sábado, 28 de fevereiro de 2009

O Congresso do PS (II)

Vou agora, de forma breve, fazer um, sumário, ponto de situação do Congresso do Partido Socialista.
Apesar de terem falado vários militantes, o discurso é sempre o mesmo.
Manuel Alegre faltou, deixando bem claro que não "vale a pena" dialogar, debater ideias neste PS.
Sobre os temas em debate, podemos concluir que o PS é o partido que mais fala do caso Freeport. Também assuntos como a liberdade de expressão e de imprensa foram falados, como foi o exemplo do discurso de um dos camaradas, chamado Rodrigo, que afirmou que "a comunicação social tem liberdade a mais" e que, nesse sentido, "o PS deveria tomar medidas".
De resto, tudo de pé a aplaudir o pensamento único. Todos a cumprimentar o líder e a defendê-lo, naquilo que é o verdadeiro culto do chefe.
Quanto às transmissões televisivas não pode deixar de ser curioso que o canal do Estado está, obviamente, muito condicionado, defendendo o PS, um outro canal tem como comentadores o irmão do socialista que apresentou a moção de José Sócrates e Pedro Adão e Silva, conhecido militante socialista. O que vale às pessoas é que hoje temos a opção de mudar de canal, de forma a conhecermos melhor a realidade e a ouvirmos opiniões de uma televisão que é a única verdadeiramente independente. Daí as audiências.

O Congresso do PS



Teve início na tarde de hoje mais um Congresso do Partido Socialista, num período que marca os quatro anos da vitória deste Partido nas legislativas.
O balanço destes quatro anos de governação é elucidativo, na medida em que todos os indicadores apontam na mesma direcção: o desemprego a disparar, o endividamento externo a revelar uma tendência clara de, a cada dia, condicionar ainda mais o futuro de ainda mais gerações, os indicadores da confiança dos portugueses não eram tão negativos há mais de duas décadas, agravou-se a situação económica das famílias, etc.! O descontentamento face a estes quatro anos de governação do PS generalizou-se.
A conjuntura política que o Partido Socialista teve a sorte de viver não poderia ser mais favorável: um Presidente da República fortemente empenhado na cooperação institucional e uma confortável maioria absoluta. Curiosamente, o Governo e o Partido Socialista utilizaram estes benefícios para os transformar em conflitos permanentes (e evitáveis!) com Cavaco Silva e para impor, de forma arbitrária, as suas ideias aos portugueses. Tivemos uma maioria absoluta prepotente, pouco disponível para o democrático debate de ideias, interessada nas manchetes dos jornais, a fazer leis com erros, a tomar decisões precipitadas e a não conseguir prever o futuro económico-financeiro. Esses erros levaram o país a mergulhar numa enorme crise a todos os níveis, independentemente da crise internacional.
Mas, como disse, começou hoje o Congresso do PS. Com enormes bandeiras no exterior, a fazer-nos recordar o egocentrismo nazi e num ambiente de unanimidade.
O PS é, como este congresso o demonstra, um partido que não se discute. Que não gosta de ser discutido, completamente controlador da máquina que é o Estado Português. Lembro-me das várias vezes em que António Costa revelou a sua intenção de, juntamente com o camarada Sá Fernandes (eleito com o apoio de um partido de esquerda radical), retirar cartazes de partidos ou juventudes partidárias, por constituírem um ataque às ambições, políticas e pessoais, dos socialistas.
Em relação ao discurso de Sócrates, sobressai a tentativa clara do Primeiro-Ministro e secretário-geral do PS de se vitimizar, com vista a aproveitar-se de actos pouco claros em que a sua pessoa está envolvida para lançar a suspeita generalizada de que existe uma "mão negra", uma "mão invisível", que não está nas polícias que investigam mas nas forças de oposição. Ora, sabemos bem quais eram os regimes em que se utilizavam estes argumentos.
O Congresso do PS é tudo menos democrático. Que tenta confundir as pessoas, fazendo passar a ideia de que discute muitas coisas, como a eutanásia e o casamento de homossexuais, mas acaba por não discutir nada. Nem se discute a si próprio, nem o estado a que o país chegou, depois de doze anos em que os socialistas governaram na última década e meia.
Graças a Deus, o meu Partido é diferente. Discute-se quase todos os dias. E fá-lo publicamente. Ao contrário do PS, que é cada vez mais um partido colectivista, controlador, repressivo e quase absolutista. Que, quando chegou ao Governo, quis arranjar um ministro para "malhar" na oposição e para fazer a propaganda. Nestes últimos anos, por estranho que pareça e ao contrário do que se diz, sobressaíram muitas das diferenças entre PS e PSD.
Quanto ao que falta do Congresso, sabendo que nada de útil se vai discutir, resta saber o que vai Sócrates fazer no domingo, ou seja, se vai a uma cimeira europeia, que não poderia ser mais relevante, tendo em conta a situação e o interesse nacionais. Ou se vai pôr, mais uma vez, os interesses socialistas à frente de qualquer interesse nacional. Até aí o comportamento de Sócrates é revelador: convida dirigentes políticos da Venezuela (de Chávez) e falta, por exclusivo interesse partidário, a uma cimeira que pode ditar muita coisa sobre aquele que pode vir a ser o futuro da Europa.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Pequenos pormenores



Não sei como é que acontece com as outras pessoas. Mas eu, que não sou particularmente vaidoso na maneira de vestir, cumpro algumas regras no que diz respeito ao vestuário, com dependência da ocasião.
Se é dia-a-dia, visto uns jeans, uma t-shirt, uns ténis e um casaco.
Se é dia de um jantar descontraído, visto um blazer e uma camisa.
Se é um dia importante, que merece de mim grande respeito e/ou responsabilidade, como uma oral ou um casamento, visto fato e gravata.
É assim que me visto, aos vinte anos, porque sou estudante. E cada um terá os seus gostos e as suas regras. Mesmo nestas coisas que pouco interessam, como a nossa forma de vestir. Por exemplo, ninguém irá a um enterro de calções e chinelos.
Mas eu encaro a forma de vestir como a nossa forma de olhar para a ocasião e para a vida.
Registei que António Costa foi, no espaço de três dias, duas vezes à televisão. E, curiosamente, ao mesmo canal: a SIC Notícias. Na altura de falar sobre a situação da Câmara de Lisboa foi, desportivamente, de camisa e blazer. Hoje, na Quadratura do Círculo, já pôs a gravata, assumindo, portanto, uma postura um pouco mais formal.
Dir-me-ão que são pormenores. Serão. Mas eu dou muita importância aos pormenores, que nos dizem muito sobre muitas coisas. Sou assim. E permitam-me que registe este aqui e agora.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Nota

