quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Criminosos à solta


Há alguns anos, todos nos devemos lembrar que um adepto do Benfica, membro dos No Name Boys, matou um jovem adepto do Sporting, que não era de nenhuma claque.
Também nos lembramos que adeptos benfiquistas, de claques do Benfica, atiraram um petardo contra um jogador do Vitória de Guimarães, num jogo que, se não me falha a memória, foi realizado em Felgueiras.

Nos jogos grandes realizados no Estádio da Luz, há sempre incidentes. Antes, a culpa era atirada aos clubes que visitavam o Benfica. Agora, não há dúvidas de quem é a responsabilidade, já que as cenas de pancadaria são sempre entre adeptos do Benfica e elementos da polícia. Além disso, as próprias claques do Benfica não se entendem. Foram várias as vítimas do desentendimento entre Diabos Vermelhos e No Name Boys.
Mais. Ainda no ano passado, o único incidente ocorrido em Alvalade, no Sporting - Benfica foi protagonizado por elementos das claques do Benfica, que começaram uma cena de pancadaria entre si. Isto, porque o Miccoli atirou a camisola para os Diabos Vermelhos, então os No Name Boys saltaram a vedação (porque as claques do Benfica têm de estar separadas!) e começaram "à pancada" aos adeptos do mesmo clube, apesar de serem de outra claque.

Já este ano, um adepto do Vitória de Guimarães foi esfaqueado por um adepto do Benfica.

No domingo, pela segunda vez no espaço de um ano, um jovem adepto do Sporting foi esfaqueado. Sobreviveu, graças a Deus. Mas estranhei. Porque o título das notícias era "guerra entre claques do Sporting e Benfica". Depois, li letra por letra, o que diziam essas notícias. Afinal, tinha sido um adepto do Sporting que foi esfaqueado por 20 adeptos ligados às claques do Benfica, à porta de sua casa, onde estas duas dezenas de delinquentes o esperavam.

A violência não deve nunca existir, com nenhuma razão, mas admito que depois de mortos e esfaqueados alguns dos seus colegas de bancada, as claques do Sporting reajam, já que a justiça não está a funcionar. É instintivo agir em defesa de amigos e familiares. Porque estes delinquentes do Benfica estão todos à solta. São membros de claques ilegais. Repito, ilegais(!), ao contrário de todas as claques do Sporting.

Não compreendo como é que estes assassinos e cobardes podem estar à solta entre nós. Não compreendo como é que podem entrar em estádios de futebol.
Mas se estão à solta, se podem entrar em estádios de futebol, o que se pede a todos os adeptos do Sporting, independentemente de estarem ou não ligados às claques, é que permaneçam unidos. Podem haver várias claques e até existirem várias ideologias diferentes, mas dentro destas, há ideais comuns. É à defesa desses ideais que apelo a todos. Aceitando que nenhum de nós está conformado enquanto um companheiro de bancada recupera de facada e que um outro já não está entre nós. Esse inconformismo, de resto, é normal.

Gostava ainda de deixar uma última nota. Ou melhor, gostava de repetir algo que tenho dito por diversas ocasiões. As claques são importantíssimas para a festa do futebol. Lamento não ler uma notícia sobre o trabalho que muitos elementos das claques têm para fazerem as coreografias que vemos aos fins de semana e do apoio constante à sua equipa, a qualquer hora, em qualquer parte do Mundo. E não me refiro apenas às claques do Sporting. Falo de todas, sem excepção.

Agora, aquilo que tenho assistido de membros de claques ilegais de um clube rival do meu só me pode deixar preocupado. E terei de aceitar que com tanto crime junto, mas sem uma única punição, muitos ultras do Sporting podem tencionar reagir. Por uma razão simples. É a sua liberdade e a sua vida que começa a correr riscos.
Acima referi que sou contra a violência, mas que sou a favor das claques. Desde que estejam legalizadas, como as do Sporting estão.

