal independente



Sempre que posso, procuro opiniões de pessoas, independentes, sobre o estado da política em Portugal. Penso que ouvir só os que partilham as nossas convicções e ouvir as ideias opostas não chega. É importante irmos procurar o que dizem cidadãos, independentes, sobre o estado actual da política no nosso país.
Em duas ou três conversas, ouvi sempre a mesma coisa. Nota-se um cansaço que parece ter-se instalado em todas as pessoas, num conformismo estranho, que me dá força para continuar a lutar pelo que defendo. E eu defendo uma mudança. Rápida.
As pessoas estão descontentes com o governo, mas como sentem que a oposição é incapaz de resolver os problemas do país, ou pior ainda, que arranja confusões constantes, acabam por dar uma maior popularidade ao governo. Uma popularidade que é, no meu ponto de vista, falsa, visto que só se deve à falta de oposição. Então, a resolução é mudar a oposição, torná-la mais moderna e reformista, empenhada e menos interessada em, apenas, colocar pessoas e arranjar “tachos”. É que as pessoas já perceberam que é isso que se passa quando o PSD de Marques Mendes chega ao poder. Assim, com o que tem acontecido no poder local, as pessoas têm medo, muito medo, que isto se possa alastrar se este PSD chegasse ao governo.
Desde o princípio que acho que este PSD é fraco, incompetente e que ele próprio constitui a sua oposição. O estado deste PSD é muito grave. E é urgente mudar.
Na minha opinião, a mudança que tem de haver no PSD, para que possa chegar ao Governo, tem de se dar em menos de um ano. Senão, não há hipóteses. É urgente mudar de líderes, de estratégias, ter um rumo definido, um espírito reformista, modernizar o Partido e fazer com que o mesmo chegue ao povo. Como acontece em Gaia ou até na Madeira, quando é altura de eleições autárquicas.

sábado, 24 de fevereiro de 2007

"Aquele que quer aprender a ser chefe tem primeiro que aprender a servir." (Sólon)



...e Marques Mendes não aprendeu a servir o Partido, nem o país.

PSD em queda livre


Sondagem Marktest


PS -43%(Janeiro) 47%(Fevereiro) SOBE
PSD - 28%(Janeiro) 27%(Fevereiro) DESCE
PCP - 9%(Janeiro) 10%(Fevereiro)
BE - 8%(Janeiro) 7%(Fevereiro)
CDS/PP - 8%(Janeiro) 5%(Fevereiro)


O PSD volta a cair nas sondagens, estando já abaixo do resultado obtido por Santana Lopes, nas passadas legislativas. Quem também cai é o CDS assumindo-se como o quinto Partido político em Portugal, no mês de Fevereiro.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Hollywoodland


Viver em Hollywood pode tornar-te famoso. Morrer em Hollywood pode fazer de ti uma lenda.


Este é provavelmente o filme mais cativante que já vi no cinema, pelo menos nos últimos tempos.

Baseado numa historia verídica, “Hollywoodland” é uma única e envolvente exploração da fama e identidade inspirada num dos mais famosos mistérios não resolvidos de Hollywood, contando a história da morte do actor, George Reeves, o famoso Super Homem. Abatido por um só tiro, Reeves (protagonizado por Ben Affleck, vencedor de um Óscar da academia) deixa para trás a sua noiva – a estrela em ascensão Leonore Lemmon (Robin Tunney) – e milhões de fãs chocados pela sua morte. A polícia dá o caso como resolvido, dizendo que esta morte foi por suicídio. Contudo, a mãe do famoso actor contrata um detective para investigar o que tinha, de facto, acontecido na noite da sua morte. Assim, toda a história tem um ponto central: saber se foi por suicídio ou por homicídio que o famoso actor morreu.
A fama, as ameaças, a infidelidade, o poder e a incerteza num filme cativante, do primeiro ao último segundo.

“Deliciosamente fantástico. ” - Jon Durbin, INTERVIEW



Nos cinemas.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Jardim da insatisfação


Todos sabemos que o Presidente do Governo Regional da Madeira é uma pessoa diferente. É conhecido por ter trazido qualidade de vida aos madeirenses e por tudo fazer para trazer mais benefícios para a Região Autónoma da Madeira.

Assim, esta demissão é coerente com tudo aquilo que Jardim tem feito nestes anos. Agora, há uma coisa que não concordo. Não me parece que eleições antecipadas, mesmo quando exista uma maioria absoluta para governar, possam trazer instabilidade. Pelo contrário, pedindo ao povo que se pronuncie é um sinal de plena vitalidade democrática. Por outras razões, penso que o mesmo devia ser seguido por Carmona Rodrigues, na Câmara da Lisboa para que se possa trazer alguma estabilidade à governação camarária.

