quinta-feira, 15 de julho de 2010

Estado social


O Estado Social, sobretudo em alturas de crise, dá a mão aos que dela precisam. Não impõe sacrifícios insuportáveis. Não agrava a péssima qualidade de vida dos pobres.
Não prejudica os jovens, menos ainda aqueles que são bons alunos. Pelo contrário. O Estado Social desenha sonhos, puxa pela mobilidade social.
O Estado Social, por ser social, não enriquece só uma minoria de poder. Não faz auto-estradas que não vão servir ninguém, a não ser quem as faz. E não acrescenta mais uma despesa aos cidadãos que, por necessidade, se têm de deslocar em algumas auto-estradas.
Num Estado Social não podem haver dúvidas sobre a irretroactividade dos impostos.
Um Estado Social é um Estado que integra todos, que não desertifica, que não despovoa. É um Estado que agrega o interior e o mundo rural, longe do quotidiano citadino.
José Sócrates recorre muitas vezes ao Estado Social. Para recusar uma necessária revisão constitucional ou, simplesmente, para fugir a perguntas às quais os portugueses governados exigem resposta. Recorre, suspeito eu, sem saber o que é, de facto, o Estado Social.
Mas, no dia em que Sócrates perceber o que isso significa, vai ficar surpreendido quando verificar que ninguém atentou tanto contra o Estado Social quanto ele.

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