domingo, 31 de janeiro de 2010

Risco Alegre


Com Manuel Alegre, parece-me evidente que em Portugal o risco de se ter um Presidente da República com o apoio, inequívoco e incondicional, do Bloco de Esquerda é superior do que se a escolha tivesse passado por qualquer outro candidato.
Parece-me também evidente que será muito difícil a Alegre conseguir derrotar Cavaco Silva, facto que, a acontecer, só seria possível numa segunda volta. Apesar de ser muito difícil e de eu não acreditar muito que venha a acontecer, ainda assim, não deixa de ser possível. Parto do princípio, ainda não confirmado, de que Cavaco Silva se irá recandidatar para segundo mandato.
A conjuntura é dura: o desemprego está nos dois dígitos, o défice está também perto desses dois dígitos, a dívida do Estado compromete já, e de forma bastante séria, as gerações de portugueses que ainda estão por nascer. Politicamente, a esquerda extremista e radical tem um peso muitíssimo superior do que nos países modernos e desenvolvidos da Europa e do Mundo. O partido de Governo não tem maioria absoluta na Assembleia da República. É certo que seria melhor se houvesse, nestas circunstâncias, uma maioria absoluta de apoio à política do Governo. Mas tendo em conta que, neste momento, o partido de Governo é o Partido Socialista, a maioria relativa parlamentar, a julgar pelos últimos anos (e correspondentes resultados), acaba por ter de ser vista como um cenário menos mau.
Será esta, certamente, a conjuntura do país quando houver Presidenciais, em 2011.
Mas será que Portugal, com esta conjuntura, "sobreviveria" com um Presidente da República de esquerda? Seria viável um Portugal com um Presidente que teve, em primeiro lugar, o apoio do Bloco de Esquerda?
A candidatura de Alegre deve ser vista, pelos portugueses, como um grande risco. Mais um risco que nós, portugueses, correríamos. É um risco Alegre, que não traz rigorosamente nada de alegre para o país. Pelo contrário, até.
E este é um cenário. Pouco provável, é certo. Mas possível. Normalmente, quando se quer fugir das perguntas, os políticos dizem que não falam de cenários. Pois que não fujam a esta questão nem deixem de avisar os portugueses do cenário de um país com este Risco Alegre. É que não poderia haver pior altura para riscos.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O congelamento de salários dos funcionários públicos


Com o Orçamento de Estado para 2010, os salários dos funcionários públicos ficaram congelados.
Tendo em conta a duríssima situação económica do Estado Português não poderia haver outro caminho. Por isso, esta proposta, específica, do Governo faz todo o sentido.
O que acontece é que os órgãos de comunicação social estão a dizer que o congelamento de salários foi proposto pelo PSD. Dizem, alguns desses órgãos, que foi uma condição imprescindível que o PSD colocou para poder viabilizar o Orçamento.
Ora aqui está mais uma enorme manobra de propaganda dos socialistas, a que, de uma forma um pouco mais educada, Pacheco Pereira define como situacionismo.
Os portugueses devem perceber que o PSD não tem nada contra os funcionários públicos.
Os portugueses devem perceber que este congelamento de salários só acontece fruto de anos e anos de governações socialistas que foram desastrosas para a nossa economia.
Possivelmente, se o Governo tivesse acolhido os avisos feitos antecipadamente pelo PSD, não chegariamos a este ponto.
Essa é a verdade. Que não passa nos telejornais. Que não aparece nos noticiários matutinos das rádios. Que não é impressa nos jornais que se vendem todos os dias. Mas que merece ser dita.
Os salários dos funcionários públicos foram congelados também porque o PS não tinha outra alternativa. Em mais de quatro anos de maioria absoluta não fez as reformas necessárias na função pública. Perdeu essa maioria. Mas poderia, se quisesse, opor-se a essa hipotética condição do PSD.
O PSD compreende as pretensões de quem trabalha na função pública.
Mas quem trabalha na função pública deve compreender que a questão é entre ter trabalho ou não ter trabalho. Entre ter ordenado e não ter. Entre poder pagar empréstimos e não poder. Entre ter pão em casa e não ter.
Os aumentos salariais estão, por isso, completamente fora de questão. E a responsabilidade é, como acima disse, exclusiva do Partido Socialista.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Porque se aproximam as directas...

Talvez fosse importante que todos aqueles que se irão apresentar às eleições para o novo líder do PSD compreendessem as palavras a utilizar. Mais do que as palavras, no futuro próximo irão interessar os comportamentos.
O PSD, neste momento, além de se unir, precisa de se abrir. À sociedade civil, sobretudo aos que, sendo da área do PSD, podem ser úteis mais-valias para o futuro político, social e económico do nosso país.
Antes de se dizer que é preciso mudar, é preciso saber onde estamos. O PSD, na campanha que fez para as legislativas, mostrou ter tomado opções correctas. Este Orçamento de Estado para 2010 é a prova disso. Não podemos, porque o país não resistirá, colocar os interesses partidários à frente dos interesses nacionais.
Disse, acima, que o PSD precisa de se abrir. Disse também que temos de nos unir. Pois então que se crie o ambiente favorável a essa união, que tem de ser generalizada (mas verdadeira), e que se esqueçam os desafios a outros possíveis candidatos e as apreciações sobre aqueles que, podendo constituir oposição a um determinado candidato, não deixarão nunca de ser grandes mais-valias para o Partido e para o País.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Também não contem comigo!