Além de tudo isso, Alberto João Jardim tinha um programa para governar a Madeira. Mas esse programa seria feito com uma verba X. Se, por motivos alheios ao Governo Regional, a verba não é a que estava prevista, então há que reformular o programa e o facto de ir a votos daria uma maior legitimidade a Alberto João Jardim para prosseguir a sua governação. No fundo, o que está em causa é Jardim dizer aos madeirenses que não consegue, com esta diminuição das verbas para a Madeira, cumprir o que apresentou aos madeirenses, apresentando-lhes um novo programa.

As prováveis eleições antecipadas na Madeira são, curiosamente, o primeiro sinal mais sério de oposição ao governo, oriundo directamente do PSD. Neste caso, o PSD Madeira parece convicto na vitória do Partido nas eleições que pede, servindo este facto para fazer alguma pressão sobre o governo do Partido Socialista e para mostrar algum descontentamento face ao que os madeirenses consideram ser uma má lei, aprovada pelo PS.

Pode não haver mais dinheiro para a Madeira, mas é sempre um sinal de mostrar alguma insatisfação e de apresentar um novo programa para os próximos anos. Nada mais que isso.

Boa sorte, campeão do Mundo!


Se há jogadores que marcam a última década desportiva nacional, um deles é, sem dúvida, Jorge Costa. O ex-capitão do Porto foi a imagem dos dragões, tendo-se notabilizado pelo seu enorme poderio físico. Foi um defesa central de qualidade acima da média e, acima de tudo, um capitão de equipa. Funcionava como uma espécie de treinador dentro do campo, tendo sido um pilar na conquista de vários títulos ao serviço do Futebol Clube do Porto e nas selecções nacionais jovens. Foi, de resto, campeão do Mundo pela Selecção de Esperanças e Campeão Europeu e do Mundo ao serviço do Futebol Clube do Porto, treinado, na altura, por José Mourinho.

Foi, por diversas vezes, mal amado por alguns treinadores, tendo partido para o Charlton por empréstimo. Contudo, José Mourinho não abdicou dos serviços do veterano central, que ajudou o Porto a ganhar quase tudo em duas temporadas. Saiu, definitivamente do FC Porto, já no “reinado” de Co Adrianse, para os belgas do Standard de Liège, onde arrumou as botas.

Voltou a Portugal para assumir o cargo de treinador adjunto do Sporting de Braga.

Com a saída de Rogério Gonçalves do comando técnico do Braga e em vésperas de um decisivo confronto, em Parma, para a Taça Uefa, Jorge Costa foi chamado a comandar a equipa de Braga. Disse Jorge Costa que sempre foi “uma pessoa de desafios”, encarando este como o primeiro do que se espera ser um longo percurso com treinador de futebol.

A seguir a Paulo Bento e a Domingos Paciência, Jorge Costa é mais um ex-jogador que assume o comando técnico de uma equipa. Curiosamente, estes três treinadores comandam três dos cinco primeiros classificados.

Fica aqui registado o primeiro dia de Jorge Costa como treinador de futebol, do Sporting de Braga e os meus mais sinceros votos de boa sorte para uma carreira que se espera longa, pela experiência e pelo conhecimento que Jorge Costa tem.

E já agora, é de sublinhar que Jorge Costa se estreou a ganhar num jogo muito difícil, garantindo a passagem do Braga aos oitavos-de-final da Taça Uefa, sendo a única equipa portuguesa que, neste momento, se bate em três frentes.

2 anos à espera de resultados





Os portugueses parecem, desde o princípio, enamorados por este governo. Sócrates e o PS obtiveram uma maioria absoluta à custa de várias promessas muito populistas e estamos todos à espera de as ver cumpridas. E à espera de não esperar em vão.

Não sou do tipo de pessoas que no dia em que o Governo toma posse já o estão a criticar. Pelo contrário, penso que se deve dar tempo ao governo. Daí achar que o que Sampaio fez com o governo que mantinha uma maioria absoluta para governar, chefiado por Pedro Santana Lopes, ter sido errada. É preciso dar tempo para alcançar resultados e é preciso dar espaço ao Governo para governar. Com isto, a oposição deve debater nos locais próprios os assuntos que pensa poder melhorar, apresentando alternativas e propostas ao Governo.