Nunca participei em cenas de pancadaria relaccionadas com claques. Apesar de já ter sido membro de uma das claques do Sporting. Estou por isso à vontade para escrever o que escrevi. Se a violência existe e se os criminosos ficam impunes, então a revolta aumenta. Temo que esta revolta, aceitável, dos adeptos do Sporting, possa explodir, passando a conflitos fisicos. Mas se isso acontecer, não terá o meu apoio nem a minha colaboração. Apesar de ser justificável uma provável reacção. Injustificável são os comportamentos das claques do Benfica desde 1992.

Vamos todos, no domingo, a Alvalade para APOIAR O NOSSO SPORTING.

Entre aqueles ideais comuns que todos temos, refiro, para finalizar, aqui, dois, para apelar à união. O primeiro é o espírito ultra. O segundo ideal que nos une a todos é o maior de todos: O ideal Sporting.

Sporting, sempre!

sábado, 23 de fevereiro de 2008

15 anos da Televisão Independente


A TVI nasceu quando eu caminhava para os 5 anos de vida.
Tive, assim, o privilégio de ver crescer a TVI nos anos que estiveram entre a sua criação até aos dias de hoje em que é líder de audiências.
Como todas as coisas, também a TVI não é perfeita. Na minha opinião, programas como Casamentos de Sonho, Big Brother's, Quintas de Celebridades, Primeiras Companhias entre vários outros são dispensáveis e serão esses, na minha opinião, os pontos negativos desta estação.
Mas tenho de tirar o chapéu à TVI. Nestes 15 anos, foi, dos dois principais canais privados, o que mais valorizou o produto Portugal. Foram, e são, várias as telenovelas em que a TVI aproveita para lançar grandes valores. Basta olhar para a programação dos dois canais abertos, privados, para constatar que a TVI dá primazia ao que é Portugal, enquanto a SIC prefere pôr no ar telenovelas brasileiras. Foi graças à TVI que surgiram e se desenvolveram grandes nomes e potenciais estrelas.
Não vejo, confesso, nenhuma telenovela, mas não posso deixar de fazer este elogio à TVI.
Vi, também, a gala comemorativa do 15ºaniversário. Foi uma gala positiva, por ter sido uma gala caseira, ou seja, feita pelas pessoas que trabalham para a estação. Por ter sido caseira, sobressaíu o valor, o valor português. Foram vários os cantores que passaram pelo palco do Coliseu dos Recreios na noite da passada quarta-feira, cantores que, muitos deles, não têm o sucesso que, pelo seu valor, justificavam ter. João Pedro Pais, que arrasou com apenas uma música na Gala da TVI, é logo o primeiro exemplo. Talvez, pela sua actuação, merece mais espaço e mais tempo de antena. Talvez,...
Mas quero, assim e deste modo, dar os parabéns, apesar de serem já atrasados, à TVI. Acima de tudo, pelo bom trabalho que tem feito na valorização dos actores portugueses.
E, como disse e disse bem, Júlio Magalhães, talvez seja justo destacar que, hoje, "há dois líderes em Portugal: a TVI,...e o Futebol Clube do Porto".

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Next!...


Ditou o sorteio que o adversário do Sporting na Taça Uefa fosse o Basileia. Equipa forte, no comando do campeonato suiço, cheia de internacionais suiços, todos eles extraordinariamente motivados pelo facto do seu país ser anfitrião do próximo Campeonato da Europa.
Adivinhava-se coisa complicada. Mas o Sporting foi superior desde o primeiro minuto em Alvalade ao último minuto na Suiça. Se na Suiça 3-0 foi pouco, em Alvalade 2-0 não foi nada. O Sporting venceu sempre com justiça e os dois resultados apenas pecam por defeito. O leão foi rei e apenas dou aqui uma palavra de solidariedade para todos os adeptos do Basileia, sobretudo os que pagaram bilhete a pensar que o Basileia ia dar a volta à eliminatória e que ainda ficaram no estádio após o golo do Sporting logo no primeiro minuto. Outra palavra de solidariedade e de força aos adeptos que vieram a Portugal, visitar Lisboa e que foram recebidos com 2 golos do rei leão.
Sinceramente, sobre esta eliminatória há pouco a dizer. O 5-0 no conjunto das duas mãos é esclarecedor. Mérito total do treinador e equipa do Sporting, ainda para mais depois da vitória fora, por 3-0, pondo fim a uma invencibilidade caseira da melhor equipa do futebol suiço, invencibilidade que era já de 13 jogos, incluindo entre esses 13 jogos equipas como Juventus, Liverpool e Celtic.
Surpreendentemente, o adversário do Sporting não vai ser o Atlético de Madrid, que seria um adversário super-difícil. Vai ser o Bolton, que eliminou a equipa madrilena, o que por essa mesma razão torna tudo ainda mais difícil.
Quanto ao Benfica, passou. Essa é uma verdade. Mas deixem-me só dizer uma coisa. Nem é comentar, nem analisar, nem nada. Só dizer que o Benfica, aos 89 minutos, estava a perder 2-0 em casa do penúltimo classificado alemão, quando só tinha de segurar uma vantagem. Não é preciso dizer mais nada. Segue-se o modesto Getafe.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