Depois de ter escrito ontem sobre um episódio interno do Sporting, escrevo agora sobre alguns acontecimentos dos últimos dias.
Os últimos dias foram o princípio daquilo que eu tenho vindo a alertar de que iria acontecer.
As escutas telefónicas, de Pinto da Costa, foram divulgadas e estão acessíveis a quem as quiser ouvir. Duas coisas há que condenar: em primeiro lugar, a divulgação das escutas; em segundo, o seu conteúdo.
O conteúdo deu razão ao Sporting. Porque o Sporting denunciou o que se estava a passar. O Sporting lutou, como nenhum outro clube, pela verdade desportiva em Portugal e terá mesmo sido o clube mais prejudicado.
Enquanto sportinguista, senti-me ainda ofendido pelo que Pinto da Costa disse do Paulinho.
Ainda de condenar as sucessivas cenas ocorridas nos túneis em dias de jogo do Benfica. Além do jogo Benfica-Porto e Braga-Benfica, parece que também houve cenas condenáveis no Benfica-Nacional. Os prejudicados, exceptuando um jogador, foram sempre os adversários do Benfica.
A consequência prevista para os factos previstos na nota de culpa sobre o que aconteceu com dois jogadores portistas e seguranças do Benfica realça a incompetência de quem dá as sentenças. Graças a eles, possivelmente, vamos ver um dos maiores artistas da nossa Liga a jogar num outro campeonato!
Somos constantemente confrontados com notícias absurdas. Hoje, quer-se dizer que um empresário quis pagar a jogadores do Leixões para ganharem ao Benfica no sentido de beneficiar…o Braga.
Não me contem histórias. Já não chegavam as parciais e miseráveis arbitragens?!
Além destes factos, é de condenar também o facto do automóvel onde seguia o Presidente do Futebol Clube do Porto ter sido apedrejado no Estoril. Lastimável.
O futebol português, não sendo dirigido por vigaristas, por estes é controlado. A classificação dos campeonatos é uma aldrabice. Não contem mais comigo para alertar o que já tinha alertado. Não contem comigo para juntar mais palavras a esta desvergonha. Até já anunciei o campeão. Se tudo assim continuar, o campeão está decidido. A sério, não contem comigo. Falem-me de futebol, se quiserem!
Quanto ao resto, a Justiça que funcione!
Só há uma coisa que me assusta: como isto está, não tenho a certeza de que este ambiente, de terror, possa ser controlável.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Não contem comigo!


Nos últimos dias, vários foram os assuntos que me fizeram não escrever.
Não escrevi por decepção. Decepção relativamente a assuntos sobre os quais, normalmente, costumo escrever. Por exemplo, a política e o PSD, o Sporting e o futebol nacional.
Comecemos pelo Sporting. Hoje vou falar do Sporting.
Não contem comigo para crucificar o Rei. O Rei Sá Pinto. Que errou, como é óbvio, tal como errei muitas vezes. Mas o Liedson também terá errado, certamente.
O Sá Pinto fez coisas boas neste curto período em que exerceu o cargo de director para o futebol. A entrega dos jogadores em campo foi diferente. Ganhámos, por isso, quase todos os jogos. O que o Sá Pinto fez foi defender os sócios e os adeptos que são, esses sim, o Sporting.
Já tinha escrito sobre esse assunto. O Sporting sou eu, é o Sá Pinto, é o Paulinho, é o Patrício da Torcida Verde, são as suas claques, são aqueles sócios da bancada central que, aconteça o que acontecer, não arredam pé.
O Sá Pinto excedeu-se. Eu também já me excedi. Mas defendeu os sócios. O que, não sendo justificação, é claramente algo digno de um grande sportinguista.
O Sporting ganhou, neste último fim-de-semana, com golo do Liedson.
No último jogo para o campeonato, ganhámos com dois golos do Liedson.
Já ganhámos competições por causa do Liedson. Se não fosse o Liedson, possivelmente não teríamos estado tantas vezes felizes, a jogar na Liga dos Campeões.
O Sporting fica, por isso, melhor com o Liedson. Porque vale muitos golos, muitos pontos, muita alegria e muito dinheiro.
Mas o Sá Pinto não tem preço.
Posso estar errado no que estou a dizer. Podem até dizer que estou a defender o que não tem defesa. Podem dizer o que quiserem. Mas não contem comigo para bater no Sá Pinto. Porque bater no Sá Pinto é "agredir" uma referência de raça, irreverência e atitude. É bater num símbolo dos jovens. É bater no Sporting.
Entre o Liedson (e mais uma série de jogadores) e o Sá Pinto, estou do lado deste último. Não contem comigo para me mudar para o outro lado.
Os jogadores? Que joguem à bola, que ganhem os jogos, que justifiquem a fortuna que ganham! Que comam a relva, que deitem sangue e suor à procura das vitórias. E que venham, no fim dos jogos, agradecer aos sócios e adeptos. Porque vamos a todo o lado, faça chuva, sol, frio, vento ou neve.
O Sporting somos nós. Sá Pinto inclusivé.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Bem-vindo, Francisco!

Com 4,2 kg, o Francisco tem personalidade jurídica.
Está realizado o meu segundo dos 12 desejos que fiz à meia-noite, na entrada para 2010.
Bem-vindo, Francisco!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Verdades sejam ditas

Com várias defesas, várias delas de grande dificuldade, Rui Patrício tem sido um dos grandes factores, porventura o mais decisivo, da série de seis vitórias consecutivas da equipa do Sporting.
Numa época excepcional, em que a equipa está longe da luta pelo título, foi Rui Patrício que evitou males maiores.
Por isso, Rui Patrício é um dos três melhores guarda-redes portugueses. É o melhor guarda-redes jovem nacional e chegará, certamente, a número um da selecção nacional.
Ontem, sofreu um golo caricato. O Adrien passou-lhe a bola, mas o péssimo estado do relvado fez com que a bola saltasse e o pontapé saiu errado. Sem poder agarrar a bola, tentou cabeceá-la, mas não conseguiu. Um jogador chinês, que estava em dia sim, marcou o segundo golo do Mafra.
O Sporting passava a ganhar, então, por 4-2.
Quantos erros, dos melhores jogadores do mundo, aconteceram nas mesmas circunstâncias?

