sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo!

Temos o dever de acreditar, e de fazer acreditar, que 2012 não será tão mal como se prevê. Desejo-vos, por isso, um Feliz Ano Novo!
Até para o ano!

O melhor do ano


Apesar das dificuldades, ou talvez porque as coisas boas despertam mais a minha atenção, 2011 trouxe muitas e boas notícias, nomeadamente no desporto (com vários títulos europeus e mundiais, incluindo no futebol), mas também em outras áreas, como na televisão. 
Para mim, o melhor do ano, para fugir um pouco à política, ao desporto e aos assuntos de que falo com maior frequência, escolho duas coisas.
A primeira, o Fado, considerado património imaterial da humanidade.
A segunda, as entrevistas do Daniel Oliveira. É um dos melhores portugueses vivos a fazer televisão, com entrevistas emocionantes e absolutamente imperdiveis. Deveria merecer outro horário. Mereceria outro reconhecimento.
Houve certamente, em 2011, outros aspectos positivos, que são partilhados por todos. Pessoalmente, apenas preferi destacar o trabalho feito por Daniel Oliveira na SIC, absolutamente extraordinário.

O pior do ano


Alberto João Jardim, o buraco escondido, a sua reeleição pelo povo madeirense, a distância entre o PSD Madeira e o PSD Nacional. Pela total impunidade, demasiada leviandade e nenhum sentido de responsabilidade e solidariedade nacional. E pelo custo acrescido que representa para cada um dos portugueses.
Em período de sacrifícios extremos, é inacreditável como, na Madeira, continua a ser carnaval o ano inteiro.

O filme do ano


Não gosto de circo, mas gostei da história, dos actores e do filme.
Para mim, Water for Elephants foi o filme do ano, por uma razão que não poderia ser mais simples: foi o filme que mais gostei de ver.

O momento do ano - Portugal


Quando, ainda em 2010, José Sócrates pediu publicamente a sua demissão de Primeiro-Ministro de Portugal, tendo anunciado a sua recandidatura, não era certo que deixasse de governar depois da Primavera de 2011. Essa certeza só se consolidou em Março, quando um grupo de jovens mobilizou a sociedade civil para uma manifestação com precedentes distantes.
A mensagem passou, e chegou a casa das famílias portuguesas. Foi nesse dia que Sócrates perdeu as eleições.
Mas a manifestação da geração à rasca foi inédita por outras razões: relegou para segundo plano as manifestações sindicais, com menor adesão e sucesso, mas também as juventudes partidárias, que, verificando a sua derrota junto da sociedade civil, se juntaram a esta numa manifestação que, pelas bandeiras que tinha, era transversal.
Cantores, actores, escritores, políticos, sindicalistas, gente de todas as profissões, faixas etárias, de todos os sectores da sociedade juntaram-se numa manifestação de protesto contra políticas irresponsáveis e geradoras de pobreza, fazendo toda a sociedade reflectir sobre o futuro das gerações que começam a entrar agora no mercado de trabalho.
Foi um momento único, de verdadeira democracia.
Foi, na minha opinião, o momento do ano, em Portugal, no ano que agora termina.

O momento do ano - PSD


A vitória nas eleições legislativas, ou a noite da vitória, foi claramente o momento do ano para o PSD, um partido de poder, que estava há seis anos na oposição.
Não está ainda esclarecido qual foi o factor que mais pesou nessa vitória: terá sido um cartão encarnado ao governo socialista e a Sócrates, terá sido mérito de Passos Coelho, terá sido uma conjugação dos dois?! Tendo a inclinar-me para esta terceira possibilidade de resposta, sem, contudo, ter grandes certezas.
O que é certo é que essa noite marca o ano de 2011.
Herdando uma situação financeira desastrosa e um memorando de entendimento com o triunvirato, Passos Coelho está ainda numa fase embrionária da sua governação, merecendo, para já, a total confiança dos portugueses. A falta de liderança e de sentido de responsabilidade no Partido Socialista ajuda à confiança que os portugueses continuam a depositar no novo Primeiro-Ministro.
Mas há uma pergunta que não tem resposta. O que é feito do PSD? Existe, não existe, faz, não faz, mexe ou não mexe? O PSD pensa, não pensa, reflecte, não reflecte? Não sei. Parece-me adormecido à sombra da bananeira do poder.
Neste período, e do ponto de vista interno, parece-me que os militantes, apesar de confiarem e apoiarem o Governo de maioria liderado pelo PSD, estão desmobilizados. As estruturas locais perderam o peso. Não se discute, entre militantes, o futuro nas autarquias locais. Não se esboça ainda uma candidatura presidencial para o pós-Cavaco. 
Se, por um lado, é um facto que o partido se fechou para a sociedade civil, deixando de realizar aqueles debates abertos aos intervenientes sociais de relevo, por outro, o partido parece fechado, sem ideias, caminhando atrás de um Governo que também não tem folgas nem margem de manobra.
Esperemos que 2012 mantenha a união, acabe com o adormecido e que faça nascer novos debates internos dentro do PSD.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O momento do ano - Sporting