O problema é que a oposição à direita do governo se aliou ao mesmo, fomentando crises internas, com políticas internas que não trazem qualquer exemplo e gerando instabilidades nas autarquias. Por isso, penso que a maior parte dos portugueses concorda comigo quando digo que a actual Direcção do PSD é a pior dos últimos 18 anos. Digo 18 porque é a minha idade. Mas o que digo reflecte-se nas sondagens e sente-se nas conversas das pessoas e na imprensa, nos espaços de opinião de independentes e de cidadãos. Portanto, na minha opinião, o PSD é o grande responsável pela popularidade de Sócrates e do Governo, o que fez com que se as eleições legislativas se realizassem hoje, o Partido Socialista alcançasse, de novo, maioria absoluta. Isto por duas razões: quando o PSD devia aparecer, andou desaparecido e quando não devia aparecer, apareceu e muito mal.

Mas, em relação ao Governo, penso que estes dois anos reflectem um governo prático, mas sem apresentar grandes resultados. Estes querem-se a nível económico, visto que os portugueses apertaram muito o cinto, até não poderem mais, à espera de resultados, que ainda não apareceram.

Disse, um dia, a professora de Economia do Colégio de São João de Brito, Maria de Jesus Cruz, que um Economista que prevê um défice superior ao que, de facto, alcança é um mau Economista. Isto, porque não conseguiu prever as verdadeiras receitas e despesas do Estado, factos que levaram a que previsse números errados. Assim, parece-me enganosa a afirmação do Ministro das Finanças quando disse que era muitíssimo bom o défice deste ano ser o que estava previsto para o ano seguinte. É evidente que é melhor ter um défice menor do que o que estava previsto, mas se o Ministro deve saber prever estes números e não o conseguiu, com uma diferença significativa, é porque é um mau ministro.

De resto, estes dois anos foram muito maus para a pasta da educação, que é para a qual eu tenho tido uma maior preocupação, por ser estudante. Os exames nacionais do passado ano lectivo foram muitíssimo mal preparados, pois sinto que fui prejudicado face aos alunos dos anos anteriores, porque me encontrei num ano de mudança de reforma, portanto o ano de passagem de uma reforma para outra. Não tive provas-modelo, sendo que o que eu poderia encontrar no Exame fosse quase visto com um mistério. Além disso, este ano é fundamental para apreciarmos a política de educação do Governo, pois é o primeiro ano da nova reforma, onde os alunos vão ser avaliados não apenas com matéria do 12ºAno, mas de todo o Secundário. Vamos ver que resultados vamos ter e que grau de dificuldades vão ter estes novos exames. Se alguma coisa falhar, não pode haver desculpas, porque houve mais do que o tempo necessário para se preparar os Exames deste ano.

Quanto à saúde, faço um balanço positivo, mas muito pouco positivo, visto que as listas de espera na saúde diminuíram, mas pouco, podendo-se agravar quando entrar em vigor a nova lei, que foi a referendo, sobre a interrupção voluntária da gravidez. Contudo, é o único ministério que tem salvado e tem apresentado alguns resultados (mas sublinho, poucos e insuficientes).

Mas se Sócrates é um Primeiro-Ministro prático, sem pensamentos elaborados ou ideias mais complexas, vou tentar fazer uma análise destes, dois anos, o mais prática possível. Prometeu-se aumentar o emprego, mas o desemprego atingiu o maior número da última década. Prometeu-se um choque tecnológico, mas de tecnológico pouco ou nada sentimos. Fez-se, até, um pacto de Justiça, sem resultados aparentes. Não se pode dizer que um governo é bom, apenas por fazer “simplex’s”, quando não resolve os problemas de fundo do país, tendo, inclusivamente, agravado, muito deles.

Continuamos na cauda da Europa. Aguardámos mas não podemos ficar à espera muito mais tempo.

Lá vai Lisboa...


Disse João Almeida, um dia, no Congresso do CDS/PP, que o seu Partido não poderia ser “o partido dos uns contra os outros, nem de uns, nem de outros”. Há alguns meses, eu dizia que o PSD era visto, pelos portugueses, como o Partido dos uns contra os outros. Hoje, após uma evolução gradual, podemos dizer que o PSD entrou numa outra fase: é o PSD dos outros. De Marques Mendes e de Paula Teixeira da Cruz. Há muitos outros nomes, dos quais, de resto, falei aquando das eleições para a CPS de Algés, por exemplo, mas são estes os dois nomes principais.