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Ainda sobre o Congresso

Tenho lido, em vários blogues e sites, e ouvido várias pessoas que gostariam que o Congresso Extraordinário do PSD fosse realizado no Alentejo.
Tendo em conta os fins pretendidos com esse mesmo Congresso, creio que o local seria algo secundário.
Mas, pessoalmente, gostava muito que se realizasse no Alentejo ou no Ribatejo. Que são locais onde o PSD, em vários dos municípios, é mesmo a terceira força política.
Seria um sinal de que estamos atentos a essas duas regiões. Que merecerão, num futuro breve, um esforço acrescido do PSD.
Se fosse eu a escolher, gostaria muito que o Congresso fosse realizado na Chamusca, terra comunista, mas com crescimento recente socialista. Seria uma alegria para aquelas gentes, se pudessem ver de perto alguns dos grandes protagonistas da vida política portuguesa.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Podem encomendar as faixas!

Sim, podem encomendar.
Porque o título de campeão nacional está decidido há muito tempo.
Este fim-de-semana, roubo de dois pontos no Dragão e tentativa de roubo ao Sporting de Braga em Coimbra.
O Benfica voltou a ter a ajuda do árbitro. As imagens são claras. Não se passou nada. Nada mais do que o que se tinha passado minutos antes com Peixoto e Di Maria. Peixoto não viu nada, Di Maria apanhou amarelo, o jogador do Marítimo foi para a rua. Por muito menos.
Numa jogada em que o Marítimo saía para um contra-ataque perigosíssimo, o senhor Ferreira parou a jogada e marcou uma falta, beneficiando o infractor. Logo a seguir, a jogar contra dez, o Benfica mata o jogo.
O Benfica é campeão e vai ganhar a Taça da Liga. Não tenho dúvidas disso. Podem encomendar as faixas.
O golo do 5-0, é curioso, é igual ao golo anulado contra o Benfica para a Taça da Liga.
O título vai ser conquistado com total falta de respeito pelo profissionalismo de vários atletas. É deles que tenho pena.
Porque todos os adeptos, que não são do Benfica, estão absolutamente conscientes de que num outro qualquer país desenvolvido deste mundo, o que se tem passado com as competições internas portuguesas teria de ser resolvido num único local: o tribunal.
É o total descrédito do futebol português. E alguns dirigentes do Benfica, assim como alguns outros agentes ou ex-agentes do futebol (exemplo: Paraty), têm sido claramente coniventes com tamanha deturpação da verdade desportiva no futebol português. Isso é visível num programa que passa às segundas-feiras.
Quem fala bem é o Lucílio Baptista. Diz que os árbitros "têm feito um excelente trabalho". E se têm.
Parabéns aos benfiquistas.
Os outros, os que gostamos de futebol, vamos continuar a seguir as nossas equipas e a olhar, com inveja e admiração, para campeonatos como o francês (que bom campeonato!), o inglês (que é cinema, a comparar com o nosso!), o espanhol (que tem salero, mas verdadeiro), o italiano (onde a Justiça funciona), o alemão ou mesmo o turco (que protege os jogadores turcos e é onde joga o melhor avançado português).

domingo, 17 de janeiro de 2010

O PSD, o Congresso e os contras


Em Portugal, ouvimos muito a expressão “contra tudo e contra todos”.
Sempre que o Benfica ou o Porto ganham qualquer coisa e o seu presidente fala, dizem que ganharam “contra tudo e contra todos”.
Nos sites onde são permitidos comentários aos leitores, sobretudo os sites de notícias, os que comentam usam, incessantemente, a palavra “contra”. Contra este e contra aquele.
Lembro-me também, quando recapitularam a vitória do PSD nas europeias, que se valorizou o facto da escolha do cabeça-de-lista ter sido feita “contra a vontade” de várias pessoas.
Seremos um país que tem de ser mesmo “do contra”?
O Hino, algo que nos une a todos e faz explodir, em cada um de nós, o amor por Portugal, termina com “contra os canhões, marchar, marchar”.
A notícia nacional dos últimos dias conta-nos a disponibilidade de um homem que se candidatou a Presidente da República…contra Mário Soares. Quer agora ser o candidato do PS contra Cavaco Silva. Apesar de já ter sido candidato contra o próprio PS.
O PSD, como o resto do país, tem vivido nesta base “do contra”. Este está contra aquele e aquele está contra o outro. As bases estão contra as elites. E dentro das elites há os tais barões que estão sempre uns contra os outros.
Nos últimos tempos, falou-se de uma recolha de assinaturas para a realização de um Congresso. Logo se falou das várias pessoas que estão contra. Contra as assinaturas ou contra o Congresso. Há sempre alguns que estão só contra a pessoa que tomou a iniciativa.
Parte dos que estão contra o Congresso, justificam essa postura do contra por desejarem eleições directas rapidamente.
Nas directas, o partido anda dividido. Quem vai contra Passos Coelho?
Eu não sou contra o Congresso, nem sou contra Passos Coelho, nem contra as elites, nem contra as bases, nem contra isto ou aquilo, este ou aquele, ou aqueloutro.
Já chega!
A esmagadora parte dos portugueses está contra aquilo que se passa no PSD.
E o facto de não conseguirmos vencer a um Governo muitíssimo contestado por oito décimas dos portugueses acaba por ser, isso sim, contra-natura.
Uma das assinaturas para o Congresso é a minha. E assinei, não pela admiração que tenho por quem as promoveu (apesar de também a ter), mas por duas razões.
A primeira é a de que o PSD não pode continuar a ser um partido sem causas, em completo desnorte, sem pontos que possam ser imediatamente reconhecidos pelos portugueses.
A segunda é a de que o partido não pode continuar a viver nesta lógica, em que metade está contra a outra metade ou em que um terço está contra os outros dois terços, e vice-versa.
Não pode haver, em dois anos e por força da alteração do líder, uma mudança radical ao ponto do discurso do PSD, num ano, ser radicalmente contra aquele discurso que tinha sido adoptado no ano anterior.
Isso só acontece por causa da primeira razão: verdadeiramente, neste momento, o PSD (visto no seu todo) não sabe bem o que quer, não sabe o que pensar, não sabe o que fazer, mas, acima de tudo, não chega a saber muito bem quem é.
Isso é grave. E não pode continuar.
Por isso, o Congresso é ideal para que o PSD possa reencontrar a sua identidade, a que nos une a todos.
O líder? Qualquer que seja o líder, neste momento, terá, mesmo dentro do partido, uma boa parte de pessoas contra ele.
Até relativamente à futura liderança, o Congresso poderá ser produtivo.
Pessoalmente, gostaria de ouvir Passos Coelho. Se houvesse hoje eleições directas e se fosse candidato único, eu, possivelmente, votaria em branco. Digo-o com franqueza. Não o conheço, não sei o que quer e o Congresso, pelo seu impacto e não só, poderá ser uma boa oportunidade também para ele se apresentar, a si e ao seu projecto, para o partido e para o país, e mobilizar o PSD em torno deles.
Teria todo o gosto em ouvi-lo. A ele e a todos os outros. Os que querem ser líderes e os que não querem.
Repito. Já chega! Chega de tantos contras!
Nem o PSD nem o país aguentam esta situação muito mais tempo!
Vamos ouvir-nos uns aos outros! Vamos encontrar os pontos de união!
E se não conseguimos viver sem os contras, então que façamos isso contra o orgulho excessivo de cada um de nós.