O Sporting contou com vários treinadores, que montaram estratégias de jogo diferentes. Sempre tive a mesma opinião. Perdeu-se demasiado tempo para encontrar o parceiro ideal para Liedson quando, no meu entendimento, sempre acreditei que essa procura era sempre feita em vão. Nunca soube, se o problema era dos treinadores, que optaram por colocar dois avançados (Liedson e outro), se era dos companheiros encontrados para fazer "parelha" com Liedson, se era do próprio Liedson que, por ser diferente dos outros, remetia os companheiros para a sombra.
Essa é a dúvida que permanecesse num conjunto vasto de certezas, e uma dessas certezas era o empenho em jogo do Levezinho, que marcava, que defendia, que fintava, irritando os nossos adversários. Foi o símbolo de uma equipa que não conseguiu ser campeã nacional, mas que chegou a uma final europeia e venceu outras competições internas. Era o fio de continuidade de um jogo para o outro, de uma época para a outra.
Quando me disseram que iria sair do Sporting, para fins que, para agora, não interessam recordar, tive aquela sensação que se tem quando se perde um jogo decisivo nos últimos minutos. Se os adeptos estavam descrentes, aquele episódio determinaria o fim de um Sporting de muitos anos. Foi um sinal, difícil de aceitar, que poderia ser interpretado como a falência de gestão de um clube centenário que assumia o futebol como a sua montra principal. Era a assumpção de que o Sporting deixava de ser o candidato ao título que sempre foi, estando preso e sobrevivo por arames.
Por esse motivo, não fui a Alvalade no jogo da despedida. Sabia como iriam reagir os sportinguistas. Sabia como iria reagir o jogador. Se fosse, teria chorado compulsivamente, sentiria o orgulho sportinguista irremediavelmente abalado. Nesse jogo, estava na Chamusca, onde passei esse fim-de-semana e, desse jogo, vi apenas a primeira parte. Não consegui ver mais. 
E foi com algum esforço que evitei ligar a televisão em canais de notícias, ler as mensagens escritas no telemóvel, passar por papelarias que tivessem jornais à venda.
Só algum tempo depois pude ver as imagens que não demonstram mais do que aquilo que eu previa. Senti que fiz bem por não ter ido ao estádio, para a mesma cadeira de onde vi Liedson festejar golos atrás de golos. Como odeio despedidas, evito-as a todo o custo. E, tendo a consciência que se tratava da despedida definitiva do nosso artilheiro, fui cobarde e não compareci.
O que me afligia não era, todavia, a mera despedida. Sempre tive a opinião de que Liedson esteve em Lisboa durante demasiado tempo. Era, antes disso, a sua razão.
De qualquer maneira, enquanto sportinguista, esse foi o momento decisivo do ano. Nós não sabíamos nem podíamos prever o que nos traria o futuro. E foi por isso que doeu mais. 
Tempos depois e a frio, reconheço que poderia ter escolhido outros episódios como "momento do ano" do Sporting. Por exemplo, o dia das eleições, em que venceu uma lista que não apoiei e que tem feito um trabalho que supera as melhores expectativas; a contratação do portista Domingos para treinador; a reviravolta em Paços de Ferreira, que fez com que o meu coração saltasse como há muito não saltava. A partir daí, somam-se os bons momentos, muitas vitórias.
No fim de 2011, verifico que a despedida do Liedson foi o "pico negativo" entre o Sporting que era e o Sporting que viria a ser. Nesse dia, e por força dessa despedida, escreveu-se uma nova história, construiu-se um novo Sporting, muito mais parecido com aquele Sporting que era projectado e sonhado pelos primeiros sportinguistas. A despedida de Liedson foi o momento decisivo, o episódio determinante. Foi o momento do ano pelos piores, mas também pelos melhores motivos. Porque, nesse dia, virou-se uma página, fechou-se uma era, assumiu-se uma derrota de tal maneira monumental que empurrou candidatos para a presidência do Sporting, mobilizando sócios e adeptos chamados a reescrever uma história diferente.
Liedson está hoje na sua terra, com a sua família, onde se sente bem. É campeão nacional.
O Sporting, independentemente de se considerar que é, ou deixa de ser, candidato ao título, está de volta. Joga para a frente, tem uma equipa formada por grandes jogadores, tem um treinador que tem sido decisivo.
Depois da iminência de um divórcio definitivo, os sócios voltaram ao estádio, voltaram em massa e com alegria. De uma à outra parte, recuperaram-se os gestos de amor, de união e de força. Há um verdadeiro casamento entre o Clube e os sócios. Liedson torce, à distância, pelo seu Sporting. Os sportinguistas torcem, à distância, pelo Levezinho. Liedson, sem o Sporting, voltou aos títulos. O Sporting, sem o Liedson, voltou às vitórias.
Com a cara limpa das lágrimas, e saradas as feridas no nosso orgulho, ainda que escolhendo a despedida como o momento decisivo do ano, podemos, sem que o façamos na lógica de negar os factos, que, para todas as partes, foi mesmo melhor assim.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Natal


