sábado, 11 de dezembro de 2010

Acabou!


Se há um jogo único, esse jogo é a final da Taça no Jamor.
Porque, naquele jogo, ganham todos os que lá estão. Os árbitros, os treinadores, os jogadores e os adeptos.
Naqueles jogos, as próprias rivalidades transformam-se. O convívio entre os adeptos e a vontade de partilhar a grande festa que deve ser o desporto rei faz com que os nossos adversários sejam apenas isso, adversários, mas apenas durante os 90 minutos do jogo.
É que a final da Taça, no Jamor, não é só um jogo. É muito mais que hora e meia em que onze homens jogam contra outros onze homens na procura de conquistar um troféu.
A final da Taça, no Jamor, é uma festa. Que dura um dia inteiro. Na mata do Jamor. Com peticos e bebidas, com cantoria. Onde até a própria polícia, montada a cavalo, valoriza o espectáculo.
É como se fosse o Natal do futebol. Depois daquele jogo, o futebol irá parar durante meses. E vai faltar um ano inteiro para que se jogue, outra vez, aquela grande final.
É um dia inesquecível, de convívio, com família e amigos, com conhecidos e desconhecidos.
No meu dia de anos e com um exame no dia a seguir, eu fui à final da Taça. E já fui a várias. Mas venho sempre com a vontade de lá voltar no ano seguinte.
Quem nunca foi ao Jamor nunca irá perceber aquilo de que falo. Quem nunca quis ser parte da festa, nunca quis que o futebol fosse essa festa. E é também contra que o jogo se realize naquele local.
Mas eu hoje não queria falar disso. Queria dizer apenas que a final, a grande e única final, se joga em Maio. E não em Dezembro. Essa final joga-se a norte do Tejo. E não se joga em Setúbal. Queria dizer mais. Que o Sporting, como Clube de Portugal, tem tradição nesta competição. Que quem trabalha no Sporting tem a obrigação de oferecer aos adeptos deste grande Clube a presença na final do Jamor.
E, se há alguém que diz que a primeira final se joga em Setúbal, e em Dezembro, esse alguém não está à altura do lugar que ocupa. E não compreende a vontade de todos os sportinguistas de, em Maio, se associarem à festa maior do futebol português.
Com o campeonato perdido, com uma campanha europeia vitoriosa mas pouco consistente, perder em Setúbal, para Paulo Sérgio, foi como perder uma final. Foi para o Paulo Sérgio. Foi para o Costinha. Foi mesmo, pelo menos para eles. Porque com a época perdida em Dezembro não me passa sequer pela cabeça que o presidente Bettencourt não os despeça ainda durante a noite de hoje.

2 comentários:

João Faria disse...

Actos positivos de bettencourt como presidente:

despedir carvalhal

Contrataçoes de Costinha

Torsi-nao joga
tales-nunca jogou
maniche- come mais do que corre
valdes- excelente 10 mas encostam-no as alas
evaldo- quem? desaprendeu
NAC- Polga 2
Zapater- Nao joga
Salomão- Não se percebe porque, mas também nao joga

Méritos do treinador:
Vitoria 3-0 em Brondby
...

Falta muito para esta MERDA acabar?

atascadotijoao disse...

Meu caro António, nem vou comentar. O nosso Sporting está "mau demais" para ser verdade, quando será que alguém de direito mete as maõs naquela rebaldadria ...
Bom fim de semana, abraço.