sábado, 28 de janeiro de 2012

Nem sempre são maus ventos

Em Espanha, o árbitro do Barça-Real ( que foi o mesmo que, num jogo frente ao Villarreal, mostrou o segundo amarelo a um jogador do Barça mas que, percebendo que era o segundo, acabou por não o expulsar) foi impedido de arbitrar mais jogos do Real Madrid durante esta temporada.
Não digo isto por nenhuma razão especial. É apenas para exemplificar como se faz nos países com um futebol a sério.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Musical 1906


Falando de um ponto de vista desportivo, a primeira pessoa do plural ganha uma dimensão diferente quando é utilizada por sportinguistas em referência a momentos, situações ou jogos em que participam atletas do Sporting. Isto porque, ao longo de um século de boas histórias, o maior activo que este Clube sempre teve foram os sócios. O Sporting não é um clube de futebol. E só os sportinguistas, até por terem optado por ser do Sporting, conseguem perceber isso. O Sporting somos nós, os que, de uma forma ou de outra, participamos activamente no dia-a-dia deste Clube.
Como grande Clube de Portugal, e sempre na procura de alcançar um sonho centenário que envolve milhares de sócios em todas as modalidades, o que torna este Clube diferente não é, como bem o disse João Benedito, quantificável. Porque os títulos que contamos na nossa História são mais do que muitos e estão expostos nos nossos dois museus. É o Esforço, a Dedicação e a Devoção que fazem com que cada vitória tenha um sabor diferente. A grandeza do Sporting não se mede pelas influências nem por determinadas fases de vitórias. A grandeza do Sporting está na força do trabalho. É por isso que somos diferentes. Temos uma mística, uma identidade que nos distingue dos demais clubes do mundo.
Um século depois, e com vários títulos europeus, mundiais e olímpicos, sempre na valorização do atleta português, a identidade sportinguista permanecesse inalterável. Mas, para melhor compreender esta História e a essência do sportinguismo, não podemos perder o musical que está até domingo no Tivoli.
Em 2012, com um musical que conta histórias da História do melhor Clube português e cujas receitas reverterão para o Leões de Portugal (uma IPSS), continuamos a demonstrar que, como em 1906 (e desde aí), continuamos à frente do tempo, fiéis a uma identidade centenária que extravasa os limites dos recintos desportivos.
Rapaziada, ouçam bem o que eu vos digo e gritem todos comigo: Viva o Sporting!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Um orgulhoso português

O Real Madrid fez, nos últimos dois anos, vários jogos contra o Barcelona. Só ganhou uma vez, sendo que, na maioria das restantes, saiu do campo humilhado perante soberbas exibições dos catalães. A ideia que o mundo  inteiro tinha de Mourinho e dos confrontos entre o Barça e o Real baseava-se numa pergunta: como parar a melhor equipa do mundo? Foi com essa questão que, nos últimos confrontos directos, os jogadores do Real Madrid entraram em campo. Nervosos, com demasiado respeito pelo adversário, muito presos à necessidade de segurar Messi e companhia.
Na primeira-mão da Taça do Rei, esse facto repetiu-se, como também se repetiu a soberba exibição dos catalães. Uma vez mais, o Real Madrid saiu derrotado.
Mas hoje, sabendo que entrava em desvantagem, no campo do grande rival, num terreno que lhe é completamente hostil e tendo de marcar dois golos, só um treinador como Mourinho conseguiria preparar a equipa, táctica e psicologicamente, para enfrentar este Barcelona, entrando sem medo, a jogar para ganhar.
Não ganharam. A sorte que faltou de um lado e a batotice que sobrou do outro não ajudaram. Mas Mourinho mudou a cabeça das pessoas. Para enfrentar este Barcelona basta que Mourinho ponha a equipa a jogar como só consegue jogar o Real (de) Mourinho. Como fez hoje. E, por assim ter sido, vai valer a pena que pessoas de todo o mundo reservem mais duas horas das suas vida para ver o próximo clássico dos clássicos.
Não falo aqui, porém, de qualquer vitória moral. Porque o Real Madrid, tendo empatando (ainda que com injustiça), está fora da Taça do Rei. Mas Mourinho sai por cima, sobretudo depois de uma semana difícil em que chegou a ser vaiado em Madrid.
Ele disse que um dia iria responder aos assobios. Não temos dúvidas de que responderá. Porque Mourinho pode treinar a equipa que quiser. Já o Real, sem Mourinho, bem pode continuar a tentar encontrar maneira de parar o Barça. E, se haviam dúvidas, só com Mourinho isso pode ser possível.
De qualquer forma, e apesar da derrota, o Real Madrid, depois de uma semana difícil, ganha uma equipa. Ganha força no duelo psicológico na luta pelo título numa altura em que tem 5 pontos de avanço. E, jogando assim, os adeptos podem voltar a sonhar com a conquista da Liga dos Campeões. Sem fitas e sem farsas. 
Espero que assim seja. Porque, além de Coentrão e Carvalho, Ronaldo e Mourinho, além de serem os melhores, merecem ser reconhecidos como tal. Que o sejam. Porque é também por causa deles que, como Mourinho o disse, eu próprio também sou "um orgulhoso português".