O clima que se vive no PSD é aterrorizador, mas o que me preocupa é que a instabilidade não vem de Luís Filipe Menezes, nem de qualquer outro “opositor” interno. Quem cria a instabilidade são os próprios líderes. Digo mais: se Menezes ou até Santana Lopes se pronunciassem publicamente, de uma forma constante, sobre as atitudes de Mendes, sem dúvida que este há muito teria caído. Hoje, uma coisa é certa: Mendes nunca vai ser primeiro-ministro. Como tal, se o PSD é um Partido que quer formar governo, tem de mudar o seu rumo, seja de que maneira for.

Eu não queria perder muito tempo a falar de factos, pois todos sabemos o que aconteceu na Câmara de Lisboa. Vemos todos os dias as notícias. Mas há duas ou três coisas que eu queria realçar, pois julgo ser aí que reside o problema de fundo da Câmara e do Partido.

Quis Marques Mendes trazer, para o Partido, um discurso da credibilidade, que se até tornou muito cansativo, visto que parecia que o PSD apenas se preocupava em trazer credibilidade para o Partido, problema que não conseguia resolver e não apresentando solução para melhorar outros aspectos. Quis o destino (que é tramado, às vezes!) que o discurso se voltasse um dia contra o líder. Sublinho este facto porque desde que abri este espaço de discussão que critico Marques Mendes por ser diferente no discurso e no comportamento.

Pois é, primeiro foi público que Mendes e Teixeira da Cruz foram os grandes protagonistas da ruptura da coligação que governava a capital, facto que trouxe, pela primeira vez, uma grande instabilidade para a CML. De resto, desde aí que se fala em eleições antecipadas.

Mais tarde, Gabriela Seara foi constituída arguida num negócio duvidoso entre a Câmara e a Bragaparques. Se a Direcção do Partido quisesse ser coerente, teria de retirar a confiança política a Gabriela Seara, que foi uma peça vital na campanha e na escolha da composição da Câmara. Seria injusto, incorrecto, mas era o possível para manter alguma dignidade, pouca mas é melhor que nada, à direcção nacional e distrital do Partido. Este facto realça, desde logo, alguma “menoridade” aos actuais lideres do PSD, porque se preocuparam, exclusivamente, com a imagem do Partido, não pensando na estabilidade da governação de Lisboa.

Para piorar as coisas, Fontão de Carvalho escondeu a todos que era arguido num outro processo. Carmona correu logo para a Lapa, local onde se situa a Sede do PSD, para discutir o que fazer. Porém, houve tempo para Carmona dizer que a direcção do Partido mantinha a confiança no Presidente e no Vereador da Câmara de Lisboa. Fontão disse que se mantinha no cargo para o qual “orgulhosamente” havia sido eleito. No dia seguinte, Fontão voltou atrás na posição que tinha, dizendo contudo que não tinha tido qualquer pressão para o fazer. Como é possível, pergunto eu, uma pessoa mudar de um dia para o outro de posição, sem que tenha havido uma pressão para o fazer? Estranho. Contudo, suspendeu o mandato. Carmona manteve-se, mas a Câmara parece estar instável e por um fio.

Entristece-me, muito, que as decisões camarárias não sejam tomadas nos Paços do Conselho, mas na Sede do PSD. Entristece-me, muito, que quem governe a Câmara não seja quem foi eleito para o fazer, mas os líderes que o apoiaram. Sim, porque é certo que quem governa a Câmara de Lisboa são Marques Mendes e Paula Teixeira da Cruz.

Gostava apenas de salientar uma última opinião pessoal que tenho acerca de uma injustiça que está a ser feita para com uma pessoa. Falo de Carmona Rodrigues, porque não tenho dúvidas de que nestes dias, o mesmo deve estar muitíssimo arrependido de ter aceite o convite da direcção do PSD. A culpa não é de Carmona ter ou não capacidades para gerir uma Câmara (quanto mais a capital do país!), mas de quem o escolheu. O PSD não deixou Carmona governar, à sua maneira, a Câmara. Nunca deixou que Carmona tivesse a seu lado quem, de faço, queria. Assim, uma coisa é certa: nunca vamos saber se Carmona Rodrigues seria ou não um bom Presidente de Câmara. Simplesmente, porque não o deixaram. Desde o princípio.

sábado, 17 de fevereiro de 2007

O meu PSD, moderno, popular, dinâmico, verdadeiro, activo e conquistador. O PSD das vitórias, da credibilidade, da esperança, dos resultados, dos projectos, das propostas. O PSD capaz de formar governo, de ganhar Câmaras e trazer estabilidade para as mesmas. O PSD de todos, acessível e democrático.





