A dra. Manuela Ferreira Leite falou aos portugueses. E, pelo que ouvi e pelo que diziam os comentadores nos estúdios da SIC Notícias em Carnaxide (que é quase inédito), falou bem.
Porém, a grande novidade não é essa. É que passaram quatro horas desde que a líder o meu Partido começou a falar e o ministro Santos Silva ainda não apareceu para malhar. Estranho, porque disse que gostava mesmo de malhar na oposição. E quando alguém do PSD fala, é, normalmente, este o senhor que aparece logo com os argumentos arcaicos de sempre. Ou será que o ministro está a jogar à malha ou a dançar o malhão malhão?

Imagens de Lisboa - Torre de Belém

A Torre de Belém é um dos vários monumentos da cidade de Lisboa. Foi construída no início do século XVI, é uma das sete maravilhas de Portugal e foi classificada como Património Mundial pela UNESCO.
Está assim:





Com lixo acumulado e que, pelos vistos, não é recolhido, num dos locais estratégicos para o turismo da cidade.
Pelos vistos é assim que a Câmara cuida do espaço envolvente de um monumento. Atenção, repito, que se trata de Património Mundial.

(clique nas imagens para ampliar)

Também há dias assim


Quem me conhece sabe bem que odeio perder.
Sou daqueles que tudo faz para cumprir o seu papel até ao fim, no intuíto de obter as tão desejadas vitórias. Sou assim na vida e sou assim enquanto sócio e adepto incansável do Sporting.
Mas os vinte anos e meio da minha vida fizeram-me aprender a conviver (bem ou mal) com as derrotas. Da mesma forma que me trouxeram alguma humildade nas alturas de maior euforia e entusiasmo.
Hoje, acreditei que o Sporting iria fazer História. E, na verdade, até fez, ao sofrer a maior goleada caseira, em jogos europeus, dos últimos cinquenta anos. Sinceramente, não esperava o cenário trágico dos cinco a zero, apesar de defrontarmos um colosso europeu, que tem bem marcado o seu nome na História do futebol europeu.
Foi um dia em que tudo correu mal: a bola não entrou e a frieza germânica fez com que o Bayern aproveitasse cinco oportunidades para fazer cinco golos. Não vale a pena pensarmos nos "ses". Se a bola que Lahm cortou em cima da linha, tivesse entrado, talvez tivesse sido diferente. Se o erro infantil de sofrer um golo à beira do intervalo não tivesse acontecido, talvez a história fosse outra. Se o golo (em fora-de-jogo) que deu o dois a zero ao Bayern, idem. E por aí fora. Perdemos. E perdemos por cinco a zero, num jogo que não poderia ter sido pior. Foi malvada a nossa sorte hoje!
Mas não me sinto menos sportinguista hoje. Nem tenho vergonha do cachecol que levo ao pescoço. Nem de erguer bem alto as cores e a bandeira do meu Sporting.
Recebi as tradicionais mensagens de amigos benfiquistas. Quem lhes dera a eles terem estado na Champions e de ver, ao vivo e a cores, no estádio do seu clube, jogadores como Messi, Henry, Xavi, Iniesta, Eto'o, Toni, Lahm, Schweinsteiger, Klose, Ribery, ou, no ano passado, como Cristiano Ronaldo, Rooney, Ibrahimovic, etc...! Os melhores do Mundo. O top of the tops. Não viram. Viram outros, com menos nome e menos qualidade. E mesmo assim foram logo eliminados com três derrotas em quatro jogos. Ao fim ao cabo, só perde quem joga.
A vida é mesmo assim. E tem de haver dias em que perdemos. E por muitos. Calhou ser hoje. Ainda bem que já passou e que é passado. Agora há que levantar a cabeça e pensar no futuro e nas vitórias que teremos de conquistar depois deste pesadelo.
Até porque, independentemente das vitórias ou das derrotas, sou e serei sempre orgulhosamente do SPORTING.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Um dia D