Educar para o crescimento

O primeiro problema que a democracia nos trouxe foi a sustentabilidade das contas públicas. Essa discussão, que foi feita no país nas últimas décadas, resumiu-se ao equilíbrio necessário entre as despesas e receitas públicas.
Não houve, de um ponto de vista económico e financeiro, nenhum Primeiro-Ministro, com tempo suficiente no cargo para poder construir uma estratégia de longo prazo, que fosse além dessa discussão: discutiu-se sempre, e apenas, o curto prazo.
Aparentemente, e apesar de continuarmos a viver com a corda ao pescoço, as pressões externas parecem estar a abrandar. Isto porque o novo Governo de Portugal, eleito no ano passado, começou finalmente a falar verdade aos portugueses. E é notável que, com o agravamento das dificuldades, a contestação popular esteja, também ela, a esmorecer. 
A questão que não se coloca, e que se deveria colocar, é, porém, o problema que nos afectou, pelo menos, nos últimos trinta anos e que fez com que necessitássemos, novamente, de pedir ajuda externa. 
A discussão resume-se ao tal equilíbrio das receitas e das receitas. Pensa-se apenas no défice anual e, bem assim, na forma de ir reduzindo a dívida pública. Tudo no curto prazo.
Aumentam-se os impostos, corta-se em tudo o que se pode cortar. Corta-se a todos. Às cegas e a direito.
O essencial, que é o factor mais importante da solução para o nosso problema, continua por discutir. Chama-se crescimento: o crescimento económico que aumentará a riqueza das famílias, que aumentará as suas poupanças, que fará o dinheiro circular na economia e que se traduzirá num aumento das receitas públicas. 
É nesse sentido que acho que a política fiscal falha. Porque o Governo deveria incluir um carácter educativo nas suas medidas. 
Não se educa as pessoas, dizendo-lhe que têm de trabalhar mais meia hora e que vão estar com a corda ao pescoço no fim do mês quando tiverem de pagar os empréstimos, os seguros, as despesas necessárias à sua subsistência. A ideia de que por uns pagam todos esgota-se no dia em que se sai da escola primária. Quem não produz o suficiente, deve, também pela via fiscal, sofrer maior penalização. E há que dizer à maioria dos portugueses que não produz o suficiente que o segredo está na sua produtividade.
No que diz respeito às empresas públicas, até como forma de responder aos fait-divers criados com a discussão das nomeações legítimas, o Governo deveria reconduzir todos os administradores de empresas públicas lucrativas. E, de um ponto de vista fiscal, deveria beneficiar os funcionários dessas empresas que, em razão da sua produtividade, não podem ser tratados da mesma maneira com que se tratam as pessoas que, à hora do trabalho, se sentam na sua secretária a falar com os amigos nas redes sociais.
Uma medida deste género, que, a meu ver, por tratar o diferente como diferente, não viola qualquer preceito constitucional, seria essencial, se fosse correctamente comunicada aos portugueses.
Fazia aquilo que as leis (em sentido amplo) devem fazer: educar os portugueses. Educar para o crescimento económico. E é isso que os portugueses e o Estado Português precisam agora. 

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Sexta-feira Teresa



Hoje é sexta-feira, Teresa.
Do Mendes e João Só.
Bom fim-de-semana!