José Sócrates - a entrevista


Vi a entrevista que José Sócrates deu à SIC na noite de ontem do primeiro ao último minuto. Vi e escutei com atenção tudo o que o Primeiro-Ministro disse.
A primeira pergunta que se impõe fazer a José Sócrates é simples e clara: de que país falou, durante 50 minutos? Deu-me a ideia que se fala de um país das maravilhas, quando a educação não evolui, a economia não arranca, a justiça não funciona e a saúde, essa é vista como algo que o Estado quer que tenha apenas um único objectivo: o de dar lucro.
A segunda pergunta é tão clara e precisa como a primeira. Dada a calamidade que se assistiu por todo o distrito de Lisboa, onde esteve José Sócrates no dia de ontem? Era tão importante assim esta entrevista, que por força da mesma, o Primeiro-Ministro abandonou, mais uma vez, os milhares de portugueses que ficaram lesados pelas fortes chuvas de ontem? Não podia ser adiada para outro dia, para se mostrar solidário para com os portugueses que, depois de tanto sacrifício, se vêem privados dos seus automóveis, das suas casas, dos seus estabelecimentos comerciais e até da própria vida?
Poderia estar a enumerar várias perguntas que devem ser feitas ao Primeiro-Ministro depois da entrevista.
Contudo, seria de enorme injustiça dizer que a entrevista correu mal a José Sócrates. Infelizmente, muito pelo contrário, a entrevista parecia feita à imagem do Primeiro-Ministro. Correu-lhe mesmo bem, admitamos.
Eu não queria falar muito da reacção do PSD à entrevista, por uma única razão. Iria mexer numa ferida que incomoda a generalidade dos militantes do meu Partido. A reacção foi perfeitamente desajustada e feita pela pessoa menos indicada para o fazer. Envergonha-me, e digo isto com sinceridade, receber mensagens de amigos a dizer que tinham acabado de ouvir a reacção do PCP. Deixa-me mais envergonhado ainda o erro da jornalista da SIC, erro aceitável, quando, depois de Zita Seabra falar, disse que tinha acabado de ouvir a reacção do PCP. Envergonha-me e incomoda-me, enquanto social-democrata. Será apenas a minha opinião e o meu sentimento pessoal e, apenas por isso e para não querer criar qualquer guerra interna, fico-me por aqui e mais não digo sobre a reacção do PSD à entrevista. Digo apenas que se poderia explorar outro lado e dizer que estavamos perante um homem triste e derrotado foi o pior que o PSD podia ter feito, até porque foi imediatamente desmentido por todos os comentadores do mesmo canal de televisão. À frente de todos os portugueses.