O outro PSD, o actual. O PSD dos que criticam
quando o Partido é governo, dos que fazem oposição
ao próprio partido, quando Santana falava verdade.
O PSD incapaz de conquistar os eleitores, o PSD
incapaz de trazer estabilidade para as Câmaras.
O PSD monótono, antigo, pouco virado para o futuro.
O PSD ineficaz do debate político com o Partido Socialista.
O PSD dos que nunca ganham nada.
O PSD dividido.
O PSD do líder e dos seus amigos.
O PSD agarrado ao poder, mas
sem o conseguir atingir, ou quando o atinge não
o consegue manter. O PSD aliado dos socialistas.
O PSD pequeno e o PSD do aguenta, aguenta...até ver.





Mudam-se os tempos, mudam-se os líderes, mas eu acredito no futuro e continuo a acreditar no meu PSD.









domingo, 11 de fevereiro de 2007

Vitória das máquinas partidárias de esquerda


Hoje, dia 11 de Fevereiro, foi a votos a intenção do Partido Socialista, e de toda a esquerda, de fazer uma lei que liberaliza o aborto até às 10 semanas. Ganharam, com cerca de 60%. O NÃO, apoiado pelo CDS e pelo PNR, perdeu. Mas permitam-me que vos diga que estes perto de 40% do NÃO representam as famílias, os independentes, os movimentos de cidadãos que quiseram contribuir com a sua opinião para o debate público sobre esta matéria. De resto, este é o único sentido em que existe, claramente, uma vitória do NÃO. Não nos podemos esquecer que, em 1998, o SIM não tinha o apoio do Partido Socialista e teve-o agora, o que fez, na minha opinião, toda a diferença. Além disso, este referendo é feito numa fase ascendente da esquerda, que se deve à ausência de direita no panorama político nacional. O PSD não existiu neste referendo e o CDS, dada a matéria, devia ter tido uma maior intervenção. Não é, contudo, hoje, a altura certa para arranjar culpados, apenas com o resultado deste referendo. Mas sublinho o fantástico entusiasmo e entrega de todos aqueles cidadãos que deram a cara pelo NÃO. E digo-o porque deram a cara quando não tinham nada a ganhar com o resultado deste referendo. Aliás, ninguém que defendeu o NÃO tinha a ganhar com uma possível vitória, que acabou por não acontecer. Foi apenas uma questão de defender os valores de cada um. Obviamente, houve várias coisas que falharam, mas não se pode apontar o dedo a cidadãos comuns que apenas defendem, com os meios possíveis, os seus valores e as suas convicções.
A vitória do SIM é clara e deve-se a um conjunto de factores que foram cruciais: a intervenção socialista, na AM de Lisboa, foi a base desta vitória. Lembro que o SIM obteve perto de 70% em Lisboa. Logicamente, foi uma campanha mentirosa e fundamentalista da esquerda, que não deixou espaço ao NÃO para mostrar os seus argumentos. A campanha do PS, principalmente em Lisboa e no Porto, foi vital, principalmente nesta última fase da campanha, em que o NÃO se aproximava muito dos resultados de 1998. Do lado contrário, o meu, o do NÃO, não houve resposta a esta intervenção socialista, simplesmente devido à falta de meios, que é perceptível visto que as plataformas do NÃO eram constituídas por cidadãos independentes. Mas há outros factores que originaram a vitória do SIM. Por exemplo, não chegou à esmagadora parte das pessoas que não se tratava da despenalização da mulher que aborta, mas de uma liberalização da prática do aborto até às 10 semanas. Os portugueses não ficaram esclarecidos quanto ao que iria acontecer caso o SIM ganhasse, o que aumentou as suas expectativas, já que todos perceberam que se o NÃO saisse vencedor, tudo iria ficar na mesma. Este facto é importante visto que as pessoas estão descontentes e o facto de alguma coisa ficar igual (portanto, não mudar) assusta-as, mesmo quando se trata da defesa da vida humana e da saúde da mulher. Já que falo na saúde da mulher, o facto de o aborto ser sempre prejudicial para a mulher não chegou às pessoas. O que chegou foi apenas que o aborto clandestino pode causar danos irreparáveis, o que é verdade, mas é, no meu ver, incompleto. Enfim, poderia estar aqui o resto da noite a escrever, mas se o SIM ganhou foi por teve uma máquina partidária do PS a funcionar de uma forma eficaz. Ao PS, juntou-se toda a esquerda, enquanto a direita estava monótona e pouco interventiva, deixando a defesa do NÃO, apenas, para as famílias e para os movimentos de cidadãos. Vamos lutar por melhores condições no SNS, vamos estar em cima para defender os direitos das vidas inocentes dos filhos que morrem apenas por irresponsabilidade dos pais, vamos defender os nossos valores e vamos continuar a acompanhar, também sem interesses e na qualidade de cidadãos responsáveis as mulheres com dificuldades e as crianças que nascem com poucos meios. Vamos lutar sempre, mas sempre, mesmo, pela vida. De resto, o NÃO não pode e não deve acabar hoje. Pelo contrário, deve ser a primeira cara da defesa da vida e de uma futura lei, na qual tem de constar o planeamento familiar e o acompanhamento médico. Mas se apenas constar na mesma o aborto livre, lutaremos e responderemos, sempre "aborto livre? NÃO, OBRIGADA".
No programa Hora H, da SIC, que fez o primeiro programa, hoje, dia 10 de Fevereiro, no último sketch, fez, indirectamente, "campanha" pelo SIM, numa tentativa, que, para mim, é clara, de manipular a audiência. Tendo em conta que estamos na noite da véspera do referendo, o chamado "dia de reflexão", este facto é ilegal, pelo que protesto veementemente contra este tipo de actuação. Nesse sentido, caso ninguém faça queixa na CNE, eu próprio o farei.