Ao ritmo de Mozart



A mim pouco me interessa, se uma pessoa é ou deixa de ser maçon. O "ser-se" maçon resulta de uma decisão individual. E, assim sendo, não tenho opinião formada sobre a obrigatoriedade de colocar esse factor no seu registo de interesses quando vai exercer funções públicas ou de relevo público. Não tenho opinião formada, ou definitiva, porque, ao esconder que é maçon em caso de obrigatoriedade de publicitar esse facto, esse comportamento teria de ter consequências jurídicas. É, por isso, uma questão delicada, que carece de um debate público a ser auxiliado por uma avaliação que vise saber até que ponto a maçonaria pode ser, na prática, um guarda-chuva para um conjunto de pessoas, motivando-as a, ao abrigo de poderes públicos, proteger os seus membros, comprometendo a máxima, constitucional e democrática, da igualdade.
O que mais me interessa, que é o que menos tem sido falado, são os casos em que um juiz maçon julga um arguido maçon. Nesse caso, não está garantida a imparcialidade que se exige de um juiz que tem de julgar em nome da lei e do povo, despido de outros factores que possam condicionar a decisão. Nesses casos, creio que o juiz e, bem assim, o arguido, devem dizer que são maçons. Em caso contrário, o que se verifica é um atentado sério ao livre funcionamento do Estado de Direito. Nesse aspecto, a lei, no que respeita aos impedimentos do juiz, deve ser alterada, dado que se trata de uma omissão cujas consequências vão contra a Lei Fundamental, não deixando, ao juiz, a opção de julgar o caso.
De qualquer modo, e sabendo que o povo português ainda não despertou para esta matéria e que está concentrado noutras coisas, parece-me que qualquer investigação jornalística ou reportagem feita não tem, neste momento, qualquer consequência naquilo que devia ter. Não existe a força política e popular para mudar, agora, alguns pontos que podem, ou devem, ser mudados, o que, ainda assim, não tira o mérito ao jornal Expresso e, bem assim, aos vários jornalistas de outros meios de comunicação social que, nos últimos anos, têm feito reportagens interessantes sobre esta temática.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O meu Pepe



Hoje fiquei em casa. Estava sentado, numa secretária, a ler uns apontamentos. E quando vinha aqui ao computador para reler uns casos práticos que eu e os meus colegas fizemos, olhei para o sofá. Deitado, com uma protecção ao pescoço, e quase sem abrir o olho direito, o Pepe (o meu cão) estava instalado melhor que ninguém. Mal sabe ele vai ser operado porque hoje, de manhã, o veterinário encontrou um tumor na sua boca, que será analisado na próxima semana, para se saber se será benigno ou maligno. Foi com esse pensamento que decidi fazer uma pausa no estudo. Estava em falta aqui no blogue, onde não escrevo há cerca de uma semana, mas os temas quentes da actualidade não merecem grande discussão porque essa discussão seria, hoje, inconsequente. O país ainda não despertou para alguns assuntos, e essas discussões podem para ficar para mais tarde.
Mas, nesta pausa no estudo, quando olhei para o Pepe, senti que também estava em falta com ele. Sendo, este, um blogue pessoal e que não é dirigido a nenhum assunto específico, achei que o Pepe merecia hoje um lugar de destaque. 
O Pepe foi, e é, como um filho para mim. Abdiquei de várias coisas para o ter por perto, mas não me sinto prejudicado por isso. Foi, e é, o companheiro e o amigo mais leal que alguma vez já tive.
Nos quase sete anos que vivi com ele, vivi mesmo a sério. E vivi tudo aquilo que tinha, e que queria viver. Sem saber, por ter o Pepe, e por gostar de o ver correr, ele empurrou-me para construir um sonho. Esse sonho desenvolveu-se, adaptou-se aos recursos de que podia dispor e hoje entreguei o último documento que era necessário para um projecto que assumo como uma causa, um sonho, um projecto de vida. Se não tivesse tido o Pepe, se não tivesse sentido a necessidade de o ver correr num grande espaço, se não tivesse gostado tanto de o ver a brincar nesse espaço, talvez não tivesse trabalhado para esse projecto. Seria, hoje, uma pessoa mais triste e menos completa.
Mas a propósito desse projecto, o documento que hoje entreguei é o certificado de habilitações. Nestes anos, licenciei-me em Direito e, apesar de, na fase final dessa etapa, ter preferido estar mais tempo junto de colegas na faculdade, o Pepe foi, na maior parte das vezes, o meu companheiro enquanto estudava. Lembro-me agora de um exame que tive de uma cadeira leccionada pela única professora do curso com a qual não tive uma boa relação. Na véspera desse exame, o Pepe foi pai. Deu-me uma grande alegria, assim como às donas da cadela e aos que receberam os filhos, mas não sei, se o Pepe se chegou a aperceber que aqueles seis boxers bebés eram seus filhos.
Foram tempos bons. E, mesmo nas piores alturas, foi o Pepe me ajudou a superá-las. Com passeios, com longos passeios, com brincadeiras, com algumas viagens.
O Pepe, além de me ter feito conhecer quase todos os vizinhos das redondezas, de me ter feito ir a “A-dos-Loucos” para ver se conseguia cobrir uma cadela, de me fazer acordar ainda de madrugada em dias de descanso, foi, e é, uma companhia da qual nunca consegui prescindir. Pela companhia, pela verdade, pela lealdade e pela transparência. Eu nunca conheci ninguém assim.
Às vezes somos arrogantes e não conseguimos reconhecer a importância que as coisas têm para nós. E prendemo-nos com coisas mesquinhas e sem interesse. E até tem graça porque, para provar o que digo, estão, neste momento, a discutir pastéis de nata na Assembleia da República. Estão mesmo!
Quando somos confrontados com notícias como estas, de tumores ou coisas que podem ser graves, apercebemo-nos das falhas que tivemos ao longo da vida, do que fizemos e não devíamos ter feito e, pior do que isso, do que ficou por fazer. Muitas vezes, quando nos apercebemos disso, já vamos tarde.
O meu conforto, nos quase sete anos que o Pepe tem, é que fiz tudo, mesmo tudo, o que queria ter feito. E quando olhar para trás, para o hoje e para o ontem, vou sempre lembrar-me que, ao meu lado, estava este boxer camurça que é “maricas” e corajoso ao mesmo tempo. Aliás, quase todos os posts que fiz para este blogue foram feitos com o Pepe ao lado. E, se não sei como seria com outras pessoas, tenho a certeza que o Pepe dava a vida por mim.
Foram, e estão a ser, tempos bons. E, sendo este um blogue pessoal, onde tenho a liberdade para partilhar os meus desabafos, não poderia deixar de deixar esta história aqui registada, do mesmo modo que não a podia acabar sem pedir a Deus que o ajude.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Enquanto o país está distraído