Desejo-vos a todos um Santo e Feliz Natal!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Grandes dias são para ser recordados



16 de Dezembro de 2001. O dia, a noite, o início de um período de orgulho e de alegria, de dinâmica, de esperança, de verdadeira mudança. Encheu-nos o peito e levantou a voz de Lisboa. Foi, e é, Pedro Santana Lopes.

Vale a pena ler.


O passado, o presente e o futuro do cavalo Puro Sangue Lusitano, numa entrevista de Fernando Palha à revista Equitação.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Está tudo explicado


Quando estavam no Governo, estavam a marimbar-se para as pessoas. Precisavam de alguém que financiasse as suas extravagâncias. E deixaram, para todos os portugueses, uma verdadeira bomba atómica.
Agora, afastados do Governo pelas pessoas e sentindo necessidade de recuperar o apoio destas, querem rebentar uma bomba atómica na cara dos franceses e dos alemães, estão a marimbar-se para os credores que financiaram as suas extravagâncias e a mensagem que deixam aos portugueses não podia ser mais clara. "Não pagamos"!
Coisas de criança, dirão uns. Estados de alma, dirão outros. O que é certo é que, para quem não percebia porque chegámos aqui, está, agora, tudo explicado.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Chamusca - Golegã


A competitividade, a concorrência e a rivalidade são três aspectos que fazem com que as coisas progridam. E quando falo em coisas refiro-me a tudo. Tudo. O partido que está no governo tem de conduzir bem os destinos do país, sob pena de ser substituído por um dos partidos da oposição. O jornal que não dá notícias com interesse perde os compradores para jornais concorrentes. As pessoas mudam de canal, se não virem novidades no telejornal. Se um clube não se reforçar bem e não tiver uma gestão desportiva rigorosa, vê o título fugir para um clube rival. Nós próprios, se não formos suficientemente bons naquilo que fazemos, somos substituídos pelos outros. Somos ultrapassados.
Não concebo, por isso, a vida sem essas rivalidades, que dela fazem parte. Nestes tempos novos, em que é preciso suar para "ganhar a vida", a ataraxia é meio caminho para a marginalização. E, chegado a esse ponto, é muito difícil recuperar.
Faz parte de mim defender, até aos limites, aquilo de que gosto. E, não tendo nascido nem vivido na Chamusca, sempre a olhei como a minha terra, como se fosse aquela onde estão as minhas raízes. Nesse sentido, vi sempre a Golegã, concelho vizinho, com aquele sentimento de rivalidade saudável, essencial para que um acabe por puxar pelo outro.
A Golegã, até há poucos anos, era a capital do cavalo e nada mais. Era conhecida apenas em virtude de realizar a Feira Nacional do Cavalo, que ainda é a principal atracção da vila. O Presidente da Câmara, José Maltez, eleito e reeleito pelo Partido Socialista, revolucionou positivamente o concelho. Aproveitando a notoriedade ganha com a realização da Feira, com a criação de cavalos e com o sucesso do seu mundo rural, hoje, a Golegã, é uma das "capitais do Ribatejo". Maltez não a descaracterizou. Aliás, são bem visíveis as estátuas e monumentos de homenagem ao passado local. Mas fez mais. Hoje, a Golegã, além da Feira de Novembro, tem outra em Maio. Na prática, tornou-se, efectivamente, na capital mundial do Puro Sangue Lusitano. Criou as condições e tem atracções durante todo o ano, como as feiras, as exposições, eventos desportivos, museus e por aí fora.