Sem mais nada de momento, reflectamos.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Um PSD pequenino, um CDS adormecido e a esquerda unida e empenhada



Um PSD pequenino

Infelizmente, à partida para este referendo, que o PSD ajudou a promover, Marques Mendes decidiu ser inédito, fazendo com que o Partido tivesse uma não-posição sobre esta matéria. Contudo, não abdicou dos tempos de antena, onde aproveitou para fazer, indirectamente, campanha pelo NÃO. O povo ficou sem saber qual era, então, a posição do Partido que não deu a entender se era pelo NÃO ou pelo TALVEZ, o que baralhou muito as pessoas. Incompreensível.






Um CDS adormecido
Cada vez com menos visibilidade entre os portugueses, o CDS era o Partido que mais podia ganhar com este referendo, fazendo notar as ideias que o tornam diferente. Infelizmente, esteve apagado e apenas Paulo Portas apareceu mais vezes aos portugueses, defendendo, corajosamente, o NÃO. De resto, não se viu sequer um cartaz na rua, pelo menos que chamasse a atenção.






Esquerda unida e empenhada


O que está em causa neste referendo é algo pelo que a esquerda portuguesa se bate há já longos anos. Enquanto o NÃO tem como imagem as famílias e os independentes, o SIM tem como imagem o PS, o PC e o BE. Infelizmente, foi assim. Os discursos e as campanhas da extrema esquerda foram normais: excessivos. Quanto ao PS, esta imagem diz tudo: propaganda mentirosa e demasiada intervenção. Ainda estou para perceber aquele cartaz que diz que não há outra solução sem ser o voto no SIM. Então, se não há, porque é que nos deram duas hipóteses de resposta?






Em suma, foi uma campanha à imagem dos líderes políticos.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Parasitas perigosos


Estamos a uma semana do referendo sobre o aborto. Chamem-me fundamentalista, se quiserem, mas não consigo compreender sequer o motivo deste referendo. Numa tentativa de enganar as pessoas, os partidários do SIM têm dois únicos argumentos: a despenalização da mulher e o fim do aborto clandestino. Ora, se não há nenhuma mulher presa por ter abortado e se não há nada que comprove que o aborto clandestino vá acabar, não há nenhum motivo para se votar de outra maneira sem ser no NÃO.
O problema é que entre as pessoas que defendem o NÃO existem diferenças de opiniões. Uns são contra a liberalização, outros contra a despenalização e outros são contra a liberalização mas a favor da despenalização. Estas diferenças tem confundido os portugueses. Mas permitam-me que vos diga que esta diferença de opiniões apenas enriquece o voto no NÃO, contrastando com um SIM homogéneo e vazio.
Tive, hoje, a oportunidade de falar com uma pessoa do Bloco de Esquerda que dizia que a sociedade não devia ter moral nem valores. Cada um devia agir pela sua cabeça. Daí estes parasitas de extrema esquerda, que querem corromper a sociedade e gerar o caos e a anarquia, quererem entre outras coisas, poucas, liberalizar o aborto e legalizar as drogas leves. Mas eu acho que uma vitória do SIM neste referendo vai ser muito prejudicial para a extrema esquerda. É que com o aborto liberalizado, resta apenas a legalização das drogas leves para terem alguma coisa por se bater. Ao PS falta ainda a legalização do casamento entre homossexuais. É que se Espanha é um exemplo de modernidade, vamos copiar as ideias deles, acabando com a cultura e com os valores portugueses.
Não vou continuar com os argumentos pelos quais me tenho batido, mas a solução para acabar com o aborto clandestino não está em liberalizá-lo, mas em combatê-lo. Pela saúde da mulher e pela vida do filho. Nunca se deve substituir um mal por outro mal, mesmo quando este último seja um mal, relativamente, menor. Pouco menor. Apenas se pode combater o aborto clandestino com a lei preventiva que vigora neste momento. Talvez com ligeiras alterações (melhorias), mas nunca em todas as circunstâncias até às 10 semanas de gravidez.