A crise, além de motivar mudanças, fomenta as amizades. E os de Guimarães já não estão sozinhos.
Foram pagos os salários da União de Leiria com um jogador que afinal já não sai. Devem estar a ser pagos os salários do Vitória de Setúbal. 
Além dos onze sul-americanos e de seis milhões de pessoas, há, assim, mais cerca de cinquenta famílias que estão bem melhor. E é entre estas ironias que, com algum humor, podemos dizer que o futebol português continua a remar contra a crise. 

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O direito à privacidade



Tenho alguma dificuldade em compreender as críticas que são feitas à ideia de colocar câmeras de video em locais públicos. Com esse sistema de vigilância, muitas pessoas iriam voltar a ir a locais onde, por hábito, já não vão. Entendo, assim, que a vigilância, utilizada como meio de garantir a segurança em locais públicos, não constitui qualquer ataque à privacidade que, implementando-se esse sistema, nos seria imposto.
Temos o direito à privacidade. A lei protege a nossa privacidade ao ponto de julgar e condenar criminalmente aqueles que a violam, condenação que abrange comportamentos diversos e que vão desde a violação de correspondência à violação de domicílio, entre outras formas de protecção da reservada e privada vida de cada pessoa.
Quando estamos em locais públicos, somos nós próprios que restringimos a nossa privacidade. Parte do que era privado passa a ser, por nossa própria vontade, público. É isso que eu entendo, é para esse sentido que tende, cada vez com maior frequência, a própria jurisprudência.
Somos filmados em imensos sítios. Somos filmados todos os dias. No nosso prédio, no banco, no centro comercial, no parque de estacionamento, nas lojas, nas universidades, em certas áreas do local de trabalho, nos estádios. Somos filmados por uma questão de segurança. É mais fácil identificar o ladrão que foi filmado a furtar num supermercado ou um adepto que atira um objecto ao árbitro. É assim. E ainda bem que é assim.
Uma câmera não substitui um polícia. Facilita-lhe a vida, dá-lhe menos trabalho. Há quem julgue que esse é um mau caminho. Eu chamo-lhe progresso, o mesmo progresso que sentiram os agricultores que passaram a ter menos trabalho quando surgiram e puderam adquirir os seus tractores.
Em certos locais problemáticos e em zonas históricas ou por onde passa um grande número de pessoas, admito, assim, que se devam colocar câmeras de videovigilância. Não tenho nada contra isso. Muita gente iria voltar a zonas onde já não vai. E, em locais como a Baixa, onde, além de portugueses, passam muitos turistas, essa colocação deveria ser mesmo para ontem. Não se "acabava" com a quantidade enorme de pedintes que ali estão e que dão uma péssima imagem da cidade e do país, mas "acabava-se" com os furtos e com o tráfico de droga que ali se faz.
Se eu não quero que se saiba que estou num lugar, não vou a esse lugar. E mais depressa vou a um lugar quando sei que, nesse lugar, me sinto seguro.
Outra coisa, diferente, e, no meu entendimento, muito mais grave, tem a ver com a privacidade que pensamos que temos mas não temos, ou podemos não ter. Há pouco mais de um ano, entraram na minha conta de e-mail. Tiveram acesso a todos os documentos que ali guardava. Apresentei a queixa, necessária neste tipo de crimes, na PJ. São crimes, é algo que pode acontecer a qualquer um. Mas nós não sabemos, por exemplo, se estão a escutar as conversas que temos. E, em caso afirmativo, não sabemos quem nos escuta nem porquê. Não sabemos também, se há alguém que tem acesso a documentos nossos que são privados e protegidos. E, em caso afirmativo, não sabemos quem tem acesso a esses documentos nem a forma como os consegue obter.
A mim não me afecta, portanto, se estou, ou não, a ser filmado quando estou na rua, do mesmo modo com que sou filmado na maioria dos sítios públicos que frequento. Mas preocupa-me que, para fins ocultos, e ao abrigo de compadrios semi-ocultos onde todos se ocultam uns aos outros, algum cidadão possa aceder, e partilhar, algo que deveria ser privado, protegido e secreto. É que nós até podemos confiar na palavra das pessoas. Mas o medo existe. O perigo existe. E não devia existir.