Debaixo de água


Hoje, dia 19 de Fevereiro de 2008, será recordado como um dia de má memória.
A chuva veio com toda a força. Danificou automóveis, desalojou pessoas, prejudicou comerciantes e chegou a matar duas mulheres.
Foi logo de madrugada que a trovoada fez antever o pior. Choveu abundantemente na região de Lisboa. A ribeira de Algés transbordou, o que não acontecia há já 25 anos, embora nessa altura tivesse menores dimensões.
Curiosamente, não vi o poder político dizer uma palavra a todos os prejudicados. A região de Lisboa quase parou perante a calamidade que nos esperava pelas ruas.
Foi sem dúvida um dia triste, apesar da chuva ser um bem necessário. Gostava de perguntar, a alguém que me saiba responder, onde esteve, por exemplo, o Primeiro-Ministro durante todo o dia? Onde esteve, por exemplo, António Costa? A excepção voltou a ser Isaltino que, durante toda a noite, esteve junto dos munícipes, ajudando-os a ultrapassar um desastre natural, que, por ser isso mesmo (um desastre natural) é impossível de ser enfrentado pela força humana.
Está já provado que Oeiras só tem a ganhar com Isaltino, que continua a ser o autarca-modelo. É inadmissível que perante o que aconteceu hoje, José Sócrates se tenha mantido distante da realidade nacional, a preparar-se para uma entrevista de 50 minutos. Prioridades...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

A imunidade do futebol


Um dos princípios mais consagrados e mais tido como dado adquirido é do princípio da igualdade. Contudo, frequentemente constatamos que o conceito "igualdade" é pouco preciso e raras vezes é aplicado. Esse facto reflecte-se, e reflecte-se claramente jornada após jornada, no futebol português.
É importante relembrar que Paulo Bento esteve suspenso por ter dito verdades, o que, na opinião da Liga era (não sei o termo preciso) ofensa à arbitragem, logo era facto que iria dar origem a uma suspensão do treinador do Sporting.
Agora, antes do Marítimo - Porto, a equipa técnica do FC Porto perturbou a acção do árbitro Pedro Henriques, que, apesar de já ter cometido erros prejudiciais ao meu Sporting, não deixa de ser o melhor árbitro português, pelos comentários feitos por Jesualdo antecipando essa partida. Consequências para Jesualdo? Cá as esperamos.
Nesse mesmo jogo, Lisandro Lopez tem uma entrada com algumas semelhanças a muitas outras que, em tempos e cometidas por jogadores do Sporting, foram alvo de sumaríssimo, dado que Lisandro deveria ter sido expulso, mas nem um cartão amarelo foi exibido. Consequências para Lisandro? Cá as esperamos.
Mas Lisandro deveria ter sido expulso. Claro que devia. Estava 0-0, na altura. O Porto venceu 3-0 com 2 golos de Lisandro. Nem é preciso imaginar muito para perceber qual poderia ser o resultado desse mesmo jogo se Lisandro tivesse sido, correctamente, expulso.
Noutro jogo desta jornada, o Benfica enfrentou a Naval, depois de um jogo da Taça em que o Benfica viu o marcador mudar de 0-1 para 2-1, a seu favor, graças a duas grandes penalidades. Não vi o jogo porque não estava cá. Não vi, não sei se era penalty. Se não fosse, nem um nem outro, não custa nada perceber que o Benfica agora já estaria arredado da luta pela conquista de todas as competições.
Mas voltemos ao Naval - Benfica, deste fim-de-semana. A 10 minutos do fim, houve um penalty evidente a favor da Naval. Estava 0-1, ganhava o Benfica, e o penalty não foi assinalado. Sabe-se lá porquê. Admitindo que a Naval marcava esse penalty, estaria 1-1 a 7 ou 8 minutos do fim. Como poderia ter sido diferente esse resultado...
À semelhança de Paulo Bento, Vieira, Presidente do Benfica, clube que por esta altura, dadas as promessas desse senhor, já devia ser a melhor equipa do Mundo, insultou Liga e arbitragem. Foi bem pior que Paulo Bento. Por analogia, devia também ser suspenso e alvo de multa. Não o foi. Nem sabemos se será alvo de qualquer consequência.
Cada vez mais me parece que há pessoas que estão acima das leis do futebol e que tudo, na Liga e nos árbitros, é decidido com um único critério: a cor das camisolas.

domingo, 17 de fevereiro de 2008


Todos sabemos que não há nada mais fugaz com a vida.
Todos os dias, nascem e morrem pessoas. É a lei da vida.
Apesar de parecermos aceitar com naturalidade esse ciclo da vida, por vezes é importante recordar os momentos que passámos com quem já nos deixou.
Se morrer na velhice é algo normal, já que se cumpriu todo um ciclo, a morte em plena juventude é coisa que nos revolta a todos.
O futuro ficará mais pobre, disso não tenhamos dúvidas.
Partilho a dor com todos os familiares e amigos do João André, que nos deixou.
Hoje, as minhas orações serão por ele.
Para que descanse em paz.
Luto.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Desastre!