Foi num ambiente aparentemente familiar que António Costa deu, esta noite, uma entrevista na SIC Notícias. Muitas considerações prévias poder-se-iam fazer agora, mas prefiro, desta vez, abster-me delas e deixar as pessoas prosseguirem o raciocínio pelas suas próprias cabeças.
Voltando à entrevista, esta não poderia, na minha opinião, ser mais esclarecedora. Desde logo, pelas perguntas que ficaram por fazer. E bem sei que não é da Ana Lourenço não estar a par dos assuntos dominantes das entrevistas que faz, pelo que estou ainda a digerir o facto de se falar de várias questões sem se tocar em assuntos de grande relevância, todos eles contra aquilo que o dr. António Costa pensa, acredita ou defende.
Falou-se do facto de Santana Lopes ter dito, com enorme coragem e honestidade, que, se perder, não ficará na Câmara como vereador. Por que razão não se colocou a António Costa a mesma pergunta? Neste assunto, a colocação dessa pergunta naquele contexto era algo que se impunha.
Falou-se de coligações com a CDU e não se pegou nas relativamente recentes afirmações de Ruben Carvalho, vereador da CDU, em que este dizia que António Costa "continuou a estrangular a Câmara do ponto de vista económico e financeiro". Ou, do mesmo vereador, a afirmação do final do ano passado, em que Ruben Carvalho afirmava que "este ano está muito próximo de ter sido mais um ano perdido".
Ao falar-se da proximidade com Helena Roseta, quando esta assumiu responsabilidades camarárias, Ana Lourenço esqueceu-se de lembrar os espectadores e o entrevistado de que esta, no balanço de um ano de mandato de Costa falou, sobre esse período, como "uma sensação de paralisia e ineficiência da Câmara". Nessa altura, Roseta anunciou a sua intenção em candidatar-se, porque dizia que António Costa até esse tempo, tinha "sido incapaz de mudar o estado de coisas".
Quando se falou da existência de dinheiro para construir, estive à espera de um elogio ao dr. Pedro Santana Lopes, na medida em que de acordo com o Sá Fernandes, vereador independente eleito nas listas do BE (partido que posteriormente lhe retirou a confiança política), "o dinheiro que Lisboa não recebe do Casino e que não tem sido gasto vai agora começar a ser". Ora, a quem se deve as receitas vindas do Casino? Pois, eu sei que não convinha dizer. Nem era conveniente perguntar. Trata-se do maior adversário nas próximas eleições...
Falou-se de património da Câmara, de regulamentos, de casas e não se falou do polémico caso da vereadora socialista Ana Sara Brito (que tem o pelouro da habitação!), que desfruta, ela ou familiares seus, de uma casa da Câmara, por tuta e meia. Impunham-se as perguntas: foi Ana Sara Brito uma das que entregou as chaves, por não estarem reunidos os requisitos? Ou estão reunidos? E a renda é, ou era, a adequada?
Pelo facto de ser na SIC Notícias, onde Costa participa num programa às quintas-feiras, pensei que iríamos ficar a saber se o presidente da Câmara vai continuar no programa na altura da campanha, ou se vai sair, como fez Pedro Santana Lopes, quando participava no programa Jogo Falado, da RTP?
A este propósito, quero ver o que fará esta estação: se vai convidar Santana Lopes para um programa de televisão ou se vai pedir o afastamento, ainda que temporário, ao autarca socialista. De outro modo, não será garantida a isenção que se exige ao canal, o qual, se tudo continuar na mesma, privilegiará, publicamente, um dos candidatos.
Curioso que António Costa fala da situação da Câmara como se esta exigisse atenção exclusiva (e não duvido que mereça), tendo reuniões de oito ou nove horas, e faz o "part-time", como comentador na televisão.
Enfim. Foi tudo muito estanho. Muito forçado. Muitas foram as perguntas que ficaram por fazer e aquelas que deixei são meramente exemplificativas.
Tudo o resto desta entrevista não faz sentido. Como pode uma pessoa, numa mesma entrevista, dizer que não havia dinheiro e que, de repente, surge verba para fazer obras no Terreiro do Paço e arranjar cinquenta ruas? Sim, cinquenta. Foi isso que António Costa disse.
Quem pensa que a entrevista foi boa só pode ter esse pensamento por uma única razão: não vive, não estuda, não passeia, não passa, não conhece a cidade de Lisboa. E muito tenho eu andado por aí, passando por vários pontos desta cidade. O que vi, hoje, feriado, foram ruas vazias por não viver ninguém no centro. O que vejo, quando me desloco no meu carro, são enormes buracos um pouco por todas as estradas. Ainda no outro dia, fui passear para o pé do Tejo e vi a Torre de Belém no meio de lixo, que não é recolhido. Vejo uma cidade adiada, quase abandonada, sem projecto, sem esperança e com pouca vida. Por isso, e por outras razões, a entrevista que o presidente da Câmara deu esta noite não poderia mesmo ter sido mais esclarecedora.
E estou cada vez mais convicto de que o dia das próximas eleições autárquicas, em Lisboa, para o dr. António Costa, vai ser, esse sim, o dia D: D, de derrota.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

A diferença entre o dizer e o fazer


O dizer:

"É importante apostar na requalificação urbana, muitas obras vão ser agora retomadas, é também importante nos novos loteamentos termos habitação a preços controlados, ou seja, mais baratas, para que se tornem mais acessíveis aos mais jovens."
(José Sá Fernandes, pág. 7, PORTAL LISBOA, Janeiro 2009)

O fazer:


A missão de trazer os jovens para o centro da cidade foi um dos objectivos de Pedro Santana Lopes no seu mandato enquanto Presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Dito e feito: este é apenas um dos exemplos. Situa-se em Entrecampos e é já habitado por vários jovens.

A perguntas que se impõem:
Se trazer os jovens para o centro de Lisboa é uma intenção da dupla Costa/Sá Fernandes, o que constactamos é que não passou disso mesmo: de uma intenção. Porquê? Se não foi feito, por que razão acreditaremos que será no futuro? Ou é só uma manobra eleitoralista, no intuíto de enganar os eleitores lisboetas?

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Medo? De quê?