Voltou!


Liedson, ainda com algumas limitações, voltou.
Voltou aos relvados e aos golos.
Voltou a fazer a diferença.
Mas não foi só ele.
Mesmo sem Liedson, o Sporting voltou a praticar um futebol que nos dá a força de nos metermos, todos, a caminho de Alvalade. E de saír de lá com um sorriso. Outra vez!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Portugal visto pelos socialistas

A julgar pelas palavras do actual e do último Ministros das Obras Públicas, Portugal é, ou pode passar a ser visto, assim.




Pelo meio, fica o Tejo.

O Red Bull dá-te asas!...


Afinal, não é verdade que o evento Red Bull Air Race vai custar o mesmo a Lisboa do que o que custou ao Porto e a Gaia.
Helena Roseta, ao que consta, percebeu isso numa reunião. Depois, abandonou o local.
Será que o Red Bull deu asas à Vereadora? É que se foi embora. E não voltou mais!
Ou então foi mesmo beber um Red Bull. Que, segundo os anúncios publicitários, refresca o corpo e a mente.

Oi?


Bruno Paixão, à frente.


Bruno Paixão, atrás.

Já disse que estou de acordo com Vitor Pereira quando diz que os árbitros têm sido parciais.
Porque não começa, então, o senhor Vitor Pereira a nomear árbitros imparciais?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Buracos

Uma das coisas que mais me irrita, no dia-a-dia, são os buracos nas estradas.
Até às eleições foram arranjadas algumas estradas. Lembro-me de uma, ali ao pé do liceu Pedro Nunes, mesmo ao lado do Jardim da Estrela, que estava toda esburacada. Pensei nisso os cinco dias da semana que passava por ali. Mas antes das eleições de Outubro, rapidamente aquela rua se tornou outra.
Mas a proximidade das eleições, apesar de serem boas para aqueles que vivem em concelhos de autarcas um pouco mais desleixados, não resolve todos os problemas.
Hoje, num dos acessos que nos fazem chegar ao Eixo-Norte Sul, no sentido do Lumiar, passei numa estrada com quase nenhuma iluminação, passei num buraco enorme e a jante saltou do pneu. Por sorte, não foi direita ao autocarro, que conseguiu parar a tempo nem acertou numa senhora, já com alguma idade, que por ali passava. Foi mesmo uma grande sorte!
Já tinha falado nos buracos. Peço desculpa por voltar a falar deles. Só que penso neles quase todos os dias. São os dias em que ando de carro.
De Belém a Benfica, dos Prazeres ao Lumiar, para não falar daquelas estradas quase intransitáveis em Alcântara e na Ajuda, as estradas de Lisboa têm cada vez mais buracos e, além de causarem danos aos veículos, começam a pôr em causa a integridade física daqueles que ainda têm a coragem de andar a pé, em locais com pouca gente e com pouca luminosidade, depois do sol se pôr.
Talvez não fosse má ideia que aqueles que governam os lisboetas começassem a arregaçar as mangas e a pensar nos problemas do dia-a-dia da pessoas. Seria muito mais consequente do que as ciclovias (mal feitas ainda por cima) que poucos usam, do que aquelas fantasias de festivais aéreos, além dos, já célebres, campos de girassóis.
Falo hoje dos buracos nas estradas. Mas poderia falar das segundas e terceiras filas de estacionamento. E de uma série de problemas que um condutor enfrenta no seu quotidiano. Não é sério falar-se numa estratégia de redução de tráfego automóvel quando os transportes públicos são manifestamente insuficientes.
Os que chegam a Lisboa todos os dias de concelhos limítrofes não têm outro modo para chegar à cidade. Apenas alguns têm o combóio. Os autocarros andam perdidos nas filas de trânsito. E, mesmo dentro da cidade de Lisboa, o metro não chega a todo o lado. Além disso, o tempo que se demora em mudar de um autocarro para o outro, da linha verde para a amarela, para depois entrar num combóio que nos leve até perto(!) de casa, faz com que os transportes públicos não sejam, neste momento, uma alternativa séria à utilização do automóvel.
Se as pessoas pagam os impostos ao nível dos que estão a pagar, só têm é de exigir que os passeios sejam circuláveis, que haja espaços verdes, que as ruas estejam limpas e que não existam buracos nas estradas. E que assim seja sempre. E não apenas em algumas zonas quando há eleições à porta.

