terça-feira, 23 de outubro de 2012

O projecto de Godinho Lopes morreu

O Sporting vive, sobrevive, mas o projecto desportivo de Godinho Lopes está morto, e bem morto.
Duque e Freitas eram os trunfos eleitorais. Os trunfos que fizeram Godinho ser o segundo mais votado pelos sportinguistas, mas, mesmo assim, eleito Presidente do Sporting. Caíram, como caiu Domingos, como caiu Sá Pinto, como caiu a força anímica de uma equipa que joga sempre entregue a si própria. E, entretanto, caíram dois vice-presidentes, um deles com enorme peso e influência.
Parece-me legítimo, por isso e por se ter, em Outubro, perdido a época, que se pense, já, em substituir o presidente que menos sucesso teve à frente do Sporting. Veio para substituir o pior presidente da História e tomou-lhe o título.
Há quem diga que este é o fim do Sporting, tal como o conhecemos. É, de facto, um período de urgência. Mas o Sporting sempre foi aquilo que os sócios quiseram. Estamos fartos de mais do mesmo. Das voltas e mais voltas que um grupo minoritário de sportinguistas dá para continuar a liderar o clube, sempre em prejuízo do Sporting.
Chega do discurso dos pequeninos, dos pobrezinhos, de recorrer à porcaria do Couceiro.
Pelo menos, sejam profissionais!
O tempo é de mudança. E, de Outubro a Julho, há tempo para reorganizar, para repensar, para reconstruir.
Espero que, desta vez, não nos impeçam de reerguer o Sporting.
O Sporting vive, enquanto viverem os sportinguistas.
E, enquanto viverem sportinguistas, o Sonho persiste.
Que seja, então, concretizado.


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A farsa chamada PC


Pode não vir na primeira página do Expresso, do Público ou mesmo do Correio da Manhã, mas não há maior farsa, em Portugal, do que a existência do Partido Comunista.
Depois de mais de trinta anos no poder local, faliram várias Câmaras Municipais. Aplicam a receita da troika desde antes de "Gaspar" ter apresentado a sua proposta de Orçamento de Estado. Há IMI's, em Câmaras Municipais comunistas, que aumentaram mais de 2000%. E vários dos presidentes de Câmara eleitos pelo Partido Comunista, assim como os seus familiares, ganham obscenidades, em cargos que são pagos à custa de cada um de nós. 
Diga-se, ainda, que esta realidade tem, mais do que o conhecimento ou o aval, a própria cumplicidade do Partido Socialista. Veja-se o que se passa na Câmara Municipal da Chamusca e na Águas do Ribatejo. Veja-se também o exemplo, o bom exemplo, que é dado por vários autarcas do PSD, como Fernando Costa, nas Caldas da Raínhas.
Há comunistas que podem, querem e mandam. E, perdoem-me a expressão, mas também "mamam". À custa do sacrifício de quem trabalha. 
Têm demasiados telhados de vidro para que possam atirar pedras.
E não podem ficar imunes à Justiça!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Acordai.