A vitória do Sporting sobre o Benfica é positiva, antes de mais, porque, de certa forma, relança o Sporting na luta pelo título e ajuda a imprevisibilidade do campeonato.
Mas há outros pontos positivos desta noite. A vitória do Sporting foi uma vitória dos adeptos que quiseram, numa altura muitíssimo crítica, apoiar a equipa. Foi uma vitória da equipa que lutou destemidamente pela vitória. Foi uma vitória de Paulo Bento, porque conseguiu motivar a equipa e, apesar das várias baixas e da lesão de Postiga ainda na primeira parte, colocou em campo onze jogadores capazes de constituir uma equipa que pratica bom futebol. E que ganha. Foi uma vitória de Soares Franco e da actual direcção, porque ficou demonstrado que uma equipa feita com a prata da casa é capaz de vencer um Benfica reforçado, à custa de largos milhões de euros, com alguns jogadores de alta craveira.
Foi uma vitória construída durante 90 minutos de bom futebol. Repito: construída. Fomos melhores desde o princípio e muitas foram as vezes em que encostámos o Benfica às cordas. Muitas foram as vezes em que, por mérito nosso, a defesa benfiquista entrou em desnorte. Muitas foram as oportunidades criadas, além dos golos marcados.
Permitam-me que quando fale do Sporting use a primeira pessoa do plural, porque o Sporting somos todos.
Gostava apenas de deixar uma palavra mais, sobre a arbitragem: não vi, depois de saír do estádio, qualquer imagem, qualquer repetição, de lances duvidosos. Do que vi no estádio, a actuação do benfiquista Benquerença foi quase irrepreensível. Assinalou (e bem) o penalty a favor do Benfica e do penalty que se fala a favor do Sporting, confesso que (talvez pelo facto do meu lugar ser distante do local da possível falta) não vi. Se fosse eu, do meu lugar, não o marcaria.
Não houve jogadores por expulsar, nem foras-de-jogo discutíveis, nem grandes casos, pelo que vi no estádio. Os jogadores ajudaram a tarefa do árbitro e contribuíram para que a vitória do Sporting fosse clara, limpa, sem-espinhas...
O único erro claro do árbitro aconteceu aos 30 minutos, em que um defesa do Sporting tira a bola a Reyes, este atira-se para o chão e o árbitro assinala livre. Neste lance, o Benfica atira a bola ao poste.
Na próxima quarta-feira, recebemos o Bayern de Munique e seguimos todos (incluindo eu, espero) para o Porto no próximo fim-de-semana. São equipas de top, melhores do que o Benfica certamente. Mas nós somos o Sporting. Somos nós que temos uma curva belíssima. E uma equipa fantástica. O que ficou demonstrado nesta noite. Por isso, porquê ter medo? Se houver dúvidas, então que nos inspiremos numa frase conhecida de Obama, escrita num estandarte da Juve Leo, que diz uma coisa muito simples: YES, WE CAN.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

O país real, quatro anos depois


Diziam-nos que a crise internacional não afectaria o país. Chegaram mesmo a dizer que a crise tinha acabado completamente e que a questão que se impunha era a de quanto Portugal iria crecer.
Ora Portugal entrou em recessão e piorámos em tudo, excepto o défice, que ainda não sabemos bem qual será no final desta legislatura.
Passados quatro anos de governação de Sócrates, uma coisa é certa: o país está bastante pior do que estava.
Esta minha opinião é partilhada pela esmagadora maioria das pessoas, que comenta nos sites, fóruns e que escreve nos blogues. É também confirmada pelos números. Aumentou o número de desempregados, muitas empresas fecharam portas, os portugueses estão mais pobres. Além de tudo isso, li alguns comentários noutros sites de pessoas que diziam que voltou o medo e a censura.
Sócrates não tem argumento nenhum a seu favor, nem pode justificar-se com uma crise intercional, que sempre negou que nos viesse a afectar. Porque para ela sempre alertou o PSD e outros partidos da oposição. Das duas, uma: ou o Governo mentiu às pessoas quando disse que a crise não chegaria a Portugal ou não estava preparado para a chegada desta. As duas explicações são igualmente graves e preocupantes.
Quanto a outros aspectos, o Governo entrou em guerra com as classes profissionais, propagandeou a sua actuação com um Magalhães, tomou decisões, voltou atrás, recuou e mudou muitas medidas. Como a do local do novo aeroporto. Como sempre alertou e pediu a oposição, nomeadamente o PSD.
Foram quatro anos muito maus para o país. E, infelizmente para os socialistas, será com base neste (e não noutro) período de governação e neste (e não noutro) Governo que os portugueses vão votar e derrotar claramente um partido que, em quatro anos, não foi capaz de "dar um rumo" ao país. Pelo menos, um rumo positivo...

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Olhe que ninguém diria...



Depois de vencer as eleições, chegou a ameaçar demitir-se.
Prometeu que a Câmara iria funcionar. Será que funciona? A resposta será dada pelos lisboetas. A seu tempo.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O esquecimento no recurso à vitimização



Eu ouvi bem: campanhas de ataque pessoal, para denegrir a imagem das pessoas, não ouvi?
Caro Primeiro-Ministro, vergonhoso para a nossa democracia é o não cumprimento das promessas e as mentiras que disse aos portugueses.
Mentiu, como o Pinóquio. Demarcar? Para quê? Para faltar à verdade?...

Fonte: www.jsd.pt

Um caos na cidade


Esta noite, tencionava ir jantar a um restaurante localizado à beira-rio, na zona de Belém.
Vinha do Campo Grande, de onde saí às oito e meia da noite, desci até ao Saldanha em direcção ao Marquês de Pombal. Virei à esquerda para descer a Avenida da Liberdade e cheguei finalmente ao pé do Terreiro do Paço. Ao pé, sim, porque o trânsito está fechado nesse local.
Já sabia que o trânsito estava cortado, depois de ter visto e ouvido os lisboetas nas televisões de ontem, numa reportagem curta que revelava o autêntico caos naquela parte da cidade, mas não me lembrei.
No trajecto, não vi um único aviso, nem me foi apontada nenhuma direcção para poder chegar até Belém. Era noite, a barriga dava horas e o tempo passava mais depressa do que as longas voltas que dei. Para chegar até Alfama, fui atrás de três carros que seguiam numa zona de trânsito apenas para transportes públicos. Ali chegado e não havia uma única indicação para me dizer qual o desvio que tinha de fazer para saír daquele caos e chegar até Belém onde tinha combinado jantar.
Desisti eram quase nove e meia. O meu estômago não aguentou mais e tinha medo de, com tantas voltas, chegar ao restaurante e me dizerem que a cozinha já estava fechada e que não me iriam poder servir o jantar. Segui, então, até à zona da Expo e foi aí que comi, finalmente, o meu bife com batatas fritas e um ovo estrelado.
Pelos caminhos que andei, vi muitos prédios devolutos, muitas estradas esburacadas e uma cidade abandonada, quase a caír de podre, cuja única vida é dada praticamente pelos sem-abrigo que procuram comida nos contentores do lixo.
Não havia, à beira-rio, qualquer outro sinal de vida. Daí a ideia que tenho de que é preciso rejuvenescer Lisboa, que vai envelhecendo e morrendo aos poucos.
Quanto ao Terreiro do Paço, acredito que seja uma obra da qual a cidade necessite. Não é isso que ponho em causa. É a completa inexistência de avisos, de indicações de alternativas e a forma completamente desumana e desinteressada com que a Câmara tem tratado os lisboetas.
E não me digam agora os socialistas que a culpa vem do passado ou de difíceis conjunturas internacionais. A responsabilidade é exclusiva de quem está na Câmara e que faz com que haja vários polícias numa mesma rua a atrapalhar-se uns aos outros, que muda os trajectos dos autocarros sem avisar previamente os que usam esse meio para se deslocar, que não indica alternativas para quem quer ir trabalhar ou, simplesmente, jantar fora.
Toda esta barafunda, balbúrdia ou como lhe quiserem chamar, tem responsáveis. Sabemos quais são. E guardaremos este facto nos nossos registos para memória futura.
Hoje, deixo-vos um sinal claro. De desvio. Desta inexistência política. Desta incapacidade para dar vida a Lisboa. Desta claríssima incompetência para governar a cidade. Para um caminho alternativo, seguro e que nos leva mesmo ao destino onde queremos chegar.
Permitam-me uma pista mais, para dizer que não será por acaso que o sinal de desvio que deixo aqui hoje está virado para a direita. Apenas lhe trocaria a cor: do amarelo para o cor-de-laranja.