Parcialidades


Escrevo sobre este assunto depois de um jogo em que foi invalidado um golo contra o Benfica. Que foi igual a um outro golo que foi validado a favor do Benfica, há poucos anos. Golo que deu, na altura, ao Benfica o primeiro lugar no único campeonato ganho nos últimos quinze anos.
O que quero dizer com isto é que Vitor Pereira, líder máximo dos árbitros em Portugal, tinha razão quando disse que os árbitros têm sido parciais durante esta temporada.
Têm mesmo. Ou foram parciais hoje ou foram naquele outro jogo que deu o primeiro lugar ao Benfica.
Antes do jogo de hoje, do golo invalidado igual ao que foi validado, na última jornada, em Vila do Conde, ficou por marcar um penalty evidente por empurrão de Miguel Vitor a um jogador do Rio Ave. Saviola, nesse mesmo jogo, simulou duas vezes. Um penalty e um livre em zona perigosa. Os dois amarelos ficaram no bolso.
Antes de Vila do Conde, contra o Nacional, o Luisão foi amarelado por pontapear de forma agressiva um adversário e apenas um enorme roubo de Igreja permitiu que o Benfica vencesse um jogo que, se os árbitros tivessem sido imparciais, perderia com a certeza quase absoluta.
Poderiamos ir a outros jogos. Um jogo de Olhão. Um jogo de Leiria. E vários outros jogos em que a Luz do estádio, por vezes, ofuscou a vista dos árbitros.
Vitor Pereira tem razão. Os árbitros têm sido parciais. E, por isso, a classificação das competições nacionais desta temporada é uma farsa.
O Benfica, em condições normais, tinha zero pontos na Taça da Liga e estaria em terceiro no campeonato, a pelo menos cinco pontos do Braga. Relembro que o Benfica já está fora da Taça.
O facto de estar, neste momento, empatado com o líder do campeonato e com a presença garantida nas meias-finais da Taça da Liga são, por isso mesmo, uma das maiores fraudes desportivas (senão mesmo a maior) que o futebol português viveu nos últimos tempos.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Também foi hoje

A RTP passou hoje uma notícia em rodapé no telejornal. Que é a mesma que foi dada há seis meses. E que nunca foi bem explicada às pessoas.
A RTP tinha a resposta à notícia que aparecia em rodapé. Mas não apareceu no telejornal das oito da noite. Nem em imagens (que a RTP tem), nem mesmo em rodapé.
Podem chamar o que quiserem a isso. Tudo menos serviço público de televisão.

O Sporting fez bem

6 milhões de euros é muito dinheiro.
Mas o Izmailov, sobretudo dentro de campo, vale muito mais do que esses 6 milhões.
O Sporting fez bem em recusar essa proposta.

Foi hoje.

Foi hoje!
À meia-noite, na passagem de ano, pedem-se 12 desejos.
O meu primeiro desejo realizou-se hoje.
Foi uma vitória pessoal, na qual sempre acreditei muito.
Nas últimas três semanas, chorei, gritei, não fui ver o Sporting ao estádio, não jantei muitas vezes à mesa com a minha família, porque estava muito determinado a conseguir ter o dia feliz, que tive hoje.
Mesmo assim, poderia, e deveria ter sido, mais expressivo. Não foi, paciência.
Obrigado à Mafalda e ao Diogo, mas também ao João e à Vera. Sobretudo a eles. E eles sabem quem são.
Às vezes é preciso andarmos, por algum tempo, “às aranhas” para podermos saborear melhor uma boa vitória contra uma Theraphosa blondi gigante.
Realizado que está o primeiro desejo, esperemos que amanhã, ou nos próximos dias, se realize, já, o segundo. Que o Francisco nasça com saúde para uma vida longa e feliz.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Uma espécie de Theraphosa blondi


Antes de mais, uma primeira nota, para dizer que esta imagem foi escolhida porque sei que há muita gente que tem pavor de aranhas e sendo a Theraphosa blondi a maior tarântula do mundo, fui sensível ao ponto de escolher uma imagem um pouco bem mais simpática do que a que apareceria, se eu pusesse mesmo uma imagem de uma tarântula dessa espécie.
Outra nota complementar, para explicar o título. Na verdade, fui à internet à procura de um animal que fosse o maior dentro da sua espécie, que usasse as suas características para fazer mal aos outros, sem que os matasse. Encontrei a Theraphosa blondi que, apesar de ser (relativamente) enorme e amedrontadora (para a maioria das pessoas), não consegue, com o seu veneno, matar um ser humano. Quanto muito causa náuseas ou dores musculares. Enfim, podem consultar o wikipédia, que foi precisamente onde encontrei estas informações.

Fui procurar esse animal para fazer um texto sobre algumas coisas que se estão a passar. Feitas por homens. Contra outros homens. Homens no sentido amplo do termo. A comparação que farei daqui para a frente será, obviamente, forçada.

É que na verdade eu sei que uma tarântula dessas tem muitas patas, que utiliza para se alimentar. Eu sei que todas as tarântulas se alimentam (também) de seres da sua própria espécie. Sei que são venenosas e que não perdoam quem as ataca. Sei tudo isso. Mas os seus fins são outros. E nunca nenhuma Theraphosa blondi me tentou atacar.

Em Portugal, mesmo que não seja uma theraphosa blondi, há uma aranha com algumas semelhanças. Só que é gigante. E não utiliza as suas características para matar logo. A que existe por cá, o que quer é fazer morrer aos poucos, fazendo com que os seus alvos fiquem, quase desesperadamente, a lutar pela sua dignidade, pela sua honra, pelo seu bom-nome, pela sua própria liberdade.

Os alvos, ao contrário da theraphosa blondi, são humanos, que se quer fazer sofrer, à medida que o tempo passa e que se vai jogando o nome na lama.

Esta aranha de que falo, a que por cá existe, é diferente da theraphosa blondi original. Porque a aranha de cá ameaça primeiro e só depois, com os seus meios inúmeros, parte para o ataque.

Esta aranha muda as leis do jogo a meio do campeonato e faz com que essas leis se apliquem de forma que ou é retroactiva ou é discricionária, sem qualquer respeito por dois princípios: o da irretroactividade da lei (sobretudo aquelas que prevêem penalizações) e aquele outro que diz que a lei é igual para todos, não sei se estão a ver…

Atrevo-me a dizer que esta aranha é incompetente.

Esta aranha é mal-educada, não olha a meios para atingir os fins, agindo sempre de uma forma que, humanamente, não poderia ser mais violenta.

Esta enorme aranha age, as mais das vezes, de um modo eficaz.

Primeiro, cria um clima hostil (montado a partir de ódios pessoais) que, por assim ser, é incomportável do ponto de vista de um homem normal.

Depois, materializa a primeira ameaça da forma que acima referi. E ataca. Ataca mesmo.