Imagens que falam por si (XIII)

(clique na imagem para ampliar)

Solidariedade nacional no Pingo Doce. Sabe bem pagar tão pouco.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A SIC começou com o pé esquerdo


Solvzinkel, Folfvsiking, Zolvzinka, entre outros nomes. Parecia que o Sporting jogava com vários avançados. Apenas tendo em conta os comentários, só não jogava o verdadeiro e único avançado do Sporting que estava em campo. Depois, disseram que o Sporting não podia jogar com o Ricardo Carriço, que estava lesionado, como se esse conhecido actor português pudesse, em Vila do Conde, ter dado uma ajuda à equipa do Sporting, equipa que ontem jogou com vários jogadores colombianos, como Insua (que deixou de ser argentino) ou Carrillo (jovem promessa peruana).
A questão é que não eram gralhas espontâneas. Os erros repetiam-se. 
Ora, se a ressaca do fim de ano poderia justificar os erros, deixou de o poder quando o comentário foi resvalando para o campo da parcialidade: para Joaquim Rita, o relvado do Sporting era uma porcaria porque estava instalado numa "cave", numa cave de um clube que, para ele, não tinha qualidade para ser candidato ao título.Segundo os comentadores, para o Sporting, único clube que está em todas as competições, os títulos são uma ilusão. 
Pior do que o jogo, que marca a estreia na Taça (que ninguém) Liga e que, ao contrário do que devia acontecer, não dá privilégio aos jogadores jovens e nacionais nem às equipas pequenas, que sempre poderiam conquistar um título e receber algum dinheiro, foi mesmo a prestação dos comentadores. E nem o intervalo do jogo foi excepção, tendo-se anunciado um jogo entre Vitória de Guimarães e Benfica, em que se dizia que o campeão estava de volta à SIC.
Tendo em conta que o campeão, infelizmente, é o FC Porto, depois de um ano em grande em que venceu todas as competições de relevo, incluindo o título que foi festejado no estádio da Luz, não estou a ver, entre Benfica e Vitória, qual deles é o campeão e do quê.
Sabendo que, por e-mail, carta e telefone, a SIC já recebeu várias reclamações, não poderia, também eu, deixar de dizer que foi mesmo mau demais. E alguém tem de reflectir sobre isto. Se não fazem jogos ao domingo à tarde e se os marcam ao frio da noite e em dia de semana, impedindo que as pessoas encham os estádios, as televisões têm de ter muito mais cuidado com a forma como o futebol chega a casa de cada pessoa.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Vamos ao Ano Novo!

2012 - "A gente vai continuar"


Enquanto houver estrada para andar, a gente vai (a gente tem de) continuar!
Vamos a isso! Vamos ao novo ano!