A equipa que melhor futebol joga em Portugal



Poucas pessoas hesitam na altura de responder à questão de qual é a melhor equipa de futebol portuguesa, neste momento. Sportinguistas, benfiquistas, portistas, todos quase unanimemente pensam que a equipa que joga o melhor futebol em Portugal é o Sporting de Braga.
Os minhotos foram, pelo menos nos jogos de confronto directo, melhores que qualquer um dos grandes clubes portugueses, tendo mesmo obtido uma vitória justíssima em Alvalade. O melhor jogo do Braga terá sido, na minha opinião, o do estádio da Luz, em que os bracarenses foram manifestamente superiores durante os noventa minutos.
Apesar de nem sempre conseguirem a vitória, como aconteceu no fim-de-semana passado, o Braga é uma equipa com um plantel recheado de qualidade, treinada por um dos melhores treinadores portugueses. A conjugação desses dois elementos faz com que seja a equipa que jogue o melhor futebol e que, em regra, é capaz de dominar o jogo do princípio ao fim.
Na Europa, o Braga continua a fazer furor, graças a grandes exibições, como a que realizou em San Siro (ou Giuseppe Meazza) no jogo contra o AC Milan, em que perderam no último minuto graças ao génio de Ronaldinho Gaúcho. Contudo, o Braga seguiu em frente num grupo que não era nada acessível e, hoje, voltaram a vencer claramente o Standard de Liège, com um expressivo três a zero.
Se esta liga não tivesse a qualidade do futebol praticado pelo Braga, a organização do Leixões e a eficácia do ataque do Nacional da Madeira, teríamos, outra vez, um campeonato nos limites do medíocre.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O vídeo da JSD



Tenho escrito com a frequência que julgo ser a devida sobre a JSD. E confesso que, depois do que escrevi, tenho sido surpreendido pela positiva.
O célebre cartaz da Jota sobre o Pinócrates deu origem a um vídeo em que a Juventude Social Democrata, com um enorme profissionalismo, relembra aos portugueses a promessa dos 150 mil postos de trabalho confrontando essa promessa, que não foi cumprida, com a realidade de várias empresas nacionais que têm vindo a despedir muitas pessoas, agravando a situação de muitas famílias portuguesas.
O vídeo não fica, porém, pela confrontação (ou denúncia) do não cumprimento de uma relevante promessa eleitoral. Traz a afirmação do ministro Manuel Pinho, em que se nota que o ministro da Economia não estava efectivamente preparado para o cenário que assolaria o País alguns meses depois.
Depois de ver este vídeo de quase dez minutos, fico com a sensação de que a Jota cumpriu o seu papel, usando a tecnologia para dizer, com os factos e os argumentos do seu lado, que o Primeiro-Ministro mentiu, que o Ministro da Economia não é competente para a função e que o Governo Socialista não gosta mesmo nada que lhe digam coisas, ainda que verdadeiras, contrárias às que queriam ouvir.
Manuela Ferreira Leite não se distanciou desta acção da Jota e fez bem. Não tenho dúvida de que foi dado um passo fundamental conjunto, com a intenção, que é nacional, de derrotar José Sócrates e os socialistas daqui por alguns meses.
Vergonhosos não são os cartazes, mas as mentiras do nosso Primeiro-Ministro, porque são essas mentiras (e não os cartazes) que afastam cada vez mais as pessoas da política.
Parabéns à Jota.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Madrid (7-11 Fevereiro) em imagens


A bandeira espanhola.


Fuencarral.


Cantando e dançando ao som de sul-americanos, em Sol.


Plaza Mayor.


Certificado, do Guiness, do Restaurante Mais Antigo do Mundo.


Cow Parade.


Interior do Reina Sofia.

Atracções do Parque do Retiro.


Parque do Retiro.


Flores, numa das entradas do Parque do Retiro.


Rua do Palácio Real.


O local onde explodiu a bomba, em mais um atentado da ETA em Madrid.


A agitação no interior do edifício algumas horas depois do atentado da ETA.


A cobertura televisiva do atentado.


Os resultados materiais do atentado.

