terça-feira, 10 de maio de 2011

Empates técnicos


Tenho muita dificuldade em acreditar em empates técnicos.
Quando os houve, em Lisboa, há já dez anos, as sondagens não diziam que os havia.
Agora, a situação é um pouco diferente do que esse empate, que não foi empate, que as sondagens não diziam que era empate, porque há muitos portugueses que estão indecisos.
Há portugueses que querem votar em branco, em pequenos partidos ou dar força à esquerda extrema parlamentar e que são empurrados a votar útil no Partido Socialista.
Outros portugueses querem votar em Paulo Portas e no CDS pela coerência, pelo trabalho, pelo espírito construtivo e que, por força destas sondagens que dão empate, são empurrados a votar útil no PSD.
Eu sei que as sondagens davam 2% quando o CDS conseguiu ter 10%. Agora, a maior parte das sondagens dão 10% ao CDS. Que podem ser 2 e que poderiam ser 20, se não fossem estas sondagens.
O que isto prova é que as sondagens, para mim, não têm qualquer interesse.
Se me dizem que existe um empate, uma margem de erro, sendo possível a vitória de um ou de outro, então eu estou na mesma, sem saber quem vai ser o Primeiro-Ministro de Portugal a partir do próximo verão.
Não acredito em empates. Porque estes empates sempre serviram a um grupo de poder e nunca serviram aos portugueses.
Pelo sim, pelo não, mais vale não dar qualquer valor a estas sondagens que apontam para empates que não existem, baralhando as contas do jogo, pondo em causa a realização da democracia plena no dia das eleições.
Pelo sim, pelo não, no dia 5 de Junho, os portugueses devem votar em consciência, de acordo com aquele que melhor pode defender os seus interesses, em quem mais tem feito por merecer o nosso voto.
Até às 8 da noite do primeiro domingo de Junho, qualquer um dos líderes dos partidos que se candidatam às legislativas pode ser Primeiro-Ministro. Qualquer um. Mas há uns que merecem mais que outros.
E uma coisa vos posso assegurar: nessa noite não vão haver empates.

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