sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O momento do ano - PSD


A vitória nas eleições legislativas, ou a noite da vitória, foi claramente o momento do ano para o PSD, um partido de poder, que estava há seis anos na oposição.
Não está ainda esclarecido qual foi o factor que mais pesou nessa vitória: terá sido um cartão encarnado ao governo socialista e a Sócrates, terá sido mérito de Passos Coelho, terá sido uma conjugação dos dois?! Tendo a inclinar-me para esta terceira possibilidade de resposta, sem, contudo, ter grandes certezas.
O que é certo é que essa noite marca o ano de 2011.
Herdando uma situação financeira desastrosa e um memorando de entendimento com o triunvirato, Passos Coelho está ainda numa fase embrionária da sua governação, merecendo, para já, a total confiança dos portugueses. A falta de liderança e de sentido de responsabilidade no Partido Socialista ajuda à confiança que os portugueses continuam a depositar no novo Primeiro-Ministro.
Mas há uma pergunta que não tem resposta. O que é feito do PSD? Existe, não existe, faz, não faz, mexe ou não mexe? O PSD pensa, não pensa, reflecte, não reflecte? Não sei. Parece-me adormecido à sombra da bananeira do poder.
Neste período, e do ponto de vista interno, parece-me que os militantes, apesar de confiarem e apoiarem o Governo de maioria liderado pelo PSD, estão desmobilizados. As estruturas locais perderam o peso. Não se discute, entre militantes, o futuro nas autarquias locais. Não se esboça ainda uma candidatura presidencial para o pós-Cavaco. 
Se, por um lado, é um facto que o partido se fechou para a sociedade civil, deixando de realizar aqueles debates abertos aos intervenientes sociais de relevo, por outro, o partido parece fechado, sem ideias, caminhando atrás de um Governo que também não tem folgas nem margem de manobra.
Esperemos que 2012 mantenha a união, acabe com o adormecido e que faça nascer novos debates internos dentro do PSD.

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