À moda do Porto

Não estive em Portugal na semana passada, mas pude ver que o Porto empatou com o Benfica graças a um penalty que não existiu.
Esta semana, já em Portugal, estive nas bancadas do Restelo, onde pude ver que o golo que o Sporting sofreu foi marcado em fora-de-jogo. E esta irregularidade só não prejudicou mais o Sporting, porque em quatro minutos Postiga e Vukcevic empurraram a equipa para a vitória, com dois golos bem conseguidos.
Esta semana, como na semana passada, o primeiro golo do Porto é marcado fruto de um outro penalty que não existiu. E se o Porto não marcasse esse golo e Coentrão tivesse o génio de fazer o zero-um para o Rio Ave e o Porto estivesse a perder até poucos minutos do fim? Será que ganharia o jogo?
O que eu quero dizer é que podemos, às vezes, estar calados. Mas não deixamos de estar atentos. Porque estes erros a favor do Porto acontecem depois de serem arquivados alguns casos importantes que envolviam a falta de verdade desportiva em Portugal.
Se assim continuar, sim, claro que sim, que podem encomendar as faixas...a não ser que voltem a haver arbitragens como a de Paulo Baptista no Benfica-Braga, em que este validou um golo marcado em fora-de-jogo claro ao Benfica e não assinalou dois penalties claríssimos contra esta equipa.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Qual democracia?


Num Estado de Direito com os recortes constitucionais do Estado Português, tem extrema importância não só a separação de poderes, como também a plena cooperação institucional entre os diversos órgãos de soberania.
Não há outra medida que possa ser encarada tanto como uma farsa como a de se realizarem debates quinzenais na Assembleia da República, nos moldes que os mesmos assumem hoje, dando pouco tempo à oposição para apresentar alternativas e confrontar o Primeiro-Ministro e a sua equipe ministerial com os resultados completamente deploráveis de que as pessoas que assumem esses cargos são responsáveis.
A priori, seria positivo ver o Primeiro-Ministro deslocar-se à Assembleia para apresentar, justificar e debater políticas. Contudo, não é esse o cenário que se verifica, na medida em que o que Sócrates faz, nesses debates quinzenais, é fugir às perguntas mais difíceis, remeter as responsabilidades da sua governação para períodos passados ou para conjunturas externas desfavoráveis, ocupando o restante período para fazer propaganda, na companhia do ministro que adora malhar na direita, como se este tipo de afirmações pudessem ser admissíveis quando vindas de um ministro de Estado.
O jogo político dos debates parlamentares espera-se agressivo e interactivo, mas foram muitas as vezes em que o Governo ou o Partido Socialista levaram o debate para o campo da calúnia e do insulto, tendo sido esses os dois principais responsáveis pela péssima imagem que os portugueses têm daqueles que os representam, que são os deputados, e pela Casa-Mãe da democracia portuguesa, que é a Assembleia da República.
Não foi só nos debates quinzenais mas foi neles que se tornou mais visível a total falta de respeito, envolta numa arrogância e autoritarismo levados quase ao extremo por meio de uma repressiva disciplina de voto imposta aos deputados socialistas, que Sócrates, o Governo e o Partido Socialista tiveram para com a Assembleia da República.
A relação com o Presidente da República dificilmente poderia ser menos estável, acumulando-se os vetos políticos deste em várias matérias-chave, nas quais os socialistas, pela via do seu grupo parlamentar, se preocuparam exclusivamente em impôr as suas ideias contra aquela que é a vontade de toda a oposição, ou de parte desta, da maioria dos portugueses e do próprio Presidente da República. Muitas dessas incompreensíveis persistências dos socialistas levaram ao caminho da inconstitucionalidade de diplomas ou de leis "com pequenos erros", o que não é nem pode ser sequer tolerável.
Fora da interdependência de poderes, mas ainda no domínio dos poderes do Estado, não deixa de ser curiosa a afirmação da companheira do Primeiro-Ministro, numa altura em que existem investigações sobre crimes graves em que o mesmo pode ter estado envolvido, sobre o outro poder, o judicial, dizendo que o sistema judicial português é corrupto*.
Foi assim que o PS e o Governo se comportaram naquele que deveria ser um plano de uma saudável e incentivada cooperação institucional: foram cegos perante a realidade nacional, surdos perante as propostas da oposição e de camaradas socialistas, como Cravinho ou Alegre, reprimindo a diferença e impondo a sua autoridade com propaganda, com o auxílio de uma violenta pressão sobre os órgãos da comunicação social, que deturparam e contaminaram completamente a opinião pública.
Foram quatro anos em que o Partido Socialista adoptou a tese do "quero, posso e mando", colocada em prática com todo o seu esplendor.

*página 91 do Nº603 da Revista VIP.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Os casamentos gay


É inteligente esta estratégia do PS de introduzir o debate sobre questões laterais, tentando desviar a atenção das pessoas, com o intuíto único de confundir os portugueses, fazendo com estes se esqueçam do desastre da governação socialista.
Foram muitas as questões laterais cujo debate os socialistas quiseram impôr à sociedade. Agora, é a questão do casamento entre homossexuais.
Inteligente. Porque esta é uma questão pessoal, em que cada pessoa tem uma opinião, independentemente das ideologias políticas. Ora, no PSD, principal adversário dos socialistas, como num normal partido democrático, há pessoas que são a favor, enquanto outras são contra, pelo que será muito difícil ver o PSD tomar uma posição sobre esta matéria. O facto de todos os partidos à esquerda do PSD terem aparentemente uma posição firme, concreta e clara demonstra aquela ideia de pensamento único, pouco comum em democracia. Porque sobre questões pessoais devem ser as pessoas a decidir. Nunca um partido. É que, pelo que sei, para se ser do PS não é obrigatório ser a favor dos casamentos entre homossexuais.
Não sei se o PSD vai ou não tomar posição. Porque, como é normal em partidos livres e democráticos, cada um pensa pela sua cabeça e vota de acordo com a sua consciência. Pessoalmente, chamem-me preconceituoso, se quiserem, mas sou contra. Não imagino uma família sem um homem e uma mulher. Não imagino a figura do casamento sem o pensamento de poder vir a ter filhos no futuro e alargar, desse modo, a sua família. Apesar de ser a favor de cada um poder, na sua intimidade, comportar-se da forma que quiser, desde que não infrinja a lei. E esta não proíbe as relações entre homossexuais. De resto, revejo-me no caminho que a Constituição aponta: se, por um lado, o diferente deve ser tratado como sendo diferente, por outro, a discriminação de qualquer facto caracterizador da diferença é constitucionalmente condenada. E é assim que estejamos hoje relativamente aos homossexuais.
Eu sou contra, sem esperar pela posição que o meu partido vier a adoptar. Porque penso pela minha cabeça. E se me chamam preconceituso e conservador, nesta questão são críticas que aceito. Mas aceitem também o facto de eu dizer que a esquerda, sobretudo o Partido Socialista, tem vindo a revelar crescentes tiques de "falta de democracia". Porque impõe um pensamento único e disciplina de voto não só na Assembleia mas também aos seus militantes. Se o PS pensasse mesmo nos homossexuais e quisesse mesmo que estes se pudessem casar (entre si), teria votado dessa forma na Assembleia há cinco meses. E teria legislado e tomado medidas de forma a uma melhor integração dos homossexuais na sociedade. Não o fez. Curioso. É que até nos casamentos gay, os socialistas são muita conversa. Mas não passam disso.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Duas coisas tão diferentes