A exibição da equipa de futsal do Sporting no jogo de hoje contra o Alpendorada foi um verdadeiro desastre. Foi uma desconcentração completa, durante quase todo o jogo, perdendo-se várias bolas por clara infantilidade e o Sporting acabou humilhado por uma equipa medíocre, de meio da tabela, que, em princípio, pode até nem ir ao playoff.
Qualquer equipa do Sporting tem de entrar em campo para ganhar, apesar deste resultado não interessar quase nada, pois é praticamente um dado adquirido o facto de o Sporting ir jogar o playoff, podendo, assim, manter-se na luta pelo título. Agora, não se admite que uma equipa de futebol do Sporting jogue como (não) jogou a equipa de futsal, esta tarde.
Envergonharam todos os sócios e adeptos do Sporting.
Este é o meu raspanete, o meu puxão de orelhas, mais do que justo, que faço a todos os jogadores e ao treinador da equipa de futsal do Sporting.
Porque no Sporting não se está em campo para empatar, nem para perder por pouco. O objectivo do Sporting é ganhar. Ganhar sempre. E é por esse objectivo, tão preciso, apesar de complicado, que todas as equipas e todos os atletas do Sporting têm de lutar.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Scolari x 5 anos


Se não me falham as contas, foram 55 os jogadores que Scolari convocou nestes 5 anos em que comandou a Selecção Nacional Portuguesa, de futebol.
Mérito ou não de Scolari, o que é certo é que foi com Scolari como seleccionador nacional que Portugal esteve em 2 fases finais de campeonatos e assegurou mais uma presença numa fase final, desta feita no Campeonato da Europa, organizado conjuntamente por Áustria e Suiça.
Pessoalmente, julgo que os bons resultados da Selecção são fruto do trabalho realizado pela formação dos vários clubes e pelo salto qualitativo que o futebol português deu sobretudo nos últimos 10 a 15 anos.
Contudo, feitas as contas, o balanço de Scolari enquanto seleccionador nacional é francamente positivo, dado que no Euro2004, em que Portugal foi anfitrião, Portugal obteve um honroso segundo lugar e no Mundial2006, realizado na Alemanha, a Selecção Nacional conseguiu chegar ao quarto lugar.
Enquanto seleccionador nacional, Scolari atingiu todos os objectivos, chegando a superar alguns deles. Apesar de admitir algumas divergências de opinião, relativamente a convocatórias, táctica e equipa titular, tenho também de admitir que, analisando com frieza, o balanço de 5 anos de Scolari excedeu as expectativas.
Resta-nos a todos desejar sorte a Scolari, porque o seu sucesso será certamente, pelo menos nos próximos tempos, uma alegria para todos nós, portugueses.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Derrotar José Sócrates - Opiniões diferentes



É normal que as pessoas tenham opiniões diferentes. Mesmo dentro de um partido político isso acontece e é mesmo de louvar que a diferença também se destaque dentro de um partido político. No fundo, é mesmo a diferença de opiniões que fez nascer a democracia.
Naturalmente, tenho uma opinião diferente de outros militantes do meu Partido. Uns partilham as minhas opiniões, outros não, o que é normal. Isto, apesar de admitir que entre as pessoas que não partilham a minha opinião, há várias pessoas com quem concordo, na generalidade das questões que dizem respeito ao comportamento político do PSD.

Eu estive fora do país, mas tive a oportunidade de observar que alguns dirigentes do PSD fizeram questão que realçar aquela questão relativa ao trabalho anterior de José Sócrates. Neste caso concreto, tenho de admitir que não posso estar de acordo com o comportamento do PSD. E não estou de acordo por várias, mas claras, razões. Deixo apenas alguns exemplos para explicar a minha discórdia.