A Chamusca, a minha Chamusca, sendo, do meu ponto de vista, muito mais característica do que a Golegã e tendo muito melhores recursos que o concelho vizinho, parou no tempo. Na Chamusca, vila histórica à beira-rio, não há nada. Tinha ovos, mas não fez omoletes. Com os meios adequados para impulsionar o concelho, fechou-se para o mundo à boa moda comunista. Regrediu.
Com os meios adequados, que são únicos no país, não houve uma única política ou medida que tivesse em vista o impulso que o concelho precisa. Não há um museu, não há uma feira, não há uma exposição, não há capacidade de promoção das infraestruturas desportivas, não há nada.
As procissões, continuando dignas, estão cada vez mais tristes, contando com a participação das populações locais ou de gente que, por tradição, ali vai. A Ascenção, que é o grande motivo de interesse, perdeu o fulgor.
Isso reflectiu-se na economia local, controlada por algo que é obscuro e deseducado. Nesta terra de tradição multiplicam-se os crimes porque, como não há poder económico, também não há lei. Claro que acabou mal. O centro está deserto. As terras foram abandonadas. Por incrível que pareça, o próprio Café Central também fechou. E, assim, aqueles belos passeios construídos à beira-Tejo são uma terra de ninguém.
Feito o balanço do mandato do Presidente que cessará funções neste mandato, com a devida simpatia que me merece a pessoa, tenho poucas coisas boas para dizer.
Comparando com a Golegã, falamos do dia e da noite. E isso entristece-me.
A Chamusca precisa de voltar a ter vida. De pôr os olhos no que foi feito na Golegã. Fazendo-o, terá de sonhar alto, como sonhou Maltez e os nossos rivais da outra margem.
Se temos a Ascenção em Maio, as corridas de toiros deverão promover a lide de toiros criados pelas ganadarias locais. Se temos autênticas relíquias, pois que as juntemos, fazendo um museu, com uma exposição permanente e outras temporárias, alusivas aos temas que são características locais. Se temos alguns dos melhores campos do país, pois que se façam todos os esforços para activar a Cooperativa Agrícola. Se temos um campo de futebol com óptimas condições, pois que encontremos parceiros, promovamos torneios que tragam gente ao concelho, assim como com o pavilhão. Depois disto, que é o básico, há que puxar pela cabeça. Criar uma feira de gado (e por que não uma feira do cavalo em Julho ou Setembro?) com concursos que sejam importantes, "forçando" as pessoas a virem cá. Criar um festival alternativo de música, capaz de trazer jovens, aproveitando o espaço à beira-Tejo. Reactivar, na Chamusca, a rádio. Criar um evento de gastronomia, publicitando a restauração local. Criar condições favoráveis à criação de unidades hoteleiras. Realizar protocolos para que algumas peças de teatro possam vir à região, no nosso moderno Cine-Teatro.
Dizem-me que a Câmara não tem dinheiro. E a Golegã tinha? Então e as obras que foram feitas, que são bonitas, mas que, na prática, não servem a ninguém?
Gasta-se um dinheirão em excursões para fora quando se devia apostar no turismo, fazendo com que se fizessem excursões para cá!
Faça-se um esforço daqui para a frente. Invente-se e reinvente-se. Crie-se e recrie-se a Chamusca. Só dessa forma, as pessoas irão apreciar a vista dos nossos miradouros, admirar-se com a beleza da sintonia entre a charneca e o Tejo, surpreender-se com a dignidade das nossas Igrejas, fazer o trajecto até ao Castelo de Almourol.
Caso contrário, e voltando ao início, os chamusquenses podem continuar vergados, tristes, derrotados, inertes e humilhados perante a estrondosa vitória dos nossos vizinhos da Golegã.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Recomendo - "A Arte da Guerra"