Todos sabemos como António Costa foi eleito para assumir a presidência da Câmara Municipal de Lisboa. E não vale a pena voltarmos aqui a repetir histórias que não nos deixam boas recordações, a nós que somos militantes do PSD. Foi um período mau para o PSD Lisboa, cujos protagonistas mantemos nos nossos registos para memória futura.
Também já referi, há algum tempo, que apoiarei inequivocamente e com toda a força a lista que o PSD apresentará para a Câmara de Lisboa, encabeçada por Pedro Santana Lopes, na medida em que, eu, como a esmagadora maioria dos militantes do PSD do distrito de Lisboa e da própria líder nacional do partido que já fez questão de o referir, penso que Pedro Santana Lopes foi o melhor presidente da Câmara de Lisboa das últimas décadas, tendo prestado um notável serviço à cidade, estreitando ligações entre Município e munícipes. Foi o único presidente que me lembro que deu uma dinâmica positiva à cidade.
Em relação ao dr. António Costa, tenho dificuldade em encontrar palavras que possam descrever o seu mandato, porque é muito difícil caracterizar ou adjectivar o vazio, a inexistência, a invisibilidade. E são essas as três palavras que melhor explicam o mandato socialista ainda em curso na capital do país. De resto, foi notório que Costa se candidatou sem projecto. Hoje, passado não sei bem quanto tempo, esse projecto continua a não existir.
Outra palavra que explica bem este mandato de Costa é a palavra "insólito". Porque Costa no Governo defendia uma coisa, na Câmara foi forçado a defender (mais ou menos) outra, tendo, no entanto, sido notória a cumplicidade existente entre a Câmara e o Governo, cumplicidade que seria, a priori, positiva, mas que deixa muitas razões para os lisboetas ficarem preocupados, porque não se ouviu nada da Câmara sobre o futuro aeroporto internacional de Lisboa e a questão dos contentores, o que nos aponta para aquela ideia que referi de vazio, de inexistência, de invisibilidade.
Houve mais do que tempo para se pensar, para se ter ideias, para se tomar medidas, para se ter um projecto para a cidade e não podemos acreditar numa pessoa que prometerá, em plena campanha, que fará coisas que não conseguiu fazer durante todo este tempo.
Quanto à outra candidatura, que apoio incondicionalmente, sabemos que Pedro Santana Lopes fez em Lisboa, como na Figueira da Foz, o que poucos acreditariam que fosse possível de ser feito em tão pouco tempo. Conhecemos a pessoa, sabemos que fala verdade e que é profissional naquilo que faz. Teremos a certeza que cumprirá pontualmente tudo aquilo que dirá na campanha eleitoral.
Em suma, os lisboetas vão ter dois candidatos que de comum têm o facto de serem dois pesos pesados dos dois maiores partidos políticos portugueses, mas vão ter de decidir sobre duas coisas completamente diferentes. Pois ambos tiveram a sua oportunidade de estar à frente da Câmara e os resultados contrastam.
Há muita coisa que distingue os dois candidatos e estou plenamente convicto de que os lisboetas compreendem a importância de ir às urnas e decidir entre o vazio e a dinâmica, entre a invisibilidade e o empreendorismo, entre a distância e a sensibilidade social, entre a inexistência e eficiência, entre o PS e o PSD, entre António Costa e Pedro Santana Lopes.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

1,2,3,4 e...



Lisboa já tem sol mas cheira a lua,
Quando nasce a madrugada sorrateira
E o primeiro eléctrico da rua
Faz coro com a chinela da Ribeira.


Se chove, cheira a terra prometida,
Procissões têm cheiro a rosmaninho.
Na tasca da viela mais escondida,
Cheira a iscas (com elas) e a vinho.


Um craveiro numa água furtada,
Cheira bem, cheira a Lisboa!
Uma rosa a florir na tapada,
Cheira bem, cheira a Lisboa!
A fragata que se ergue na proa,
A varina que teima em passar,
Cheiram bem porque são de Lisboa,
Lisboa tem cheiro de flores e de mar!

Lisboa cheira aos cafés do Rossio,
E o Fado cheira sempre a solidão,
Cheira a castanha assada, se está frio,
Cheira a fruta madura, quando é Verão.

Nos lábios tem o cheiro dum sorriso,
Manjerico tem o cheiro de cantigas,
E os rapazes perdem o juízo
Quando lhes dá o cheiro a raparigas.

Um craveiro numa água furtada,
Cheira bem, cheira a Lisboa!
Uma rosa a florir na tapada,
Cheira bem, cheira a Lisboa!
A fragata que se ergue na proa,
A varina que teima em passar,
Cheiram bem porque são de Lisboa,
Lisboa tem cheiro de flores e de mar!