Em primeiro lugar, um partido político deve questionar, apreciar e criticar o trabalho de uma pessoa que ocupa cargos políticos observando apenas o trabalho realizado na condição do cargo que ocupa. Ora, estando José Sócrates como Primeiro-Ministro, o PSD deve apreciar, questionar, apresentar alternativas e criticar o trabalho de José Sócrates só enquanto o mesmo foi realizado na condição de Primeiro-Ministro. Tudo o resto interessa só para apreciar a pessoa José Sócrates e não para apreciar o Primeiro-Ministro José Sócrates. Ainda por cima não estamos a falar de situações passadas há pouco tempo.
Seria incoerente se eu tivesse outra opinião. Assim, por exemplo, devo apreciar, criticar, etc., um médido pelo trabalho que fez enquanto médico, e, por outro lado, devo criticar o trabalho de um treinador de futebol que treina a equipa X pelo trabalho e resultados que nela obteve, não sendo importante qualquer hipotético insucesso que teve numa equipa que treinara anteriormente. Não é, também, o engenheiro José Sócrates ou o autarca ou deputado José Sócrates que deve ser "atacado", mas somente o Primeiro-Ministro José Sócrates. Ainda para mais, não faltam razões para se "atacar" José Sócrates por essa via, com tantas promessas que fez e não cumpriu e pelo mau governo que lidera.

Mas há outras razões. Na altura em que se debateu a forma como José Sócrates acabou o curso, Luis Filipe Menezes e a esmagadora maioria dos portugueses, nos cafés, nas rádios, nas televisões e um pouco por todo o lado, criticou o comportamento do PSD, liderado, na altura, por Marques Mendes. Eu e todos esses portugueses esperávamos que o comportamento do PSD se alterasse relativamente a matérias análogas. Essa alteração não se sucedeu. Pelo contrário,...
A mim incomoda-me que o PSD cometa erros destes. Ainda para mais porque penso que a maioria dos portugueses, informados, no fundo, acha que José Sócrates não tirou o curso da forma como devia ter tirado. Quanto às casas na Covilhã, das duas, uma: ou não foi José Sócrates o engenheiro daquelas obras ou então José Sócrates tem péssimo gosto e é um mau engenheiro. Disso não há dúvidas. Agora, se não há dúvidas, pois que se ataque pela via que recomendo: que se ataque José Sócrates pela política do governo, enquanto liderado pelo mesmo.

Deixo ainda uma última razão. Existe um forte clima de suspeição na política, clima que é cultivado por vários militantes do PSD, quase dia-a-dia. Militantes sem alma, sem espírito social-democrata e que estão no PSD para se servirem e não para servir o Partido e o País. Esse mesmo clima já deu algumas vitórias internas mas no que diz respeito ao combate político (autárquicas, legislativas, etc.), quando o PSD cultivou o clima de suspeição, criando crises, perdeu sempre. Seguramente, o segredo para dar a volta estará em cortar com esses militantes e com a suspeição, por eles, criada, sempre com péssimas consequências para o PSD.

Como disse atrás, é normal que haja opiniões diferentes. E a minha opinião, nesta matéria concreta, é diferente do comportamento adoptado pelo meu Partido. Há muita matéria que o PSD deve aproveitar para ir tirando força ao Primeiro-Ministro e para chegar ao Governo em 2009. Todas essas matérias atraírão a atenção dos portugueses. Sendo assim, aquilo que eu e, milhões de portugueses, queriamos era que o PSD atacasse, só e com mais força, a política de saúde, a política de cultura, a política de educação, ...!