O tempo está frio e chuvoso e os centros comerciais estão cheios, pelo que estão reunidas todas as condições para que visitem a exposição temporária "A Arte da Guerra", que está no CCB até dia 8 de Fevereiro. É uma exposição de cartazes de propaganda no tempo da 2ª Guerra Mundial, que nos permite, através dos apelos feitos nesses cartazes, perceber outras realidades que não constam dos livros de História. Vai muito além dos apelos à mobilização dos povos. Chega à racionalização de recursos alimentares, de combustível e de outros materiais que eram necessários para os fins bélicos, mas também à desconfiança que multiplicava, de um lado e do outro, apelos para que as pessoas não falassem publicamente de notícias que tinham dos centros de conflito.
É uma exposição para os especialistas e curiosos da publicidade e estratégias de comunicação, mas, sobretudo através da visita guiada, permite-nos acrescentar conhecimentos sobre aquele período da História Mundial, que revolucionou o mundo.
Tendo sido apenas 1 dos 23 mil visitantes desta exposição, não poderia deixar de, aqui, fazer a recomendação. Vale mesmo a pena ir ver!

Um presente para o Natal


O DVD do Jubas é o único presente de Natal que desvendo antes do tempo, porque os destinatários são os meus sobrinhos que farão, em Janeiro, 2 anos de idade. É uma sugestão que deixo aos homens e mulheres sportinguistas, um presente que custa pouco menos de 10 euros, que reverterão para o clube do nosso coração e que a pequenada irá adorar.
Mas este não é um presente de última hora. Foi mesmo muito ponderado. Antes que sigam por caminhos desportivamente desviantes (já que um dos meus cunhados é benfiquista e o outro prefere outro tipo de coisas), este Natal recebem o DVD do Jubas. Aos 3 anos levo-os ao estádio. Aos 6 levo-os ao museu.
Esta é a minha estratégia para que, como o tio, os meus sobrinhos não deixem de ser fervorosos e orgulhosos sportinguistas.
Quanto ao DVD, está à venda na Loja Verde.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

As coisas boas da vida


Escrevi este texto várias vezes. Nunca saiu bem. Há dias assim. Mas sinto que tinha, ainda assim, de contar esta história, partilhando-a com as mães e com as filhas, como o exemplo de alguém que dá valor às coisas. O texto inicial era gigante, ninguém o iria ler. O segundo era grande, as pessoas iriam perder o fio à meada. Escrevo-o pela terceira vez, contando apenas o essencial.
Tem oito anos, é a minha afilhada mais velha e chama-se Matilde.
Há um ano, disse-me, a mim e à família, que queria ter uma consola. Registei.
Entretanto, passaram centenas de dias de aulas, de trabalhos de casa feitos, de brincadeiras. Passou o Natal, passou o seu dia de anos. Passaram centenas de páginas de livros lidos, que a Matilde lê que se farta. Passou muita coisa.
Não sei quantas horas terá investido a estudar os preços das consolas e dos jogos. Não sei quantos dias terá perdido a imaginar-se com a sua consola. Não sei quantos sonhos terá tido em que aparecia a jogar na sua consola.
Comprou-a na quinta-feira passada com o dinheiro que juntou de uma semanada simbólica que a nossa avó lhe dá. Podia ter pedido ao pai, à mãe, aos tios, aos avós. Graças a Deus que não pediu ao padrinho. Teve a capacidade de esperar um ano inteiro para, sem pedir a ninguém, comprar a sua consola.
Sendo, para muitos, uma história banal, este feito da Matilde é, na minha opinião, um grande exemplo. Porque demonstra que é especial. Que tem a virtude de, com oito anos, dar o verdadeiro valor às coisas, não querendo depender dos outros, não pedindo nada a ninguém.
Mas o título falava das coisas boas da vida. Não falava desta história (que é apenas uma de muitas) que a Matilde me obrigaria, em razão dos actos, a ter de partilhar.
Passei a tarde e a noite do dia seguinte a jogar com a Matilde na sua consola, partilhando a alegria com ela, enquanto apreciava a felicidade genuína e espontânea que sentia naquele momento. Nem eu nem ela queríamos estar noutro lugar, a fazer outra coisa. E, quando desligámos a consola, depois de horas a fio a experimentar todos os jogos, quando saí de casa pensei que tinha estado a aproveitar uma das coisas boas da vida.
Parabéns, Matilde. E obrigado.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Uma pergunta

Sob a forma de vídeo, foi hoje feito um ataque pessoal, criminoso e gratuito na blogosfera. Para onde estamos a ir?

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Imagens que falam por si (XII)

E que ninguém fala por elas. Bósnia-Portugal, Benfica-Sporting, tão iguais, tão diferentes.