Se há um alvo a abater, a aranha não o ataca só a ele. Quer logo destruir a família inteira.

Porquê? Por duas razões, creio eu.

Primeira, por causa da inveja que, sendo um sentimento feio, é bastante comum nas pessoas. E nessa aranha também.

Segunda, porque essa aranha não está sozinha. Tem muitas outras da mesma espécie por todo o Mundo e tem objectivos bem definidos.

Por cá, ela está em todo o lado. Nos tribunais, no Ministério Público, nos partidos políticos, na Assembleia da República, na comunicação social, nos clubes, nas empresas, nas escolas, nos hospitais, nas polícias, nas faculdades…

Às vezes, a aranha diz que é religiosa. Mas, se tem alguma religião de verdade, deve então ser uma daquelas mais modernas que promove as guerras e que não pensa em derrotar adversários. Pensa logo em destruí-los.

Se alguém quer denunciar essa aranha e os comportamentos obscenos, é imediatamente abafado. Abafado, calado e castigado.

Essa aranha pede desculpa por nos fazer um reparo e, logo a seguir, insulta-nos.

Ela ri-se de nós porque tem a consciência de que tem tudo para nos vencer.

De vez em quando, quando os seus adversários têm um pouco mais de visibilidade, essa aranha também faz sondagens e põe notícias nos jornais.

Nada mais nos resta, senão o sacrifício total e a cobardia de, de vez em quando, termos de ser bem-educados com essa aranha gigante.

Por aqui me fico agora. Consciente de que vencer esta pequena batalha é uma missão difícil. Mas a tentar convencer-me de que não há guerras irremediavelmente perdidas.

O resto guardo comigo. Comigo, com dois amigos, duas amigas e com uma colega.

Tinha de registar este momento grave que se está a passar. Peço desculpa aos leitores que, certamente, pouco perceberão desta história.

Resta-me pedir desculpa às theraphosa blondi. Porque as trouxe injustamente ao assunto. E também porque, comparando com esta enorme aranha, as theraphosa blondi acabam por ser animais meigos, dóceis e sem grande poder.

E só espero que aqueles que ainda não se deixaram cair nessa teia não deixem, nunca, de ter bom-senso. Espero que não haja cedências a chantagens ou pressões. E seria absolutamente maravilhoso, se eu viesse a descobrir que a aranha não tem mau-perder. Gostava muito que assim fosse. Ou que, pelo menos, as derrotas não fossem uma boa razão para agir, novamente, ainda com mais força.

Se isso acontecer, viverei daqui por alguns dias um momento pessoalmente muito feliz. E se vier a acontecer (como espero ansiosamente), o que aconteceu só irá ser reconhecido pelas cinco pessoas de que há pouco falei.

Que assim seja.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Boa pergunta

José Sócrates esteve hoje presente durante o debate do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
À saída falou sobre o debate e sobre aquele que pensava ter sido um dia histórico.
Logo de seguida, o repórter da SIC fez uma pergunta ao Primeiro-Ministro.
Perguntou ele: "e os números do desemprego, sr. Primeiro-Ministro?".
Boa pergunta!
Mas Sócrates, como em todas as boas perguntas que lhe são feitas, não respondeu e foi-se embora.

Grave

O que se está a passar na Assembleia da República é grave.
É grave porque a Assembleia é a Casa da Democracia, onde são representados os cidadãos.
É grave porque a Casa da Democracia desprezou aqueles que deveria representar. Aqueles que, em três semanas, conseguiram arranjar mais de 90 mil assinaturas.
Mas é ainda mais grave do que isso.
Fala-se, na AR, de discriminação.
Fala-se no sentido errado. Porque foi a esquerda que discriminou. Discriminou um número enorme de portugueses que quer referendar o casamento gay.
E, assim, a esquerda vai aprovar, contra a vontade popular, uma alteração a um pilar da sociedade.
Vão aprovar com total desprezo por um direito que os cidadãos têm. Direito que estes exerceram.
Vão aprovar, impedindo um direito que o povo também tem. E que queria exercer.
Esses dois direitos estão na Constituição. E talvez fosse útil, para uma maioria de deputados, um regresso à vida universitária, para, em Direito Constitucional e Direitos Fundamentais, pelo menos ter uma pequena noção da interpretação que deve ser dada ao Princípio da Igualdade.
E vão aprovar, proibindo a liberdade de voto aos deputados, numa questão que tem que ver, quase exclusivamente, com a consciência de cada deputado.
Pior do que isso é, na mesma bancada, alguns terem liberdade de voto e outros não.
Não deixa de ser curioso que quem ataca os outros por quererem casamentos de primeira e casamentos de segunda, promova a divisão, na sua própria bancada, entre os deputados de primeira e os deputados de segunda.
Vá lá alguém perceber isto.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Tiques

1. Um grupo de deputados socialistas reuniu com o secretário-geral do partido para debater e tomar uma decisão em relação à liberdade (e sentido) de voto do casamento e adopção por parte de pessoas homossexuais. Contudo, esta reuniu não teve lugar nem na sede do PS, no Rato, nem em qualquer restaurante ou hotel. Ocorreu em S. Bento, residência oficial do Primeiro-Ministro, com direito a almoço e tudo.
2. Nessa reunião foi imposta a disciplina de voto, sendo que nenhum daqueles que verdadeiramente acredita e quer aquilo que vai decidir poderá votar em consciência, o que constitui uma manifestação clara da imposição do pensamento único.
3. Os socialistas irão votar contra uma proposta de referendo sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo que foi assinada por mais de 90 mil pessoas, negando, aos portugueses, o direito ao voto sobre uma matéria importante da forma como se organiza e estrutura a própria sociedade, direito ao voto que foi pedido pelos próprios portugueses.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Para memória futura

Um número: noventa mil.