Escrevo isto com uma única finalidade: José Sócrates é derrotável e tem mesmo de ser derrotado, e de que maneira, em 2009.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Recomendo: Jogos de Poder


Os Estados Unidos são um país pelo qual tenho forte afinidade. Por aquilo que fizeram ao longo da História, tendo sido absolutamente inéditos em várias coisas, começando, desde logo, pela elaboração da sua própria Constituição.
"Jogos de Poder" é um filme baseado numa história verdadeira, de um congressista e de uma mulher do social que, juntando esforços, vão levar a cabo uma estratégia que derrota a União Soviética, em plena Guerra Fria.
É um filme que deve ser visto, ainda para mais porque os factos nele explicados vão ajudar a uma queda da URSS e para o fim da Guerra Fria. Este filme põe a nu várias realidades como, além das que eu referi, também uma certa irresponsabilidade norte-americana.
Sendo assim, recomendo vivamente.
Jogos de Poder, nos cinemas.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Parêntese


A escola é o sítio onde se aprende. E aprende-se muito. Coisas que jamais iremos esquecer.
No Colégio S.João de Brito, aprendi milhares de coisas. Umas coisas sobre a matéria das diversas disciplinas e outras sobre formação humana. Neste segundo grupo, aprendi uma coisa que, de certa forma, mudou a nossa formação e nos tornou mais responsáveis. Disse José Maria Antunes, meu professor de Matemática, que não devemos explicar eventuais insucessos nas disciplinas, dando o argumento do professor: dizer que não gostamos dele, que ele não gosta de nós, entre outros. Mas, no primeiro grupo, lembro-me que, no âmbito da disciplina de Introdução ao Direito, do 12ºAno, me foi ensinado, que existe um grupo de regras que devemos cumprir, tendo estas como sanção, pelo seu não cumprimento, a reprovação pela sociedade, ou por alguns elementos dela. São as normas de trato-social.
Eu, por exemplo, acho, pelos menos, "chato quando, na manhã de um exame, uma professora da cadeira não nos responda quando lhe damos o "bom dia" quando nos cruzamos num corredor da Universidade e nos olhamos um ao outro. Se ela sabia quem o aluno era, e vice-versa, impunha-se, pelo menos por boa educação desejar "um bom dia", ainda para mais na manhã de exame da sua cadeira.
Naqueles momentos de pausa e de descontração nas aulas, aprendi, não vou dizer por quem apesar de o saber, que nos testes e exames podemos copiar, desde que não sejamos vistos a fazê-lo.
Agora, soube de um caso de uma cadeira em que fiz exame, em que foi encontrado um saco com apontamentos e com o livro de uma cadeira na casa de banho durante um exame dessa mesma cadeira. Ninguém viu ninguém a pô-lo lá e ninguém o foi lá buscar. Na mesma cadeira, no exame de 1ªFase, uma colega viu o seu exame ser anulado pela utilização, indevida, de cábulas.
Eu só não compreendo por que razão recebemos, todos os alunos que fizeram a cadeira, um e-mail a falar do saco de lixo na casa de banho. Também não compreendo por que razão, numa altura de grande tensão como aqueles minutos que antecedem o início do exame que nos tenhamos de levantar todos para ir pôr as mochilas lá à frente. Mochilas, livros, apontamentos, carteiras, telemóveis, casacos...Como se alguém que quisesse, de facto, copiar não arranjasse um "esquema" para o fazer. Os "cábulas" conseguem arranjar sempre esquemas para não cumprir as ordens do professor. E quem quer fazer o exame só com a ajuda da sua memória e da sua cabeça acaba por ter um motivo para se desconcentrar imediatamente antes do seu exame começar. Sem razão que o justifique.
Se há professores a vigiar exames, então que vigiem. Mas vigiem mesmo. E vigiem só. Não acho admissível que os professores interrompam os alunos que estão a fazer os exames dando desabafos em voz alta para todos ouvirem a meio de um exame. Nem posso compreender como é possível que estando no meio da sala consiga ouvir o burburinho que os professores fazem nas conversas entre si também a meio dos exames.
Com tudo isto, também ao nível académico se cria um clima de suspeição e de injustiça. Que também não se justifica. Tem de haver um clima de confiança entre alunos e entre alunos e professores. Vivemos há dezenas de anos num ambiente democrático e de liberdade e não se justifica que durante um exame sejamos interrompidos pela mínima razão e observados como se fossemos uns terroristas.
Se forem vistas pessoas a copiar, então que haja uma consequência. E que não se incomodem os outros que, comprovadamente, não oferecem razão para qualquer tipo de interrupção.
Não se devem aplicar, muito menos na vida universitária e, menos ainda, num curso de direito, os princípios, errados, de se "fazer justiça pelas próprias mãos" e de que "por um pagam todos".
Não quero, de nenhum modo, criticar ninguém. Até porque nada afecta a minha estima e admiração por qualquer aluno, qualquer docente, qualquer professor... Este artigo surge no contexto de este ser, mais do que o espaço onde falo de política, futebol e outras coisas, a minha página pessoal na internet. Enquanto estudante, é legítimo que fale de assuntos da minha Universidade. O que escrevo, escrevo enquanto estudante, desagradado com coisas "acessórias", mas que merecem correcção. Porque quem são prejudicados são os alunos. Ou melhor, são prejudicados sempre os mesmos alunos.
Depois de um intenso estudo para os exames, que quase nos faz não "viver" o mês de Janeiro, estou, finalmente, de férias, feiras que são mesmo muito merecidas.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