Tenho vinte e quatro anos de vida e só conheço o Portugal democrático. Ainda assim, tenho memória, a suficiente para me lembrar que a vida foi barata durante muitos anos. Comia-se um hambúrguer por menos de metade do preço. As pessoas viviam bem, a cidade estava cheia de gente e, no mundo rural, havia movimento. Nesses primeiros anos, de ilusão para os portugueses, acho que me consegui iludir a mim próprio. A vida corria bem a toda a gente e, ao Estado, não parecia faltar o dinheiro para os grandes eventos da mudança de século, nem para as auto-estradas que nos ligam uns aos outros.
Se me perguntarem o que foi que mudou, entretanto, eu confesso que hesito em explicar. Sei quem governou durante um período considerável de tempo e sei o que fez. Sei também quem enriqueceu e quem, estrangulado pelo Estado, pede emprestado para poder comer.
Sei também que não há justiça. Que os protegidos estão bem protegidos. E que os desprotegidos podem não demorar um ano a morrer de fome. Conheço a conjuntura, mas permitam-me que não me sinta responsável.
Sim, está bem. Sou social-democrata desde que me conheço, militante do PSD desde que posso. Mas não me revejo neste excesso de austeridade. E não acredito, precisamente, porque sou social-democrata.
Não há país que sobreviva sem classe média. Não há sociedade que se desenvolva sem uma economia a funcionar. Não há caminho para o crescimento que possa ser encontrado num beco sem saída que nos força a andar para trás. Não acredito nesta receita, demasiado indigesta para que o povo, excessivamente sacrificado, a possa engolir.
Mais do que militante do PSD, sou social-democrata. E sou precário, como parte considerável dos jovens que não alinhou na debandada. Trabalho mais do que as oito horas diárias, que as quarenta horas semanais e, se for preciso, ainda me pedem para trabalhar ao fim-de-semana. Aceito isso, como é óbvio, porque preciso de viver e de ganhar, pelo menos, para poder almoçar com os meus colegas. Mas acho uma injustiça que se diga que é este governo que castra o futuro dos jovens.
Não alinho no bota-abaixo da esquerda radical, e também a há no PS, que quer proibir aquilo que não gosta e liberalizar o que é anti-natural e perturbador social. Por exemplo, quando se bateram para que um gay pudesse casar com outro gay esqueceram-se que os governos, dos partidos do centro, estavam a levar o país para um buraco demasiado fundo para que um jovem pudesse, em idade “útil”, pensar em casamento. Com um homem ou com uma mulher.
Não há partido que possa ser desresponsabilizado pelo estado em que nos deixaram o país. Não há. Da esquerda à direita, passando, logicamente, pelos governos de Cavaco a Sócrates. Sempre sem esquecer Guterres. E não contando com os que, quando nos tentavam levantar, foram empurrados porta fora. Mesmo assim, como acima justifiquei, não acredito que esta seja a cura para um país que se herdou doente. O povo sempre disse, e com razão, que, se não se morre da doença, morre-se da cura.
Só posso aceitar com intolerância a sugestão do primeiro-ministro para as pessoas da minha geração. Aceitaria, se dissesse que a culpa foi da geração dele. E, talvez, da que lhe antecedeu. Mas não aceito o convite, que obviamente retribuo, para fazer as malas.
Não me consigo, ainda assim, resignar. Mas não posso, nem quero, continuar a trabalhar para aquecer, para pagar a casa a quem não quer trabalhar e para pagar abortos, por exemplo.
Sei que este é um tempo extraordinário, de sobrevivência social, de sacrifício nacional, e, por isso, aceito algumas das sugestões que, noutro tempo e por princípio, nunca aceitaria. Por exemplo, aceito que, nesta altura, se considere a hipótese de legalizar, para tributar, a prostituição. As putas, se querem ser putas, que contribuam para nos tirar do pântano.
Este é um tempo extraordinário. Para nós, para o país e para o partido que lidera a coligação que nos governa. Sugiro, agora apenas como militante, que se faça um congresso extraordinário, aberto a todos os militantes, para que nos expliquem o caminho, para que nos expliquem onde acham que nos vão levar. Sei que, como eu, há milhares de militantes, trabalhadores, social-democratas, inconformados e inconformistas.  E, se o governante não ouve o governado, é porque não sente, ou nunca sentiu, as dificuldades por que passamos.
Como portugueses, queremos honrar os compromissos. Mas não podemos matar o país nesta espécie de tentativa de suicídio colectivo em que se traduz a proposta de Orçamento de Estado.
Não acredito no PS, que me faz pagar, todos os dias, dívidas que não são minhas. Não acredito na esquerda radical. Porque estiveram desatentos e porque não há nada que seja mais comunista do que tirar ao que tem para dar ao “pseudo-todo” que é o Estado.
O PSD existe, está vivo. Acredito, por isso, muito mais nas propostas alternativas que possam surgir internamente do que em meros slogans hipócritas e utópicos vindos daqueles que continuam a jogar ao toca e foge.
Acredito na social-democracia e estou convencido de que ainda há social-democratas no PSD. E é a esses que me dirijo com uma palavra. 
Acordai.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O futuro treinador do Sporting tem de ser este!


É a minha recomendação, que agora torno pública. E falo, logicamente, do senhor que está à esquerda, junto a José Mourinho. Pensarão que é imaginação, semi-estupidez, porque o vosso primeiro pensamento é que um é imitação do outro. Estão enganados. Se fosse eu a decidir, decidiria contratar Rui Faria para treinador do Sporting, e explico-vos já porquê.
Estamos no princípio de uma época. A oito pontos do primeiro, é certo, mas com um campeonato para jogar. Existe a convicção de que temos um bom plantel, com um leque de jogadores que, se bem trabalhados, podem valer pequenas fortunas.
Escolher um treinador estrangeiro não é, por isso, uma boa solução.
Scolari é caro. Muito caro. Não dá garantias porque falhou nos clubes por onde passou recentemente. E iria sair ainda mais caro na hora de o despedirmos.
Luis Enrique prometeu. E falhou. Redondamente e na Roma. Não dá garantias.
Os holandeses são bons. Muito bons. Principalmente, Marwick. Mas não conhece o futebol português. Seria uma boa solução para o fim de uma época, numa fase em que pudesse preparar logo a época seguinte. Não conhece o futebol português.
Co Adrianse é uma solução interessante. Tem um estilo de jogo ofensivo. Demasiado ofensivo para o Sporting. 
Dos estrangeiros, resta Valverde. Seria fabuloso noutras circunstâncias. As mesmas em que Marwick poderia servir.
Assim, o próximo treinador do Sporting tem de ser português. E, aqui, há duas hipóteses, desconsiderando, desde logo, a do Professor Jesualdo, certamente empurrado para a imprensa pelos seus amigos da compra e venda. Compram árbitros, vendem "treinadores" para a imprensa.
Falo, logicamente, de Jorge Jesus e Rui Faria.
Jesus seria difícil. Pediria demasiado dinheiro e está bem onde está. Se não houvesse outro, não tenho dúvida de que, nesta fase, o Sporting o iria "resgatar". 
Resta Rui Faria, numa espécie de the last but not the least.
Tem escola, faz parte de uma equipa ganhadora, tem tempo para trabalhar e condições para fazer um bom trabalho. Conhece o futebol português. É, por isso, muito melhor do que os outros.
O Sporting esteve para contratar Mourinho, não quis.
Esteve para contratar Villas-Boas, também não quis.
Agora, não há mesmo volta a dar, até porque não há duas sem três. E à terceira é de vez.
Com muita escolha, ficamos satisfeitos pela quantidade de gente que se disponibilizou para treinar o Sporting.
Mas, se a escolha já está feita, o que eu desejo é que o próximo treinador do Sporting seja Rui Faria.
Faremos com que se torne treinador.
Ele tem ano e meio para fazer, de nós, campeões.
Vai uma aposta?
Eu aposto no Rui.