quinta-feira, 15 de julho de 2010

Moral


Em rodapé, li, há minutos, que o PS exige que o PSD reaja à situação política no concelho de Oeiras. Até concordo com a exigência porque Oeiras sempre foi social-democrata. E, por assim ser, o PSD deve estar na vanguarda da luta por maior dignidade e credibilidade na vida política oeirense.
O problema é que não é o PS que tem de exigir o que quer que seja em Oeiras. Aliás, porque ficou em segundo lugar nas eleições de Outubro, atrás de Isaltino. Mas conseguiu esses votos através da mesma estratégia usada nas legislativas: enganando o eleitorado.
O PS apresentou Perestrello, que saiu do barco de Lisboa zangado com António Costa, e apresentou um projecto para quatro anos. Disse que era "(Oeiras) a sério". Mas não era. Porque o candidato, logo que pôde, deixou Oeiras, desinteressou-se, se é que alguma vez esteve interessado, dos oeirenses, e foi para o Governo.
Sobre Oeiras, o PS é o último partido que pode fazer qualquer exigência. É o único partido político sem moral para falar.
O PSD reagirá no devido tempo e apresentar-se-á como solução. E, conhecendo o povo oeirense como conheço, sei que aqui o voto é visto como uma espécie de contrato bilateral e sinalagmático. O PS rasgou esse contrato e sofrerá a consequência disso quando os oeirenses forem chamados a decidir.

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