Como vou estar em campanha pelo NÃO, deixo-vos aqui 2 exemplos de coisas que vão acontecer. Isto sim, prever situações, é ser responsável:

- O pai quer ter o filho e a mãe não. Então, como querem liberalizar o aborto em todas as circunstâncias, desde que seja por vontade da mulher, a mãe aborta e o pai que queria o filho fica sem ele. E a igualdade entre pai e mãe? Para mim, bastaria um querer para o filho nascer...

- Todos sabemos que entre os 24 e os 30's anos, os jovens que trabalham estão sujeitos a grandes pressões. Como existe a possibilidade de escolha, entre nascer ou matar o filho, os patrões vão pressionar as mulheres para que as mesmas abortem...

Muy Bueno


Sporting 5 - 1 Nacional

O Sporting venceu o Nacional da Madeira, com 5 golos nos últimos 20 minutos, depois de Liedson ter falhado uma grande penalidade. Bueno foi o autor de 4 golos, algo que já tinha conseguido com a camisola do Peñarol. Pouco há a mais a dizer, pois além destes claros 5 golos (4 do avançado uruguaio), as estatísticas dizem tudo...

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Liberdade (a mais)

Na sexta-feira à noite, estive pelas ruas de Miraflores e Algés, a colocar alguns cartazes de campanha pelo NÃO à liberalização do aborto. Ontem de manhã, sábado, voltei a ir aos mesmos locais e tal não foi o meu espanto quando vi que uma boa parte deles(todos na mesma zona) tinham sido arrancados e rasgados. Pus a hipótese de ter sido o vento, que não soprou, praticamente, nessa noite, ou até de ter sido a chuva(nessa noite não choveu!) a arrancar aqueles cartazes. Mas, curiosamente, estava um lado da rua sem cartazes e na outra todos os que eu tinha colocado, permaneciam. Andei à procura até que encontrei dois rasgados, numa pequena bola, no chão da rua. É nestas alturas que penso que não vale a pena acreditar nas pessoas. Não vale a pena debater com as pessoas. Mostrar as nossas ideias. É preciso mais disciplina e autoridade para que haja respeito.
Além de quererem liberalizar o aborto, será que querem liberalizar o arrancar dos cartazes? E assim os valores portugueses, que tanto custaram no passado a serem incutidos, desaparecem.
É que é também em defesa dos meus valores que faço campanha e votarei NÃO ao aborto. Porque a solução não está em liberalizá-lo mas em acabar com ele.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007


Demasiado fedorento


Todos nós sabemos que o Ricardo Araújo Pereira é o rei da comédia em Portugal. O programa dos Gato Fedorento na RTP tem brincado com temas importantes da sociedade portuguesa e um deles é o aborto. Na função de comediante, Ricardo Araújo Pereira, em conjunto com a restante equipa do Gato Fedorento, fizeram um "prós e contras" a brincar com o aborto. Sendo um programa de humor teve muita graça. Além desse programa, o programa voltou a ter o aborto como tema no "movimento dos indecisos" e com o momento em que Cavaco Silva se dirigiu aos portugueses para anunciar a data do referendo. Mas uma coisa é a comédia. Outra é quando se utiliza um artigo numa revista para se dirigir a uma família com 5 crianças, de uma forma dura e até agressiva.

Foi isso que aconteceu no artigo de Ricardo Araújo Pereira, na revista Visão. Diz o artigo que uma criança com 5 anos tinha visto o Ricardo na televisão, numa iniciativa que pretendia o voto SIM no próximo referendo. Tendo 5 anos, a criança não sabe o que é um aborto, nem sabe o que é a despenalização ou liberalização do mesmo. Então um irmão dessa criança explicou-lhe que o Ricardo era a favor de que uma mulher grávida possa matar o filho, sem qualquer impedimento, em todas as circunstâncias. O Ricardo diz que isso é homicídio e tenta ridicularizar aquela família por não ter explicado à criança o que, de facto, o Ricardo defende. Mas uma criança não consegue, nem se pede que perceba, o que é que está em discussão nesta altura. Foi um artigo excessivo e inútil, na medida em que, se a intenção era fazer campanha pelo SIM, não trouxe nada de novo, nada que pudesse ajudar as pessoas a irem votar e em que votar. Penso que ficou claro que este elemento dos Gato Fedorento tem uma característica que, de resto, todos os elementos do "SIM" têm: não aceitar a opinião dos outros. Porque se aceitassem, o Ricardo não escreveria este artigo e este referendo não iria acontecer, pois só aconteceu porque há 8 anos se fez a mesma pergunta, à qual os portugueses responderam NÃO.
TODOS JUNTOS VAMOS GRITAR PELA VIDA QUE HÁ DENTRO DE TI.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Apoio total