Os perigos da mistura entre a política e o futebol


Foi comentado na blogosfera, mas não tanto como a situação exigia.
Neste período de férias do campeonato espanhol, houve um jogo, na Catalunha, realizado no Camp Nou, estádio do Barcelona, entre a selecção argentina e uma selecção da Catalunha.
Foi um jogo transmitido, creio eu, para vários países do mundo, mas curiosamente, ao contrário do que eu esperava, não houve grandes reacções.
Numa altura em que se fala muito da intenção da Catalunha se tornar independente de Espanha, é censurável a aceitação por parte da Federação Argentina de Futebol para participar nesse jogo. Porque o que estava em causa era político.
Para ajudar à "festa", a Argentina levou uma equipa de segunda linha e a selecção da Catalunha ganhou o jogo.
Hoje fala-se que o presidente do Barcelona, que fez com que esse clube vencesse todas as competições, sendo campeão espanhol, europeu e mundial, tenciona candidatar-se à presidência da Catalunha e fazer com que seja, num futuro próximo, um Estado independente.
Se vier a acontecer, eis aqui um grande exemplo dos perigos que uma conjuntura de hegemonia no futebol podem causar politicamente.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Salvar o Jardim do Princípe Real


Ora aqui está uma boa causa do Facebook, a que aderi, eu e vários dos meus amigos.
Conta, neste momento, com mais de 4000 pessoas, mas este número cresce de dia para dia.
Ao contrário de outros temas, este não aparece nas primeiras páginas dos jornais nem abre os noticiários das televisões.
Os sucessivos atentados a Lisboa continuam a ser feitos. Pelo mesmo de sempre. Mas agora com a total cumplicidade de Roseta e Costa.
Lisboa tem sido incapaz de competir com outras cidades. Será que o caminho para fazer com que Lisboa volte a ser atractiva e competitiva é feito com campos de girassóis, com ciclovias e com abatimento de árvores em jardins históricos?
Já ouvi dizer que "está tudo maluco". Talvez esteja.
Porque cada vez fazem menos sentido as decisões tomadas por este executivo camarário. Haja alguém que ponha fim a isto. A bem de Lisboa!

Só o ano é que mudou - parte II

Esperei para ver as primeiras páginas dos jornais, para escrever sobre este assunto.
O Benfica recebeu e venceu ontem o Nacional da Madeira. Num jogo que, a julgar pelo resumo que vi, foi cheio de casos, de jogadas duríssimas e de más decisões da equipa de arbitragem favoráveis à equipa do Benfica.
Depois da vergonha da final da Taça da Liga do ano passado, esta competição não me motiva minimamente. Mas ontem, o que se passou no estádio da Luz, em directo para todos os portugueses, mostra bem como são decididos os jogos de futebol em Portugal.
Um penalty claríssimo dentro da área do Benfica, em que David Luiz atropelou um jogador do Nacional, um pontapé carregado de intencionalidade de Luisão a um jogador do Nacional (já sem bola!), um golo limpo anulado ao Nacional quando estava 0-0, uma entrada duríssima de Maxi Pereira sobre um jogador do Nacional, etc.! É evidente que, entre tantas situações, ficou, naturalmente, um jogador do Nacional por expulsar.
O Benfica ganhou o jogo, é certo. Mas, a jogar com menos um jogador (jogaria 9 contra 10), a perder por 1-0 e com um penalty a favor do Nacional, duvido que o Benfica fosse capaz de ter sequer empatado o jogo.
2010 começa como acabou 2009. Com o Benfica a ser levado ao colo. Com atentados sucessivos à verdade desportiva. Com uma Taça da Liga que é, simplesmente, vergonhosa. Para ser simpático.
No futebol português, só o ano é que mudou. Porque a "porcaria" continua a ser a mesma. E continua a ser branqueada por uma simples razão: o lucro!

Ídolos

Peço desculpa pelo atraso. Porque, pelo que me tenho apercebido, fui dos últimos da blogosfera a falar sobre o programa "Ídolos" que procura novos talentos da música.
Isso não quer dizer que não deixe de acompanhar esse programa e que não agradeça, à SIC, por ter trazido, de novo, esta iniciativa para Portugal. Do mesmo modo que agradeço à TVI pela sua aposta constante na promoção de actores, comunicadores, cantores, etc.!
De facto, hoje, ao olhar para os candidatos e ao ver as suas actuações, apercebi-me que aquele grupo de sete pessoas, jovens, tinham atingido um patamar de qualidade em que é muito difícil escolher um deles para vencedor.
Qualquer um deles, ao seu estilo e com a sua personalidade, pode ganhar o programa. E todos eles, incluindo o próprio Salvador (que foi expulso), têm todas as características necessárias para conseguir uma boa carreira musical.
Hoje foi a segunda vez que votei num programa de televisão. A primeira vez que votei foi no Gonçalo Medeiros, um dos vencedores da "Operação Triunfo", que foi, com a Sofia e com o Francisco, ao Festival da Eurovisão.
Hoje votei na Carolina. Não por ser melhor do que os outros, porque todos são igualmente bons. Cada um à sua maneira. Votei na Carolina porque cantou uma música relativamente pouco conhecida, de uma banda que ainda menos conhecida é. Sempre com o seu ar divertido.
Falo do programa hoje, não só para o elogiar ou para elogiar os seus finalistas, mas para dizer que o grande desafio que se coloca às rádios, às televisões e às agências de música é o passo seguinte. Não chega mostrar o talento que existe. Não basta escolher o melhor entre os melhores.
Agora que entramos numa nova década, é preciso ganhar consciência de que há um longo caminho a percorrer neste passo seguinte. Caminho que terá de passar pela Assembleia da República, pelas rádios, pelas televisões, pelas agências de música e um pouco por cada um de nós.
O que a Carolina fez hoje, no "Ídolos" foi lembrar isso mesmo. Os deputados devem exigir que a música portuguesa passe com maior frequências nas rádios e nas televisões. E devem certificar-se que isso é cumprido.
Não se trata de impor às pessoas que ouçam o que não gostam. Trata-se de promover o talento que há (em abundância, ainda por cima!) por cá. Trata-se de uma medida cultural, que pode fazer mudar a própria cultura musical dos portugueses.
Onde é que estão os vencedores da Operação Triunfo? Não tinham talento para passar nas rádios?
E os finalistas da primeira edição do "Ídolos"? Eram assim tão maus?
Será que não há quem saiba compor boas músicas para esses cantores?
Aqui está um desafio interessante para esta nova década.
Trata-se do passo seguinte. Que está por dar. Mas que merece ser dado. Antes de 2020.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Curiosidade

