quarta-feira, 17 de setembro de 2008

O caminho para a vitória


Já ninguém aguenta este clima de guerra interna e de auto-destruição que se vive no PSD.
Chegou uma altura que os portugueses não suportam as querelas e as críticas constantes a companheiros de partido.
Passaram 3 anos e o PPD/PSD teve três líderes, eleitos nas três únicas eleições directas da sua História. A verdade é que nenhum deles, Mendes, Menezes e Ferreira Leite, conseguiu reunir o apoio da generalidade do partido, resumindo-se sempre a lideranças internas com maiorias curtas, que não conseguiram cativar os portugueses.
Chegámos ao ponto em que um líder, que fracassou e se demitiu, desafia publicamente um comentador político, militante do PSD, para um debate na televisão pública, ao mesmo tempo em que o outro ex-líder, também ele sem resultados, anuncia que vai publicar um livro com as suas ideias para o país. É absurdo vermos dois ex-líderes, agora que não estão no lugar, anunciarem as suas medidas para o país, quando, no momento em que lideraram o partido, não conseguiram traçar um rumo, um novo caminho, alternativo, que conseguisse obter a confiança dos portugueses.
Pior do que isso só as afirmações de Morais Sarmento, que tenciona candidatar-se a líder do PSD entre 2 a 5 anos.
Grandes militantes estes, que passam a vida a enfraquecer os seus líderes...
Houve três anos para apresentar, internamente, linhas diferentes de rumo para o país. Houve tempo demais para debater ideologias e definir aquela que deve ser a identidade do PSD moderno.
A verdade é que o PSD, nestes três anos, preferiu começar e alimentar guerras pessoais, entre companheiros de partido. Essas guerras pessoais estão a dar os seus primeiros resultados, como aquela quase anarquia em que vive a Distrital de Lisboa do Partido.
Custa-me que, com mais de três décadas de democracia, haja uma pessoa que não aceita resultados das eleições. E Marques Mendes não está hoje como líder porque os militantes não quiseram. Custa-me mais ainda que um líder se demita, reconhecendo que não estava a conseguir impôr as suas ideias, e venha depois pedir debates públicos com comentadores políticos e criticar as primeiras, poucas, ideias que vão saindo da São Caetano à Lapa. Palermices que têm enxovalhado publicamente o PPD/PSD.
Falta um ano para as eleições e é altura para unir as tropas. E todos nós devemos ser soldados, ao dispôr de Ferreira Leite, no intuito de servir o PSD e, acima de tudo, servir Portugal. Quem não está disponível, deve-o dizer. Publicamente, para que todos os portugueses saibam.
Todos os militantes do PSD devem entender, agora, que o tempo para o debate interno acabou e que o Partido já definiu o seu alvo, o seu adversário e o seu objectivo: o alvo é José Sócrates, o adversário é o Partido Socialista e o objectivo é ganhar as eleições em 2009.
Tudo o resto, para um militante do PSD, a partir de agora, deve ser encarado como secundário. Caso contrário, continuarei a ouvir muitos portugueses, que são da área do PSD, nos fóruns das rádios e das televisões a dizer que vão votar à esquerda do PS.
Os anos passaram, os militantes escolheram e tudo aconteceu por vontade dos líderes que se demitiram e pelo voto democrático de todos nós, militantes do PPD/PSD. O caminho que temos terá obstáculos, mas já está escolhido. É o caminho possível.
Basta de birrinhas e de desculpas. O que eu quero e o que Portugal precisa é que Santana Lopes, Marcelo, Menezes, Mendes, Passos Coelho, e todos os militantes, ajudem o PSD a ganhar as Câmaras que perdeu, também por culpa destas guerras internas. E mais do isso, o que o país necessita, com urgência, é que todos esses nomes ajudem o PPD/PSD a chegar ao Governo de Portugal.
Vamos a isso?!

1 comentário:

Luis Melo disse...

Concordo no essencial. Mas uma coisa tenho de ressalvar, não podemos por no mesmo saco LFM, LMM ou NMS.

LMM vem apresentar o livro, com a intenção de ajudar ao debate político. Tenta contribuir com as suas ideias. Procurando passá-las ao partido e ao país.

NMS vem dizer que não está fora de hipótese um dia ser candidato. Com o curriculum dele no partido e na política, nem a mim estaria. No resto da entrevista pode confirmar-se que está de corpo e alma com esta direcção.

LFM é diferente, nas suas palavras demonstra mesmo ressabianço, ressentimento e nenhuma preocupação com o partido ou o país. Apenas uma questão pessoal.