quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Um grande, grande amor


Pegando em questões fracturantes e fazendo pequenos espectáculos de rua, enxovalhando o próprio país e a classe política, o Bloco de Esquerda foi crescendo como partido de contra-poder, das pequenas minorias e foi por elas que lutou, fingindo um traje intelectual que escondia o facto de ter, na sua génese, ideias há muito derrotadas no tempo.
Afirmou-se como esquerda moderna e seduziu, desde logo, a esquerda socialista, cegamente apaixonada pelas ideias bloquistas. Mas que dizer? Quem feio ama, bonito lhe parece.
No período socrático até 2009, o PS cedeu às ideias modernistas da esquerda, tendo tido diversos casos extraconjugais, bonitos porque isso é moderno, e o Bloco, que se assumia como um feroz adversário dos socialistas, aceitou essa relação, que nunca assumiu. E não assumir uma relação também é bom porque é moderno.
Foi este relacionamento escondido entre o Bloco e o PS que foi destruindo o país. Da economia aos valores. Foi tudo responsabilidade directa de um PS que se aliou com a mais ordinária, radical e anarquista das esquerdas, que é uma esquerda exclusivamente citadina, que não conhece o país rural que também foi esquecido, e que, em vez de se preocupar com as contas públicas e com a criação de riqueza, andou a discutir atentados à vida humana, casamentos de homossexuais entre si e se prepara para pôr os transsexuais na agenda política e legislativa, ao mesmo tempo em que mergulhou o país num mar de endividamento, falências, desemprego, pobreza e fome.
Foi este Bloco de Esquerda que, na sua relação extraconjugal com o PS, foi dando cobertura à ideia, moderna porque o moderno é gastar o que não se tem, de que Portugal deveria avançar, cegamente, para investimentos megalómanos. E para muitas coisas mais.
Manuel Alegre confirma o que já todos sabiam. O PS traiu-se a si próprio. E tem uma relação escondida com o Bloco de Esquerda de há algum tempo a esta parte. Traiu os valores nacionais, os pilares da sociedade portuguesa, afundou o país num mar de endividamento e miséria. Esta relação escondida justifica, sobretudo, o desmoronamento da sociedade portuguesa. Foi esta relação fez o PS cometer verdadeiras loucuras. Mas quem é que afinal nunca cometeu loucuras por amor?

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