2008 - Que PSD?

Ontem à noite, questionei-me por que razão me tinha feito militante do PSD e por que razão ainda estou no PSD.
Apesar de ser muito pequeno, cresci a fazer campanhas pelo actual P.R., Anibal Cavaco Silva. Ele foi o primeiro responsável pela minha vontade em me tornar militante do PSD. Quis entrar, na defesa dos ideais de Sá Carneiro, com os quais me identifico particularmente. Guardo religiosamente o seu ideário político no meu quarto. O PSD teve muitos e grandes nomes. Como são exemplos recentes o nome de Durão Barroso e de Santana Lopes. Tem uma História fantástica, muito dinâmica, o meu Partido.
O PSD é um Partido que continua cheio de valor. Tem, além dos que referi, especialistas de todas as áreas. Independemente de alguns deles e eu termos opiniões divergentes.
Mas o PSD, hoje, reconheçamos, é um Partido diferente. Como existem pessoas cheias de valor, também existem pessoas sem qualquer dignidade, sem qualquer convicção política. Estão no PSD com outros fins. O que se passa no PSD a nível interno é uma bola de neve e o que se quer fazer é passar por cima. O problema é que à medida que se não resolve um problema, o problema tende a ser cada vez maior e os resultos estão à vista.
Quando entrei no PSD, esperava ver militantes a mover-se por convicções. Também os há, é verdade, mas as convicções, a nível interno, não dão vitórias. Há, neste Partido, pessoas sem honra. E isso entristece-me muito. Vejo que o PSD apresentou em eleições passadas pessoas sem qualquer capacidade para exercer cargos políticos. E essas pessoas estavam na linha da frente. Enquanto português, isso preocupa-me.
Estamos a observar um autêntico assalto ao Partido. Não há respeito, nem solidariedade entre militantes. Conheço quem ande por aí a fazer certas coisas. Conheço bem e sei quem são.
Há blogues e muitos outros meios que são criados por militantes do PSD, com dinheiros que não se sabe de onde vêm, para atacar publicamente outros militantes.
Vejo que as equipas de vitórias não se mantêm, no PSD, ao contrário do que se verifica noutros partidos. Tanto em Portugal como no Mundo.
Onde devia haver união, há ameaças e ataques constantes. Sei bem o que isso é. Há quem não saiba mas eu sei. Infelizmente.
Este PSD tem posto incompetentes nos mais altos cargos da adminitração local. É verdade que o PSD é um partido congregador, mas não ao ponto de serem pessoas sem valores e, mais do que isso, sem competência e sem o espírito de Sá Carneiro a fazerem o que fazem.
Tive a notícia de um ataque a um jovem militante do PSD, feito por outros militantes.
É inacreditável. Esse militante é um dos grandes trunfos que o PSD tem para o futuro.
Não quero ir mais longe por agora. Já que estamos numa fase em que se querem resolver problemas, aqui deixo, então, alguns para os dirigentes do PSD resolverem.
Enquanto houver Cavaco, Barroso, Santana, entre alguns outros, e, acima de tudo, enquanto permanecer viva a memória de Sá Carneiro vai continuar e merecer a pena ser militante do PPD/PSD.