Partindo do princípio que os jornais desta última semana falaram verdade, o jogador do Sporting que marcou o golo desta noite, que se revelou decisivo no resultado final, contra o Sporting de Braga só não é jogador do Sporting de Braga porque o Sporting de Braga não quis.
Aqui entre nós, sportinguistas, ainda bem que não quis. Porque Saleiro estava do lado certo, a fazer exactamente aquilo que tinha de fazer.
Era só uma curiosidade. Para dizer que a vida dá muitas voltas. E entre essas voltas, prega-nos umas partidas.
Pessoalmente, gostava muito que Carlos Saleiro ficasse no Sporting e fizesse muitos, muitos golos.

As entradas em 2010


Depois de um ano que será certamente recordado pela má gestão de silêncios e do timing para fazer declarações, o Presidente da República, na sua primeira intervenção do novo ano, conseguiu três objectivos.
Em primeiro lugar , conseguiu, pela dureza do discurso assumido, adequada à conjuntura nacional, tocar em quase todos os pontos-chave, que preocupam os portugueses. Assim sendo, aos olhos dos cidadãos, Cavaco demonstrou ser parte da solução.
Em segundo lugar, a eficácia na transmissão da sua mensagem de Ano Novo foi um duro golpe para aqueles que, ilusoriamente, aspiravam a uma vitória nas próximas Presidenciais.
E por fim, dignificou o Centenário da República.
É pena que o Governo e os socialistas não sigam os conselhos e aceitem as críticas feitas por Cavaco Silva. Ainda hoje recebi três e-mails, postos a circular pela net, a criticar ou levantar suspeitas sobre a pessoa do Presidente. É pena! Porque não há nada pior, tendo em conta as dificuldades actuais, do que sermos governados por uma série de pessoas arrogantes, vaidosas e conflituosas, quase todas elas pertencentes a um partido que convive mal com as regras democráticas e se dedica, exclusivamente, à paixão que tem pelo seu próprio ego.
Se os socialistas não mudarem rapidamente a sua postura, se não se dedicarem a governar de forma séria e responsável, se continuarem a "sacudir a água do capote", então não tenho dúvidas de que o cenário pode mesmo vir a ser explosivo para o país.

As noites do Miguel e a selecção


Eu sei que já foi no ano passado, mas não deixa de ser condenável e merecedor de consequências o comportamento do futebolista Miguel. Futebolista que prometeu muito, que foi grande aposta (apesar de ter sido noutra posição) do próprio José Mourinho. Que conseguiu dar o primeiro salto, ao trocar o Benfica pelo Valência. A partir daí, Miguel nunca justificou, em campo, a convocatória para a selecção nacional.
O que aconteceu na noite de Natal com o futebolista Miguel é, repito, condenável. E, volto a repetir, merece ter consequências.
É verdade que todos merecemos uma segunda oportunidade. Todos! Aliás, creio que o Pepe (apesar de ter sido devidamente castigado pelo que fez num jogo em Madrid) mereceu esta nova oportunidade. Mas, em relação ao Miguel, já não é a primeira vez que volta a ser protagonista de cenas nocturnas absolutamente reprováveis.
Não se levanta o esplendor de um país com jogadores que só são notícia pelas piores razões. Ainda por cima, por situações ocorridas longe dos relvados.
Se eu fosse seleccionador nacional, não o chamava para jogar o Mundial.
Bem pode passar o verão em Cruz de Pau a ver, pela televisão, os tiros (os outros!) dos seus compatriotas!

Só o ano é que mudou


Não sei se é uma característica dos portugueses, mas temos este hábito de vermos, em primeiro lugar, o lado mau da realidade.
No outro dia, numa viagem que fiz pelos meus links, vi uma votação para eleger o pior que aconteceu ao Sporting em 2009. Mas porquê o pior?
Ouço, todos os dias, reacções a discursos ou a intervenções em que, em vez de se aceitar os conselhos e as críticas, se entra logo numa lógica de conflito. Mas porquê?
Numa pausa que faço agora para descansar de horas seguidas de estudo intensivo, ligo a televisão e vejo que está a dar o "Eixo do Mal". Mas porquê do mal?
Bolas! Entrámos num novo ano, ouvimos ontem uma magnífica declaração do nosso Presidente da República, não está na altura de cortar um pouco com o lado negativo do passado? Pelo menos, no que for possível!
Será que nos temos de render ao pessimismo daqueles que, por serem (demasiado) pessimistas, têm sempre tempo de antena?
Eu não queria ser como o engenheiro Sócrates. Aliás, de comum, apenas teremos o facto de nenhum de nós ser verdadeiramente engenheiro! Não queria falar, nem ouvir falar, de um país das maravilhas que não existe. Mas começou agora um ano novo, logo depois de uma quadra natalícia, e será que temos de gramar sempre com a mesma coisa?
Quando é que a SIC Notícias muda o "Eixo do Mal" para o Eixo do Bem e substitui a fanática e os fanáticos que lá estão por pessoas mais independentes, que possam promover um debate político interessante e de bom humor? Já chateia esta aversão que estas pessoas têm a algumas pessoas do PSD! Já não se aguenta esta obsessão que têm por algumas pessoas, que fazem entrar sempre no debate de forma completamente descontextualizada!
Tinham um óptimo programa na "SIC Mulher", que era o "Prazer dos Diabos", feito por pessoas do humor e muito mais independentes. Pelo menos não eram nem loucos nem fanáticos.
Agora estamos condenados à banalidade, à mediocridade e aos fundamentalismos. Na política, na Justiça, na comunicação social...
E que grande oportunidade, esta que se desperdiçou para mudar a grelha!...
O ano mudou. De 2009 para 2010. O resto, infelizmente, continua igual. E agora só me resta mesmo mudar de canal!