O que eu diria hoje ao Miguel Veloso


Enquanto sportinguista e enquanto adepto de futebol, desejo o melhor possível para o Miguel Veloso e parece-me evidente que não seria bom para o Miguel se saísse para uma equipa medíocre da Liga Inglesa, que não tem presença garantida nas competições europeias e que está, neste momento, a quatro pontos da linha de água.
Não era bom para o Miguel saír para o Bolton, como não era bom para Moutinho saír para o Everton. Iriam ficar arredados da possibilidade de jogar na Liga dos Campeões e podiam caír na vergonha de defrontar o Sporting ou uma equipa mais fraca da liga portuguesa e...perder.
Miguel Veloso não tem neste momento argumentos para ser titular no Sporting, pelo que não tem qualquer motivo para ambicionar a saída, e muito menos para equipa de qualidade superior à que tem a equipa do Sporting. É disso que Miguel Veloso tem de tomar consciência. Porque quem não trabalha, não pode esperar subir na carreira e ter salários mais altos.
Não é certo que, só por se ser das escolas do Sporting, se possa chegar ao top of the tops do futebol mundial, como aconteceu, na última década, com Figo e Cristiano Ronaldo. Foram dois, que chegaram ao topo com muito esforço, trabalho e suor. Simão Sabrosa nunca vingou verdadeiramente numa equipa de topo. Hugo Viana idem. Nani e Quaresma estão, passado tanto tempo, ainda a lutar para vingar nos seus clubes.
Por isso, o que eu gostava de dizer ao Miguel Veloso, se o visse, era pedir-lhe para trabalhar mais para poder ser titular na equipa onde joga. Isso seria o "bem" para mim, para ele e para o Sporting. Caso contrário, será um novo Dani.
Mas deixo uma frase, escrita numa faixa da Juve Leo há alguns anos, que talvez possa inspirar o Miguel, que dizia que "o contrário de ganhar não é perder, é desistir", à qual junto uma da Torcida Verde que aponta para o mesmo sentido: é que "só se perdem batalhas quando se abdica da luta".

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Second Life


Há uma característica que sobressai nos portugueses, que é o facto de acharmos que o que se faz cá é mau. Porque é piroso, porque não tem classe, enfim, porque é português.
Eu não tenho, de todo, essa característica. Porque quando vou ao teatro vejo peças ao nível do melhor que há no mundo. Porque quando vejo futebol, vejo que o melhor jogador do mundo é do meu país. Porque quando vou ao cinema, ver filmes portugueses, gosto do que vejo. Porque o pouco que vejo das novelas, acho que estas superam, em tudo, o que se faz nos outros países. Porque quando vejo mulheres portuguesas, acho sempre que são as mais bonitas.
Acabei hoje os exames e decidi ir ao cinema. Vi, em cartaz, vários filmes que têm recebido muitíssimos elogios. Mas, entre todos esses, vi um filme que era português. Como sempre, para mim, o facto de ser português torna-se uma prioridade, comprei o bilhete, a coca cola e umas pipocas pequenas e entrei na sala. Quando saí, a primeira coisa que disse à minha namorada, que foi a minha companhia desta noite, foi que o Second Life é um filme diferente. Como nunca tinha visto. E, com poucos recursos, creio que o realizador demonstrou uma criatividade notável, juntou várias pessoas conhecidas da televisão, das novelas, do teatro e até Luís Figo entrou numa pequena cena. Por isso, o que faço hoje, é dar os parabéns aos responsáveis pelo Second Life.
Num país em que não há políticas de cultura, que vive uma séria crise e com poucos recursos, o que se faz cá tem selo de qualidade. O que penso é que, se com tão pouco dinheiro se fazem coisas boas, talvez possamos ambicionar algo mais no futuro.
Em suma, o que cá se faz merece ser incentivado. E em relação ao Second Life, creio que é um filme que merece ser visto. É um filme diferente, ousado e inteligente.
Por isso, recomendo: Second Life, nos cinemas.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Depois do último exame, que fiz hoje, é sempre uma enorme alegria poder, finalmente, dizer que estou de férias!!!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Um site remodelado

No outro dia fui ao site do PSD. Fui, vi e gostei.
Tornou-se mais fácil saber o que tem o PSD a dizer, de novo, aos portugueses.
Além de muitas outras coisas, que se tornaram mais fáceis.
Quem teve a ideia de modernizar o site e quem trabalhou nesse sentido merece os meus parabéns.

O que falta da Taça da Liga


É sempre fantástico poder ir ao Algarve, numa altura em que já pode haver sol, para assistir a uma final onde irá jogar o meu clube do coração.
Fui no ano passado e espero ir este ano.
O que quero dizer com isto são duas coisas: primeiro, espero que o Sporting elimine o Porto e que garanta o seu lugar nessa final e, segundo, desejo que a final desta competição se volte a realizar no Algarve. Como deveria acontecer sempre. A única excepção a esta regra deveria ser se houvesse alguma equipa apurada para a final de uma localidade que se localizasse a norte do Porto.
O futebol é a festa do povo e seria da maior injustiça retirar essa alegria aos algarvios, que não têm equipas na principal liga do futebol português. Por isso, sempre defendi que as finais da Supertaça e da Taça da Liga devem ser jogadas no estádio do Algarve. Além de beneficiar os algarvios e de dar algum uso ao estádio, fará com que haja pelo menos dois domingos (final da Supertaça e final da Taça da Liga) em que adeptos de pelo menos duas equipas tenham o programa completo. E Domingo é "dia de ir à bola".
Sobre a meia-final, penso que o FC Porto deveria comparecer em Alvalade e estou certo de que o fará. Foi o pior adversário possível entre os que poderiam calhar no sorteio, porque o Sporting perdeu os dois jogos em casa contra o Porto. O jogo entre Sporting e Porto deve, na minha opinião, realizar-se, independentemente de haver ou não jogo no estádio da Luz.
Será difícil o Sporting chegar à tão desejada Final, mas se lá chegar, espero que jogue contra o Benfica.
São esses os meus desejos para o que resta da Taça da Liga: porque ir até ao Algarve, passar um dia na praia, beber umas cervejolas com amigos e ver uma final entre o Sporting e o Benfica era sinal de "programa completo".