Hoje acordei e fiquei admiradíssimo com os jornais desportivos. O Sporting não se reforçou, ao contrário do que aconteceu com Benfica e Porto. É verdade que a equipa não tem ganho, nem sequer anda a jogar muito bem. Mas temos de aceitar a realidade: sem dinheiro não há compras. Podemos ter pior equipa que o Porto, mas por muito que nos reforçássemos não formariamos uma equipa num mês para ser campeã nacional.

A equipa do Sporting é uma equipa de jovens, oriundos da formação. Não tenho dúvidas de que como Moutinho, Miguel Veloso, Nani, entre muitos outros que aí estão a vir, como o Caiado, o Zezinando ou o Paím, não há em Portugal. Sendo uma equipa de jovens, não os posso assobiar. São humanos, sentem o peso da camisola e os assobios só vão agravar as coisas. Por isso apoio e aplaudo nos bons e nos maus momentos. É assim que se faz em Inglaterra, por exemplo.

Eu acredito, plenamente, no projecto do presidente Soares Franco. A SAD tem de dar lucro e deve-se apostar na formação.

Eu só olho para o Sporting. Não me assustam os reforços das equipas rivais. Mas eu não percebo tanto nervosismo de vários adeptos. Pensemos no exemplo do Porto: o Porto tem-se reforçado muito e mais de metade dos jogadores novos acabam por ser, posteriormente, emprestados ou "dados". Por isso, a SAD do FCPorto apresentou um prejuizo acima dos 30 milhões de euros. Logicamente, têm um plantel de luxo, mas eu gostava que antes de criticar a política de contratações do Sporting, visse-mos a quantidade de dinheiro que o Porto gastou para ter Lucho, Quaresma, Anderson, etc. O Sporting não pode, nem deve, numa altura destas, comprar jogadores tão caros.

Quanto ao Benfica, o balanço que faço deste mercado é que o Benfica piorou muito na defesa e melhorou pouco o ataque. Ricardo Rocha e Quim eram, na minha opinião, os melhores jogadores do Benfica até ao fim da primeira volta. Além disso, o Benfica mostra pouco futebol, apesar de ganhar os jogos. Normalmente, as outras equipas jogam e o Benfica marca. Foi assim em Alvalade, em Coimbra e no Restelo. Não pode ser sempre assim. Numa frase curta, caracterizo o Benfica e os seus adeptos: têm moral a mais e equipa a menos.

É normal que o Sporting não seja campeão e até é normal que fique em 3º dado que preferiu "não comprar por comprar". O importante é estarmos para o ano na Liga dos Campeões, para amealhar pelo menos mais 5 milhões de euros e que consigamos manter o Moutinho, o Liedson e a defesa. Talvez fosse bom segurar o Miguel Veloso e a sair que seja o Custódio ou o Nani. Mas isso depois se verá. Para já é importante levantarmos a cabeça e acreditar que no futuro seremos a melhor equipa de Portugal.

A pirataria e o aborto


Entre as minhas reflexões, lembrei-me daquele anúncio que, de certeza, muitos de vós conhecem, antes dos filmes, no cinema. O anúncio tem a ver com os downloads ilegais e com a pirataria. Diz este anúncio que a pirataria é crime, punível até 3 anos de prisão. Será que alguém quer que as coitadas das pessoas que fazem pirataria vão presas? Tal como a lei do aborto, a lei que pune até 3 anos de prisão os actos de pirataria, é, também, uma lei preventiva, que indica um comportamento que devemos ter. Não vi ninguém a refilar nem a querer fazer referendos ou manifestações sobre os pobres dos "piratas" da net. Mas porque é que é diferente quando se fala de uma vida? É isto que me preocupa e, sinceramente, me tem desiludido muito.

"Faz mesmo lembrar" alguém



Sozinho, triste, cansado, com pouca vontade de dar a cara. Isto faz-me lembrar alguém...